CAMPANHA DAS OPERADORAS
Grupo Claro
A luta está só começando MPF quer cercear liberdade sindical
O Ministério Público Federal exigiu que a direção do colégio Pedro II retirasse as faixas com os dizeres Fora Temer, de responsabilidade do sindicato dos trabalhadores da instituição. Agora, convoca os diretores do Sindscope - Sindicato dos Servidores do Colégio Pedro II -, para prestar esclarecimentos como se fossem criminosos. Um ato acontece hoje, em frente ao Ministério Público, às 15 h, na Av. Nilo Peçanha 31, no Centro. Abaixo, um trecho da nota do Sindscope, em nome das garantias democráticas de livre expressão, que repudia a intimação de seus coordenadores pelo MPF. “Quem vigia os vigilantes? Em face às denúncias quanto à colocação de faixas com os dizeres "Fora Temer" e "Contra o golpe" nos campi do Colégio Pedro II , o MPF-RJ encaminhou ofício à Reitoria "recomendando" que se ordenasse a retirada imediata das faixas, além da proibição de novas manifestações com cartazes e adesivos, bem como se apurassem as responsabilidades no âmbito administrativo para punir os servidores envolvidos. O texto do documento, no entanto, deixa entrever um claro viés político cujo teor apresenta vários pontos de contato com as ideias defendidas pelo movimento “Escola sem Partido”(...) Longe de cessar o descalabro, na sexta-feira, dia 14 de outubro de 2016, cruzando definitivamente a linha entre arbítrio e arbitrariedade, o MPF-RJ intimou os coordenadores-gerais do Sindscope a se apresentarem para prestar depoimento e fornecer listagem com os nomes dos sindicalizados, indicando quais são docentes. Estamos novamente no terreno dos regimes de exceção? Não nos é mais garantido o direito de livre associação sindical, de autonomia de nossa entidade? Quem salvaguarda nossos direitos se quem o deveria fazê-lo transige da sua autoridade e passa a nos perseguir por exercê-los? Quem vigiará aqueles que nos vigiam? Quem mostrará aos que nos perseguem que nenhum poder é absoluto e que vivemos, ainda, em uma sociedade regulamentada por deveres, mas também por direitos e garantias individuais, dentre elas, a mais preciosa - a livre expressão de pensamento?(...)."
Atento Penha cancela RV
Em uma atitude arbitrária, a Atento Penha, produto Embratel empresarial, resolveu suspender a Remuneração Variável do próximo mês, pois não cumpriu com as exigências do Acordo Coletivo. Os trabalhadores reclamaram que a empresa faz mudanças nos critérios no meio do ciclo. O Sindicato procurou a empresa, a fim de que ela tomasse providências em relação às denúncias, porém, a Atento decidiu, simplesmente, cancelar a RV. O Sinttel repudia a decisão e cobrará da Atento a multa de 10% do piso, pelo descumprimento do Acordo.
FOTOS CAMILA PALMARES
Cerca de 200 trabalhadores paralisaram suas atividades no dia de ontem (18), no prédio da Av. Presidente Vargas do Grupo Claro S/A, para protestar contra a proposta vergonhosa apresentada pela empresa. A Claro ofereceu míseros 3% de reajuste para salários (exceto para gerentes e diretores) e ZERO de reajuste para Vale Refeição/ Alimentação.
A
adesão maior dos trabalhadores a esta paralisação, convocada pelo Sinttel, do que em outros atos, mostra, claramente, que os trabalhadores estão indignados e há urgência da empresa em fazer uma proposta que atenda a todos, que garanta no mínimo a reposição da inflação. Mesmo aqueles que, por medo da pressão dos seus supervisores, ou os trabalhadores que migrarão para outro estado por determinação da empresa, estão insatisfeitos e sabem que só há uma forma de conseguirmos conquistas. É através da luta e mobilização! A reunião de negociação que estava agendada para o dia 20, em São Paulo, foi cancelada pela empresa, que alegou não ter proposta para fazer no momento. Por isso, é tão necessário os
Trabalhadores e Sindicato em luta ontem, dia 18, na Claro
trabalhadores se manterem organizados e mobilizados para avançarmos nesta campanha salarial. O Sindicato avaliou que a paralisação de ontem foi vitoriosa e mostrou que a categoria tem força e pode, sim, pressionar a empresa para que ela mude a sua proposta. POR QUE LUTAMOS?
Desde 2014, os trabalhadores da Claro vêm sofrendo com prejuízos concretos,
no que se refere a reajuste de salários e benefícios. O patamar salarial está defasado.O Vale Refeição, em 2014, foi congelado, o que também aconteceu em 2015,com a promessa que teriam negociações posteriores desse benefício, o que nunca aconteceu. Em 2015, os trabalhadores não tiveram a reposição de 100% do INPC e o mísero abono não compensou a perda salarial. A proposta de target de PPR/PLR da
empresa para os trabalhadores é uma ilusão, com metas inatingíveis, retorno do gatilho que pode comprometer o atingimento de uma ou outra meta, e sem antecipação.Destacamos que, nesse caso, os trabalhadores oriundos da Claro, há 17 anos, sempre fizeram jus a esta antecipação, e esse ano ficaram a ver navios. Além da famigerada elegibilidade. É por isso que lutamos, e essa luta só está começando!
