CAMPANHA DE TELEATENDIMENTO
CHEGA DE PERDAS! REFORMA DA PREVIDÊNCIA
O que há por trás da propaganda oficial Dando continuidade à série de ma-
térias sobre a Reforma da Previdência proposta pelo governo golpista, esta semana vamos desmascarar a falsa propaganda de que a proposta fará o país crescer. O que os golpistas querem, na verdade, é acabar com o direito à aposentadoria dos trabalhadores brasileiros. Mas, aqui, vamos desconstruir a farsa dos golpistas A Reforma da Previdência vai gerar mais emprego e aquecer a economia
Mentira. Não há o menor sentido nesta afirmação do governo golpista. Impossível uma reforma que aumenta o tempo de trabalho gerar emprego. Isto porque o trabalhador vai demorar mais pra se aposentar e, consequentemente, não abrirá a vaga para os mais jovens, depois de 35 anos de contribuição. Sairá depois de 49 anos de contribuição. “Isso reduz a oferta de emprego, ao contrário de ampliar”, afirma o diretor-executivo da CUT, Júlio Turra. Já o professor Horvath Junior prevê até mesmo crescimento da informalidade. “Não consigo entender como a reforma da Previdência pode movimentar a economia. Pode ser que, com essas regras bem rígidas, haja também a possibilidade de um aumento de atividade informal. E com isso, em vez de se obter uma maior arrecadação, por parte da Previdência, pode haver uma diminuição dessa base de arrecadação.”
Queremos piso de R$ 1.300,00 e tíquete refeição de R$ 25,00 por dia para todos
CAMILA PALMARES
O Sinttel-Rio realizou ato ontem (24), nos sites da Contax, em Mackenzie, e da Atento, na Penha. O objetivo era informar a categoria sobre as negociações e dizer que, sem luta, sem mobilização, não vamos frear a ganância das empresas. “Se queremos conquistar a reposição das perdas, vamos ter que nos unir e lutar”. Esse foi o tom dos discursos.
N
a avaliação dos dirigentes sindicais, esse foi o primeiro ato da campanha, mas outros se sucederão em todos os locais de trabalho rumo à construção da greve, a exemplo do que já fizemos em 2014 e 2015. E a campanha também vai se intensificar em outros estados. Chega de perdas! Esse é o slogan da campanha e o que foi dito às empresas na mesa de negociação, quando da rejeição da proposta patronal pela Comissão da Fenattel.
Ato realizado no site Atento Penha ontem, dia 26
cargo conforme tabela abaixo. Essa, aliás, é a grande bandeira de luta dessa campanha. A comissão rejeitou a proposta das empresas e manteve a nossa Pauta, é por ela que vamos lutar até o fim.
PERDAS
2017 2016 Perdas salariais de janeiro a abril = 338,4 Perdas salariais 342,00 Perdas salariais de abril a novembro = 316,8 Perdas no ticket 148,42 Perdas no ticket de janeiro a abril = 57,18 Perdas no ticket de abril a novembro = 53,53
PROPOSTA VERGONHOSA
Na última rodada e negociação nacional do teleatendimento, realizada dia 19, em São Paulo, as empresas tiveram a cara de pau de ignorar a data base da categoria, que é 1º de janeiro, e propor reajuste dos salários só em julho. Além de ZERO de reajuste para os benefícios e ZERO de PLR/2016. Veja a proposta indecente no box. Para quem ganha acima do piso, as empresas tiveram a desfaçatez de oferecer 3,58% de reajuste em julho, índice muito inferior ao INPC que reajusta os salários de todas as categorias com data base em janeiro, que foi de 6,58%. MANTEMOS A NOSSA PAUTA
Na Pauta de Reivindicações entregue as empresas em outubro, há quase quatro meses, reivindicamos: piso salarial de R$ 1.300,00; tiquete refeição no valor de R$ 25,00 ao dia para todos os empregados, além da fixação dos salários de acordo com a jornada e o
