DIA 18 "ESQUENTA" RUMO À
GREVE GERAL CAMPANHA DA REDE
Empresas não apresentam proposta
Na segunda rodada de negociações da Convenção Coletiva de Trabalho, realizada dia 7 de abril, as empresas não apresentaram nenhuma proposta para reajustes salariais e benefícios. Mesmo com a cobrança insistente do Sinttel, as empresas usaram o argumento de aguardar o fechamento do INPC do período, que deve ser divulgado na segunda quinzena de abril. Ou seja, as empresas já começaram a enrolar as negociações e agem com pouco caso com os trabalhadores. O Sindicato reiterou que a Pauta de Reivindicações já havia sido enviada desde antes do Carnaval, em fevereiro. O Sindicato propôs uma nova rodada de negociação no dia 19 de abril, a ser confirmada pelas empresas. Um dos itens da Pauta é a redação da unificação das Convenções, cujas datas bases eram junho e abril, para que possamos ter um instrumento único para todos os trabalhadores das prestadoras de serviços em telecomunicações do estado do Rio. PPR SEREDE
Recentemente, começaram a circular entre os trabalhadores informações de que o valor da PPR seria 52% do salário nominal. O Sindicato cobrou esclarecimentos da empresa, que explicou que este valor é referente a negociações em outros estados em que a Serede atua e que no Rio a PPR ainda está em negociação. PLANO DE SAÚDE
Em relação às inúmeras denúncias dos trabalhadores sobre a falta de cobertura do plano Assim Clássico nas clínicas e hospitais do estado, o Sindicato cobrou, mais uma vez, providências para a situação de insegurança dos empregados em busca de atendimento médico. A empresa afirmou que marcou uma reunião com a Assim para o próximo dia 17, quando tentará resolver os problemas sobre a abrangência do Assim Clássico. O Sindicato está acompanhando a negociação e exige a solução definitiva da situação do plano de saúde destes trabalhadores.
SOCORRO ANDRADE
Em mais uma manobra vergonhosa para acelerar a reforma trabalhista, a Câmara pretende votar numa canetada só, a exemplo do que fez com o projeto de terceirização geral, no dia 19 o fim de direitos históricos dos trabalhadores brasileiros, como 13º salário, férias, aviso prévio, hora extra etc. Ou nós reagimos ou voltaremos ao regime escravo. Não podemos aceitar esse golpe contra os trabalhadores. Fora, golpistas!
A
essa manobra a CUT responderá com luta e com mais protestos. Em todas as manifestações já realizadas contra o corte de direitos e completo desmonte do estado levado a cabo pelo governo ilegítimo, já levou milhões às ruas, mas precisamos levar todos os brasileiros. Dia 18 vamos às ruas para o ‘Esquenta’ para greve dia 28 e para forçar os parlamentares a refletirem duas vezes antes de votar pelo fim de direitos. A relação dos traidores dos trabalhadores fluminenses está em nosso portal (www.sinttelrio.org.br) e em todos os portais e publicações sindicais desse país. Os inimigos do povo não poderão se esconder. GREVE GERAL DIA 28
No dia 18, a CUT nacional, as CUTs estaduais e sindicatos filiados farão ao longo de todo o dia, nos diversos locais de trabalho, o “esquenta” para a greve geral. A CUT pretende fazer no dia 28 a maior greve da história desse país. Para os dirigentes da Central, ou os trabalhadores param e enfrentam o governo golpista e ilegítimo em defesa de seus direitos ou voltarão ao regime escravo. EXEMPLO ARGENTINO
No dia 6 de abril, os trabalhadores argentinos pararam o país numa greve geral que parou o país. Eles lutam contras as reformas do governo Macri que prevê corte de direitos. Para que a greve fosse vitoriosa, os argentinos, como já fazem os franceses, pararam todo o
Manifestação contra reformas em 17 de março leva 70 mil às ruas do Rio
sistema de transporte do país (trens, metrô, ônibus etc). Até os trabalhadores das companhias aéreas aderiram. Os cinco voos da Aerolinea Argentinas para o Galeão não saíram. Outros voos internacionais também não seguiram. Os trabalhadores brasileiros devem seguir o exemplo dos argentinos e no dia 28 cruzarem os braços. O ideal é que ninguém vá trabalhar. A greve é nosso último recurso de luta. A MANOBRA
A manobra contra os trabalhadores foi anunciada dia 5 de abril, pelo inimigo maior do povo brasileiro no Congresso,
o presidente da Câmara dos Deputados, Rodrigo Maia (DEM-RJ). Rodrigo é filho de César Maia, e farinha do mesmo saco. É importante que os trabalhadores e o povo não esqueçam esses nomes, pois no próximo ano tem eleição. A manobra vergonhosa tem por finalidade de aprovar a Reforma Trabalhista em duas semanas. Um dos absurdos da Reforma Trabalhista é que esse projeto, com tamanho impacto de destruição de direitos dos trabalhadores e trabalhadoras, está tramitando em caráter conclusivo e se for aprovado na Comissão Especial, pode seguir diretamente para o Senado, sem
passar pelo plenário da Câmara. Vagner Freitas, presidente da CUT, tem denunciado esse ataque contra a classe trabalhadora. "A Reforma Trabalhista de Temer oficializa o bico. O que significa que você só trabalha quando o patrão chama, só ganha pelo que produz, pode ser temporário por 120 dias ou mais, tem de negociar férias, 13º salário", alertou em recente entrevista. .Dia 18 de abril - Atos e ações nos estados contra a votação da Reforma Trabalhista na Câmara .Dia 19 de abril - Caravana a Brasília contra a votação da Reforma Trabalhista.
