COMEÇA A CAMPANHA DAS OPERADORAS Ato denuncia mortes na Supervia
Um ato para denunciar as constantes violações de segurança da Supervia está marcado para amanhã (29), às 17h30, na Central do Brasil. A iniciativa é de Rafaela Reimont, cuja prima Joana Bonifácio Gouvea morreu no dia 28 de abril, vítima de um acidente na estação de Coelho da Rocha. Ela ficou com o pé preso na porta, foi arrastada e caiu no vão entre o trem e a plataforma, onde seu corpo permaneceu de 11h30 até o início da noite, um imenso descaso e falta de humanidade por parte da empresa. O acidente não foi divulgado, assim como vários que acontecem nas estações de trem. Os acidentes nas linhas férreas são mais comuns do que imaginamos, em 2016, foram cerca de 100 e este ano, o número já chega a 30. Entretanto, a grande maioria da população desconhece o fato, visto que a empresa procura encobrir os problemas envolvendo passageiros. No caso de qualquer acidente, há uma normativa que determina que a Supervia deve notificar o acidente à Agetran, agência reguladora que fiscaliza a qualidade e a segurança dos transportes públicos de concessão, e vira alvo de investigação. Segunda Rafaela, no relatório da agência, até hoje não consta o acidente que culminou na trágica morte de Joana. Os trabalhadores da categoria são usuários constantes dos trens da Supervia. O Sinttel se solidariza e apoia o ato, que tem como objetivo chamar a atenção da opinião pública para as irregularidades da empresa e alertar a população para a segurança precária dos trens.
Reunião dia 3 com a BTCC
Após a pressão do Sindicato e da denúncia divulgada na última edição do jornal, a BTCC recuou e procurou o Sinttel para marcar reunião no dia 3 de julho, às 11 horas, na sede do Sindicato. Na reunião anterior, a empresa apresentou uma proposta de miséria: 2,5% , que seria pago parcelado em duas vezes, a primeira de 1,25% em agos/2017 e a segunda, no mesmo percentual, só em jan/2018.O índice é muito inferior ao INPC que é de 4,57% e , obviamente, o Sindicato rejeitou esta proposta. Nesta reunião, o Sindicato espera que a empresa apresente uma proposta decente para submeter aos trabalhadores.
SOCORRO ANDRADE
A data base de três das maiores operadoras de telecomunicações do país, Vivo/GVT, Claro S.A (Claro Embratel e Net) e TIM é 1º de setembro, mas a campanha salarial este ano começa mais cedo do que nos anos anteriores. E por que isso? Para termos tempo de mobilizar os trabalhadores para lutar por um acordo melhor e sem perdas.
S
egundo o coordenador geral do Sinttel-Rio, Luís Antônio Souza da Silva, essa é uma das mais importantes campanhas salariais do setor, envolve 95 mil trabalhadores em todo país, a maior parte deles, cerca de 90% , no Rio de Janeiro e São Paulo. A campanha salarial deste ano acontecerá num momento de grave crise política e econômica no país, onde os trabalhadores estão lutando para não perder direitos e conquistas históricas, como a aposentadoria, férias, 13º, hora extra. Até o FGTS e corre risco de ser confiscado por um governo ilegítimo e um congresso golpista. Apesar do setor de telecomunicações não ter do que reclamar e passar ao largo da crise ,acumulando lucros e rentabilidade, as empresas são tacanhas e sovinas quando se trata de valorizar os empregados. Se antes quando não havia a crise a choradeira já era grande, não temos dúvida que agora será muito pior. Então, essa campanha tem que acontecer com a categoria absolutamente mobilizada, fazendo pressão na base e exigindo avanços das empresas. O Sindicato já está correndo os locais de trabalho das operadoras desde maio, mas agora é hora de fazer valer a nossa união.
