Jornal do Sinttel-Rio nº 1.620

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CAMPANHA DE TELEATENDIMENTO

NÃO TEM MÁGICA: SEM PRESSÃO AS EMPRESAS NÃO AVANÇAM Telefonistas: assembleia dia 28, no Sinttel

O Sindicato convoca todas as telefonistas lotadas em escolas, hospitais, repartições públicas, colégios etc, para participarem da assembleia que será realizada dia 28/06, a partir das 9h, no auditório do Sindicato (Rua Morais e Silva, 94 Maracanã). A assembleia deve avaliar e decidir sobre a proposta apresentada pelas empresas através do Sindicato de Asseio e Conservação para a Convenção Coletiva (CCT) 2018/2019. A data base das telefonistas é 1ª de maio. A proposta negociada com o Sinttel é boa, já que a mesma garante reajuste bem acima do INPC, assegurando ganho real à categoria além de vale refeição de R$ 18,00, isso para uma jornada de 6 horas.

Na primeira rodada de negociações realizada dia 26/06 na sede do Sinttel-Rio, as empresas perderam uma manhã inteira em conversa fiada para no final não apresentarem nenhuma proposta à nossa Pauta de Reivindicações.

O

que nós estamos cobrando? O pagamento já, do salário mínimo vigente no país desde janeiro, a PLR/2017 e negociação para renovação do Acordo Coletivo 2018/2019 para a data base de 1º de julho. O silêncio das empresas tem sua razão de ser. A proposta apresentada por elas em São Paulo só não é uma piada porque não tem graça. É deboche, é provocação e desrespeito com a categoria. Pasmem! Eles propuseram pagar R$ 956,00, mas só em janeiro de 2019. E um abono de R$ 250,00. O Sindicato de São

PORTAL

Paulo submeteu essa proposta vergonhosa aos trabalhadores que responderam com um NÃO. Rejeitaram a proposta e não poderíamos esperar outra atitude. Aqui no Rio, as empresas e o Sindicato patronal sequer tiveram coragem de fazer essa proposta, pois sabiam que ela seria rejeitada no ato, na mesa de negociações. Jamais submeteremos a categoria a essa indecência. NOVA REUNIÃO DIA 11/07

As empresas marcaram rodada de negociação para o dia 11/07, quando esperamos que elas tragam um proposta decente, com base nas nossas reivindicações, e que possa ser submetida aos trabalhadores em assembleia. Se elas, ao contrário, insistirem em fazer piada de mau gosto, vão conhecer a nossa força. O Sindicato alerta a categoria para a necessidade de se mobilizar e se engajar na campanha. Ou a categoria reage com força, faz pressão, com paralisações ou até greve ou as empresas impõem o seu pacote de arrocho. Conheça a nossa Pauta de Reivindicações

=Pagamento do Piso Regional do

estado para a categoria, no valor de R$ 1.325,00; =Reajuste pelo INPC integral mais 5% de ganho real para os trabalhadores que já ganham acima do piso; =Tíquete Refeição no valor facial de R$ 25,00 ao dia e sem qualquer custo para os trabalhadores; =Creche para os filhos de empregadas e empregados, na faixa etária de zero a

7 anos; =Planto de Saúde e Odontológico para todos os empregados totalmente custeado pelas empresas; =Redução da Jornada de Trabalho de 220 horas para 200 horas mensais; =Garantia de duas folgas mensais coincidindo com o domingo; =PLR de um salário nominal para todos os empregados.

CAMPANHA DAS OPERADORAS

Trabalhadores acumulam três anos de perdas Nos últimos três anos, os trabalhadores tiveram perdas significativas nos salários e benefícios, fruto da ganância das operadoras que continuam aumentando a receita e os lucros. Para se ter uma ideia, de 2015 a 2017, a Oi teve 4,32% de perdas, a Claro 3,94%, a Vivo 2,67%e a Tim 2,42% (veja quadro). A resistência do Sinttel nas negociações garantiu que as per-

Festival Lula Livre terá Chico Buarque e Martinho da Vila

Os Arcos da Lapa serão o palco do Festival Lula Livre, que será realizado no próximo dia 28 de julho. Os cantores Chico Buarque e Martinho da Vila, o teólogo Leonardo Boff e o jornalista e escritor Eric Nepomuceno convocam artistas e "todos os setores democráticos da sociedade", em "frente ampla e irrestrita", para pedir a "imediata libertação" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo direito "invulnerável" de milhões de eleitores de poderem escolhê-lo nas próximas eleições de outubro.

