Jornal do Sinttel-Rio nº 1599

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CLARO

Trabalhadores rejeitam proposta de Acordo e de PPR Eleição sem Lula é golpe Os olhos do mundo estarão voltados hoje, dia 24, para Porto Alegre (RS), onde acontecerá no Tribunal Regional Federal da 4ª Região (TRF-4), o julgamento do recurso do ex-presidente Lula contra a condenação imposta pelo juiz federal Sérgio Moro, na ação que investiga o favorecimento da construtora OAS em contratos com a Petrobras por meio de um apartamento triplex no Guarujá (SP) e de um depósito para o acervo presidencial. Além de representantes de entidade democráticas, jornais e televisões de todo mundo, os nossos olhos também estarão voltados para Porto Alegre. Caravanas de todo país partiram para Porto Alegre para cobrar que o TRF-4 faça justiça e derrube a sentença arbitrária de Moro. Lula não pode ser condenado sem provas, isso é inaceitável. Moro condenou Lula a 9 anos e seis meses de prisão. Uma sentença política cheia de falhas e que evidencia claramente a sua intenção de deter a carreira política de Lula e impedir a sua candidatura nas eleições gerais, que acontecerão este ano. Não há dúvidas de que Moro, ao sentenciar a prisão de Lula apenas por "evidências" e "ilações", sem provas criminais, agiu com o objetivo de favorecer o grupo politico que se opõe politicamente ao PT. Se o TRF-4 mantiver, se configurará no Brasil o golpe dentro do golpe. A manutenção dessa condenação mesmo depois de auditorias na Petrobrás provarem a inocência de Lula no caso do tríplex e de se concluir que o acervo presidencial (presentes que Lula ganhou de chefes de estados) pertence a ele, é uma manobra para tirá-lo da disputa eleitoral deste ano. As pesquisas apontam a liderança de Lula disparado na frente dos demais candidatos na preferência do eleitorado. A manutenção dessa sentença só tem um objetivo: tornar Lula inelegível e golpear mais uma vez a democracia brasileira. Por que a pressa de Moro em condenar Lula, mesmo sem provas? Por que o juiz não tem a mesma pressa em relação a Aécio Neves, Gedel Vieira e tantos outros cujas provas dos crimes de evasão, lavagem de dinheiro e corrupção ativa são incontestáveis? Pra condenar e prender tem que haver provas e estas não existem, no caso do Lula.

CAMILA PALMARES

Em assembleia realizada dias 18 e 19, nos prédios da Claro, os trabalhadores do Rio de Janeiro rejeitaram as propostas da empresa para o Acordo Coletivo e de PPR/2017. A votação foi feita em separado para o Acordo e para PPR. No caso do Acordo, foram contabilizados um total de 712 votos NÃO (contra a aprovação) e 261 votos SIM (pela aceitação). Já com relação a PPR, apuramos um total de 630 NÃO e 331 votos SIM. Veja no box o mapa da votação pelos prédios. Após a assembleia o Sindicato enviou carta à Claro informando o resultado e exigindo a retomada imediata das negociações para pôr fim ao impasse. O Sindicato espera que a empresa agende uma nova data o quanto antes e respeita a decisão dos trabalhadores. Lembramos que a data base dos trabalhadores da Claro é 1º de setembro e que, se até agora a categoria está sem reajuste e sem definição quanto ao Acordo é por absoluta responsabilidade da empresa que há mais de três anos usa dessa velha estratégia de empurrar a negociação com a barriga na tentativa de pressionar o trabalhador aceitar sua proposta. Agora o tiro saiu pela culatra.

MAPA DA VOTAÇÃO VOTAÇÃO

LOCAIS

ACORDO COLETIVO

ACORDO DE PPR

Av. Pres. Vargas e Mackenzie

663 NÃO 246 SIM

591 NÃO 311 SIM

Guaratiba

36 NÃO 9 SIM

36 NÃO 7 SIM

Mena Barreto

13 NÃO 6 SIM

3 NÃO 13 SIM

712 NÃO 261 SIM

630 NÃO 331 SIM

TOTAL

CONTRIBUIÇÃO SINDICAL

Assembleia decide destino do Sindicato O governo Temer e seus deputados, a maioria deles investigada por corrupção, editaram a lei 13.467/17, a reforma trabalhista, com a única intenção de ampliar os lucros das empresas, tirar as conquistas dos trabalhadores, aumentar a precariedade do trabalho com a terceirização sem limites e a jornada intermitente e, por fim, destruir os sindicatos. Isto porque, sem a contribuição sindical descontada referente a um dia de salário no mês de março, é impossível pagar as contas do sindicato. Por isso, vamos realizar assembleias nos locais de trabalho, que vão durar seis dias – 31/01, e 1º, 2, 5, 6 e 7 de fevereiro - para que todos possam deliberar sobre a autorização do desconto da Contribuição Sindical Anual para o Sindicato e sobre o direito de se opor. O objetivo do governo golpista é tentar acabar com as entidades de defesa dos

trabalhadores. E da forma mais torpe, asfixiando com a falta de recursos os sindicatos. Nem mesmo a ditadura civil-militar de 64 ousou tanto. Resistir e não permitir que este governo derrote os trabalhadores se faz urgente. O tema está sendo amplamente discutido na categoria. Assim, para que o sindicato não acabe, o Sinttel realiza as assembleias para que os trabalhadores possam votar e derrotar a proposta do governo golpista de acabar com os sindicatos de luta. O edital de convocação da Assembleia Geral Extraordinária está sendo publicado nesta edição, como também no portal do Sindicato e será publicado no jornal Monitor Mercantil. Também será produzido e distribuído um Jornal Especial do Sinttel-Rio, com matérias que destacam a importância da Contribuição anual para os trabalhadores.


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