CAMPANHA DAS OPERADORAS
O GOLPE É CONTRA VOCÊ! Vivo é condenada por assédio moral
A Vivo foi condenada a indenizar uma assistente administrativa por assédio moral. A empregada era terceirizada pela Doc’s Assessoria em Arquivos Ltda, que mantinha contrato de prestação de serviço com a Vivo. A empregada era assediada pelo supervisor que a chamava de burra, preguiçosa e ignorante e chegava a bater com um chicotinho na mesa dela. A decisão é do Tribunal Superior do Trabalho (TST). O assédio ocorreu no Rio Grande do Sul, onde o Tribunal Regional do Trabalho da 4ª Região (RS), concluiu que a conduta do chefe “atenta contra a dignidade e a honra do indivíduo, uma vez que expõe os empregados a uma situação vexatória, sendo humilhado e diminuído perante os colegas de trabalho”. O TST-manteve a sentença do TRT-RS que condenou a operadora e a Doc’s a pagarem uma indenização de R$ 5 mil. VIVO PAGA POR OMISSÃO
Para o relator do processo no TST, desembargador Marcelo Lamego Perence, a decisão do Tribunal Regional foi “incensurável” ele destacou que a condenação subsidiária da Telefônica resultou de sua condição como tomadora de serviços, beneficiária do trabalho realizado pela profissional. O magistrado explicou que o tomador dos serviços responde por todos os atos e tem culpa pela não fiscalização. Segundo a Justiça do Trabalho, a Telefônica não deveria apenas escolher empresa idônea para a prestação dos serviços, como também velar pelo cumprimento de suas obrigações em relação a terceiros. Essa é uma prática comum nas operadoras de telecomunicações tomadoras de serviços de terceiros e duramente combatida pelo Sinttel que, aliás, já obteve algumas vitórias judiciais em questões similares a esta.
Vivo propõe reajuste zero e aumento de jornada
Na primeira rodada de negociações com a Vivo/GVT, realizada dia 24, em São Paulo, a empresa, respaldada pela política de cortes de direitos e de arrocho salarial do governo golpista, propôs reajuste zero para os salários e benefícios e aumento de jornada de 40 para 44 horas de trabalho para os trabalhadores da rede.
A
comissão de negociação, constituída de representantes do Sinttel-Rio e de outros estados e da Federação, foi categórica em afirmar que não aceitarão retrocesso e exigem a reposição das perdas e aumento real para salários e benefícios. Reajuste zero e aumento de jornada são inaceitáveis. MAIOR DO PAÍS
A Vivo não tem nenhuma justificativa para negar reajuste aos trabalhadores. A empresa está no melhor dos mundos, só no primeiro trimestre desse ano obteve um lucro líquido de R$ 1,2 bilhões e uma Ebitda, sigla em inglês que significa lucro sobre juros, imposto, depreciações e amortizações,
de R$ 3,27 bi. Os resultados foram comemorados pelo presidente da empresa Amos Genish, que em declarações ao jornal Valor Econômico, em 27 de abril, bradou que “esse é maior Ebitda da história da Vivo”. Lucro e receita da Vivo não param de crescer. No segundo trimestre desse ano, conforme números divulgados pelo portal especializado Teleco, a Vivo manteve a liderança com uma receita líquida de R$ 10,5 bilhões, se consolidando como o maior grupo de telecom do país. Os dados do Teleco foram confirmados pelos negociadores da empresa na mesa de negociação, que, sem qualquer constrangimento, após acenar com re-
ajuste zero, admitiram que em junho a empresa já haviaultrapassado as metas para PPR. O Sindicato não está blefando quando diz que esse golpe é contra o trabalhador, contra o povo brasileiro. E dizemos mais, o golpe foi financiado pelas empresas desde o primeiro instante. Convém lembrar que o deputado Eduardo Cunha, réu na Lava Jato e indiciado por vários outros crimes, inclusive, de lavagem de dinheiro, teve sua campanha a deputado financiada por grandes empresas de telecomunicações. NOVA NEGOCIAÇÃO DIA 13
A empresa já marcou uma nova
rodada de negociações pra o dia 13. O Sindicato, por sua vez, dá início à mobilização dos trabalhadores com a relação de atos nos locais de trabalho para informar sobre a campanha e discutir formas concretas de pressão. ALGAR - AAlgar marcou a sua primeira rodada de negociações para o dia 12. Além da Vivo e da Algar, têm campanha salarial agora, para data base 1º de setembro, a Claro/Embratel, a TIM e a Nextel, as quais nem começaram a negociar. Essa campanha envolve mais de 200 mil trabalhadores em todo país.
