"Jamais poderão aprisionar nossos sonhos" Repercussão da prisão de Lula na imprensa internacional
Confira a seguir como repercutiu a prisão arbitrária do Lula em vários e importantes jornais do mundo. Veja abaixo: Le Monde/França
“É a inteligência de Lula versus a onipresença da superestrutura política devidamente instalada no poder. É um duelo de gigantes. De um lado, todo o poder judiciário, toda a imprensa corporativa, todo o empresariado, todo o volume de recursos das máquinas públicas à mercê do partido antagonista, todo ódio de classe e todo poder de uma emissora de televisão que detém 80% do bolo total de publicidade do país. Do outro lado, Lula.” L´Humanité/França
“O que está se vendo no Brasil é um golpe judicial e militar contra Lula. Está bastante evidente a perseguição ao ex-presidente brasileiro. O Supremo Tribunal do Brasil rejeitou na quarta-feira a libertação do ex-presidente Lula, que é o candidato presidencial em outubro. Contra o pano de fundo das ameaças do exército” Sputnik/Rússia
“Embora Lula tenha sido condenado por subornos, a Justiça não apresentou provas contra o ex-presidente que é o líder inconteste nas pesquisas de opinião para voltar ao poder nas eleições previstas para este ano: ‘a direita brasileira joga com fogo’ Página 12/Argentina
“A detenção de Lula é um segundo golpe que o país vive. Durante todo o dia, o líder do PT recebeu o apoio e solidariedade de milhares de militantes e simpatizantes. Ele falou à multidão, onde disse que o único crime que cometeu "foi tirar milhões da pobreza" e que o golpe que começou com a deposição de Dilma Rousseff e terminou com a decisão de impedi-lo de ser candidato à Presidência” The New York Times/EUA
"Sua prisão é uma reviravolta ignominiosa na notável carreira política de Lula, filho de trabalhadores rurais analfabetos que enfrentou os ditadores militares do Brasil como líder sindical e ajudou a construir um partido reformista de esquerda que governou o Brasil por mais de 13 anos" Washington Post/EUA
“A prisão de Lula intensificou o drama político na maior nação da América Latina. A cadeia transformou um homem que o presidente Barack Obama chamou de ‘o político mais popular da Terra’ no prisioneiro mais famoso do continente.” The Guardian/Inglaterra
Segundo o diário, Lula promete provar sua inocência depois de encerrar um impasse de dois dias com as autoridades. O jornal comentou o discurso de Lula e destacou a frase: “Faça o que quiser, o poderoso pode matar uma, duas ou 100 rosas. Mas eles nunca conseguirão impedir a chegada da primavera”
Esta frase do ex-presidente Lula não poderia ser mais apropriada para resumir o momento que vivemos. Eles, o poder econômico, a mídia e o judiciário, mais uma vez assassinam a democracia brasileira. No último dia 4 de abril, o Supremo Tribunal Federal (STF), por seis votos a cinco, negou a Lula o direito constitucional a um habeas corpus que impedia a sua prisão antes dele ser declarado culpado. Ao fazer isso, o STF, mais uma vez, rasga a Constituição Federal que deveria defender. No dia seguinte, 5 de abril, o juiz Sergio Moro, decreta arbitrariamente a prisão de Lula. É a consumação do golpe que depôs a presidenta Dilma Rousseff, no dia 31 de agosto de 2016.