A proposta indecente das empresas
A justificativa das empresas para essa proposta miserável é crise, da qual elas passam longe. De acordo com o ranking das maiores empresas do setor de teleatendimento, conforme apurado pela subseção do Dieese na Fenattel, elas tiveram faturamento estimado em R$16,7 bilhões em 2016. Uma variação de 7,8% em relação a 2015. Não bastasse tudo isso, as empresas do setor foram beneficiadas com inúmeras vantagens, tanto no Rio
. Piso salarial – reajuste para o salário mínimo (R$937,00) só a partir de julho, mais um abono indenizatório a ser pago em duas parcelas em fevereiro e junho . Salários acima do piso – reajuste de 3,58% a ser aplicado a partir de julho, mais um abono indenizatório a ser pago em duas parcelas, em fevereiro e junho . Benefícios (Tiket,creche, etc) – Zero de reajuste . PLP/2016 – Zero . Piso período de experiência (90 dias) - R$ 880,00 e kit lanche, ou seja, esses trabalhadores não receberiam o tiketrefeição
Conferência discute teletrabalho Grupo Claro: ato hoje em todos os prédios
Vai haver uma explosão na aposentadoria dos trabalhadores rurais
Mentira. Nos últimos anos, houve de fato um aumento de trabalhadores e trabalhadoras rurais que passaram a receber a aposentadoria. Porque eles foram orientados pelo governo Lula e Dilma a fazerem documentos – certidão de nascimento e RG - e a partir daí passaram a existir formalmente. Os trabalhadores rurais possuem péssimas condições de trabalho e de vida, a grande maioria é obrigada a começar na labuta bem cedo, até mesmo ainda crianças. Atualmente, os trabalhadores rurais só se aposentam por idade. A reforma de Temer é criminosa porque praticamente acabará com a aposentadoria destes trabalhadores, que serão obrigados a se aposentar aos 65 anos, depois de contribuir 25 anos. Acontece que estes trabalhadores, na sua maioria, não trabalham com carteira assinada e vivem do que plantam.
de Janeiro como em outros estados. Já os trabalhadores só acumulam perdas. veja no quadro as nossas perdas, inclusive, em 2017, caso aceitássemos essa proposta. Informações: ricardopereira@sinttelrio. org.br, cesarfernandes@sinttelrio.org.br e alandias@ sinttelrio.org.br.
De 17 a 19 de janeiro , mais de 150 líderes sindicais de todo o mundo - Itália, França, África do Sul, Quênia, Reino Unido, Chile, EUA, Dinamarca, entre outros - participaram da Conferência Global IT Organizing, em Berlim, na Alemanha, cujo objetivo era debater o futuro e as relações de trabalho do setor de Tecnologia da Informação. Do Brasil, o coordenador geral do Sinttel-Rio, Luiz Antonio Souza, esteve presente ao evento, como representante da Fenattel.
Durante estes três dias os representantes sindicais discutiram temas sobre o mundo do trabalho, como responsabilidade das empresas nos acordos coletivos, precarização dos empregos e problemas e desafios do teletrabalho, ou seja, o trabalho realizado à distância,de forma autônoma. Os temas tinham o objetivo de debater formas de garantir os direitos dos trabalhadores e estabelecer estratégias para encontrar melhores formas de
organização nestas novas plataformas de telecomunicação, em um mundo em constante transformação. Na Alemanha, o sindicato da categoria tem cerca de um milhão de sindicalizados, incluindo os setores de telecomunicações, artes e comunicação. Muitos deles atuam como autônomos, porém, são sindicalizados, pois atestam a importância da organização e da luta coletiva para a garantia dos direitos trabalhistas.
