Ato FORA TEMER reúne 30 mil em Copacabana ABAIXO ASSINADO
A meta é 150 mil assinaturas
Cresce a cada dia o número de assinaturas no baixo assinado que cobra do Senado a aprovação do projeto de lei que regulamenta a atividade de operador de telemarketing/teleatendente. Projeto, aliás, que já foi aprovado na Câmara e que é fruto de nove anos de luta do Sinttel-Rio. Para ser sancionado e virar lei ele precisa ser aprovado no Senado. Para pressionar o Senado a votar, é preciso de no mínimo 150 mil assinaturas. A campanha pela coleta de assinaturas é nacional, mas nós queremos sair na frente e garantir esse número já aqui no Rio de Janeiro. A participação dos teleatendentes é fundamental, mas qualquer pessoa que considere essa luta justa pode subscrever o abaixo assinado. OI PRAIA
Em ato ontem (09), no prédio da Oi, em Praia de Botafogo, o Sindicato fez circular o documento e 70 trabalhadores o assinaram, demonstrando solidariedade com os teleatendentes. Nada mais justo, pois a classe trabalhadora é uma só. Em outros atos que o Sindicato fará nas demais operadoras, hoje em campanha salarial, o abaixo assinado também circulará. Além disso, o Sindicato mantém plantões na Contax e na Atento, as maiores empresas do setor e nas demais empresas para coletar assinatura dos trabalhadores. O importante é que os trabalhadores assinem. A regulamentação da profissão garantirá à categoria piso salarial e jornada de trabalho, além de outras garantias decorrentes da atividade que executam, como as pausas etc. A categoria conta com mais de um milhão de trabalhadores em todo país, a maioria de jovens, na faixa etária de 19 a 30 anos. A maior concentração desses trabalhadores é justamente no Rio e em São Paulo.
No dia da abertura das Olimpíadas, sexta passada (5), milhares de pessoas, mais de 30 mil, foram às ruas para denunciar para o mundo inteiro o golpe em curso no Brasil. O palco escolhido foi a Avenida Atlântica, em Copacabana, um dos pontos turísticos mais conhecidos e procurados por turistas, que, desta vez, dividiram sua atenção entre as belezas do calçadão, os cartazes e os gritos de “Fora Temer!”de grande parcela da população carioca.
A
concentração começou em frente ao hotel Copacabana Palace, e em seguida os manifestantes tomaram a pista em direção ao posto seis. Além dos movimentos sociais, da esquerda e das entidades de classes, o ato contou com a mobilização da sociedade civil organizada, negros, brancos, indígenas etc, representantes da diversidade da população brasileira, e de moradores do Rio, antes de tudo, cidadãos brasileiros, que lutam contra as atrocidades do governo ilegítimo e golpista. Temer e seus ministros sem escrúpulos iniciaram, há pouco mais de dois meses, um desmonte das instituições e projetos sociais, que condenam à morte grandes avanços conquistados pelos brasileiros. Sem falar nas próximas ações anunciadas, como a reforma trabalhista (ver manchete da página 2), que, mesmo à revelia do Congresso, Temer promete impor e colocar em prática. Cada vez mais claras estão as suas intenções e a sua política contra os pobres, contra os trabalhadores, contra as pautas sociais. PAÍSES BOICOTAM
Tradicionalmente, a cerimônia oficial de abertura das Olimpíadas conta com a presença dos chefes de estado dos países participantes do evento de esporte mais
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Ato em Copacabana: FORA TEMER! Nenhum direito a menos! Contra a calamidade
importante do planeta. Porém, o que se viu na abertura da Rio 2016, realizada na noite de sexta (5), no Maracanãzinho, foi o boicote de grande parte dos chefes convidados. Segundo dados, apenas 38 representantes dos países estiveram presentes na ocasião, número muito inferior aos 70 que assistiram às Olimpíadas de Londres, em 2012, e aos 80 que estiveram em Pequim em 2008. Em meio a uma grave crise política, oriunda do golpe em curso, o boicote dos países à cerimônia de abertura só confirma os retrocessos implementados por Temer, que fragiliza, as instituições
democráticas, as relações internacionais e comerciais do Brasil com o mundo. Como noticiamos na edição anterior, 37 parlamentares, entidades e sindicatos americanos fizeram um pedido formal por carta ao secretário e representante do governo, John Kerry, para que ele não se pronunciasse favoravelmente ao governo golpista. O influente senador americano, Bernie Sanders, divulgou comunicado nesta segunda-feira (8), em que condena o golpe e pede que o governo americano “tome uma posição definitiva contra os esforços para remover a presidente
democraticamente eleita do Brasil”, Dilma Rousseff. “Para muitos brasileiros e observadores, o controverso processo de impeachment mais se assemelha a um golpe de Estado”, declarou. “Depois de suspender a primeira presidente mulher do Brasil por razões duvidosas, o novo governo interino, sem um mandato para governar, aboliu o Ministério das Mulheres, da Igualdade Racial e dos Direitos Humanos. Eles imediatamente substituíram uma administração diversificada e representativa por um ministério composto inteiramente por homens brancos”, descreveu Sanders.
