GREVE GERAL CAMPANHA DA REDE
Negociação na sexta Nesta sexta (7), teremos uma rodada de negociação com as prestadoras de serviços de telecomunicações para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho (CCT), cuja data base, agora, abrange todas as empresas em 1º de abril. Na ocasião, o Sindicato espera que as empresas apresentem uma contraproposta à pauta aprovada nas diversas assembleias realizadas nos locais de trabalho e já encaminhada a elas. Para que haja o reajuste salarial, dos pisos e a conquista de novos benefícios que reivindicamos, é fundamental que todos participem e acompanhem todos os passos das negociações da campanha. Entre os itens que destacamos da nossa pauta estão: reajuste salarial de 100% do INPC acumulado nos últimos 12 meses, mais 5% de ganho real para todos; Vale Refeição/Alimentação de R$ 28,00 por dia; auxílio creche com reembolso de R$ 600,00 para todos os empregados, inclusive homens com filhos de 0 a 6 anos, pagamento do aluguel do carro agregado nas férias, entre outros.
Ezentis se nega a pagar PPR
Conforme compromisso assumido pelo Sindicato com os trabalhadores, a direção do Sinttel vem cobrando sistematicamente da Ezentis o pagamento da PPR de 2016, cujo prazo é abril. A empresa se mantém irredutível na decisão absurda de não pagar, usando como argumento o fato de não ter sido feita a medição do período. No próximo dia 13 de abril (quinta), o Sinttel se reunirá com representantes da empresa, na sede do Sindicato, para discutir a PPR de 2017 e na ocasião, pressionará a Ezentis a negociar o pagamento da PPR do ano passado. Dúvidas e sugestões, entre em contato com: valdoleite12@ hotmail.com.
DIA 28/04 Vamos preparar a Greve Geral contra o corte dos direitos trabalhistas e o fim da aposentadoria
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SOCORRO ANDRADE
epois da vigorosa resposta dada dia 31, aos ataques do governo golpista contra a classe trabalhadora, o mês de abril será a grande estrada pela qual o Brasil chegará à maior Greve Geral de sua história, a declaração é da Central Única dos trabalhadores em seu portal www.cut.org.br . A CUT tem razão. A resposta dos trabalhadores foi clara: não vão aceitar o corte de direitos trabalhistas nem o fim da aposentadoria, voltaram em massa às ruas em todo país para dizer que vai ter luta e vai ter greve geral. O Brasil vai parar dia 28/04 contra os golpistas. No Rio de Janeiro, mais de 30 mil ocuparam Av. Rio Branco. Em São Paulo, segundo a CUT, mais de 70 mil foram às ruas. ABRIL VERMELHO
Vagner Freitas, presidente da CUT, afirma que a Greve Geral “já é uma realidade”. E completa, “as 70 mil pessoas que foram às ruas de São Paulo, na tarde desta sexta-feira (31), somadas às centenas de milhares de manifestantes em todo o Brasil, deram o indicativo de que o ‘abril vermelho’, que culminará na greve geral do dia 28 de abril, será de intensa resistência ao golpe e aos ataques aos direitos trabalhistas”. Veja alguns dos direitos ameaçados pela reforma trabalhista/golpe desse governo golpista e ilegítimo: =Fim do FGTS, do 13º salário, das férias e do seguro desemprego =Aumento da jornada de trabalho para até 24 horas ininterruptas, impondo maior
desgaste físico e mental aos trabalhadores =A justiça do trabalho perde seu papel fiscalizador, possibilitando a violação de direitos e riscos no ambiente de trabalho. =Substituição desmedida dos contratos de trabalho de tempo integral pelos
contrários temporários =Redução de salários, aumento da rotatividade e, consequentemente, do desemprego. =Com a aprovação da terceirização irrestrita e sem salvaguarda para o tra-
balhador, inviabiliza-se a abertura novos concursos públicos =Redução do papel do Estado e dos sindicatos na defesa do trabalhador, que ficará à mercê da exploração do empresariado
Oi longe da recuperação Essa, infelizmente, é a conclusão que chegou a diretoria do Sinttel-Rio diante dos fatos noticiados todos os dias nos diversos jornais, revistas e sites de notícias do país. De acordo com essas mesmas fontes, depois de nove meses em processo de recuperação judicial, a situação da empresa, ao invés de dar sinais de melhora, pelo contrário, só piora. O seu endividamento, por exemplo, aumentou em R$ 4 milhões. O Sindicato não está preocupado com a briga dos acionistas, mas está com a empresa, sim, por sua importância social e econômica no Brasil. A Oi é uma das maiores
empresas de telecomunicações do país com atuação em 26 estados, oferecendo serviços de telefonia fixa, celular, tv e dados. É, sem dúvida, muito importante para a sociedade brasileira. A sua falência é acima de tudo um desastre social-econômico de gravíssimas consequências. Será o fim de milhares de postos de trabalho de uma hora para outra e o comprometimento dos serviços aos usuários. Por tudo isso, o Sindicato não quer o fim da Oi, muito pelo contrário. Mas, reconhece que é necessária uma medida drástica contra os seus gestores e uma ação
decisiva para pôr fim aos desmandos e levá-la à plena recuperação. A intervenção pode ser uma saída para tirar a Oi do atoleiro onde foi colocada pelas sucessivas gestões irresponsáveis e desastrosas. Com essa gestão, não há nenhuma perspectiva de salvamento para a empresa. GARANTIA DE EMPREGO
Além de não conseguir minimizar o seu endividamento, os gestores não dão nenhuma resposta para o Sindicato, para os trabalhadores, muito menos à sociedade quanto à perspec-
tiva de futuro. Seus clientes em todo país elevam os índices de reclamação e insatisfação com os serviços nos Procons. Isso precisa ter fim. Até o momento, os trabalhadores vêm pagando a conta dos desmandos. Em dois anos foram mais de 3 mil demissões, todas com a justificativa de que eram necessárias para salvar a empresa. Não aceitamos mais sacrifícios. No último acordo coletivo não conseguimos repor a inflação e a PPR ficou em míseros 0,7 salário. Isso não pode se repetir. Diante disso e, preocupada com os trabalhadores, a diretoria do
Sindicato agiliza o agendamento de várias reuniões com o presidente da Oi, com o presidente da Anatel, com o ministro da área de telecomunicações e com o juiz da 7º Vara Empresarial do Rio de Janeiro, responsável pelo processo de recuperação judicial da empresa. O Sinttel-Rio quer discutir a situação dos trabalhadores, a garantia dos empregos e do Acordo Coletivo em vigor. O Sindicato também está mobilizando desde já os trabalhadores da Oi e demais operadoras para a campanha salarial deste ano (veja matéria na página 2). Nenhum direito a menos.