Jornal do Sinttel-rio nº 1.623

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OI PLACAR 2018

ASSEMBLEIA DIA 19, ÀS 18h NO SINTTEL

CAMPANHA DE CALL CENTER

Nova negociação dia 18

Na rodada de negociação realizada dia 11, no Rio de Janeiro, as empresas de teleatendimento tiveram a desfaçatez de fazer uma proposta muito pior do que a apresentada em São Paulo e rejeitada pelos trabalhadores. Pasmem! As empresas propuseram negociar em janeiro de 2019 o salário mínimo de 2018, que elas já deviam está pagando há seis meses. Para os trabalhadores que ganham acima do salário mínimo ofereceram reajuste de 1%, inferior a inflação e a ser pago só em janeiro de 2019. PLR – R$ 50,00 Para os dirigentes sindicais que participaram da negociação as empresas extrapolaram. Passaram do limite no deboche. O clima era de indignação. A proposta foi rejeitada na mesa e diante do impasse as empresas marcaram mais uma rodada de negociação para o dia 18, quando esperamos que avance e fato. O Sindicato cobra uma resposta para questões como: = redução de jornada de 220 para 200 horas = redução dos descontos = entrega de atestado médico no retorno da licença = acompanhamento de filhos internados sem limite de dias =Plano de cargos e salários

Todos os trabalhadores devem participar da assembleia geral que será realizada na quinta-feira, dia 19, a partir das 18h, no auditório do Sinttel-Rio (Rua Morais e Silva, 94 - Maracanã). Na ocasião a categoria deverá avaliar e decidir sobre a proposta da empresa para o pagamento do Placar/PPR 2018. A assembleia também vai deliberar sobre a taxa assistencial em favor do Sindicato no percentual de 1% do Placar.

O

prêmio será de até quatro salários, isso se alcançadas e ultrapassadas todas as metas dos indicadores definidos pela Oi. O pagamento da PPR ocorrerá até 30 de abril de 2019. ELEGÍVEIS

=São elegíveis todos os empregados da Oi Rio de Janeiro que tenham, durante o ano de 2018, no mínimo um mês completo efetivamente trabalhado em relação normal de emprego. Considera-se mês completo fração igual ou superior a 15 dias tra-

ao afastamento por este motivo, para fins exclusivamente de apuração e pagamento, se for o caso, do referido Programa, se a ele tiverem direito, desde que sejam cumpridos os critérios de elegibilidade. DEMITIDOS

balhados no mês pelo empregado. =Também são elegíveis os empregados admitidos após 1º de janeiro de 2018, ou afastados por qualquer natureza, que tenham, durante o ano de 2018, no mínimo um mês completo trabalhado em relação normal de emprego. Eles terão direito a 1/12 avos do valor do prêmio final apurado, por mês trabalhado no período de apuração. AFASTADOS

=Os eventuais afastamentos por Acidente de Trabalho e Licença Maternidade, incluindo as licenças por adoção conce-

didas pelo INSS, ocorridos no período 1º de janeiro de 2018 a 31 de dezembro de 2018, não serão descontados, para fins exclusivamente de apuração e pagamento do Placar 2018, desde que sejam cumpridos os critérios de elegibilidade anteriormente descritos. O prêmio será pago integralmente a esses empregados. =Os eventuais afastados inscritos no Programa de “Doenças Crônicas” que estiverem afastados comprovadamente por esses motivos no período de 01 de janeiro de 2018 a 31 de dezembro de 2018, também não serão descontados, dos dias relativos

=Os empregados demitidos por justa causa no período de 01 de janeiro de 2018 a 30 de abril de 2019, não farão jus ao pagamento do Placar 2018. =Os empregados que pedirem demissão ou que tiverem sido demitidos sem justa causa antes da efetiva data do pagamento, terão direito ao recebimento do valor que vier a ser apurado, referente ao Placar 2018, desde que sejam cumpridos todos os critérios de elegibilidade. Para tanto deverão receber a respectiva premiação apurada em até 60 dias, após o pagamento dos empregados em atividade. =Ficam excluídos do direito de recebimento da parcela referente ao Placar 2018, os aprendizes técnicos, menores aprendizes, estagiários e outros terceiros. METAS

Os indicadores do Placar 2018 são: saldo final de Caixa, receita líquida, receita líquida total, OPEX de rotina, percentuais de Churn total, de qualidade e de transformação digital. Veja ao centro o quadro dos indicadores, peso e medição/apuração.

