Jornal do Sinttel-Rio nº 1551

Page 1

O GOLPE É CONTRA VOCÊ

ATO EM COPACABANA DIA 5 Operadoras: campanha começa agora!

A data base dos trabalhadores das operadoras começa no segundo semestre do ano, no período de setembro a novembro, mas este ano, ao contrário dos anteriores, vamos começar a campanha salarial agora. Neste sentido, faremos semanalmente atos nos prédios da Oi, Claro, Tim, Vivo e Nextel. No dia 26, demos a largada dessa campanha, com a realização de atos nos prédios da Claro (Av. Pres. Vargas e no Complexo de Mackenzie). AMANHÃ É A VEZ DA OI Amanhã, dia 2, a direção do Sindicato estará no prédio da Oi, Praia de Botafogo, para conversar com a categoria e começar já a mobilização. O objetivo do Sindicato é conscientizar os trabalhadores de que, sem luta, sem mobilização intensa, não vamos conseguir forçar as empresas a repor as nossas perdas. Nesses atos nos locais de trabalho os dirigentes sindicais estarão municiando os trabalhadores de informações sobre os lucros das operadoras. A crise passa longe do setor e telecomunicações. Na campanha desse ano, todas as empresas comemoraram os seus lucros muita acima de suas expectativas, mas na hora de negociar reajuste salarial e de benefícios, elas foram tacanhas. Nenhuma corrigiu os salários pelo INPC, isso significa que os trabalhadores tiveram perda. Esses atos também servirão para conscientizar os trabalhadores da importância de ser sindicalizado. Quanto maior o número de sindicalizados, mais forte é o Sindicato. A mensalidade sindical é um financiamento da manutenção da luta. Se temos consciência de que o Sindicato é o nosso único defensor diante da ganância e violência patronal, temos que fortalecê-lo, nos filiando. Assine sua adesão. FIM DA APOSENTADORIA O Sindicato também estará esclarecendo os trabalhadores sobre a ameaça que paira sobre cada um de nós e, especialmente sobre os que estão ingressando agora no mercado de trabalha: o fim da aposentadoria. Os jovens pensam que aposentadoria é coisa de velho. Estão enganados. O projeto de reforma do governo golpista é justamente sobre a juventude. Temos que nos unir para impedir o fim da aposentadoria.

SOCORRO ANDRADE

Todos ao ato/caminhada contra o golpe nos direitos trabalhistas e sociais e na aposentadoria. No momento, só será possível derrotar o pacote de maldades de Temer e Pezão com a mobilização de todos os trabalhadores e brasileiros.

O ato é idealizado pelas Frentes Brasil Popular e Povo Sem Medo, cujo objetivo é mobilizar a população contra a retirada de direitos (veja matéria sobre a inconstitucionalidade da Reforma Trabalhista na página 2) e a Reforma da Previdência. A Proposta de Emenda Constitucional 287 de Reforma da Previdência, que tramita no Congresso Nacional, restringe drasticamente a aposentadoria da massa trabalhadora, especialmente aqueles de maior vulnerabilidade social. O texto estabelece o aumento da idade mínima de 65 anos para homens e mulheres. A regra também vale para os professores, anulando a condição especial do magistério. O tempo mínimo de contribuição passará para 25 anos, sem a garantia do benefício completo. Este tempo de contribuição, dará direito a apenas 76% do valor. TRABALHAR ATÉ MORRER

O governo golpista de Temer quer que o brasileiro trabalhe até morrer. Isto porque, com a PEC, para ter acesso à aposentadoria integral, o trabalhador terá que contribuir por, no mínimo, 49 anos. Ou seja, pelas contas, o brasileiro terá que começar a trabalhar e contribuir a partir dos 16 anos, para, assim, ter o mínimo de dignidade

na aposentadoria. Além disso, a pensão por morte, benefício dado a quem perde a esposa ou o marido, também mudará, se a PEC 287 entrar em vigor. O benefício não será mais de 100%, apenas 60% do valor, mais 10% por dependente. Também será proibido receber pensão e aposentadoria ao mesmo tempo. O texto ainda prevê a possibilidade de, no futuro, aumentar a idade mínima para a aposentadoria, sem necessidade de nova discussão legislativa, para a

aplicação das novas regras. Tudo isso vai depender do aumento da expectativa de vida dos brasileiros. Se vivermos mais, trabalharemos mais. Se aprovada, a regra valerá tanto para o serviço público, quanto para o privado, e atingirá mulheres com 45 anos ou menos, e homens com idade inferior a 50 anos. MOBILIZAÇÃO POR DIREITOS

As conquistas históricas dos trabalhadores estão correndo sérios riscos com

a PEC 287. A luta política em defesa da previdência pública é de todos os brasileiros, todos os trabalhadores que lutam diariamente em seus locais de trabalho e que movimentam a economia do Brasil. Desta forma, é urgente que a população se una aos movimentos sociais, centrais sindicais, acadêmicos em defesa dos direitos trabalhistas e previdenciários. O golpe ainda está em curso e é preciso derrotar os pacotes covardes dos governos golpistas, que poderão levar o Brasil a retrocessos sociais sem precedentes na história.

