Jornal do Sinttel-Rio nº 1526

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FORA TEMER! Todos ao ato sexta, dia 5, em Copacabana

FATOR MODERADOR

Ação movida pelo Sinttel garante devolução de 50%

Numa ação civil coletiva, o Sinttel conseguiu da Claro a devolução de 50% dos valores descontados dos empregados a título de co-participação no plano de assistência médica. A ação que beneficia todos os trabalhadores ativos na empresa no período de abril a setembro de 2009 é mais uma vitória da luta do Sindicato em favor da categoria. Todos estes trabalhadores deverão comparecer ao departamento jurídico do Sinttel-RJ (Rua Morais e Silva, 94 - Maracanã) no horário das 9h às 18h, em caráter de urgência, para proceder à imediata habilitação nos autos do processo. Os trabalhadores devem chegar ao jurídico munidos dos seguintes documentos: •IFP + CPF; •Comp. Residência; •Contracheques do período de 01.04.2009 a 30.09.2009; •Carteira de Trabalho + PIS

Sinttel promove ação por emprego Em parceria com a comunidade católica Gerando Vidas, o Sinttel-Rio realiza a segunda Ação de Empregabilidade dia 9 de agosto, de 9h às 12h, na sua sede, localizada na Rua Morais e Silva, 94. As vagas são para empresas de telecomunicações e para o comércio. Na primeira ação, realizada no dia 12 de julho, centenas de interessados foram cadastrados e encaminhados diretamente para as empresas. Esta é a oportunidade para trabalhadores da categoria, bem como de outros segmentos, voltarem ao mercado de trabalho. A entidade realiza diversas ações neste sentido e realiza esta parceria com o Sinttel, com o objetivo de minimizar a taxa de desemprego e oferecer novas chances de inserção profissional.

SOCORRO ANDRADE

No dia em que acontece a abertura dos Jogos Olímpicos 2016, momento histórico para a sociedade, diversas entidades, movimentos sociais, sindicatos e trabalhadores do Rio e de outras cidades se mobilizam para mostrar ao mundo o golpe em curso no Brasil. A concentração será no calçadão em frente ao Copacabana Palace, a partir das 11h, com caminhada em direção ao posto seis, onde acontecerá um grande ato de encerramento às 16h.

O

s holofotes do mundo inteiro estarão direcionados para a Cidade Maravilhosa, que também sofre com a grave crise financeira do estado, mas que resiste como lugar histórico de lutas e resistência. A população se organiza para denunciar a grave crise política e social do Brasil, fruto do golpe liderado pela direita, parte do judiciário e pela grande imprensa, especialmente a Globo. Temer e sua equipe de usurpadores de direitos retiraram conquistas, mudaram as regras para aposentadoria e planejam mais prejuízos para os trabalhadores (a seguir), como a terceirização. Com claro reforço da mídia, o golpista quer rasgar a legislação trabalhista, representada pela CLT, uma referência das conquistas dos trabalhadores.

Ato contra o golpe e pela democracia no Largo da Carioca

Em uma série de encontros e reportagens, intitulada E agora, Brasil?,o jornal O Globo deixa bem claro de que lado está, ou seja do lado do empresariado e dos lucros às custas do suor do trabalhador. A imprensa imparcial, prerrogativa para o bom jornalismo, não possui espaço e nem constrange os donos da mídia. Veja abaixo alguns pontos da reforma trabalhista defendida pelo golpista e pela mídia e o que trabalhador pode perder com este golpe: 4Terceirização ilimitada – Será permitida para todas as atividades, o

que acarreta salários menores, maior jornada e comprometimento do 13° salário, das férias remuneradas e do FGTS. 4Justiça do trabalho terá menor prazo - A legislação prevê um prazo de até dois anos para que os trabalhadores reclamem na Justiça sobre violações trabalhistas. Com a reforma trabalhista defendida pelos golpistas, o trabalhador terá apenas algumas semanas para entrar na justiça . 4Cai a remuneração sobre a hora extra e a jornada de trabalho será

aumentada 4Derrubar direitos hoje assegurados através de Súmulas do Tribunal Superior do Trabalho - TST -, que respaldam cláusulas negociadas nas convenções, por exemplo, a súmula 331 do TST que impede a terceirização de atividade fim 4Horário de almoço será reduzido de 1 hora como prevê hoje a CLT para 30 minutos 4Cai o adicional noturno 4Cai o adicional de periculosidade para quem trabalha com risco de morte