N
ão há dúvidas que essa prisão do Lula é política. O golpe que levou Temer à presidência foi gestado pela mídia e pela classe patronal e tinha objetivos claros: acabar com direitos e conquistas sociais e trabalhistas, cercear as liberdades individuais, deter o avanço da esquerda, da organização dos trabalhadores nos sindicatos e impedir a reeleição de Lula à presidência. Se Lula não fosse o candidato natural do PT à presidência nas próximas eleições, hoje ele não estaria preso. Quanto mais as pesquisas indicam a vantagem de Lula nas próximas eleições, mais a mídia, especialmente a Globo, tenta desqualificá-lo com mentiras e repetições de fatos ultrapassados. A própria ministra Rosa Weber, ao declarar o seu voto diz que negar o habeas corpus é inconstitucional, mas ela ia seguir a maioria do STF. O decano Celso Mello, contestou
PAULO PINTO / FOTOS PÚBLICAS
todos os argumentos contrários à concessão do HC, mas a presidente do STF, Carmem Lúcia, estava fechada com a Globo e desempatou a votação negando o habeas corpus. Um julgamento político. A PERSEGUIÇÃO Há pelo menos quatro anos a Globo e demais emissoras repetem as mesmas informações, a maioria delas inverídicas contra Lula e seus familiares. O objetivo da Globo era o mesmo da propaganda nazista, de que uma mentira mil vezes repetida torna-se verdade. Lula é investigado desde que entrou na luta sindical. Nunca foi encontrado nada contra ele. A lava jato descobriu as contas em paraísos fiscais, desvio de divisas e sonegação de vários políticos de todos os partidos, inclusive da Globo, que é também sonegadora de impostos, sua dívida já superava R$ 1 milhão de reais. Em 1989, quando
ele disputou com Collor de Melo, a Globo, valeu-se de uma mentira, usando a filha de Lula para impedir a sua vitória líquida e certa. Dona Marisa foi a primeira grande vítima dessa perseguição que culminou com a prisão de Lula, dia 5. Sua casa foi devassada, seus telefones pessoais foram divulgados indevidamente, até os tablets de seus netos foram confiscados. Isso é inaceitável. Mas Lula é, antes de tudo, um forte e sabe de sua integridade moral. COMOÇÃO A justiça nunca foi tão ágil quanto foi para julgar a ação contra Lula. A maioria dos processos contra políticos corruptos prescrevem sem que o investigado seja punido. Foi assim, por exemplo, com o ex-governador de Minas Gerais, Eduardo Azeredo (PSDB), enquanto os parlamentares do PT envolvidos no valerioduto foram todos presos, ele continuou livre
e agora seu processo prescreveu. NOS BRAÇOS DO POVO Mas nenhum dos perseguidores de Lula, muito menos os que o temem nas urnas, teriam o apoio popular que ele teve após a decretação da sua prisão por Moro. Agora eles têm um novo dilema. Lula preso é um mito, livre ganhará as eleições. Atos em defesa da democracia e exigindo a liberdade de Lula eclodiram em todo país com milhões de pessoas na rua dias 6 e 7. O cerco ao Sindicato dos Metalúrgicos do ABC, em São Bernardo, não contou apenas com militantes do PT, mas milhares de pessoas, apartidários que hoje reconhecem que a perseguição à Lula é um ataque à democracia e à liberdade. É um ataque à organização dos trabalhadores e à sociedade, é um ataque aos direitos sociais e trabalhistas conflagrados nessa reforma golpista.
Ato hoje, dia 11, às 16h, em frente à estação do metrô na Carioca
Em defesa da democracia. LULA LIVRE!
CAMPANHA DA REDE Reunião dia 16 cobrará avanços A terceira rodada de negociação com os representantes do sindicato patronal está marcada para o próximo dia 16, terça, para a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho 2018-2019 dos trabalhadores em empresas prestadoras de serviços de telecomunicações. Na ocasião, os diretores do Sinttel cobrarão avanços nas negociações desta campanha, que abrange cerca de 20 mil trabalhadores, cuja data-base é 1º de abril, das empresas Clemar, Nokia, Huawei, Procisa do Brasil, Lider Telecom, JM3 Telecom, LGM, Sky Nit, MVVS, It Telecom,
Estrelar Web, Logictel, Icatel, Italtel, Prymusweb, Ezentis Serviços, Grupo Acotel, Valtelina do Brasil, At&t Global, Serede Serviços de Rede, Tel Telecomunicações etc. Caso a empresa não apresente avanços na negociação, o Sindicato realizará atos para mobilizar a categoria para paralisações setoriais. PPR SEREDE
O Sindicato vem cobrando insistentemente da empresa os resultados dos indicadores referentes à PPR 2017. A
empresa se comprometeu a apresentar os resultados após o dia 12 e tem até 30 de abril para fazê-lo. Já os demitidos, que trabalharam mais de 90 dias em 2017, devem comparecer ao RH mais próximo para preencher o requerimento com a atualização dos seus dados bancários. Porém, é necessário que eles façam contato antes com os canais do Sindicato (tel: 2204 9300 e portal: www.sinttelrio.org.br) e da empresa, através do número: 0800 282 8892. Os demitidos receberão 30 dias após os trabalhadores ativos.
TELEATENDIMENTO NEGOCIA HOJE A Comissão Nacional de Teleatendimento negocia hoje (11) e amanhã a PPR/2017, cujo pagamento deve ser feito até o final deste mês. Na ocasião, a Comissão também vai exigir o pagamento do salário mínimo, em vigor desde janeiro e que é direito de todos os trabalhadores brasileiros, bem como o início das negociações da campanha salarial destes trabalhadores, cuja data base é 1º de julho.