Pressão popular derrubará golpe na previdência A pressão de milhões de brasileiros que foram às ruas em março para dizer não ao fim da aposentadoria assustou o governo golpista. Temeroso de ver seu criminoso projeto da reforma da previdência cair por terra, o presidente golpista quer fazer alterações na proposta. Isto porque vários deputados recuaram sobre o projeto de fim da aposentadoria, com medo de perderem seus eleitores, que pressionam nas ruas e redes sociais pela não aprovação da proposta. A sondagem foi feita por entidades sindicais, como a Pública Central do Servidor, o Sindilegis (Sindicato dos Servidores do Legislativo Federal e TCU) e a Confederação Nacional dos Servi-
dores Públicos Municipais (CSPM).
REAJA AGORA OU MORRA TRABALHANDO
Este fato, mais uma vez, mostra o quanto a luta e a pressão popular são importantes para a defesa dos nossos direitos. Como o próprio nome do movimento” Reaja Agora ou Morra Trabalhando” já afirma, é urgente que os brasileiros continuem a resistir e lutem pelos seus direitos agora, antes que seja tarde e os golpistas acabem com as conquistas duramente adquiridas pelos trabalhadores. Para o presidente da CUT, Vagner Freitas, estas mudanças pontuais não
evitarão a greve geral do dia 28, contra as reformas previdenciária e trabalhista, que vem ganhando adesões de sindicatos de várias categorias. “Não queremos a reforma ligeiramente menos pior. Queremos que o Temer retire a emenda do Congresso e sente-se conosco para negociar com transparência, abrindo honestamente os números da Previdência” A cada dia, a greve do dia 28 ganha mais adesões de várias categorias, representadas por seus respectivos sindicatos das capitais e do interior. As centrais sindicais também têm se reunido em torno da construção da greve geral, que promete ser uma resposta vigorosa contra o governo golpista e ilegítimo.
Sinttel quer reunião com Oi e Anatel Os fatos não deixam dúvida quanto à grave situação da Oi. Preocupada com a situação dos trabalhadores, a diretoria do Sinttel-Rio cobra uma reunião em caráter de urgência com o presidente da empresa, Marco Schroeder, para exigir dele garantia de cumprimento do Acordo Coletivo em vigor e manutenção de todos os postos de trabalho.
Para o Sindicato, a presidência da Oi tem que tranquilizar os trabalhadores, diariamente bombardeados por notícias ruins sobre o destino da empresa. Em que condições psicológicas, os trabalhadores da Oi (pais e mães de família, jovens em início de carreira) saem todos os dias para o trabalho e voltam para casa? A tensão é grande e a empresa precisa pensar nessas pessoas como
seres humanos. Os trabalhadores não foram responsáveis pelo atoleiro em que a Oi se meteu, ao contrário, são sim, responsáveis por ela ainda sobreviver. Ao Sindicato não interessa a briga entre acionários e credores. Ao Sinttel interessa a garantia de postos de trabalho o que, aliás, deveria interessar também ao governo, se este fosse o objetivo do governo que aí se instalou.
Além do presidente da Oi, o Sindicato continua cobrando reunião em caráter de urgência com o presidente da Anatel e tentará também uma audiência com o juiz da 7º Vara Empresarial do Rio de Janeiro, responsável pelo processo de recuperação judicial da empresa. Veja mais sobre a crise na Oi na coluna do Instituto Telecom, na página 2 desta edição.