CAMPANHA DAS OPERADORAS
Claro oferece 3% para os salários
OUTUBRO ROSA
MÊS DE COMBATE AO CÂNCER DE MAMA
O
utubro Rosa é uma campanha mundial para estimular a participação da população no controle do câncer de mama. Para isso, todo ano várias entidades promovem eventos para proporcionar maior acesso a informações e aos serviços de diagnóstico e de tratamento do câncer. Durante o mês de outubro, o Sinttel adere a campanha e enfatiza a importância da informação para a prevenção da doença. O INCA, este ano, escolheu o tema "Câncer de mama: vamos falar sobre isso?” e realiza, em parceria com a Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz), a exposição "A Mulher e o Câncer de Mama no Brasil", composta por 22 painéis nas versões física e digital. A física estará disponível em três lugares: Supervia, na estação Central do Brasil, até o dia 10 de outubro; no Núcleo do Ministério da Saúde no Rio de Janeiro, de 10 a 17; e na Fiocruz, de 17 a 21 (Museu da Vida, em Manguinhos). Além disso, o INCA abre suas portas amanhã (6) para compartilhar com a população, a partir das 9h30, uma programação de debates, com temas, como "Mulher, fique atenta: chegou mensagem do seu corpo para você!" e "A mulher e as atuais recomendações para a detecção precoce do câncer de mama". O Inca fica na Praça Cruz Vermelha, 23, Lapa. A campanha tem como objetivo principal fortalecer as recomendações do Ministério da Saúde para o rastreamento e o diagnóstico precoce do câncer de mama e desmistificar conceitos em relação à doença.
SOCORRO ANDRADE
A primeira rodada de negociação salarial com a Claro, ontem, dia 4, em São Paulo, foi rápida e rasteira, durou apenas duas horas, das 10 às 12 horas. Tempo suficiente para os representantes da empresa ofereceram míseros 3% de reajuste para os salários e para o reembolso creche. Um acinte. Uma provocação. Um desrespeito a todos os empregados. Isso está muito aquém do INPC acumulado desde 1º de setembro do ano passado até 31 de agosto deste ano, data base da categoria, que foi de 9,62%.
I
ndignado com a postura autoritária e antissindical da Claro, o coordenador Geral do Sinttel-Rio, Luís Antônio, membro da comissão de negociação. disse em alto e bom tom: “isso não pode ser considerada uma proposta”. Para a diretoria do Sindicato e para a Comissão Nacional de Negociação, isso é provocação. Diante disso o Sindicato chama os trabalhadores a reagir, aderindo em massa às mobilizações relâmpago (sem aviso), que deverão acontecer na porta dos prédios da empresa no Rio de Janeiro. “Ou a gente se mexe, reage e luta ou vamos amargar severos prejuízos”, desabafou Virgínia Berriel, dirigente do Sinttel. E isso vale para os trabalhadores das demais empresas. A proposta da Claro pouco difere da proposta da Vivo.As empresas estão claramente se pautando na política de “ajuste” do governo golpista, que prevê para a classe trabalhadora um cenário de horror, corte de direitos, arrocho salarial, aumento de jornada e muito mais. TÍQUETE CONGELADO
A Claro teve a cara de pau de novamente oferecer ZERO de reajuste para o vale alimentação/refeição dos trabalhadores, o que significa, na prática, manter o benefício congelado pelo terceiro ano consecutivo, mesmo num cenário de inflação alta e com maior
elevação justamente na alimentação. Isso é barbárie. PPR/2016
A empresa manteve a proposta já rejeitada em mesa, e além de não garantir antecipação, como sempre aconteceu até o ano passado no mês de setembro, insiste no gatilho, ou seja, no limitador, que representa um retrocesso. Esse gatilho pode levar o um trabalhador que bateu todas as metas a não receber a PPR. Ainda com relação à PPR, a empresa insiste no tempo de 180 dias para elegibilidade (na empresa), o que é um absurdo. Ela também quer fracionar o pagamento na Claro e na Embratel. Práticas, cujo objetivo final é reduzir o que o trabalhador poderá ganhar. MINUTA
Com relação à minuta que foi alterada pela empresa com questões não negociadas ou aprovadas pela categoria, a empresa marcou uma reunião para amanhã, dia 6, para tratar desta questão. NOVA NEGOCIAÇÃO DIA 20
Diante da rejeição da proposta pela Comissão de Negociação, uma nova reunião já ficou agendada para o dia 20, ocasião em que o Sinttel espera que a Claro faça uma proposta digna de ser submetida aos trabalhadores.
