CAMPANHA DE TELEATENDIMENTO
Agora nossa luta é por classificação salarial Nova rodada de negociação amanhã, 19, em São Paulo, discute pauta nacional
REFORMA DA PREVIDÊNCIA
O que há por trás da propaganda oficial
Para inaugurar a série de matérias sobre a Reforma da Previdência proposta pelo governo golpista de Temer, desmascararemos a falácia sobre o rombo da pasta. Amplamente divulgado pelos golpistas, que tentam votar a proposta da reforma à toque de caixa, a farsa do rombo da Previdência, na verdade, omite informações para justificar a teoria do caos nos cofres da seguridade social. Na verdade, eles querem acabar com o direito à aposentadoria dos brasileiros. Aqui vamos desconstruir a versão dos golpistas.
Existe um déficit no sistema previdenciário brasileiro.
Mentira. O governo golpista oculta informações e faz uma soma enganosa, considerando apenas o total de contribuições pagas pelos trabalhadores. A Constituição prevê que Previdência faz parte de um sistema amplo conhecido como Seguridade Social - que inclui, além das aposentadorias, outro importante programa, o SUS (Sistema Único de Saúde). A Seguridade é sustentada financeiramente pela receita previdenciária e por outros impostos e taxas de contribuições sociais, como CSLL; COFINS; PIS/PASEP e receitas de órgãos de seguridade. O governo oculta os dados destas fontes, que tornam a Previdência superavitária. Quando consideram apenas a receita previdenciária o total em 2015 foi de R$364 milhões e 366 mil. Porém, com a soma das outras fontes , a receita total da seguridade chega a R$703 milhões e 997 mil. A despesa total é de R$ 683 milhões e 908 mil, ou seja, ainda sobram R$ 20 milhões e 89 mil.
Reforma da previdência fará jovens trabalharem mais tempo.
Verdade. As regras vão atingir integralmente os mais jovens. Com o aumento da expectativa de vida dos brasileiros, o governo quer endurecer as regras de acesso à aposentadoria do INSS. Um dos objetivos do governo é aumentar o tempo no mercado de trabalho. A idade mínima passará a ser de 65 anos para aposentadoria e o tempo mínimo de contribuição de 25 anos. Para ter acesso ao valor completo, de acordo com a nova regra de cálculo, será necessário contribuir 49 anos para a Previdência.
O
Sinttel participa da segunda rodada de negociação da campanha de teleteatendimento amanhã (19), com a Comissão Nacional e os representantes das empresas, em São Paulo. O Sindicato reforça que a campanha não é só dos operadores, mas de todos os 60 mil trabalhadores do segmento no estado, entre supervisores, administradores, gestores, coordenadores, TI etc. Por isso, é necessário que os trabalhadores de todos os setores de teleatendimento participem da campanha, uma vez que os avanços conquistados nas negociações beneficiam a toda categoria, sem exceção. Uma das principais bandeiras de luta este ano é pelo estabelecimento de uma tabela de classificação salarial por função. Na ocasião, serão discutidos pontos importantes em âmbito nacional. Um deles é a migração de empresas para outros estados, com objetivo de aumentarem os seus lucros às custas do pagamento de salários e benefícios mais baixos dos que os praticados no Rio e em São Paulo. O resultado disso é a desvalorização profissional e a precarização das relações de trabalho (veja matéria sobre assédio moral na Contax na página 20). Além disso, também será debatido o tema da Remuneração Variável, cujos parâmetros não são proporcionais às metas, que também não são claras, impedindo o trabalhador de saber se terá direito e, se sim, qual será o valor. A data base da categoria é 1° de janeiro e o diretor Ricardo Pereira afirma que manterá a reivindicação de pagamento do reajuste de todos os salários e benefícios retroativos à data. Isto porque, nos últimos anos, as empresas endurecem
as negociações e demoram a apresentar proposta compatível às reivindicações da categoria. Com isso, o acordo acaba sendo fechado cerca de três meses após à data base, o que acarreta perda para o trabalhador, já que o reajuste não é aplicado nos salários e benefícios neste período. REUNIÃO REGIONAL DIA 26
A reunião de negociação com as empresas do Rio acontecerá dia 26, quando o Sindicato reivindicará piso regional; remuneração variável de verdade; vale alimentação/refeição unificado para todos os trabalhadores; menos descontos; PLR digna e cumprimento do anexo da NR17. Neste ano, o Sindicato vai lutar
para implantar, a partir desta campanha, uma tabela de classificação salarial por função (veja acima). Dúvidas, sugestões
e denúncias: ricardopereira@sinttelrio. org.br, alandias@sinttelrio.org.br e cesarfernandes@sinttelrio.org.br.
O GOLPE É CONTRA VOCÊ
OIT: desemprego atingirá 13,2 milhões de brasileiros A classe média se armou de panelas e colheres de pau, foi às varandas e janelas pedir o impeachement da presidenta Dilma Rousseff. Cinco meses após o golpe ser consumado contra a democracia brasileira, a economia anda de mal a pior, o desemprego atinge 12 milhões de pessoas e, segundo a OIT (Organização Internacional do Trabalho) pode atingir mais 1,2 milhões de brasileiros esse ano. Tudo isso graças à política econômica do golpista, de protecionismo ao empresariado e corte de direitos. A crise na economia refletiu no comércio varejista, onde a queda no faturamento foi de 4,8%, segundo dados do ICVA (Índice Cielo do Varejo Ampliado). Isso é uma prova de que o golpe atingiu em cheio o povo brasileiro. A população empobreceu, teve seu poder de compra drasticamente reduzido. Ainda de acordo com o órgão, todas as regiões do país tiveram queda no faturamento do varejo em dezembro/2016,
paradoxalmente o mês de alta no consumo. A maior queda foi no Sudeste e Centro-Oeste, uma retração de 4,1%; já no Norte recuou 4%; no Nordeste 3,5%; e no Sul 2%. A receita do varejo do país em dezembro teve queda de 3,9%, segundo o órgão, e
de 3,6% em novembro, também na comparação anual. O indicador acompanha vendas realizadas nos mais de 1,7 milhão de pontos de vendas ativos credenciados à Cielo e envolve pequenos e grandes lojistas. A classe média que bateu panela pelo
golpe agora tem que dar a mão à palmatória e ir às ruas contra o golpista, exigir Fora Temer e sua política de proteção à elite empresarial, fim do corte de direitos e de privatização do patrimônio publico. Fonte Portal 247