CAMPANHA DAS OPERADORAS

Ato na Oi Praia de Botafogo A campanha salarial das operadoras já está acontecendo há quase um mês. Todas as quartas-feiras, estaremos às 11h30, na porta de um prédio da Oi, Claro, Tim ou Vivo, realizando atividade com os trabalhadores. O nosso objetivo é fazer com a categoria participe da campanha, converse com os dirigentes sindicais sobre suas dificuldades, suas possíveis reivindicações, sugestões de

pauta e, principalmente, sobre formas de luta que devemos implementar. É preciso que os trabalhadores se envolvam na campanha e que esse processo reflita o que querem e o que pensam. Nesse curto período o Sindicato já realizou atos nos prédios da Claro (Av. Pres. Vargas, 1012 e Alexandre Mackenzie), no dia 11, no prédio de Arcos , Oi, dia 4 e amanhã estará a partir das

11h30, novamente na Oi, prédio de Praia de Botafogo. No quadro abaixou ao lado confira as perdas acumuladas pelos trabalhadores da Oi, Claro, Tim e Vivo no período de 2015 a 2017. Você vai se chocar. Veja também os lucros astronômicos das empresas no mesmo período e algumas das nossas reivindicações. Contamos com a sua participação nos atos e na campanha.

Participe da campanha enviando sugestões para o e-mail campanhaoperadoras@sinttelrio.org.br

FESTIVAL LULA LIVRE

Dia 28, a partir das 19h, nos Arcos da Lapa, com Chico Buarque e Martinho da Vila Os cantores Chico Buarque e Martinho da Vila, o teólogo Leonardo Boff e o jornalista e escritor Eric Nepomuceno anunciaram dia 17/06 a realização do Festival Lula Livre, em 28 de julho, nos Arcos da Lapa, no centro do Rio de Janeiro. Eles convocavam artistas e "todos os setores democráticos da sociedade", em "frente ampla e irrestrita", para pedir a "imediata libertação" do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pelo direito "invulnerável" de milhões de eleitores em escolhê-lo no próximo pleito de outubro. Ao longo do mês de junho a lista dos apoiadores desse festival cresceu muito, antes do final de junho já contava 750 artistas, jornalistas e intelectuais

entre esses Lucélia Santos, Luís Nassif, Fernando Morais, José Celso Martinez, Hildegard Angel, Luiz Carlos Barreto e Ziraldo. As Frentes Brasil Popular e Povo sem Medo, centrais sindicais e sindicatos filiados, entre eles o Sinttel-Rio também se uniram aos artistas e estão chamando o povo. Participe e vá à Lapa dia 28, a partir das 19h. CONVOCAÇÃO

Pedir a imediata libertação de Luís Inácio Lula da Silva não significa apenas um gesto de solidariedade ao mais popular presidente deste país. Significa também um gesto de solidariedade a todos nós, brasileiros e brasileiras. Uma

exigência para que se respeite a Justiça, pilar básico de qualquer sistema minimamente democrático, diz um trecho da convocatória. O caso de Luís Inácio Lula da Silva tem um simbolismo único na história recente do nosso país. Todo o julgamento do presidente Lula foi um erro jurídico sem limites. Não havia, na primeira instância - leia-se Curitiba -, uma única e mísera prova dos crimes dos quais ele foi acusado. Não se trata de opinião, mas de constatação. O mesmo se deu na segunda instância, o TRF-4, onde prevaleceu a ausência de provas, demonstrando que se tratou claramente de manobra jurídica, armada e efetivada diante da compla-

cência de todas as demais instâncias. Inadmissível é não permitir que Lula participe das eleições. Inadmissível é mantê-lo preso num flagrante desrespeito às regras mais elementares da Justiça. Com o país à deriva, com o crescente aumento dos riscos de naufrágio, é imperioso retomar, com urgência, o rumo da normalidade. E essa caminhada só se dará com a realização de eleições efetivamente livres e representativas da vontade popular. Nós nos opomos rigorosamente à arbitrariedade a que Lula está submetido, e que deve cessar de imediato. Queremos sua liberdade já. Entendemos ser direito invulnerável dos 146 milhões de

eleitores poderem optar, inclusive, por não votar nele. Diante de semelhante cenário, nós, trabalhadores e trabalhadoras das artes e da cultura, convocamos todos os setores democráticos da sociedade para um ato em defesa da liberdade de Lula e da retomada da normalidade democrática, independente de partidos e correntes políticas. Assim, unidos numa frente ampla e irrestrita, realizaremos no dia 28 de julho, na Praça dos Arcos da Lapa, no Rio de Janeiro, o mesmo tipo de evento que vem sendo realizado em diferentes cidades de diferentes países: o FESTIVAL LULA LIVRE.