CAMPANHA DE TELEATENDIMENTO

Proposta vergonhosa é rejeitada em mesa

Na última rodada de negociação regional, realizada dia 26, mais uma vez ficou claro o desrespeito das empresas pelo trabalhador. As empresas repetiram a proposta vergonhosa da negociação nacional, que ignora a data base da categoria - 1° de janeiro - e propõe reajuste de salários somente em julho e ainda muito abaixo da inflação, de míseros 3,58%, enquanto o INPC do período ficou em 6,58%. Além de ZERO de reajuste para os benefícios e ZERO de PLR/2016. É inaceitável! A proposta foi rejeitada em mesa pelo Sindicato, que reforçou aos representantes

das empresas Atento, Contax, Brasil Center, Tivit, Warm, Internáutica, a pauta de reivindicações construída em conjunto com os trabalhadores. Entre os itens de destaque da Pauta estão: piso salarial de R$1300,00, tíquete refeição unificado de R$25,00, PLR de um salário, redução dos descontos e aplicação da tabela de cargos e salários. Nos últimos anos, a categoria sofreu com demissões - hoje são cerca de 50 mil no estado - e migração de empresas para o Nordeste, onde elas precarizam as relações de trabalho ao aplicar salários e benefícios menores do que no eixo Rio-São Paulo.

A direção do Sindicato se reunirá no dia 4, para estabelecer os eixos da luta, como produção de faixas, material e realização de atos, a fim de mobilizar toda a categoria - desde operadores, a gestores, TI, coordenadores etc - para a obtenção de avanços reais nesta campanha. A reunião da nacional acontecerá amanhã (1o), em São Paulo, e o diretor Ricardo Pereira estará presente. Atento: diga não ao SA 8000

A Atento está realizando entrevistas com os trabalhadores, com o objetivo de conquistar o certificado SA 8000, dado

a empresas que promovem a melhoria contínua das relações e das condições do ambiente de trabalho. O Sindicato orienta os trabalhadores a ficarem alertas às manobras da empresa, que tenta camuflar a realidade de abusos e denúncias de precarização das relações trabalhistas. Ou seja, os trabalhadores não devem temer relatar a rotina massacrante a que são submetidos. Dúvidas, denúncias e sugestões devem ser encaminhadas para: ricardopereira@sinttelrio.org.br, alandias@sinttelrio.org.br e cesarfernandes@ sinttelrio.org.br.

Tivit cede e promete resolver problemas As denúncias dos trabalhadores da Tivit ao Sindicato não paravam de chegar via e-mail ou telefone. A insatisfação é generalizada e dão conta de problemas, como: compensação das horas armazenadas no banco de horas; a exigência ilegal de inclusão do código da doença (CID) nos atestados médicos; assédio moral feito pelos gestores, que variavam da ameaça de advertência, suspensão e até demissão por justa causa etc. Na tentativa de pôr fim aos conflitos, o Sindicato esteve reunido com os trabalhadores e, na ocasião, foi constituída uma comissão de trabalhadores para se reunir com a empresa. Um dos gestores da Tivit se recusou a receber essa comissão alegando que eles não tinham representatividade. Essa atitude autoritária e infeliz

intensificou a revolta na categoria que decidiu por uma paralisação amanhã (2). Diante da iminente paralisação, a empresa percebeu que exagerou e recuou. Convocou a direção do Sinttel e a comissão de trabalhadores para uma reunião ontem (31). Na reunião, participaram Viviane Oliveira, gerente e Recursos Humanos (RH), Leonel Gomes, gerente de Planejamento, Alessandra Reis, Supervisor de RH. Pela direção do Sinttel, participaram os diretores Valdo Leite e Beth Alves. Eles explicaram que a empresa passa por uma mudança de gestão e se comprometeram com o Sindicato a resolver todos os problemas existentes, especialmente os que são motivos de denúncia e revolta por parte dos empregados.

BANCO DE HORAS

Uma das maiores indignações dos trabalhadores é com a compensação das horas do banco. Eles preferem trocá-las por folga e não recebê-las como horas extras 60 dias depois. Acontece que os gestores chegam a marcar as folgas, mas um dia antes das mesmas, cancelam, dizendo que não é possível. Isso é absurdo. Outro problema é a cobrança do CID nas licenças médicas. Isso é ilegal e o Sindicato exige o fim dessa prática. Há também necessidade de divulgação da escala de plantão, com antecedência de 15 dias. PARALISAÇÃO SUSPENSA

A empresa garantiu atender a essas e outras exigências do Sindicato e, diante disso, os dirigentes sindicais decidiram

dar um crédito de confiança e suspender a paralisação. Mas, amanhã (2), estarão às 7h, nas dependências da Tivit conversando com os trabalhadores, informando tudo que foi discutido na reunião e tirando dúvidas. Se a Tivit não cumprir com sua palavra, o Sindicato fará assembleia para deliberar sobre paralisação ou outra forma de pressão. PRODUTO CEG

Os trabalhadores da Tivit, produto CEG, que trabalham no prédio da Rua Senador Pompeu, 60, estão frequentemente sendo obrigados a subir do térreo até o quarto andar de escada. Um absurdo! Isso acontece porque os elevadores não têm manutenção regular e vivem com defeito. Queremos uma solução para esse problema também.


Turn static files into dynamic content formats.

Create a flipbook
Issuu converts static files into: digital portfolios, online yearbooks, online catalogs, digital photo albums and more. Sign up and create your flipbook.
Jornal do Sinttel-Rio nº 1551 by Sinttel-Rio - Issuu