EXPECTATIVAS
Nessas conversas com os trabalhadores concluímos que entre os trabalhadores de todas as operadoras há expectativas a serem superadas nessa campanha. Na Vivo, os trabalhadores não querem mais perder nada. "A cada acordo perdemos alguma coisa", disse um deles indignado. Outro aspecto comum especialmente entre os empregados da Vivo e da Claro, que passaram por grandes processos de fusão, os trabalhadores querem o fim das diferenças salariais, de benefícios, jornadas de trabalho e salário. É inaceitável que a Claro, que incorporou a Embratel, continue mantendo diferenças salariais e de benefícios e, pior mantém os trabalhadores da NET como filhos pobres, em condições inferiores aos demais. A mesma coisa se repete na Vivo em relação aos trabalhadores da GVT. Também preocupa a todos a manutenção dos postos de trabalho e o fim das demissões, especialmente na Claro. Para pôr fim a estas práticas
não há mágica, os trabalhadores devem chegar a essa campanha unidos, coesos e mobilizados no Sindicato para confrontar empresas. EIXOS UNIFICADOS
aReajuste de salário pelo INPC integral aGanho real de no mínimo 5% aFim da participação dos trabalhadores na concessão de benefícios como (VA/VR) aReembolso creche para pais e mães trabalhadores aFim das demissões e garantia no emprego aAumento dos postos de trabalho
Vivo/GVT fará assembleia de 3 a 5
Os trabalhadores da Vivo saem na frente. A assembleia para discussão e aprovação da Pauta de Reivindicações já está marcada para o período de 3 a 5 de julho. Veja abaixo locais e horários: 03/07 - Vila Isabel, às 8h e Barra às 11h30 04/07 - Niterói (Santa Rosa), às 8h 05/07 - Nova Iguaçu, às 8h TIM e CLARO devem marcar assembleia com a mesma finalidade na próxima semana.
Reunião hoje e ato amanhã
O Sinttel-Rio realiza reunião hoje, às 18 horas, na sua subsede (Rua dos Andradas, 96/5º andar) para debater a pesquisa realizada com trabalhadores da categoria, bem como o jornal específico para a campanha unificada das operadoras. Além disso, o Sindicato realizará ato na Claro Mackenzie e 1012, para mobilizar os trabalhadores das operadoras Oi, Claro, Vivo, Tim e Nextel para a campanha salarial deste ano.
Dia 30: paralisações contra as reformas A exemplo do que foi realizado no dia 28 de maio, quando várias categorias aderiram à greve geral, obrigando o governo a fazer mudanças nas propostas originais, as centrais sindicais e os movimentos sociais marcam o dia 30, sexta-feira, como o dia de paralisações e mobilizações contra Reforma Trabalhista. "Vamos parar o Brasil contra a Reforma Trabalhista, em defesa dos direitos e da aposentadoria", este é o lema unificado de todas as entidades que decidiram participar. Agora, o descontentamento
com o governo golpista é ainda maior. Diante de séria denúncia de corrupção passiva envolvendo Temer, feita pelo procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ao Supremo Tribunal Federal (STF), a população rejeita o seu governo usurpador e a sua permanência no governo. A última pesquisa da Datafolha revela o pior desempenho de um presidente em 28 anos: apenas 7% aprovam o governo. Seria insustentável para qualquer governo permanecer com tamanha rejeição, se não fosse o interesse dos barões da mídia e de um Congresso
altamente comprometido com os empresários de mantê-lo no poder. O objetivo? A Reforma Trabalhista e Previdenciária que aumenta o lucro das empresas em detrimento dos direitos dos trabalhadores. MOVIMENTOS SOCIAIS
Desta forma, na sexta (30) inúmeras mobilizações e manifestações acontecerão por todo o país. Isto é o que afirma a nota das Frentes Brasil Popular (FBP) e Povo Sem Medo (FPSM) intitulada “Vamos parar o Brasil”. A CUT se reuniu
com as frentes e os movimentos sociais, das quais faz parte, por entender a importância das organizações da sociedade civil para barrar as “Reformas” Trabalhista e da Previdência em trâmite no Congresso Nacional. “O sucesso do dia 28 de abril já aconteceu muito por conta da participação das Frentes e o dia 30 de junho será mais importante. Os sindicatos farão as paralisações, vão ter atividades matinais e atos na parte da tarde chamados pelos movimentos sociais”, destacou o presidente Nacional da CUT, Vagner Freitas.
Compra coletiva de carro ganha mais adesões
A campanha para compra coletiva de carro com descontos ganha a cada dia mais adesões na categoria. E não é pra menos, com a compra do carro, além de um transporte para o dia a dia e o lazer da família, os trabalhadores ainda poderão agrega-lo e obter com isso um reforço no orçamento. Até agora o Sindicato já visitou 15 locais entre eles Niterói, São Gonçalo, Cabo Frio, Santa Cruz, Cascadura, Padre Miguel, Irajá, São João do Meriti, e Caxias. As visitas prosseguirão esta semana e a próxima.