TELEATENDIMENTO

Assédio e trabalho precário de volta às manchetes O G1, portal de notícias globo.com publicou no dia 14, uma grande reportagem da BBC News Brasil sobre as condições de trabalho abusivas e precárias a que estão submetidos os trabalhadores de telemarkenting / teleatendimento em todo o país. Um total de mais de um milhão de trabalhadores.

que um operador chega a atender cerca de 300 ligações. Nesse período os trabalhadores têm duas pausas de 10 minutos cada e 20 minutos para refeição. A ida ao banheiro é rigorosamente controlada. Conforme já denunciamos, esse regime de trabalho é desumano. O resultado dessa jornada abusiva é o elevado índice de acidentes de trabalho. A reportagem apresenta dados que revelam que 36% sofrem de lesão por esforço repetitivo (LER), 30% de transtornos psíquicos e 25% apresentam alguma perda auditiva ou de voz. Também estamos denunciando e cobrando das empresas respeito à prevenção de acidentes.

ada do que foi abordado pela reportagem é novidade para o Sinttel-Rio, que é responsável por inúmeras reclamações no Ministério Público do Trabalho dando conta de todo tipo de abuso, desde assédio moral até a violação sistemática do Anexo II da NR 17. Anexo este que foi resultado de uma luta do Sinttel-Rio. A reportagem destaca, por exemplo, os constantes xingamentos por parte dos

O que a reportagem não diz é que a maioria desses trabalhadores ganha abaixo do salário mínimo. A data base da categoria é julho, as empresas ignoram a obrigação legal de equiparar os salários da categoria ao mínimo vigente no país quando este é fixado no mês de janeiro de cada ano. A data base da categoria é 1º de janeiro. As empresas estão querendo manter os salários abaixo do mínimo até janeiro de 2019. É uma vergonha.

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BAIXOS SALÁRIOS

clientes aos operadores, que vão desde “burro”, “incompetente” e “ignorante” a até “você não presta para nada, por isso nunca vai deixar de ser operador de telemarketing." Desligar o telefone não é uma opção, então a única alternativa é escutar os insultos calado. E não dá tempo de respirar.

Tivit não paga reajuste nem retroativos

Em quatro assembleias realizadas no dia 15 de junho, com ampla participação dos trabalhadores, a categoria aprovou a proposta de Acordo Coletivo negociada entre a o Sinttel-Rio e a Tivit. Na proposta a empresa se comprometia a pagar no contracheque de junho o reajuste salarial e de benefícios, bem como as diferenças respectivas retroativas a 1º de janeiro, data base dos trabalhadores. Os contracheques foram entregues no dia 29 de junho e a revolta foi generalizada. A Tivit, na maior cara de pau, deu um calote nos empregados e não pagou, conforme prometera, nem o reajuste de salários e benefícios e muito menos os valores retroativos. Os trabalhadores contavam com esses valores e tiveram suas expectativas frustradas. O clima era de indignação e não era pra menos. A Tivit foi leviana, esses valores não fazem nenhuma diferença pra ela, mas para quem vive de salário faz muita diferença. Diante da revolta geral a empresa foi ainda mais leviana. Tratou de arranjar um culpado para sua má fé e irresponsabilidade. Disse que não pagou porque o Sinttel-Rio não

Enquanto você tenta esquecer as ofensas que acabou de ouvir, o telefone toca de novo, e é preciso disfarçar rapidamente e dizer com a voz simpática: “Bom dia, senhor, em que posso ajudar?”, destaca a reportagem. A mesma reportagem também destaca a jornada exaustiva de 6h20, período em

TELEFONISTAS

havia assinado o acordo coletivo. Mentira. Tão logo findas as assembleias, no dia 15 mesmo, o Sindicato informou oficialmente à empresa a decisão da categoria e exigiu que ela cumprisse a sua parte pagando o reajuste e os retroativos ainda no contracheque de junho. PAGA TUDO DIA 31/07