Vivo: esmola não!
A Vivo/GVT , empresa líder do mercado de telecomunicações e a primeira entre todas em lucro e receita, é a mais miserável na mesa de negociações. Depois de oferecer ZERO de reajuste para os salários e benefícios, a Vivo acenou com 6% apenas para os pisos salariais e a serem pagos em janeiro 2017. É provocação. Quantos trabalhadores ganham o piso salarial na Vivo? Pouquíssimos, apenas iniciantes. Na terceira rodada de negociação, realizada semana passada, dias 28 e 29, a empresa manteve a enrolação. Ela teve a cara de pau de “elevar” o índice de reajuste dos pisos para 6,50% a ser aplicado aos salários em jan/2017 e criou duas faixas de reajuste uma de 6% para quem ganha entre os
pisos e R$ 1.156,20, e um valor fixo de míseros R$ 75,15 a ser incorporado ao salário. Uma esmola, esta é a única comparação possível com a proposta da Vivo. E isso nós não vamos aceitar. Os trabalhadores da Vivo/GVT são mão de obra qualificada, merecem salários compatíveis com sua qualificação e não estão mendigando, mas exigindo o que têm direito, no mínimo a reposição da inflação, que é de 9,62%. Além dessa proposta vergonhosa de reajuste de salário, a Vivo mantém a disposição de aumentar a jornada de trabalho. Uma nova rodada de negociação está marcada para os dias 9 e 10. Sem uma proposta digna de reajuste para este ano, o Sindicato já avisou, vai mobilizar a categoria para ir à luta.
TIM só enrola e não faz proposta
A primeira rodada de negociação com a TIM dia 29, em São Paulo foi um verdadeiro show de enrolação. A empresa levou um dia inteiro lendo a Pauta de Reivindicações, destacando uma questão aqui outra ali, a pretexto de discutir depois e disse que não ia fazer nenhuma proposta de reajuste de salários e benefícios naquele momento. A data base da categoria é 1º de setembro. Uma nova reunião ficou marcada para o dia 10/10, aqui no Rio.
OS O INPC A MENOS. EXIGIM TO EI R DI M U NH NE
CAMPANHA NACIONAL DE TELEATENDIMENTO
Assembleias de pré-pauta até dia 11 Desde o dia 30 de setembro, o Sinttel está realizando assembleias nos locais de trabalho para apreciação da pré-pauta de reivindicação para a campanha salarial de teleatendimento 2017, que envolve cerca de 60 mil trabalhadores e cuja data base é 1° de janeiro. A pré pauta foi elaborada a partir de uma reunião, realizada dia 22, com representantes dos trabalhadores de diversas empresas e de um processo de consultas junto à categoria. Nas últimas semanas, o Sindicato realizou uma pesquisa em diversos sites e no seu portal para levantar como está a situação da categoria em relação a salários, planos de cargos e jornada de trabalho e, juntamente com uma proposta feita pela Fenattel, desenvolveu a pré-pauta de reivindicações que está sendo submetida aos trabalhadores. As assembleias são importantes para que os trabalhadores conheçam a pré
pauta, como também possam opinar e dar sugestões para a definição da pauta final. Neste ano, o Sindicato vai lutar para implantar, a partir desta campanha, uma tabela de classificação salarial por função (veja no portal). Veja abaixo as próximas assembleias, que acontecerão de 10 às 16h, e seus respectivos locais: 4Dia 5/10 – Atento - Penha e Madureira/ Contax – Mackenzie e Rio Comprido 4Dia 6/10 – Atento Niterói / Contax – Mauá / Warm 4Dia 7/10 – Internáutica 4Dia 10 - Tivit site Nova América 4Dia 11 – Tivit site Senador Pompeu É fundamental que todos participem da campanha, que promete ser difícil, já que o empresariado se vale das medidas golpistas do governo ilegítimo atual, que já anunciou cortes de direitos trabalhistas. Sem luta e mobilização,
não haverá conquistas. Veja abaixo os principais itens da pauta abaixo e na íntegra no site (www.sinttelrio.org.br): aReajuste salarial com reposição integral do INPC + 5% de ganho real para todos os trabalhadores aPiso regional para os trabalhadores com jornada de até 180 horas aPlano de cargos e salários com definição de pisos para os demais cargos adm. e operacional aReajuste do VA/VR igual para todos os trabalhadores com carga extra nas férias aAuxílio creche - até 7 anos o valor será correspondente a 60% do salário nominal para ambos os sexos. O mesmo para filhos PCD (pessoa com deficiência) aMenos descontos no VR/VA/VT e plano de saúde aRedução de jornada de 220 para 200 horas semanais (40 horas)
Sinttel cobra e Contax volta atrás sobre jornada Finalmente, depois do Sinttel encaminhar uma notificação para a empresa, a Contax voltou atrás da decisão arbitrária de alterar a jornada dos trabalhadores que atuam no horário da madrugada , site da Beneditinos. Há mais de 10 anos, estes profissionais trabalham com uma jornada de 200 horas e no horário de 22h às 6h, porém, em agosto, a empresa informou que eles deveriam passar a sair às 7h. Na ocasião, a empresa alegou que, como a jornada prevista em ACT/CCT é de 44 horas semanais, estes profissionais estavam trabalhando uma hora a menos. O Sinttel pressionou a empresa, pois entende que existe a primazia da realidade, quando os fatos imperam sobre qualquer contrato formal, princípio detalhado nos artigos 58 e 73 da CLT. Graças à cobrança do Sindicato para que os horários fossem restabelecidos, a empresa atendeu à reivindicação dos trabalhadores.