O Sindicato estará hoje realizando ato às 12h, no prédio sede da Embratel (Av. Presidente Vargas, 1012); às 13h no complexo de Makenzie; e às 14h no prédio da Claro, na Mena Barreto, em Botafogo. O Sindicato vai conversar com os trabalhadores, tirar possíveis dúvidas sobre o Acordo, e principalmente, falar da PPR/2016 que será paga dia 24 de fevereiro. O clima na categoria é de incerteza e expectativa, e não é pra menos. Enquanto a empresa divulga através de folder para todos os trabalhadores que o Grupo Claro (Claro, Embratel e NET) ARREBENTOU e superou todas as expectativas de lucro, os gestores dizem que a PPR não vai passar de 1,5 salários. Isso por causa das armadilhas e do famigerado gatilho imposto pela empresa. O teto máximo da PPR que é 3,6 salários. Era isso que deveria
ser pago aos trabalhadores. CAMPANHA DE SINDICALIZAÇÃO
No dia 2, o Sindicato começa uma ampla campanha de sindicalização nos prédios do grupo Claro. Além da importância de fortalecer o Sinttel-Rio que está levando a luta em defesa da categoria, é importante que os trabalhadores do grupo (Claro, Embratel e NET) se conscientizem de que têm que se unir e exigir igualdade de tratamento, a divisão só beneficia a corporação. “Só vamos conseguir impor nossa vontade mobilizados e coesos no Sindicato” disse Virginia Berriel, diretora do Sinttel. Ela acrescentou que se a última campanha foi difícil, a deste ano, 2017, será muito pior. “Ou a gente se organiza no Sindicato e mostra que tem força ou seremos massacrados” concluiu.
EM DEFESA DA UERJ
Cresce adesão em defesa da Universidade
DIVULGAÇÃO
A cada dia cresce a adesão aos atos em defesa da Universidade Estadual do Rio - UERJ -, que corre o sério risco de fechar. Considerada uma das mais importantes universidades do país, que conta com mais de 40 mil alunos de graduação e pós-graduação, grupos de pesquisa do mais alto nível científico e uma rede de unidades espalhadas pelo estado, incluindo o Hospital Universitário Pedro Ernesto e a Policlínica Piquet Carneiro, a UERJ resiste.
A
lém de educadores, alunos, técnicos administrativos e pesquisadores, os atos em defesa da universidade são diários e vêm recebendo adesão de toda a população carioca, que sabe o valor da instituição e o que a sua perda pode significar para todo o estado. Ontem, aconteceu o ato “UERJ DE LUTO NA LUTA”, em defesa do ensino público e do desenvolvimento das atividades de pesquisa, extensão e cultura. Os manifestantes entendem que a participação aos atos representa a luta a favor da educação gratuita e
Atendimento grátis para catarata infantil
O Instituto Catarata Infantil realiza atendimento gratuito para crianças carentes, dentro do IBOL - Instituto Brasileiro de Oftalmologia, em Botafogo. Para ter acesso ao tratamento é feita uma entrevista social, já que o atendimento é voltado para famílias de baixa renda que não possuam plano de saúde. É possível colaborar sendo um parceiro ou doando armações infantis em ótimo estado. Entre os serviços estão: consulta oftalmológica (primeira vez e acompanhamento após cirurgia); exames oftalmológicos pré-operatórios; cirurgia de catarata sob anestesia geral; refração duas vezes ao ano e doação de óculos de grau; colírios pós-operatório e kit cirurgia (álcool gel, lenço de papel e orientação quanto à higiene ocular), entre outros. Para informações e inscrições: Praia de Botafogo, 206. Telefone: 2551-1960.
de qualidade, fundamental para o desenvolvimento econômico e social do nosso país. É inadmissível que a UERJ seja fechada por conta das desastrosas e irresponsáveis gestões do PMDB. Apesar dos cortes de verbas de manutenção, da ausência de orçamento e do não pagamento dos salários e bolsas, muitas atividades continuam graças ao sistema de rodízio dos trabalhadores. Já os professores decidiram manter a greve. A instituição já teve o começo das aulas adiado duas vezes - a última previsão de início é em 30 de janeiro.