das não chegassem a benefícios conquistados com muita luta, já que, com a aprovação da Reforma trabalhista do governo golpista Temer, um grande acordo com as grandes corporações, os trabalhadores ficam vulneráveis ao corte de direitos que passa a ter o aval institucional. O Sindicato já começou a se organizar para a campanha das operadoras deste ano. A primeira

reunião da Comissão aconteceu no último dia 18, quando foi definida a produção de um banner com dados comparativos das operadoras nos últimos três anos. O Sindicato levará o banner para atos nas portas das empresas, com o intuito de divulgar os dados e ouvir sugestões dos trabalhadores para a construção coletiva da Pauta de Reivindicações.

UNI GLOBAL Congresso quer união mundial de trabalhadores No período de 17 a 20 de junho, foi realizado em Liverpool, no Reino Unido, mais um congresso da Uni Global União, uma organização sindical que reúne 20 milhões de trabalhadores de serviços, entre esses os do setor de telecomunicações, de mais de 150 países do mundo, representados por sindicatos e federações. Esse congresso que teve como slogan a expressão em inglês Making it happen, que em português quer dizer “Fazendo acontecer”, contou com a participação de cerca de 300 trabalhadores do setor de serviços, entre eles as companheiras Yeda Paúra e Keila Machado do Sinttel-Rio. O congresso era para discutir a conjuntura internacional e a política de precarização do trabalho e do salário. As lideranças internacionais presentes não veem outra saída para os sindicatos, senão a organização e união internacional dos trabalhadores para enfrentar as grandes

corporações multinacionais. O líder do Partido Trabalhista inglês, Jeremy Corbyn, participou da abertura do congresso da Uni Global e conclamou os sindicalistas a rejeitar a crescente onda de nacionalismo e pediu que eles e abracem ainda mais a visão do internacionalismo progressista. #LULALIVRE

Outros líderes sindicais e políticos internacionais participaram do congresso ou enviaram mensagens. A presidenta Dilma Rousseff também esteve presente, se pronunciou contra o golpe que a destituiu e ao final de seu discurso foi ovacionada com gritos de “Lula Livre” (ver foto). Ao longo dos três dias de congresso não faltaram referências ao golpe no Brasil e à prisão injusta e arbitrária do ex-presidente Lula, pois não há provas contra ele. UMA MULHER NA SECRETARIA GERAL

O congresso foi encerrado no dia 20 com a eleição do presidente e secretária geral da Uni Global. O líder da Argentina

Ruben Cortina foi eleito por unanimidade como Presidente da UNI Global e a líder sindical americana, Christy Hoffman, foi eleita secretária geral, garantindo dessa forma a participação da mulher na entidade.

Antes do congresso, nos dias 14 e 15 foi realizada a conferência mundial de mulheres da Uni Global. O evento reuniu mulheres de todo mundo e ao final elegeu para secretária geral a líder sindical e feminista sul africana Patrícia Neyman.


PRÉ-SAL

Câmara aprova projeto com perdas para a União

AGÊNCIA PETROBR ÁS

O projeto de desmonte da Petrobras e de entrega das nossas reservas de Pré-sal à exploração do capital internacional são acelerados pelo governo golpista e seus aliados no Congresso. Um grande passo nesse sentido foi dado no dia 20/06, quando o plenário da Câmara aprovou o textobase do Projeto de Lei (PL 8939/17), de autoria do deputado federal José Carlos Aleluia (DEM-BA), golpista de primeira hora.