Tão logo tomou conhecimento da atitude da empresa o Sindicato foi à porta da Tivit, fez vários atos de protesto e exigiu o pagamento do reajuste e dos retroativos o quanto antes. E não parou por aí: foi a São Paulo e esteve com o setor de Recursos Humanos (RH) da empresa, no dia 3 de julho, para saber por que o acordo não havia sido cumprido. Eles vieram de blá, blá blá, alegando questões internas e o E-social. Conversa fiada. Não pagaram porque não quiseram, porque não pensam no trabalhador. Por que não pagaram agora na quinzena de julho, então? Pelos mesmos motivos que não pagaram antes, para deixar o dinheiro rendendo e lucrar mais. Porque a prioridade é sempre o lucro. Agora, depois de muita pressão do Sinttel a empresa garantiu que pagará tudo no dia 31 de julho.

Assembleia para decidir sobre o Acordo dia 21, às 9h no Sinttel Até agora o Sinttel-Rio já fechou cinco Convenções Coletivas de Trabalho (CCT´s) e em nenhuma delas admitiu a aplicação da reforma trabalhista golpista que desmonta a CLT e tira direitos e conquistas fundamentais da classe trabalhadora brasileira. Na negociação com Seac (Sindicato das Empresas de Asseio e Conservação) é o único que diz não abrir mão de cumprir a nova lei integralmente que representa o setor de serviços na rede hoteleira, autarquias públicas, bancos, colégios, clínicas odontológicas e médicas, hospitais etc. O Sinttel negocia com o Seac a CCT das telefonistas particulares que prestam serviços a essas empresas, além de consultórios, escritórios, sindicatos entre outros, e também já disse que não aceita o retrocesso e muito menos a aplicação da nova lei trabalhista. A primeira assembleia com as telefonistas teve um quórum muito baixo para tomar uma decisão tão séria. Por esta razão estamos convocando uma nova assembleia para o dia 21, sábado, a partir das 9h, na sede do Sinttel-Rio (Rua Morais e Silva, 94 - Maracanã) e esperamos contar com a presença do maior número possível dessas trabalhadoras. Na ocasião o Sindicato vai defender a rejeição da proposta e a entrada com ação de dissídio, caso o Seac se mantenha irredutível no que

Cadastre o WhatsApp do Sinttel no seu celular Agora estaremos mais perto de você. Para receber informações de todas as campanhas, assembleias, atos, mobilizações e lutas do Sindicato, além das versões em PDF do Jornal do Sinttel e dos boletins está muito mais fácil. Basta adicionar aos seus contatos o WhatsApp do Sinttel (21-981360325) e enviar a mensagem: Quero receber informações do Sindicato. Em virtude da necessidade de redução de gastos pelo Sindicato, o Jornal do Sinttel, que era distribuído às quartas-feiras, passou a ser virtual no Portal (www.sinttelrio.org.br), podendo ser acessado a partir das terças-feiras após fechamento editorial. A edição impressa circulará apenas uma vez por mês. Esse canal é apenas para mensagens automáticas. Para entrar em contato com o Sindicato continue utilizando o telefone (21) 2204-9300 e os e-mails denuncia@sinttelrio.org.br e sinttelrio@sinttelrio.org.br.

DIRETORA DE IMPRENSA Keila Machado (keilamachado@sinttelrio.org.br) EDIÇÃO Socorro Andrade Reg. 460 DRT/PB - socorroandradde@gmail.com REDAÇÃO Socorro Andrade ILUSTRAÇÃO Alexandre Bersot (http://www.behance.net/alexandrebersot) DIAGRAMAÇÃO L&B Comunicação Ltda Rua Morais e Silva, 94 - Maracanã - RJ - CEP 20271-030 - Tel.: 2204-9300 E-mail Geral sinttelrio@sinttelrio.org.br - Site http://www.sinttelrio.org.br E-mail Jurídico juridico@sinttelrio.org.br - E-mail Imprensa imprensa@sinttelrio.org.br

bersot

humor

tange aplicação da reforma golpista. A proposta de acordo prevê reajuste de 3,83%, bem acima da inflação acumulada, que foi de 1,69% e o aumento do vale refeição dos atuais R$ 17,00 para R$ 18,00. No entanto não dá para aceitar essa proposta e abrir mão de tantos direitos e conquistas. PERDAS COM A REFORMA TRABALHISTA