SEM BANDEJÃO E LIMPEZA
Sem pagamento, empresas que fornecem serviços como limpeza e alimentação não conseguem funcionar. Desde a semana passada, por exemplo, o bandejão da instituição está fechado. Isso porque não foram repassados recursos para o funcionamento do restaurante universitário e o mesmo problema acontece em relação à limpeza. BILHETE ÚNICO VOLTA
Após a pressão da população, estudantes que têm direito ao Bilhete Único
Universitário voltarão a ter direito ao benefício integralmente. Muitos estudantes foram surpreendidos no último dia 20 ao tentarem usar o Bilhete Único Universitário. A mensagem que constava, segundo relatos, era de “dia inválido”, o que obrigou os usuários a pagarem a passagem. A conquista é de todas e todos estudantes que foram às ruas na segunda (23) dizer não à suspensão do Bilhete Único Universitário e exigir nenhum direito a menos. A pressão deu resultado, a Rio Ônibus voltou atrás e se comprometeu a dar continuidade ao
CUT denuncia ataque a organização sindical Não bastassem os constantes ataques aos direitos trabalhistas promovidos pelo governo golpista de Michel Temer, trabalhadores de diferentes categorias estão vulneráveis em seus locais de trabalho, em decorrência de sucessivas demissões de dirigentes sindicais sem justificativas. O ataque aos sindicalistas é uma forma de enfraquecer a organização e a luta dos trabalhadores. Essa prática é antissindical se constitui crime perante a OIT (Organização Internacional do Trabalho) e fere a legislação trabalhista brasileira. De acordo com a CUT nacional, o ataque vem acontecendo desde o ano passado, com o aumento crescente das denúncias de empresas que simplesmente ignoram as convenções coletivas e demitem os dirigentes sindicais, mesmo no exercício de seus mandatos. Ainda segundo a CUT, essa prática é
inaceitável em qualquer situação, mas ainda pior num momento de crise como este, em que a luta é pela manutenção dos direitos e contra o desemprego, e a permanência desses dirigentes é fundamental para garantir o diálogo e uma negociação de equidade entre a empresa e a classe trabalhadora. O direito à estabilidade no emprego a representante sindical é garantida pela Constituição Federal, em seu artigo 8º, e também pelo artigo 543 da CLT (Consolidação das Leis do Trabalho), que aponta a impossibilidade de dispensa desde o momento do registro da candidatura a um cargo sindical e, se eleito, até um ano após o término do mandato. "Se não tivesse essa estabilidade, o dirigente não poderia enfrentar a empresa ou representar o conjunto da classe de trabalhadores com a ameaça de ser despedido.
A estabilidade é uma garantia para que o sindicato possa ser independente, autônomo em relação às empresas, podendo representar os trabalhadores, sem o risco de ser ameaçado pela demissão”, explica o advogado da CUT. Nestes casos de demissão de sindicalistas o sindicato deve entrar com uma ação pedindo a reintegração do dirigente. Também se deve representar junto ao Ministério Público do Trabalho para apuração de prática antissindical por parte da empresa. Além das garantias constantes na Constituição, o Brasil também é signatário de convenções da OIT, como a 87, sobre Liberdade e Proteção ao Direito Sindical, e a 135, de Proteção de Representantes de Trabalhadores. Fonte Portal da CUT
Comitê "Volta Dilma" é lançado hoje no Rio O movimento contra o golpe na democracia não morreu, ele cresce pelo país com a criação de comitês, não só aqui no Brasil, mas em outros países. Esses vão pressionar o STF para cancelar o impeachment da presidenta Dilma, julgada e condenada pelo congresso sem ter cometido crime algum. O lançamento será hoje (25), às 18h30, no auditório do Sindicato dos Bancários do Rio (Av. Presidente Vargas, 502 - 21º andar), com a presença da CUT, sindicatos filiados,de intelectuais, artistas, professores universitários, líderanças
sindicais, estudantis e sociais. O evento será aberto e quanto mais gente for, melhor. Esse é o momento também para marcar posição contra o governo golpista que nós não reconhecemos e que está acelerando as votações para acabar com direitos e conquistas históricas do povo brasileiro, tais como: reforma trabalhista que acaba com o 13º, férias, hora extra, adicional noturno, etc e a reforma da previdência que, além de aumentar a idade mínima para 65 anos para todos, homens, mulheres e trabalhadores rurais, acaba com o benefício
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bersot
humor
para quem ainda não entrou no mercado de trabalho ou está ingressando agora. POR QUE "VOLTA DILMA"?
