Pacotes da maldade do PMDB são contra o povo
Dia Nacional de luta na sexta (11) mobiliza toda a população carioca contra medidas de Temer e Pezão
A crise da Oi continua
Apesar do barco desgovernado da Oi, a Anatel não trata como deveria a crise instaurada na empresa, por conta de suas gestões desastrosas. Pela Lei Geral de Telecomunicações, a Oi deveria responder pela grave situação em que se encontra, com consequências claras em relação aos seus empregados e pelos, cada vez piores, serviços prestados. Mas, não, a empresa realiza demissões e não é cobrada pela omissa Anatel a prestar serviços de qualidade ao usuário, que paga caro para ter acesso a uma rede sucateada. Agora, mesmo tardiamente, a Anatel determinou, por meio de uma cautelar, o impedimento dos representantes do fundo Société Mondiale de participarem das reuniões ou influenciarem decisões da empresa. Na prática, a medida afasta o empresário Nelson Tanure das reuniões e tenta mesmo evitar que ele participe nas decisões da operadora, ao menos até que o pedido de anuência prévia dele e demais indicados - como o ex-ministro Helio Costa e o ex-presidente do BNDES Demian Fiocca - seja efetivamente avaliado pela Anatel. Porém, o que se sabe é que o empresário Nelson Tanure participou de encontros do Conselho (ver no Instituto Telecom na página 2). "Notícias foram veiculadas no fim de semana com evidências, ainda a serem comprovadas, de que os membros indicados pelo fundo já estariam influenciando as decisões da companhia, inclusive participando de reuniões do conselho de administração. A medida foi tomada cautelarmente para prevenir que não haja nenhum tipo de conduta irregular daqui para frente e vamos averiguar se isso se comprova", afirmou o superintendente de Competição da Anatel, Carlos Baigorri, que assina a cautelar. Para averiguar se o despacho está sendo cumprido, a Anatel determina que a Oi avise previamente sobre novas reuniões - sendo facultado à agência enviar representante. A Oi também terá que encaminhar em dois dias as atas das reuniões. Hoje (9), uma nova reunião do Conselho da empresa está marcada.
T
anto a nível nacional como estadual, o PMDB do golpista Temer, de Eduardo Cunha e do governador Pezão tenta aplicar pacotes de medidas contra o povo, principalmente o carioca. Com a desculpa de “ajuste fiscal” por conta da crise nos cofres públicos, o PMDB segue fazendo estrago por onde passa. Porém, os trabalhadores de todo o Brasil, em especial os do Rio, estão dispostos a lutar pelos seus direitos. A população carioca já mostrou que não vai tolerar perdas e cortes de direitos propostos pelo governo Pezão. Ontem (8), a Assembleia Legislativa foi tomada por manifestantes contrários ao pacote da maldade do governo do PMDB no estado. A reação em conjunto contra os dois pacotes do PMDB já está marcada para sexta (11), quando diversas categorias se mobilizam para um grande ato (ver ao lado), cujo foco também é: FORA PMDB! A PEC 55, PEC da Maldade ou da Morte, do governo ilegítimo, que limita os investimentos em serviços básicos por 20 anos, caso seja aprovada, levará o Brasil ao posto dos 11 países com menos investimentos sociais do mundo, como Congo, Bangladesh, Irã, Nigéria e Guatemala. A PEC 55 penaliza os pobres e os trabalhadores brasileiros. De uma base de 191 países, estes 11 investem menos do que 16% do PIB, regra que também será usada se o Senado aprovar a PEC da Maldade. Ou seja, o que fica claro é que o Brasil, não só vai na contramão do mundo, como também sairá do seleto grupo dos países em desenvolvimento e dos países desenvolvidos, que fizeram fortes investimentos sociais e por isso têm menos desigualdade de renda e de riqueza. Em audiência no Senado, o economista Felipe Rezende, professor da Hobart and William Smith Colleges, no estado de Nova York, afirmou que o Brasil pode ir para um grupo de países que, apesar de todos os direitos pressupostos estarem
garantidos na Constituição de 88, não há a menor garantia que serão atendidos. “Na verdade, a PEC 55 condena o país ao retrocesso e o coloca na contramão do que foi feito para o crescimento social de grandes nações", afirmou. PMDB quer que carioca pague a conta
Após conceder isenções fiscais bilionárias para seus amigos empresários, a quem, provavelmente, devia retorno pelos investimentos em campanhas políticas, o governador do Rio, Luiz Fernando Pezão, também do PMDB, propõe um pacote aterrorizante para enfrentar a crise no seu caixa, cujo rombo chega a R$160 bilhões. Mais uma vez, o PMDB quer que o povo e os trabalhadores paguem a conta. O pacote de maldades prevê, além do aumento de impostos para cerveja, fumo, refrigerante, energia elétrica, gasolina e telecomunicações - o que poderá criar uma severa retração no consumo e,
consequentemente, na economia local - o corte de programas sociais que beneficiam os mais pobres, como Restaurante Popular, Aluguel Social e Renda Melhor Jovem. Trata-se de um verdadeiro massacre à população carioca, que já mostra reação aos desmandos do governo Pezão. Os servidores estaduais serão fortemente prejudicados, caso o pacote seja aprovado no legislativo. A alíquota previdenciária passaria de 11% para 14%, sendo que servidores ativos e aposentados que recebem mais de R$ 5.189,82 por mês teriam uma cobrança extraordinária de 16% durante 16 meses, o que levaria a um corte de 30% dos vencimentos. Já para aposentados e pensionistas que recebem menos de R$ 5.189, hoje isentos de contribuição previdenciária, passariam a ter os vencimentos descontados em 30%, também por 16 meses. "Nós não temos nenhum plano B"
O governador Pezão também não
garantiu o pagamento do 13o salário ao servidor. Em entrevista segunda (7), ele admitiu que pretende dar uma verdadeira "rasteira" no povo carioca. "Nós não temos nenhum plano B. Se as medidas não forem aprovadas pela Assembleia Legislativa, não há mais o que possa ser feito", diz Pezão. Sexta é Dia Nacional de Luta - Nenhum direito a menos!
