REFORMA DA PREVIDÊNCIA
SUA APOSENTADORIA DIA INTERNACIONAL DA MULHER
Sinttel realiza evento comemorativo
Durante todo o dia 10 de março, o Sinttel dedicará a sexta a uma série de atividades em homenagem ao Dia Internacional da Mulher, comemorado em 8 de março. O evento tem o objetivo de trazer reflexões sobre o papel da mulher no mundo contemporâneo e estimular a participação das trabalhadoras da categoria nas atividades do Sindicato. A programação começa com uma mesa de debates sobre um tema de extrema importância atualmente, a Mulher e a Reforma da Previdência. Na parte da tarde, será realizada uma Oficina e no final uma confraternização, com roda de samba do grupo Moça Prosa. Na próxima edição do jornal, divulgaremos informações sobre os horários e detalhes da programação. SEREDE
Novo plano de saúde traz velhos problemas
No dia 1° de fevereiro, a Serede mudou o plano de saúde dos seus trabalhadores, que passaram de UnimedRio para o Assim Saúde Clássico. Desde então, os problemas só aumentaram, pois os trabalhadores não conseguem atendimento nos hospitais, clínicas e consultórios. Isto porque, a abrangência do Assim Clássico, o mais inferior da Assim, é curta e limitada, dificultando o atendimento para os trabalhadores e seus dependentes. No Rio, Região Metropolitana e Grande Rio, a reclamação é uma só: quem procura atendimento não consegue. Em locais, como Santa Cruz, Nova Iguaçu, Paracambi, Bangu, Itaguaí, São Gonçalo e Niterói, só há um hospital em cada bairro que aceite o plano e, mesmo assim, com serviços limitados. Além disso, muitos trabalhadores reclamaram de ter que pagar pela medicação. Outra reclamação é que a empresa não deu o direito ao trabalhador de escolher entre o Clássico e o ASSIM Superior, fornecido para quem tem cargo de gestor, por custar um pouco mais caro. Com saúde não se brinca e não tem preço. A Serede só visou o lado dela e ignorou a saúde dos seus empregados, um absurdo! O Sindicato já cobrou da empresa providências e continuará exigindo que a Serede apresente uma solução com urgência para resolver essa questão. O trabalhador que tiver dificuldades em receber atendimento nos hospitais, denuncie ao Sindicato através do e-mail: denuncia@sinttelrio.org.br.
VAI ACABAR
Isso se a gente não se unir e lutar em todas as frentes de combate (veja agenda de lutas em box nesta página). Atualmente, o Congresso Nacional é o mais conservador dos últimos tempos. Os parlamentares que votaram pelo impeachment e apoiaram o golpe deixaram claro de que lado estão, e não é do lado do povo. Só estão preocupados com eles mesmos e com suas famílias.
N
a votação do impeachment, em transmissão ao vivo, num espetáculo patético, os golpistas discursaram em defesa das suas famílias e de seus interesses e se lixaram para a democracia. Eles venderam a alma ao dia-
bo, ao aprovar o golpe, juraram defender as reformas golpistas que impõem corte de direitos ao povo brasileiro. O nome reforma remete a algo bom. Mas, o que está na pauta desse governo está mais para reformas do mal: a reforma
previdenciária e a reforma trabalhista nada mais são do que o fim de direitos e conquistas. Certo de que não podemos aceitar essa violência, o Sinttel-Rio vai bater nessa tecla até que os trabalhadores entendam
que o que está em jogo é a nossa aposentadoria. Entenda por quê. No quadro abaixo, destacamos as mudanças que podem atingir diretamente todos os trabalhadores brasileiros, se a reforma for aprovada.
APOSENTADORIA
COMO É HOJE
COMO FICARÁ COM A REFORMA GOLPISTA
Idade mínima
55 anos para mulheres e 60 para homens
65 anos para todos, inclusive trabalhadores rurais
Tempo de contribuição
30 anos para mulheres e 35 para homens
49 anos
Pensão por morte
O viúvo(a) recebe o valor integral e pode acumular os dois benefícios: aposentadoria e pensão
Viúvos(as) receberão 60% do valor integral do segurado. Se tiverem filhos receberão 50% mais 10% por filho dependente. O valor não pode ser cumulativo, se o viúvo (a) se aposentar terá direito apenas a um dos benefícios, tendo que optar por um dos dois
OBS: pela reforma a mulher é penalizada com o acréscimo de 15 anos na idade mínima e o homem de cinco anos. TEMPO DE CONTRIBUIÇÃO
Esse é o maior golpe de todos. O tempo de contribuição de 49 anos certamente impedirá grande parte dos jovens brasileiros de se aposentar. Quem conseguir, o fará a partir dos 70 anos, no fim da vida, e pouco poderá desfrutar do descanso merecido da aposentadoria, já que, no Brasil, os cidadãos vivem 75 anos, em média. As regras vão atingir integralmente os mais jovens. O setor de teleatendimento concentra trabalhadores na faixa etária de 19 a 30 anos, jovens em sua maioria no primeiro emprego, ingressando no mercado de trabalho. Veja nos exemplos ao lado como eles se aposentariam se for aprovada essa reforma da previdência golpista. CALCULADORA
É possível calcular automaticamente com quantos anos você conseguirá se aposentar, caso essa reforma do mal seja aprovada. O Brasil de Fato elaborou uma calculadora on line no seu portal (www. brasildefato.com.br/calculadora-da-aposentadoria), para que cada trabalhador possa projetar a idade que se aposentará com as regras atuais e com as regras da reforma articulada pelo governo golpista.
Tomemos como exemplo, um trabalhador de call center de 20 anos, que começa a contribuir nesta idade. Se ele quiser receber o benefício integral, se aposentará com 69 anos, isso se pagar ininterruptamente a contribuição.
Agenda de lutas
Já um trabalhador do setor de 30 anos, que começa a contribuir nesta idade, só vai parar de trabalhar com quase 80 anos, mais precisamente aos 79, para receber 100% do benefício. Ou seja, o governo quer que o brasileiro não se aposente, quer que trabalhemos até morrer.
Lá também é possível ver a idade para aposentadoria proporcional. A FARSA DO ROMBO DA PREVIDÊNCIA
O governo golpista afirma que existe um déficit no sistema previdenciário brasileiro. É mentira! O governo golpista oculta informações e faz uma soma enganosa, considerando apenas o total de contribuições pagas pelos trabalhadores. A Constituição prevê que Previdência faz parte de um sistema amplo conhecido como Seguridade Social, que é sustentada financeiramente pela receita previdenciária e por outros impostos e taxas de contribuições sociais, como CSLL; COFINS; PIS/PASEP e receitas de órgãos de seguridade. O governo oculta os dados destas fontes, que tornam a Previdência superavitária.
Para resistir e barrar mais este golpe contra o povo brasileiro, centrais sindicais e movimentos sociais se organizam para ir às ruas e convocam todos os trabalhadores para uma agenda de lutas. Participe ou não teremos direito à aposentadoria! Dia 8 de março - Mobilização no Dia Internacional da Mulher, com trabalhadoras e trabalhadores contra a Reforma da Previdência. Dia 15 - Paralisação Nacional Contra o Fim da Aposentadoria