Porque precisamos restabelecer a democracia e isso só será possível com a devolução à presidenta Dilma do cargo conferido a ela nas urnas por 54 milhões de brasileiros. Após isso, ela convoca eleições diretas já, pois só ela pode fazer isso. A grande maioria dos parlamentares na Câmara e no Senado, ao contrário de Dilma, que não cometeu crime algum,
estão envolvidos em esquemas de corrupção, caso, aliás, do Temer golpista, de Renan Calheiros, José Serra, Aécio Neves e a corriola do PMDB, PSDB, DEM e outros. Hoje, em caso de impedimento do golpista Temer, há possibilidade da presidência da República ser assumida pela presidente do STF com prazo para convocação de eleições indiretas. Isso é grave, além de não querermos eleições indiretas, isso seria a perpetuação do golpe, conforme idealiza a mídia golpista e os setores de direita. Volta Dilma. Fora Temer!
Não à criação da TeleAlcaçuz Em sua coluna do dia 21 de janeiro, no jornal O Globo, o jornalista Elio Gaspari denuncia: "enquanto facções do andar de baixo brigam nos presídios, as do andar de cima desentendem-se em torno da carniça da Oi, a maior operadora de telefones fixos do país, quebrada, com um espeto de R$ 65,4 milhões Levando no gogó, o ministro Gilberto Kassab poderá criar a TeleAlcaçuz." É estarrecedor como a imagem de uma empresa, que poderia ter sido a grande operadora nacional de telecomunicações do país, vem sendo desgastada há anos por administrações, no mínimo, incompetentes. A saída para estancar essa sangria, temos afirmado repetidas vezes, é a intervenção na Oi, mecanismo previsto na Lei Geral de Telecomunicações. Mas, é evidente que a Anatel, autarquia que poderia decretar a intervenção, não fará isso. Ao contrário, em seus planos está facilitar a vida da administração da Oi doando R$ 100 bilhões em bens reversíveis, o que inclui, também, a Claro e a Vivo; extinguindo as concessões e renovando, eternamente, o espectro. A contrapartida desse pacote de bondades com as operadoras, segundo o presidente da Anatel, Juarez Quadros será a "apresentação de garantias financeiras (como carta fiança e outras) em valor equivalente aos projetos de investimentos assumidos, que possam ser resgatadas de forma a garantir que os projetos de investimento sejam realizados como definido pelo órgão regulador." BOM PARA O MERCADO
Essa modelagem só favorece as três irmãs, principalmente a Oi. Como imaginar que uma empresa em recuperação judicial terá condições de apresentar qualquer garantia financeira? Com certeza a Oi venderá boa parte dos ativos para pagar suas dívidas, em vez de efetuar investimentos. Não priorizará a implantação da infraestrutura de rede de comunicação de dados em áreas sem atratividade econômica, aprofundando, ainda mais, a exclusão digital existente. É um modelo que favorece o mercado, dilapidando o patrimônio público e passando por cima de todos os princípios de legalidade, impessoalidade, moralidade, eficiência que, conforme a Constituição Federal devem ser a base da administração pública direta e indireta. É fato que esses senhores não têm nenhuma legitimidade para discutir qualquer novo modelo no setor. Num cenário de grave risco ao erário público, cobramos, também, publicamente, a resposta da Procuradoria Geral da República sobre a representação impetrada pela Proteste que propõe a instauração de Inquérito Civil Público, a fim de que sejam apurados possíveis atos ilegais decorrentes desse processo. Na semana passada, junto com o Clube de Engenharia e o Sindicato dos Engenheiros do Rio de Janeiro, divulgamos carta pública dirigida ao presidente da Anatel. Até agora, apenas um silêncio ensurdecedor. Sem legitimidade alguma, está claro que Anatel e Oi não podem assinar qualquer documento que envolva recursos públicos. A TeleAlcaçuz não pode ser criada. Viste o Portal www.institutotelecom.com.br
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