Temer e Serra em mar de lama da Odebrecht Por meio do vazamento de informações, começam a se confirmar denúncias de envolvimento dos golpistas Temer e José Serra. A delação do empresário Marcelo Bahia Odebrecht aos procuradores da Operação Lava Jato revela a participação do presidente golpista Temer, em operações ilícitas do PMDB, nas últimas décadas. Nada menos do que R$ 10 milhões da Odebrecht foram recebidos pelo partido, a pedido de Temer, oriundos de dinheiro sujo obtido em contratos
fraudulentos com a estatal brasileira do petróleo, Petrobras. O segundo a ser citado na delação da operação Lava Jato foi o senador e ministro golpista José Serra. Marcelo Odebrecht afirmou que R$ 23 milhões foram recebidos por Serra durante a campanha presidencial de 2010. Boa parte dos recursos avaliados, hoje, em R$ 34,5 milhões, veio de contas no exterior. Segundo especialistas, só isso, já implicaria na cassação do registro do PSDB, caso a Legislação
Eleitoral brasileira fosse aplicada. Estas denúncias não surpreendem, já que a mídia golpista sempre acobertou todos os esquemas de corrupção da direita. O que impressiona é o volume de dinheiro e a imensa hipocrisia dos que apontaram o dedo para a presidente Dilma, que, ironicamente não possui nenhum envolvimento obscuro em esquemas de corrupção e sofre um golpe político, comandado justamente pelos corruptos citados na delação.
CLARO
Sinttel quer mobilização nacional pela PLR Na reunião amanhã (11) da diretoria executiva da Federação Nacional dos Trabalhadores em Telecomunicações (Fenattel), em SãoPaulo, os dirigentes do Sinttel vão encaminhar proposta de mobilização nacional na Claro para exigir da empresa uma proposta de PLR/2016 compatível com seus lucros e resultados e o pagamento da antecipação. Além da mobilização nacional aqui no Rio o Sindicato vai chamar os trabalhadores a fazer pressão. "Se não reagirmos a Claro vai empurrar goela abaixo essa proposta de PLR indecente que foi rejeitada pela comissão" desabafou Virgínia Berriel, diretora do Sinttel. A proposta foi rejeitada há mais de 15 dias e desde então a Claro se finge de desentendida e não marca a retomada das negociações. A proposta da Claro é uma miragem, um jogo de ilusionismo. Eles têm
a cara de pau de dizer que o target inicial de 2,4 salário pode evoluir para 3,6 salários, mas quando apresenta os critérios fica evidente que a maioria dos trabalhadores poderá não receber nada. A empresa que tem recursos para ser a patrocinadora oficial das Olimpíadas é incapaz de reconhecer o esforço dos seus empregados que trabalham para três empresas ganhando apenas por uma. A proposta de PLR da Claro é a pior entre as operadoras. Até a Oi que está à beira da falência em processo de recuperação judicial, fez uma proposta de pagamento e PPR (até 3 salários) melhor que ela. "Isso é inaceitável", lamentou Virgínia que insiste na mobilização dos trabalhadores para virar esse jogo. Ela lembra: "não podemos esquecer, a Claro mantém congelado por dois anos o vale refeição/alimentação dos trabalha-
dores da Embratel. Se não houver reação vamos ficar sem PLR", disse. O que a Claro quer na verdade é a plicar a todos os trabalhadores do grupo os mesmos critérios de elegibilidade da NET para distribuição do PLR, o mais prejudicial e excludente para todos os trabalhadores do grupo que inclui não apenas a própria Claro, mas a Embratel, Primyses, Star One e Telmex e Net. A CASCA DE BANANA
Para o Sinttel, a proposta da Claro é armadilha, uma casca de banana para derrubar os desavisados. Há pelo menos três aspectos negativos que a torna inaceitável. São eles: ELEGIBILIDADE - só receberão PLR aqueles que trabalharem, no mínimo, 180 dias no ano (modelo da NET). Isto é um retrocesso. Na Claro a elegibilidade é de
30 dias trabalhados no ano; na Embratel é 120 no ano. Elevar todos para 180 dias é um absurdo inaceitável. Se a Claro quer unificar, coloque 30 dias de trabalho no ano para todos, inclusive, para o pessoal da NET, hoje do mesmo grupo. ADIANTAMENTO - Fim do adiantamento da PLR em setembro. Isso já é uma prática antiga na Claro, os trabalhadores já contam com essa antecipação em seu orçamento, assumem compromissos, a empresa não pode simplesmente de uma hora para outra dizer que não vai pagar. GATILHO - esse é o pior de todos. Trata-se de um limitador. Você pode se esforçar ao máximo, mas se não atingir esse gatilho – não receberá nada. Ou seja isso pode impedir que os trabalhadores recebam. Não podemos aceitar essa manobra.