Deputados e sindicatos dos EUA não reconhecem governo golpista Nada menos do que 37 parlamentares americanos do Partido Democrata e diversas entidades sociais e sindicatos, entre eles a influente Federação Americana do Trabalho e Congresso de Organizações Industriais escreveram uma carta pedindo ao secretário de governo, John Kerry, representante norte-americano nas Olimpíadas do Rio de Janeiro, que não se posicione favoravelmente ao governo interino golpista. Eles denunciam a farsa do impeachment de Dilma Rousseff, cuja inocência foi recentemente oficializada pelo Ministério Público (veja ao lado). Na carta, eles discorrem sobre a ilega-

lidade do impeachment de Dilma e reforçaram a necessidade de agir de forma cautelosa com as "autoridades interinas" brasileiras e de se abster de declarações que possam ser vistas como um apoio dos Estados Unidos à campanha contra a presidenta eleita. Diversos veículos da grande imprensa americana, como o The New York Times, estamparam notícias em que denunciam o golpe em curso no país. "Nosso governo deve expressar sua forte preocupação com as circunstâncias que envolvem o processo de impeachment e exigir a proteção da Constituição de-

mocrática no Brasil", afirmam na carta. Além disso, faz críticas severas ao presidente interino: "Michel Temer chegou ao poder e imediatamente substituiu uma administração progressista, diversa e representativa por outra que inclui apenas homens brancos a anunciar planos de impor a austeridade, a privatização e uma agenda de extrema-direita." O conteúdo ainda alerta que a presidente Dilma jamais foi acusada de corrupção e que as pedaladas fiscais, motivo alegado para seu afastamento, são "práticas utilizadas largamente em todos os níveis de governo no Brasil,

incluindo seus dois antecessores."

MPF INOCENTA DILMA - O Ministério Público Federal declarou que as chamadas "pedaladas fiscais" não foram crime de responsabilidade e que pediu arquivamento do processo contra Dilma Rousseff. Com isso, fica configurado o que já vem sendo denunciado por grande parte da população: é golpe. Esta acusação foi o que embasou o afastamento temporário da presidente. O MPF pediu o arquivamento do procedimento e o advogado da presidente, José Eduardo Cardozo, afirma que não há base jurídica para o impeachment.

ABAIXO ASSINADO

Empresas dificultam acesso do Sindicato aos trabalhadores O Sinttel está em todas as empresas de call center do Rio de Janeiro para colher a assinatura dos trabalhadores no abaixo assinado, que cobrará do Senado a aprovação do projeto de lei que regulamenta a atividade de operador de telemarketing/teleatendente. Projeto, aliás, já aprovado na Câmara e que é fruto de nove anos de luta do Sinttel-Rio. Mas, o que significa esse projeto para os trabalhadores? Muita coisa, especialmente uma profissão definida em lei que assegurará a essa categoria piso salarial e jornada de trabalho, além de outras garantias decorrentes da atividade que executam, como as pausas etc. Os trabalhadores precisam ter consciência

disso e não apenas subscrever o abaixo assinado, mas convencer os colegas a fazerem o mesmo. É o interesse de todos e de cada um, que está em discussão. O Sindicato está

fazendo a sua parte, são necessárias 150 mil assinaturas, queremos que os trabalhadores do Rio mostrem a sua força e garantam que esse número saia daqui para se somar ao que for colhido nos demais estados. A categoria conta com mais um milhão de trabalhadores em todo país, a maioria de jovens, na faixa etária de 19 a 30 anos. A maior concentração desses trabalhadores é justamente no Rio e em São Paulo. EMPRESAS CONTRA - Temendo a nossa vitória as empresas passaram a dificultar o acesso do Sindicato aos trabalhadores. Uma clara intervenção na liberdade de autonomia sindical e no direito do Sindicato de ir onde está o trabalhador. E

eles estão fazendo isso porque sabem que a regulamentação será boa para o empregado e ruim pra eles, à medida que vão gastar mais com salários e outras obrigações. PLANTÕES - O Sinttel-Rio mantém plantões nas duas maiores empresas do setor no Rio (Contax e Atento) e percorre as demais empresas no estado para obter a assinatura de todos os trabalhadores. Assine. Só depende de você. Carlos Amaral é responsável pela coleta de assinatura na Contax e Ricardo Pereira, Alan Dias e César Fernandes são responsáveis pela coleta na Atento. Se a sua empresa impede que o Sindicato chegue até você, vá até os dirigentes sindicais.


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