Greve dos bancários chega ao 30º dia Os bancários de todo país estão dando a maior demonstração de força na luta para conseguir a reposição integral da inflação, mais ganho real. Os bancos, por sua vez, amparados pela política de arrocho salarial e cortes de direitos do governo golpista, mantêm-se intransigente, oferecendo apenas 7% de reajuste salarial, índice inferior ao INPC acumulado de 1º de setembro do ano passado (data base da categoria) a 31 de agosto deste ano que foi de 9,62%.
S
e há um setor que não pode falar de crise é o setor financeiro, mas na hora de negociar salários e benefícios para os seus empregados eles endurecem e, mesmo diante da mobilização da categoria, insistem na mesma proposta já rejeitada pela categoria. A proposta dos bancos foi novamente submetida aos bancários em greve em todo país, e a decisão da categoria foi manter a greve e intensificar a mobilização. A assembleia do Rio foi realizada na Galeria do Comércio, que ficou completamente lotada. SEJA SOLIDÁRIO
Como trabalhadores, no momento enfrentando as mesmas dificuldades nas negociações com as operadoras de telecomunicações, e como cidadãos temos que nos solidarizar com os bancários. A greve é o último recurso do
trabalhador na luta por seus diretos. A manutenção de uma greve por tanto tempo como essas dos bancários é culpa dos banqueiros, não dos trabalhadores. Se a greve está causando transtorno aos clientes, a culpa é dos bancos que não têm o menor respeito por estes ou por seus empregados. 431 AGÊNCIAS FECHADAS
A adesão à greve só cresce. De acordo com informações do Sindicato dos Bancários do Rio, através do seu site, a greve entra hoje no seu 30º dia, paralisando 431 agências e seis prédios na cidade do Rio de Janeiro. No país, de acordo com a Confederação Nacional dos Trabalhadores do Ramo Financeiro (Contraf-CUT), já são mais de 13 mil agências e 29 centros administrativos paralisados, o que corresponde a cerca de 57% de adesão. O índice de adesão
é muito grande, compatível com o nível de indignação dos bancários. ATO HOJE, ÀS 15H
Como resposta à intransigência dos bancos, os bancários, em assembleia, aprovaram várias ações para aumentar a pressão sobre os bancos. Uma delas é a realização hoje, a partir das 15h, de ato no Largo dos Bancários (Esquina da Av. Rio Branco com Rua da Quitanda), com a participação de representantes sindicais de outras categorias, de centrais sindicais e movimentos sociais.
De lá, seguirão em caminhada até o prédio da Caixa, na Av. Almirante Barroso, onde será dado um abraço simbólico à empresa, e, depois até o edifício do Banco do Brasil da Rua Senador Dantas. A PROPOSTA REJEITADA
A proposta previa um acordo de dois anos. Em 2016, seria pago um reajuste de 7%, abaixo da inflação acumulada, mais abono de R$ 3.500. Para 2017, haveria aumento real (acima da inflação) de 0,5%.
