EM DEFESA DA DEMOCRACIA
ESQUERDA SE UNE CONTRA O FASCISMO E O GOLPE CAMPANHA DA REDE
Empresas não apresentam proposta
Na segunda rodada de negociação, realizada dia 29, na sede do Sinttel, os representantes das empresas e do sindicato patronal não apresentaram nenhuma proposta para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho 2018-2019 dos trabalhadores em empresas prestadoras de serviços de telecomunicações. Uma nova rodada de negociação ficou marcada para o dia 16. Até lá, o Sindicato irá aos locais de trabalho para mobilizar os trabalhadores para as negociações, que , caso não avancem, resultarão em paralisações setoriais da categoria.A campanha destes trabalhadores tem data-base em 1º de abril e envolve cerca de 20 mil trabalhadores das empresas Clemar, Nokia, Huawei, Procisa do Brasil, Lider Telecom, JM3 Telecom, LGM, Sky Nit, MVVS, It Telecom, Estrelar Web, Logictel, Icatel, Italtel, Prymusweb, Ezentis Serviços, Grupo Acotel, Valtelina do Brasil, At&t Global, Serede Serviços de Rede, Tel Telecomunicações etc. Os principais itens da Pauta são: reajuste salarial - 100% do INPC acumulado nos últimos 12 meses, acrescido de 5% a título de ganho real, para todos, inclusive para os empregados que já estão acima do piso; unificação definitiva da data base de maio para data base 1º de Abril; vale refeição/ alimentação no valor de R$ 30,00 por dia; auxílio creche extensivo a homens e reajuste para carros agregados. A pauta na íntegra está no portal do Sindicato (www. sinttelrio.org.br).
TELEATENDIMENTO
Negociação dias 11 e 12
Após muita pressão, enfim, a retomada das negociações com as empresas de teleatendimento e o sindicato patronal está perto: será nos dias 11 e 12 de abril, em São Paulo. A Comissão Nacional de Teleatendimento vai exigir que as empresas apresentem uma proposta de PPR/2017, cujo pagamento deve ser feito ainda este mês. Além disso, os Sindicatos e a federação vão cobrar também o pagamento do salário mínimo, em vigor desde janeiro e que é direito de todos os trabalhadores brasileiros. A data base destes trabalhadores é 1º de julho e a expectativa é de que as negociações da campanha salarial também tenham início. A Comissão de Negociação abrange representantes do Rio, Ceará, Pernambuco, Goiás, Rio Grande do Norte, de São Paulo e da Bahia. O Sindicato convoca os trabalhadores à mobilização em torno da nossa luta, já que, sem a organização da categoria junto ao Sinttel, as empresas não abrirão a mão nesta campanha.
FOTOS SOCORRO ANDR ADE
A execução fria e covarde da vereadora Marielle Franco e de seu motorista, Anderson Gomes, os atentados à caravana de Lula e a execução dos meninos de Maricá não podem ficar impunes e a sociedade não pode se calar diante desse brutal atentado à democracia e à liberdade, ao direito de ir e vir, de ser o que quisermos ser.
U
m ato em defesa da democracia e pelo direito de Lula concorrer às eleições reuniu no mesmo palco lideranças de todos os partidos de esquerda. O clima era de emoção e o grito era por união. Todas as lideranças que falaram foram unânimes em dizer que o que une as esquerdas é muito maior que as suas diferenças. Além de artistas da televisão e do teatro, entre estes, o cantor, compositor e escritor Chico Buarque de Holanda, intelectuais, estudantes, do pastor Henrique Vieira e da filósofa, Marcia Tiburi, estiveram presentes lideranças políticas do Rio de Janeiro, de São Paulo e do Rio Grande do Sul, entre essas a senadora Gleise Hoffman e o ex-senador Eduardo Suplicy, do PT, os deputados Jean Willys, federal, Marcelo Freixo, estadual, do PSOL, as deputadas federais, Jandira Feghali e Manuela D´ávila, do PC do B, além de inúmeras outras lideranças dos dois partidos, do PDT, PSB, PCO, entre outros. O deputado estadual Gilberto Palmares (PT), dirigente do Sinttel-Rio, também esteve presente. OVO DA SERPENTE
Todos lembraram que o que está em jogo neste momento é a democracia, o direito à liberdade e à vida. Todos afirmaram que o ovo da serpente não pode se criar novamente. O medo não vai nos aterrorizar. O Circo Voador, palco de eventos culturais e políticos, ficou pequeno para o número de pessoas que chegavam de todos os lugares. O espaço ficou absolutamente lotado, mas maior que o público que conseguiu entrar foi o número de pessoas que se mantiveram firmes do lado de fora a ouvir e aplaudir cada discurso. Além de Marielle e Anderson, outras vítimas do fascismo, do racismo e do preconceito, também foram lembradas, tais como: Rafael Braga, Amarildo, irmã
Dorothy, Luther King entre outros. À medida que o nome era falado, a plateia gritava: presente!!!! LUTHER KING, PRESENTE!