=Hora de almoço reduz de uma para apenas 30 minutos =Férias poderão ser parceladas a critério do patrão em até três vezes =Contrato temporário será prorrogável a até nove meses, nesse período o empregado permanece com salário menor e não conta tempo para férias nem recolhe para previdência =Aplicação do contrato intermitente, no qual o empregado ganha por hora trabalhada. Nunca sabe quando vai ganhar no final do mês =Negociação direta com o empregado quanto ao pagamento da multa sobre o FGTS em caso de demissão =Homologação de rescisão de contrato direto na empresa, sem a presença do Sindicato para verificar se o trabalhador não está sendo lesado

Atento demite em massa no produto TIM Segundo puderam apurar os diretores do Sinttel, a Atento está demitindo em massa os operadores do produto TIM. De acordo com a empresa a demanda na TIM só cai. Diante do elevado índice de desemprego no Rio de Janeiro e no país, o Sinttel cobrou responsabilidade social da empresa, que a mesma promova a realocação do maior número de trabalhadores possíveis em outras unidades e produtos. Da mesma forma o Sindicato exige que seja respeitado o direito de quem não quiser ser realocado. Segundo denúncia de alguns trabalhadores, a Atento vem assediando alguns companheiros ameaçando de transferências e outras formas de pressão. Denúncias mande e-mail para ricardopereira@sinttelrio.org.br

Oi, vinte anos de especulação

No dia 29 de julho completam-se vinte anos da privatização do setor de telecomunicações. De que forma "comemorar" esse aniversário? Escolhemos analisar a situação da Oi durante essas duas décadas. Um período difícil para os trabalhadores e para a sociedade. Em 1998, durante o processo de montagem do leilão do Sistema Telebrás, o governo FHC criou um grupo para não ganhar a concessão de uma região que englobava 16 estados do Brasil. Ocorre que esse grupo acabou ganhando. E os recursos que sustentaram essa compra vieram, basicamente, dos cofres públicos. Os primeiros passos da Telemar, hoje Oi, começavam, assim, de forma errática. Dez anos depois, outra aventura. Mesmo sem um centavo para investimentos mais arrojados, a Oi assumiu o controle da Brasil Telecom. Seus dirigentes falavam numa grande tele nacional que investiria em pesquisa e na compra de equipamentos nacionais. Nada disso ocorreu. Em 2010 foi a vez da malfadada parceria com a Portugal Telecom. O discursos agora era de que, a partir da expertise da operadora portuguesa, seria implementada fibra ótica na última milha. E mais: a empresa iria se inserir no cenário internacional expandindo sua ação para os países africanos. Fracasso total. Um ano emblemático foi 2016. Com uma dívida de cerca de R$ 65 bilhões a empresa entrou em recuperação judicial. Em 2017, para sair do buraco, a Oi buscou desesperadamente aprovar o PLC 79, que lhe garantiria a doação de boa parte dos bens reversíveis. Esse plano lesa pátria até hoje não foi aprovado. Mas, em 2018, ocorreu uma mágica. Boa parte da dívida sumiu. O que era dívida converte-se, principalmente, em participação acionária dos grandes credores. E quem são esses? Fundos de investimentos americanos: Golden Tree, York, Solus, Canyon e Brokfield. A Pharol, portuguesa, também participa da festa acionária com cerca de 7,4% das ações, equivalente aos outros "sócios". Especulação pura. E os chineses? Tudo indica que estão correndo por fora e esperando uma boa negociação com os atuais "donos" para abocanharem a principal empresa de telecomunicações do país. Presente em 26 dos 27 estados da federação, a Oi acumulou de 2015 a 2017 uma receita líquida de R$ 75,18 bilhões e um EBITDA (grosso modo- lucro) de R$ 20,45 bilhões. Tudo errado. Há ausência de uma política pública que pudesse resultar, efetivamente, nom fortalecimento de uma empresa nacional que respeitasse seus mais de 100 mil trabalhadores diretos e indiretos. Que desse prioridade aos interesses dos usuários e democratizasse a sua gestão. À União caberia reforçar as obrigações de metas de qualidade, universalização e tarifas módicas para a banda larga. Esses são caminhos que deveriam ser buscados. Lamentavelmente, parece que serão, mais uma vez, deixados à margem. Os especuladores financeiros americanos, portugueses e chineses agradecem. Visite o Portal www.institutotelecom.com.br

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