PEC 241 ameaça saúde e educação A PEC 241 do governo golpista, que está para entrar na pauta de votação do Congresso em caráter de urgência, é o que se pode considerar um ataque devastador à saúde, educação e aos programas sociais e servidores públicos. A proposta de emenda à Constituição congela os gastos públicos pelo prazo de 20 anos. Isso será o fim de programas de incentivo à educação, como Ciência sem Fronteiras, ProUNI, ReUNI, FIES e outros, bem como de investimento no sistema público de saúde e educação, na contratação de médicos e professores, na melhoria dos salários e nos demais programas. É importante lembrar que esse ajuste vai aumentar ainda mais o desemprego. A Constituição Federal determina que 25% do total da receita dos estados e
municípios sejam aplicados na educação e 12% na saúde. A PEC 241, que é chamada pelo golpista de novo regime fiscal, acabará com esta vinculação. A emenda propõe também congelar por 20 anos todo o custo com saúde, educação, transporte público, moradia, segurança, pesquisa científica e tudo o que seja serviço ou investimento público. Os golpistas não têm o menor pudor de defender a suspensão da gratuidade do SUS, da educação, e da estabilidade do funcionalismo. E tem mais. O Poder ou órgão que extrapolar os limites estabeleci-
dos ficará proibido de conceder aumentos a servidores públicos, realizar concursos ou quaisquer alterações que gerem novas despesas. Isso é muito grave. Gravíssimo. O GOLPE É CONTRA VOCÊ
Não temos dúvida de que o golpe articulado pelos partidos derrotados nas eleições de 2014 pela mídia e por setores do judiciário é um golpe contra o povo brasileiro. Mas, é preciso que os trabalhadores e os setores organizados da sociedade estejam alertas para defender com todas as forças os direitos e
Desaposentação: entre já com seu pedido
Cipa na Ericsson
Os trabalhadores que retornaram ao mercado de trabalho mesmo depois de se aposentarem poderão ser favorecidos com a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) sobre a desaposentação. O tema estará na pauta de julgamentos do Supremo do próximo dia 26 de outubro. Cerca de 480 mil trabalhadores se encontram nesta situação, pois precisaram continuar trabalhando mesmo após a aposentadoria e, consequentemente, contribuindo com a previdência. Estes aposentados podem requerer a desaposentação. A estimativa é de que existam cerca de 182 mil ações na Justiça requisitando um novo benefício. O Departamento Jurídico possui uma advogada especialista em direito previdenciário, Dra. Rosangela Lima, e os interessados devem entrar em contato, de 9h às 17h, para obter informações sobre documentação, pelo telefone: 2204 9328.
Até o dia 17 de outubro os trabalhadores podem se inscrever para a Comissão Interna de Prevenção de Acidentes - CIPA, cujas eleições estão marcadas para os dias 20 e 21. Para isso, é necessário levar uma foto ¾ e preencher a ficha de candidatura no setor de Recursos Humanos, com Daniela Lemos. Por que participar? Uma das principais metas do Sinttel e seu departamento de saúde é construir CIPAS combativas, pois, com a organização de base atuante, estaremos à frente na defesa dos trabalhadores. Os cipeiros são imprescindíveis por estarem no dia a dia dos trabalhadores, fortalecendo a organização no local de trabalho e, consequentemente, as lutas da categoria.
CAMPANHA PRESSIONA STF
Há campanhas na internet que buscam mobilizar a população para pressionar à
sua aprovação, como a Avaaz, uma plataforma on line de petições. No portal do Sinttel-Rio - www.sinttelrio.org.br - há o link para os trabalhadores e aposentados assinarem. Desde 2003, o tema se arrasta. Por enquanto, a votação está empatada, com dois ministros favoráveis e dois contrários. O caso estava suspenso por um pedido de vistas da Ministra Rosa Weber, que já devolveu os autos, mas ainda não declarou seu voto. Agora, o processo volta ao cenário e é a hora de pressionar os ministros, que ainda não de posicionaram, pela aprovação do tema. Especialistas em direito previdenciário afirmam que, atualmente, a desaposentação já tem precedentes e decisões favoráveis no Superior Tribunal de Justiça (STJ) e em diversos tribunais da Justiça Federal, que reconhecem o direito dos aposentados do INSS, que retornaram ao mercado de trabalho, de substituir seu benefício por um mais justo, já que eles contribuem mesmo na pós-aposentadoria.