Todos lembraram o sonho de Luther King, especialmente porque, apesar de suas palavras ecoarem até nos ouvidos de todo o mundo, os negros ainda continuam sendo julgados pela cor da pele e não pelo caráter, não apenas nos EUA, mas no Brasil. Ao condenar a mídia golpista, Lula disse: “se a Globo tivesse falado tanto de Marielle antes, como faz agora, ela não teria sido executada”. NÃO A INTERVENÇÃO
Lula foi o mais aguardado e quando pegou o microfone disse o que todos queriam ouvir. Falou da perseguição implacável que vem sofrendo, das mentiras contra ele que são divulgadas 24 horas pelos noticiários da Globo e de outras emissoras. Falou do legado de seu governo e da volta da miséria. "A favela não precisa de intervenção militar, precisa de escola, habitação emprego, saúde e da assistência efetiva do estado", disse ele ao condenar a intervenção militar no Rio. Hoje, 4 de abril, o Supremo Tribunal Federal julgará o habeas corpus, pedido pelos advogados de Lula. Todas as lideranças e os políticos presentes ao ato afirmaram que "eleição sem Lula é golpe!" Lula concluiu o seu discurso de forma emocionante,
disse “não adianta tentarem calar minha voz, falarei pela voz de você, se eu não puder andar, andarei pelos pés de vocês, se o meu coração parar, continuará batendo do através do coração de vocês. Não é a mim que eles devem temer, mas ao povo."
50 anos sem Martin Luther King "Eu tenho um sonho. O sonho de ver meus filhos julgados por sua personalidade, não pela cor de sua pele."
A
frase mais marcante de Martin Luther King, parte do discurso feito na marcha histórica, que reuniu cerca de 250 mil pessoas em Washington, EUA, em 28 de agosto de 1963, ainda ecoa 50 anos depois de sua morte. Até hoje, Luther King é uma referência na luta contra o racismo e em defesa dos direitos humanos, tamanho foi seu feito, que colocou em cheque
a segregação racial em vários estados americanos. Nascido em Atlanta, estado da Geórgia, em 1929, foi pastor e um dos principais líderes do movimento pelos direitos civis dos afroamericanos e defensor do pacifismo. Foi em 1955 que ele liderou um grande boicote aos ônibus de Montgomery, porque os negros eram obrigados a se levantar para dar lugar aos brancos. Um ano depois o boicote foi encerrado, porém somente após a decisão da Suprema Corte Americana de tornar ilegal a discriminação racial em transporte público. Esta foi a primeira de uma série de conquistas históricas deste ativista, que se tornou uma grande liderança por igualdade nos Estados Unidos e no mundo. Graças aos movimentos liderados por
ele, os negros tiveram direito ao voto e acesso a emprego e a serviços públicos, garantidos em lei. Adepto da não-violência, Luther King foi indicado e ganhou o Prêmio Nobel da Paz, em 1964, aos 35 anos, a pessoa mais jovem a recebê-lo. No dia 4 de abril de 1968, há exatos 50 anos, Luther King foi assassinato por um franco-atirador. A reação e a comoção por sua morte levaram milhares de pessoas de várias cidades americanas às ruas. Ainda hoje, as desigualdades raciais persistem, mas seu legado de luta contra o racismo e em defesa dos direitos humanos permanece vivo. Sua semente rendeu muitos frutos, serviram de inspiração e referência para movimentos sociais contra o preconceito, contra o racismo e a opressão aos povos marginalizados de todo o mundo.