O

projeto de Aleluia, bastante polêmico, é caracterizado por muitos como de lesa pátria, e não temos dúvidas disso. O mesmo permite à Petrobras a venda de até 70% dos direitos de exploração do petróleo da camada pré-sal, sem fixar uma parcela mínima para União. Isso é um crime, as reservas são minerais no subsolo brasileiro, sejam de petróleo ou de ouro, têm que oferecer uma contrapartida monetária para União, esse repasse é indispensável para manutenção dos sistemas públicos de saúde e educação além de manutenção de benefícios sociais para o povo. O projeto se refere a áreas atualmente negociadas por meio de cessão onerosa, modelo através do qual a União cede à Petrobras o direito de explorar o petróleo em áreas do pré-sal que não

Perdas para a União podem chegar a R$ 721 bilhões

estejam sob o modelo de concessão. O sistema prevê um limite de extração de 5 bilhões de barris de petróleo. PERDAS PARA O PAÍS

Para o consultor legislativo Paulo César Lima, que realizou estudos sobre o PL e apresentou um parecer técnico à Câmara, a medida tende a prejudicar a estatal e o país para beneficiar as multinacionais, que poderão abocanhar os lucros de uma produção de até 3 bilhões de barris de petróleo. Considerando as cotações mais atualizadas do petróleo e do dólar, o prejuízo pode ser ainda maior. No dia 21/06, o barril estava cotado a US$ 65,77, e o dólar, a R$ 3,70, o que significa que, se o projeto já estivesse vigente, o Brasil estaria abrindo mão de um patrimônio de até US$ 195 bilhões, ou R$ 721

GREVE GERAL Guarda chuva vira saco de dormir

Sabe aquele guarda chuva quebrado que ia para o lixo? Pois é, agora ele pode virar um saco de dormir, que será doado para a população de rua. Além de dar um destino mais sustentável a um produto que não poderá mais ser usado para a sua finalidade inicial, o projeto ajuda a aquecer as pessoas que dormem ao relento neste inverno. As doações podem ser entregues na Casarão Fashion, na Rua Neri Pinheiro, 353 - Cidade Nova, de segunda à sexta, das 9 horas às 17 horas.

Um novo governo, para uma nova indústria

bilhões - oito vezes o orçamento do Ministério da Educação para 2018, ou seis vezes o orçamento do Ministério da Saúde para este ano. RIO PODE PERDER R$ 50 BI

Apenas o estado do Rio de Janeiro, por exemplo, pode perder algo em torno de R$ 50 bilhões com a medida, segundo apontam os estudos do consultor. Em entrevista exclusiva concedida ao jornal Brasil de Fato dia 21, Lima, que também atuou durante 17 anos na Petrobras como engenheiro de produção, fez observações sobre o projeto de lei, destacando temas como monopólio estatal e soberania energética. “Esse projeto tem questões muito sérias e muito prejudiciais ao país. A primeira é que a licitação no regime de

no orçamento. A paralisação também marca a luta dos sindicatos por reajustes dos salários das principais categorias, a fim de fazer frente à inflação, que já alcança até 27% em 12 meses. A greve teve a adesão de sindicatos de transportes públicos e do setor aéreo. Vários voos internacionais foram cancelados e trabalhadores do sistema de transporte público cruzaram os braços, o que gerou paralisação de escolas, bancos, repartições e postos de gasolina. ESCALADA DE PROTESTOS

Esta é a terceira greve em pouco mais de seis meses. Segundo os sindicatos, essa greve geral foi o ponto de

Receba informações do Sinttel no seu celular Agora estaremos mais perto de você. Para receber informações Quero receber de todas as campanhas, assembleias, atos, mobilizações e lutas do informações do Sindicato ficou muito mais fácil, basta adicionar nos seus contatos o WhatsApp do Sinttel (21-981360325) e enviar a mensagem: Quero Sindicato receber informações do Sindicato. Em virtude da necessidade do corte de gastos o Jornal do Sinttel que era distribuído às quartas-feiras, passou a ser virtual semanalmente no Portal (www.sinttelrio. org.br). A edição impressa circula apenas uma vez por mês. Você pode receber esse jornal no seu celular. Esse canal é apenas para mensagens automáticas. Para entrar em contato com o Sindicato, continue utilizando apenas os demais meios: telefone 21-2204-9300 e e-mails: denuncia@sinttelrio.org.br e sinttelrio@sinttelrio.org.br.