Truculência da Claro: polícia é acionada para conter ato sindical Durante o ato de ontem, a Claro mostrou, mais uma vez, que não é uma empresa de diálogo e tem uma postura antissindical. Demonstrando total falta de habilidade, a empresa cerceou a atividade do Sindicato e acionou a polícia para conter o ato sindical. A presença policial gerou uma grande tensão, que culminou com o constrangimento do diretor do
TIM: Comissão conquista acordo de PPR Apesar das negociações difíceis da campanha salarial com a TIM, a Comissão Nacional de Negociação conseguiu arrancar um acordo em relação à PPR. Em reunião realizada segunda (17) com a empresa, o Sinttel, representado pelo diretor Sérgio Gomes, e a Comissão garantiram avanços no acordo de PPR, considerando o cenário econômico do País. A proposta inicial da TIM era não fazer nenhuma antecipação salarial e ainda colocar o EBITDA como condicionador de recebimento. Dessa forma, se o índice econômico não fosse atingido, o PPR seria ZERO. A Comissão Nacional repudiou prontamente a proposta, em todas as reuniões de negociação, e a resistência fez a empresa recuar. Nesta última negociação, conseguimos avanços em relação às regras de PPR. Agora o trabalhador terá antecipação de um salário, a ser paga até o dia 5 de novembro, e o gatilho
do EBITDA foi retirado. As regras ficaram: ●adiantamento de um salário até 05/11/2016 ● RETIRADA do gatilho do EBITDA, que passou a ser apenas um dos objetivos do programa ● nova mecânica da avaliação individual ● escala de 7 ● compromisso de abertura das negociações do PPR/2017 em março do mesmo ano ● vigência de um ano, entre outros itens Proposta de migalhas para reajuste Enquanto a Comissão consegue avançar com o PPR, a TIM faz jogo duro com as negociações do Acordo Coletivo 2016/2017. A empresa tem a cara de pau de oferecer 5% de reajuste para salários para todos os empregados elegíveis (exceto gerentes sênior e especialistas máster, jovens aprendizes, estagiários e aposenta-
dos por invalidez), para benefícios (creche, PNE e VA), sendo que a aplicação de reajuste salarial seria proporcional ao período trabalhado (admissão) e somente em março de 2017. Além disso, a empresa ofereceu ZERO de reajuste no VR dos trabalhadores de call center, os que mais sofrem com o aumento da alimentação. Ora, o INPC do período chegou a quase 10%! Aplicar proporcionalidade é um absurdo, e nós queremos reajustes retroativos à data base, que é 1° de setembro. A próxima reunião está marcada para o dia 8 de novembro e se a empresa não vier com uma proposta decente, teremos que dar uma resposta à altura. Assim como os bancários, que conseguiram avanços, graças à ampla mobilização, o Sindicato convoca os trabalhadores a se manterem organizados para conquistarmos reajustes dignos para salários e benefícios.
Sindicato, José Adolar dos Santos, de 78 anos, que foi puxado, empurrado e ficou detido dentro do prédio até o final do ato. O diretor do Sindicato teve a sua identidade retida pela PM, com a conivência da Claro. O departamento jurídico do Sinttel está avaliando a situação e as medidas contra a repressão da Claro às atividades de ontem.
Nextel: proposta rejeitada
Em reunião realizada dia 10, em São Paulo sobre o Acordo Coletivo 2016/2017 ,a empresa apresentou a seguinte proposta para reajuste: para o piso salarial - 6%; salários até R$ R$1.500,00 - 5%; DW R$1.501,00 até R$4.000,00 - 4,5%; de R$ 4.000,00 a R$8.000,00 - 4% e de R$ 8.000,00 - R$560,00 fixos. Além disso. a proposta congela Vale alimentação e refeição e oferece 5% para creche e PCD. A comissão rejeitou esta proposta e uma nova reunião está marcada para o dia 31/10 , quando esperamos que a empresa apresente o reajuste como proposto pelos trabalhadores , que é de 100% do INPC + 5% de ganho real.
Vivo e Algar cancelam reunião
As reuniões marcadas pelas empresas Vivo e Algar, referentes ao Acordo Coletivo, foram canceladas, a pedido das empresas. A justificativa da Vivo é por conta do novo presidente, que irá assumir em janeiro, mas achamos que é enrolação mesmo. Já a Algar, sequer justificou. O Sinttel está cobrando novas datas e convoca os trabalhadores à mobilização, para, assim, conseguimos avanços nesta campanha.