Jornal do Sinttel-Rio nº 1529

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SE DER GOLPE, VAI TER LUTA... CAMPANHA DAS OPERADORAS

Vivo abre negociações Têm início hoje (24), em São Paulo, com a Vivo/GVT as negociações salariais das operadoras com data base e 1º de setembro. Além da Vivo negociarão agora a Claro/Embratel e NET, a TIM, a Nextel, a Algar mobilizando um total de mais de 200 mil trabalhadores em todo país. A Pauta de Reivindicações é nacional e exige: 4Reajuste - 100% do INPC mais 5% de aumento geral 4Piso Salarial - R$ 2.100,00 a partir de 1º de setembro 4 PPR/PLR - negociação dos parâmetros do Programa de Participação nos Resultados ou nos Lucros e Resultados (PPR/ PLR) 2016 até o primeiro trimestre de 2016 4Licença maternidade de 180 dias 4Vale Alimentação (VA) - no valor mensal de R$ 420,00 concedido nas férias bem como para os trabalhadores em auxílio doença, acidente de trabalho e licença maternidade/adoção 4Vale Refeição (VR) - no valor de R$ 37,00, sendo 26 vales, independente da quantidade de dias úteis no mês, para os trabalhadores com jornada igual ou superior a 36h semanais, concedido no período de férias, auxílio doença, acidente de trabalho e licença maternidade 4Auxílio creche/babá/pré-escolar - limitado ao valor de 100% do piso salarial da categoria ao mês para todos os trabalhadores com filhos até 7 anos, cabendo a estes opção por creche, babá ou pré-escolar 4Auxílio a dependente portador de necessidades especiais - 100% do piso salarial da categoria ao mês para trabalhadores que tenham filhos nesta condição, sem limite de idade e conforme laudo médico Não vamos abrir mão de nossos direitos, vamos lutar o corte de direitos e pela manutenção de todas as conquistas de acordos anteriores.

Amanhã (25), o Senado dará início ao processo de julgamento do impeachment da presidenta Dilma Rousseff. O pedido de impeachment se amparava na alegação de crime de responsabilidade, as chamadas pedaladas fiscais. Esse argumento nunca se sustentou e foi destruído mesmo antes da aceitação do processo na Câmara.

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esde então, nada se provou contra a idoneidade moral e pública da presidenta, mas isso não importa, pois os defensores do golpe em curso no país, a mídia, liderada pela Globo, os empresários e um congresso constituído em sua grande parte por bandidos envolvidos em crimes de corrupção e lavagem de dinheiro, querem derrubar uma presidente eleita por mais de 54 milhões de brasileiros, justamente porque esta mulher decidiu enfrentar e combater a corrupção no país e não se submeteu à chantagem de gângsters, como Eduardo Cunha. Em seu governo, essa mulher deu continuidade a programas sociais de grande envergadura para a melhoria de vida de milhões de brasileiros órfãos do estado ao longo de séculos. Em 13 anos de investimento em programas sociais foi possível tirar 32 milhões de pessoas da linha da miséria e lhes devolver a cidadania usurpada há séculos. O Golpe contra Dilma não é pelo que ela fez de errado, não houve erro. O golpe é contra um projeto de governo que quer pôr fim às desigualdades socais, que quer acabar com a corrupção. Quer uma justiça imparcial que julgue independente de cor partidária. STF APOIA O GOLPE

É importante que a sociedade brasileira saiba desde já quem são os agentes do golpe contra a democracia brasileira. Além da mídia, da Globo e dos empresários, a Suprema Corte (STF), como Pilatos, lavou as mãos e está deixando que a Constituição Brasileira seja violentada e ferida de morte. Em artigo no seu blog, edição de ontem (23), o jornalista Josias de Sousa, da Folha de São Paulo, põe literalmente o dedo na ferida. Os ministros do STF se omitem diante das provas que impediam o impeachment porque querem um reajuste que eleva seus atuais salários de R$ 33,7 mil para R$ 39,2 mil. Josias revela que “na Câmara, 2 em cada 10 deputados estão pendurados em processos que aguardam julgamento no Supremo. No Senado, 4 em cada 10 senadores estão na mesma situação. No Planalto, há um presidente interino cuja efetivação depende do resultado de um julgamento que é comandado no Senado pelo presidente do STF, o ministro

Ricardo Lewandowski.” Ou seja, sem impeachment os ministros não terão os seus 16,32% de reajuste. E Josias conclui dizendo: “convertido em sindicato de si mesmo, o Supremo pede a um Legislativo imundo e a um

Executivo provisório que lhe conceda o reajuste que o próprio tribunal estipulou. Ninguém disse ainda, talvez por medo, mas esse processo se assemelha muito a uma chantagem.” Mas o povo brasileiro está na rua contra

o golpe e se manterá se o mesmo for aprovado no dia 29. A luta vai continuar contra o governo golpista, contra os cortes de direitos e programas e pela democracia. Resistir é preciso e nós vamos resistir! Confira a agenda de luta da CUT. SOCORRO ANDRADE

NENHUM DIREITO A MENOS

CUT promove atos contra o golpe Em reação ao golpe e em defesa da democracia e da manutenção das conquistas dos trabalhadores, a CUT promove ações em todo o Brasil no momento em que o futuro político do Brasil será decidido pelo julgamento do impeachment da Presidenta Dilma, vítima de um golpe articulado por forças conservadoras que querem retomar o poder a todo custo. No dia 25, terá início a primeira etapa da sessão do julgamento. Em Brasília,

local do julgamento, uma jornada de luta teve início ontem em Brasília e se intensificará no dia 29 de agosto, em um grande ato nacional. No Rio, artistas de vários segmentos realizaram ontem (23), no Circo Voador, o evento "A Farsa - O Enredo Tragicômico de um Golpe”. A CUT e os movimentos sociais convocam trabalhadores de todo o Brasil para a luta e resistência dos direitos e dos empregos, fortemente ameaçados

pelo governo golpista. "RUMO À GREVE GERAL”

Neste contexto de lutas, está sendo articulada a realização de uma greve geral em setembro, bem como outras atividades contra a retirada de direitos e medidas que diminuem as conquistas sociais. Ontem (23), trabalhadores ocuparam o Congresso Nacional com gritos de: "Rumo à Greve Geral!".

Alguns segmentos do serviço público já estão paralisados. É o caso de funcionários do Tesouro Nacional, do Ministério da Transparência (CGU) e da Defensoria Pública da União, que alegam que só voltarão às atividades de rotina quando tiverem as pautas atendidas. As reivindicações vão de equiparação aos salários de auditores da Receita Federal à reestruturação de carreiras.


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