REDAÇÃO Socorro Andrade e Simone Kabarite - Reg. 0035866/RJ ILUSTRAÇÃO Alexandre Bersot (http://www.behance.net/alexandrebersot) DIAGRAMAÇÃO L&B Comunicação Ltda Rua Morais e Silva, 94 - Maracanã - RJ - CEP 20271-030 - Tel.: 2204-9300 E-mail Geral sinttelrio@sinttelrio.org.br - Site http://www.sinttelrio.org.br E-mail Jurídico juridico@sinttelrio.org.br - E-mail Imprensa imprensa@sinttelrio.org.br

bersot

humor EDIÇÃO Socorro Andrade Reg. 460 DRT/PB - socorroandradde@gmail.com

PRESSÃO NO SENADO

O projeto foi aprovado no plenário da Câmara, mas ainda vai à votação no Senado e lá pode ser modificado. Para que isso ocorra é preciso que o povo, os movimentos sociais e sindicais se mobilizem para defender o interesse da União, o uso desses recursos na melhoria e ampliação dos serviços de saúde e educação. Fonte Brasil de Fato e Mídia Ninja

Argentina dá exemplo ao Brasil

A Argentina parou por 24 horas. As centrais sindicais e movimentos sociais da Argentina conseguiram organizar uma grande greve geral , iniciada na segunda feira (25) e que ganhou grande adesão de várias categorias. A greve foi contra as medidas de ajustes do governo Maurício Macri e o acordo com o Fundo Monetário Internacional (FMI). Os trabalhadores querem reajuste salarial para repor o crescimento da inflação, além de mudanças na política econômica do governo, para atender às exigências do FMI. O governo Macri pretende cortar investimentos públicos - medida que deve prejudicar os mais pobres em especial - para tentar zerar o déficit

DIRETORA DE IMPRENSA Keila Machado (keilamachado@sinttelrio.org.br)

partilha de produção não teve fixada a participação mínima da União na renda petrolífera no lucro da atividade, como ocorre no regime de partilha de produção”, explica Lima. E isso para bom entendedor, significa que a União, o Brasil, vai sair perdendo e perdendo muito.

partida de uma escalada de protestos. Os trabalhadores protestaram contra a inflação elevada, os reajustes das tarifas públicas de serviços, como água, luz e gás, e contra o acordo de US$ 50 bilhões com o FMI para socorrer as contas do governo argentino e tentar conter a desvalorização da moeda. Os representantes dos trabalhadores também afirmaram que a paralisação foi uma “exigência social”, causada pela política econômica do governo, com alcance para além dos círculos sindicais. “As pessoas se manifestaram contra a desordem econômica provocada pelo governo”, disse o dirigente.

O Instituto Telecom integra um grupo de especialistas que todas as sextas-feiras se reúnem no Clube de Engenharia para discutir o setor de telecomunicações. Esse grupo não reconhece nenhuma legitimidade do atual governo federal para promover qualquer política pública séria no país, em particular nas telecomunicações. Ainda assim, tem apresentado contribuições às consultas públicas realizadas pelo governo Temer. Uma delas foi à consulta realizada em 2017, em que apontávamos: "a indústria nacional de telecomunicações deve desfrutar de incentivos para produção de equipamentos e sistemas com conteúdo local. O contínuo descaso com a indústria do setor vem fazendo decrescer o atendimento das demandas internas por produção nacional, que no passado já tiveram índices maiores do que 70%, e que no momento são preponderantemente feitas por fornecimentos importados." E o que vimos na semana passada? A Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee) afirmando que "desde o início do ano tem sido observado um aumento no número de empresas que sinalizam um ritmo de negócios abaixo das expectativas. Em janeiro, 34% indicaram essa redução nos negócios. Já em maio, o total passou para 58% das empresas." As questões estão entrelaçadas. Não haverá crescimento contínuo e sustentável da indústria elétrica e eletrônica se não existir uma política pública comprometida com os interesses nacionais. O que, obviamente, torna-se inviável sob um governo que a cada dia demonstra o seu caráter antinacional. A entrega do pré-sal e a tentativa de venda da Eletrobrás são exemplos disso. Face ao descalabro atual, propomos que um governo democrático, eleito em outubro, se comprometa com uma política que integre formação e capacitação de mão de obra com o fortalecimento da indústria nacional, articulada principalmente com banda larga em regime público. Se for implantada uma política séria, haverá tempo para que se estabeleçam metas de universalização da banda larga, com qualidade e tarifas módicas como alicerce de uma nova indústria nacional de telecomunicações. Visite o portal www.institutotelecom.com.br

Fonte: Rede Brasil Atual

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