DIRETORA DE IMPRENSA Keila Machado keilamachado@sinttelrio.org.br EDIÇÃO Socorro Andrade Reg. 460 DRT/PB - socorroandradde@gmail.com
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REDAÇÃO Socorro Andrade e Simone Kabarite - Reg. 0035866/RJ
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ILUSTRAÇÃO Alexandre Bersot http://www.behance.net/alexandrebersot
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bersot
humor
conquistas dos últimos 14 anos. MANDADO DE SEGURANÇA
O governo golpista tem pressa em aprovar seu pacote de maldades. O movimento sindical de servidores públicos da saúde e educação, a CUT e outras entidades estão mobilizando suas bases para tentar impedir mais esse golpe. A deputada Jandira Feghali (PC do B-RJ), de volta à sua cadeira na Câmara, já está em plena atividade em defesa dos interesses do povo. Ela vai entrar com mandado de segurança contra essa PEC.
OI, Claro e Vivo: os desmandos das três irmãs
Os números consolidados do 2º semestre de 2016 no setor de telecomunicações mostram claramente que não há crise para as Três Irmãs que dominam o mercado, um oligopólio privado que só traz prejuízos à sociedade e aos trabalhadores do segmento. As três juntas – Oi, Vivo/Telefônica e Claro -, tiveram uma receita líquida de R$ 26 bilhões no período. Em relação aos indicadores, receita, market share de celulares a liderança é da Vivo. O Grupo Claro lidera no market share (termo que designa a participação de uma empresa em algum ramo de atuação) de banda larga fixa e nos acessos de TV por assinatura (52%). Já a Oi está à frente apenas no segmento, que cada vez perde mais valor, de telefonia fixa. ERRO GROSSEIRO
Isso mostra o erro grosseiro de um modelo de telecomunicações implantado em 1998, que só favoreceu os acionistas dessas empresas. As tarifas e preços continuam altas. Em vários serviços são as maiores se comparados com o restante dos países, segundo o mais recente relatório da União Internacional de Telecomunicações. Quanto à qualidade e à universalização nem é preciso ir longe – a banda larga, por exemplo, é lenta, cara e para poucos. A Oi dá show de incompetência e demonstra total falta de compromisso com o cidadão e o usuário. No primeiro trimestre de 2015 a Oi possuía um market share de banda larga fixa 26,4% – caiu para 24,5% no segundo trimestre de 2016. No mesmo período viu sua margem de Ebitda (sigla em inglês que significa “lucros antes de juros, impostos, depreciação e amortização”) despencar de 28,2% para 22,8%. E qual a solução do Congresso, com o apoio do governo golpista, para esse cenário? A aprovação do projeto de lei 3453/15 cujas consequências são: fim das concessões; os bens reversíveis (que são do Estado e calculados em mais de R$ 100 bilhões) não mais voltariam à União e seriam entregues às operadoras, principalmente para a Oi que é a maior detentora do direito de uso destes bens; doação do espectro de radiofrequências, que é um recurso limitado e um bem público, conforme artigo 157 da LGT. PRECISAMOS RESISTIR
Sinttel realiza ação de empregabilidade
Em parceria com a Comunidade Católica Gerando Vidas o Sinttel-Rio realiza, no próximo dia 11, de 9h às 12h, uma ação de empregabilidade. Na ocasião, será feito o cadastramento dos interessados que, em seguida, serão encaminhados diretamente para as vagas disponíveis nas empresas. As oportunidades são para a área de telecomunicações, bem como também de comércio e serviços para grandes redes de negócios. Esta é a quarta ação do Sinttel com a entidade, com o objetivo de diminuir o desemprego e oferecer chances para os trabalhadores se reinserirem no mercado de trabalho.
A composição atual do Congresso, aliada a um governo ilegítimo, e uma Agência servil aos interesses das operadoras, dão ideia das dificuldades para mudar esse quadro. Mas, confiamos que com mais informação e mobilização da sociedade e dos trabalhadores conseguiremos reagir, resistir, e mesmo derrotar um projeto que se apresenta cada vez mais neoliberal, em que a intervenção do estado no mercado será cada vez menor, em detrimento os interesses da maior parte da sociedade. Discutir um novo modelo para as telecomunicações passa por colocar à frente de qualquer interesse empresarial o interesse público, razão de ser de um Estado Democrático de Direito, tendo como fundamentos: a soberania, a cidadania e a dignidade da pessoa humana. Reduzir o poder do oligopólio e fazer a intervenção na Oi são fundamentais para discutirmos seriamente o setor. Visite o Portal www.institutotelecom.com.br
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