Jornal do Sinttel-Rio nº 1.604

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SEREDE

DIRIGIR CARRO DA FROTA É PRESENTE DE GREGO Aposentados têm até hoje para se recadastrar

SOCORRO ANDR ADE

O Sinttel recebeu nos últimos dias uma verdadeira avalanche de denúncias de trabalhadores da Serede que dirigem os carros da frota da empresa. A única vantagem para esses trabalhadores é usar o carro para ir e voltar do trabalho, o resto é só problema.

A É até hoje, dia 28 de fevereiro, o prazo para o recadastramento dos aposentados junto à previdência. Se você é aposentado e quer continuar recebendo o seu benefício de direito, é imprescindível que se recadastre no banco em que recebe o pagamento, caso contrário o mesmo será suspenso. É a chamada prova de vida, que é obrigatória para todos que recebem o benefício direto na conta corrente, conta poupança ou que saca a aposentadoria com o cartão magnético. É preciso ir a uma agência do INSS. A comprovação de vida é feita no banco em que o aposentado recebe o benefício. Basta apresentar um documento de identificação com foto (carteira de identidade, carteira de trabalho ou carteira nacional de habilitação) ou fazer o reconhecimento biométrico nos terminais de autoatendimento que tem esse serviço. Os beneficiários que não puderem ir até às agências bancárias por motivos de saúde ou dificuldades de locomoção podem realizar a comprovação de vida por meio de um procurador devidamente cadastrado no INSS. Os segurados que residem no exterior também podem realizar a comprovação de vida por meio de um procurador cadastrado no INSS ou por meio de documento de prova de vida emitido por consulado, bem como pelo Formulário Específico de Atestado de Vida para o INSS, que está disponível no site da Repartição Consular Brasileira ou no site do INSS.

concessão dessa suposta vantagem é, na verdade, um presente de grego da Serede para os trabalhadores que, ao receberem o carro, arcam com todos os prejuízos possíveis e imaginários do veículo dali em diante, enquanto que a empresa só tem ganhos e vantagens, a começar por não ter que gastar com aluguel de garagem e de seguranças para guardá-lo. REPARO É PAGO E NÃO É FEITO

No momento que o trabalhador recebe o veículo para exercer a sua função, ele é obrigado a assinar um Termo de responsabilidade, onde constam apenas informações básicas do carro, como última avaria. Porém, além do documento não ter o histórico de uso e avarias do veículo, informações relevantes que dão garantia e respaldam o trabalhador de futuros problemas com o mesmo, ele é obrigado a assinar e se responsabilizar pelo carro que não passou por reparos, embora a empresa já tivesse descontado do trabalhador que o utilizou anteriormente. Ou seja, a empresa desconta o valor do conserto do trabalhador que utilizou o mesmo carro anteriormente, mas não efetua o reparo e, assim, sucessivamente. O trabalhador recebe um veículo já avariado e em situação mais precária e, se causar algum dano ao mesmo, pagará pelo conserto, mesmo que a empresa não tenha feito nem o anterior. Os prejuízos não param por aí. A

TELEATENDIMENTO

empresa utiliza uma tabela da locadora de veículos como base para cobrança dos consertos, sendo que os valores são, segundo os trabalhadores, abusivos e acima do mercado. Outra reclamação comum entre eles é que a empresa não informa as datas das vistorias dos carros. O que se vê é uma total omissão por parte da empresa, que parece agir desta forma propositalmente, para jogar toda a responsabilidade na conta do trabalhador. O que ela diz ser um benefício para o trabalhador, tem, na verdade, um custo alto. Ele é obrigado a assumir a responsabilidade por um patrimônio que é da empresa, ou seja, não há bônus, só ônus. GRATIFICAÇÃO PARA DIRIGIR

Uma luta antiga do Sindicato é o pagamento de gratificação para dirigir, a fim de minimizar o alto preço que o trabalhador é obrigado a se responsabilizar ao utilizar veículos de terceiros.

Na reunião realizada ontem (27), o Sindicato exigiu o pagamento, bem como o credenciamento de outras oficinas , para que o trabalhador tenha alternativas para efetuar o reparo, de acordo com as suas condições. Também exigiu que no Termo de responsabilidade conste o histórico do veículo. NOVA REUNIÃO DIA 7

Diante da pressão e das cobranças do Sindicato, a empresa marcou uma nova reunião para o dia 7 de março, às 14 horas. Na ocasião, o Sinttel vai exigir solução para esses problemas que afetam diretamente os trabalhadores que dirigem veículos da frota. Quem tiver problemas em relação à frota deve procurar os diretores: valdoleite@sinttelrio.org.br, geisonrocha@sinttelrio.org.br, marcelolopes@sinttelrio.org.br, amiltonbarros@@sinttelrio.org.br.

DIRPF: informe de rendimento

O prazo para envio das Declarações de Impostos Renda Pessoa Física (DERPF) começa em 1º de março e termina no dia 30 de abril. Quanto mais cedo fizer sua declaração mais cedo receberá a restituição. Para obter o informe de rendimentos, os trabalhadores da Serede devem enviar e-mail para informederendimentos2018rj@seredesa.com.br com nome completo, CPF e ID. Não deixe para depois, peça o seu informe já.

Salário mínimo já!

O pagamento do salário mínimo é lei, é direto assegurado aos trabalhadores e não cabe à empresa discutir a lei. Muito menos se negar a equiparar os salários dos trabalhadores de teleatedimento ao mínimo em vigor, sob a alegação de que a data base da categoria é 1º julho. O Sinttel-Rio, a federação e a comissão nacional de teleatendimento não foram às empresas pedir nada, foram, sim, exigir que elas cumpram a lei e equiparem o salário da categoria ao mínimo vigente, que é R$ 954,00 e paguem esse valor a partir de janeiro quando entrou em vigor o novo mínimo. Se as empresas se recusam a cumprir a lei, vamos mobilizar os trabalhadores para pressioná-los a fazer isso. Quanto à data base, sabemos que é 1º de julho e as empresas que nos aguardem.

Não vamos cobrar o que já nos garante a lei, o que já é direito. Na campanha salarial deste ano, que já estamos preparando, vamos exigir muito mais: avamos exigir reajustes salariais acima do INPC; amelhores benefícios (creche, tíquete-refeição, etc); amelhores condições de trabalho; afim da exploração e precarização; afim do assédio moral; afim do desrespeito ao anexo II da NR 16 PLR 2017

Na última reunião com as empresas, dia 21, em São Paulo, depois de chorar misérias e se agarrarem a uma crise que passa longe desse setor, elas tiveram a cara de pau de

esboçar um modelo de PLR que não garante o pagamento para ninguém. As empresas também não acenaram com nenhum valor. A PLR deve ser paga em abril. NOVA REUNIÃO

Uma nova rodada de reuniões já ficou agendada para os dias 11, 12 e 13 de março. Ricardo Pereira, diretor do Sinttel que representa os trabalhadores do Rio na comissão, disse que espera que até lá as empresas mudem de ideia, equiparem os salários ao mínimo e apresentem uma proposta real de PLR. Até lá, os trabalhadores de teleatendimento do Rio e dos demais estados estarão se mobilizando e participando de manifestações em seus prédios para pressionar as empresas. Vamos manter essa mobilização até o final da campanha.

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