SE NÃO HÁ CRIME, É GOLPE
SOCORRO ANDRADE
Contax altera a jornada da madrugada
Os trabalhadores que atuam no horário da madrugada na Contax, site da Beneditinos, foram pegos de surpresa, quando foram informados pelos seus gestores que o horário de saída passaria para às 7 horas. Há mais de 10 anos, estes profissionais trabalham com uma jornada de 200 horas e no horário de 22h às 6h. A empresa alega que, como a jornada prevista em ACT/CCT é de 44 horas semanais, estes profissionais estavam trabalhando uma hora a menos. O Sinttel está encaminhando uma notificação para a empresa, pois entendemos que existe a primazia da realidade, quando os fatos imperam sobre qualquer contrato formal, princípio detalhado nos artigos 58 e 73 da CLT. O Sinttel, por meio do diretor Carlos Amaral, está se empenhando para que os trabalhadores tenham os seus horários antigos restabelecidos. A empresa ficou de se posicionar a respeito deste caso.
O
dia 29 de agosto de 2016 ficará marcado na história do Brasil. Primeiro, como um triste golpe contra a democracia, televisionado para todos os brasileiros que puderam acompanhar o início do julgamento no Senado da Presidenta Dilma Rousseff, vítima de um golpe. Mas, também ficará marcado pela defesa corajosa e histórica da Presidenta, que respondeu, durante 15 horas, a repetidos questionamentos de senadores que insistiam em achar argumentos para a sua condenação, mesmo após o Ministério Público Federal (MPF) concluir que as pedaladas fiscais não configuraram crimes comuns, inclusive as que embasaram o seu processo de impeachment. Dilma deu uma aula no Senado.
Grande ato FORA TEMER! realizado dia 29 de agosto
Respondeu aos senadores, muitos deles envolvidos em casos de corrupção, com segurança, firmeza e grande conhecimento técnico. "Fui eleita presidenta por 54 milhões e meio de votos para cumprir um programa cuja síntese está gravada nas palavras “nenhum direito a menos”, afirmou em seu pronunciamento inicial. "O que está em jogo no processo de impeachment não é apenas o meu mandato. O que está em jogo é o respeito às urnas, à vontade soberana do povo brasileiro e à Constituição.O que está em jogo são as conquistas dos últimos 13 anos: os ganhos da população, das pessoas mais pobres e da classe média; a proteção às crianças; os jovens chegando às universidades e às escolas técnicas; a valorização do salário mínimo; os médicos atendendo
a população; a realização do sonho da casa própria", continuou. Para cientistas políticos, o discurso de Dilma vai ter repercussões mundiais. "Será uma vergonha e um constrangimento para os golpistas aprovarem sua destituição. Passarão aos olhos do mundo como são: gente investida dos interesses mais sórdidos e mesquinhos contra o povo brasileiro", afirmou o professor de economia política internacional da UFRJ, Carlos Eduardo Martins. ATOS PELO BRASIL
Enquanto Dilma resistia bravamente contra às investidas de golpistas no Senado, movimentos sociais e centrais sindicais realizaram atos em várias capitais. No Rio, cerca de 10 mil pessoas
saíram em passeata da Candelária à Assembleia Legislativa, para protestar contra o que estava acontecendo no Senado: o julgamento de uma Presidenta honesta, eleita pelo povo duas vezes para o cargo, que teimou em defender o seu povo, a sua gente. Os golpistas já anunciaram o que querem: retirar direitos dos trabalhadores e entregar as riquezas nacionais, como pré-sal, aos estrangeiros. Mas, os movimentos sociais e sindicais prometem resistir às ameaças de perdas e cortes de direitos. "Nos próximos atos, vamos deixar as ruas sem espaço. Vamos continuar a lutar, por nós, por nosso filhos, pelas futuras gerações", afirmou em pronunciamento ano ato a diretora de imprensa e secretária geral da CUT-Rio.