O PMDB quer que o povo e os mais pobres paguem pela crise, porém, a Frente Brasil Popular e a frente Povo sem Medo já se organizam para o grande ato nenhum Direito a Menos - o Rio vai parar!sexta (11), em resistência a todas as medidas contra a classe trabalhadora . O ato terá concentração na Candelária, às 17h, e seguirá para a Assembleia Legislativa, onde espera-se uma grande adesão da população carioca, que poderá sofrer com os duros cortes da PEC da Maldade e do governo do estado.
CAMPANHA DAS OPERADORAS
Claro: reunião hoje e pressão dos trabalhadores
Sinttel realiza ato amanhã sobre proposta da Vivo
Queremos 100% do INPC de 9,62% para salários e benefícios
Na quarta rodada de negociação, realizada dia 4, a proposta da empresa avançou em relação às anteriores. Amanhã (10), o Sinttel realizará um ato de esclarecimento na Vivo Barra para os trabalhadores tirarem dúvidas sobre a proposta final da empresa e, em breve, marcará a data das assembleias de apreciação da mesma. O Sindicato e a comissão pressionaram e a proposta saiu do vergonhoso patamar de 0% para a reposição da inflação do período. Até o final desta edição, a comissão ainda negociava detalhes sobre as datas de aplicação do reajuste, das faixas salariais e respectivos valores, por isso, a proposta estará disponível no portal do Sinttel (www.sinttelrio.org.br).
Após muita pressão do Sindicato e da Comissão de negociação, a Claro, finalmente, realiza hoje (9) a segunda rodada de negociação da campanha salarial 2017. A primeira e única reunião ocorreu no dia 4 de setembro e desde então, a empresa enrolava para não negociar. No dia 20 de outubro, desmarcou a reunião e reagendou para agora, dois meses depois da primeira, alegando que não tem proposta.A data base da categoria é setembro e somente agora, 60 dias após, a empresa aceitou a pressão e vai para a mesa de negociação. A proposta vergonhosa apresentada na última reunião previa: 43% para salários e excluiu gerentes e diretores; 40% para Vale Refeição/Alimentação; 4Sem proposta digna de PPR/PLR e sem antecipação; 4Vale Refeição/Alimentação congelado há 2 anos, com essa proposta por 3 anos;
4Os empregados oriundos da NET foram excluídos da negociação, recebem salários e benefícios inferiores; A proposta foi rejeitada em mesa, é inaceitável a postura intransigente da empresa. TRABALHADORES DE LUTO
O Sinttel realizou ato ontem (8), na porta da empresa – Mackenzie e Presidente Vargas - para convocar todos os trabalhadores a usarem preto hoje, dia da rodada de negociação da campanha salarial. Nos anos anteriores, a empresa também protelou a negociação para dezembro, com o claro objetivo de fazer os trabalhadores aprovarem a sua proposta, que causou prejuízo para os salários e benefícios. Desta vez, os trabalhadores não aceitarão esta estratégia desleal e pressionam a empresa a apresentar uma proposta digna de apreciação.
ALGAR MARCA REUNIÃO PARA O DIA 18 - Após quase dois
meses desde a última reunião, com diversos adiamentos e muita pressão do Sindicato e da Comissão de negociação, a Algar Telecom marcou, enfim, a próxima
reunião para o dia 18 de novembro. O recado está dado: queremos no mínimo a reposição da inflação do período, que foi de 9,62%. A Comissão e o Sindicato também reivindicam reajuste de 10% no VR/VA com redução na coparticipação de 10% para 1%. Na última reunião, a empresa propôs reajustar em 6,5% o piso salarial. Além disso, ofereceu apenas 6% nos benefícios e nos salários acima de R$ 3 mil. Para os salários até R$ 3 mil ela reajustaria em 6,5%. E o reajuste seria proporcional de acordo com a data de admissão do trabalhador. A proposta foi rejeitada e não aceitaremos nenhuma que não esteja à altura de ser apreciada pelos trabalhadores. TIM - Até o fechamento desta edição, a reunião de negociação com a empresa ainda não havia terminado. Assim que o Sindicato tiver uma posição da empresa, informará aos trabalhadores.