Jornal do Sinttel-Rio nº 1.637

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CAMPANHA DAS OPERADORAS

Construída coletivamente, pauta de reivindicações da OI é aprovada CAMILA PALMARES

“Sonho que se sonha junto é realidade”, ensina Raul Seixas, na canção Prelúdio. Com esta certeza em mente, dirigentes do Sinttel-Rio estiveram na porta dos prédios de Polidoro, Praia de Botafogo e Arcos. Eles conversaram com trabalhadores e trabalhadoras da OI, com o intuito de construir coletivamente a Pauta de Reivindicações a ser entregue à direção da empresa. Nesses encontros, os dirigentes sindicais colheram sugestões que foram discutidas e, muitas delas, incorporadas à pauta. Ao todo, 300 empregados assinaram a lista de presença, um número significativo, que nos dá ainda mais força na hora da negociação. A íntegra da Pauta de Reivindicações dos trabalhadores da OI pode ser acessada na página do Sinttel-Rio (www.sinttelrio. org.br). Críticas e sugestões a ela são bem-vindas. Para tanto, os interessados deverão enviar email para campanhaoperadoras@sinttelrio.org.br. Entre as várias reivindicações aprovadas, a diretoria do sindicato destaca as seguintes: PRINCIPAIS PONTOS

= Reajuste salarial - Calculado pelo INPC do período, que vai de novembro de

2017 a outubro de 2018, mais 5% de ganho real. Ficou provado que, nos três últimos anos (2015 a 2017), os trabalhadores e trabalhadoras da OI tiveram, no mesmo período, reajuste salarial de 16,85%, contra uma inflação de 21,90%. O que representou uma perda de 4,32%. Por isso, reivindicamos um ganho real de 5%; = Tíquete restaurante - além do reajuste da inflação, o mais importante é acabar com a cobrança de até 12% do valor do tíquete, que representa cerca de R$ 100,00 a menos, por mês, no bolso dos trabalhadores. Ou seja, mais de R$ 1.000,00 por ano. Nas outras operadoras, os empregados pagam um real por mês, o que é a nossa proposta; = Creche - entendemos que, por ser um direito da criança, o auxílio-creche tem de ser estendido aos homens; =Ambulatório nos locais de trabalho - trata-se de uma reivindicação pela preservação da vida do trabalhador. Em prédios muito grandes, como Leblon, Arcos, Polidoro e Praia de Botafogo, já houve casos de trabalhadores passarem mal e serem carregados pelos outros companheiros, sem os devidos cuidados médicos, colocando vidas em risco.

CLARO NÃO QUER NEGOCIAR A Claro, este ano, protelou novamente para dar início às reuniões de negociação. Com este procedimento, a empresa tem trazido transtornos e insatisfações a seus empregados. O Sinttel-Rio alerta os trabalhadores do grupo Claro S/A (Claro, Embratel, Star One, Americel, Primesys e Telmex) para se mobilizarem, uma vez que a empresa não quer negociar. Na segunda reunião, ocorrida em São Paulo, no último dia 18, o avanço foi imperceptível. A empresa acrescentou apenas 0,11% à proposta de reajuste de salários e benefícios que havia feito na primeira reunião. Além disso, ainda excluiu gerentes e diretores Ressaltamos que, além de ainda não contarem com a reposição da inflação apu-

Proposta inferior à inflação

rada no período, os trabalhadores da Claro amargam perdas salariais, e nos benefícios, ao longo dos últimos anos, que ultrapassam 10%. Vamos nos mobilizar para cobrar, da empresa, no mínimo a inflação acumulada. E ainda teremos as perdas e também as mudanças que vêm aí, com a alteração nos Planos de Saúde. PROPOSTA DE PPR 2018 É A MESMA QUE FOI APRESENTADA EM 2017

A PPR 2018 – negociação que deveria ter sido finalizada em maio deste ano – arrasta-se até a presente data por culpa exclusiva da Claro, que, mesmo tendo se comprometido, conforme consta da ata da

reunião de abril, enrolou, protelou e pagou para ver. A empresa faz isso, na maior cara de pau, para depois barganhar com o índice de reajuste. Por esse motivo, o Sinttel-Rio vai submeter, na próxima semana, a proposta de PPR aos trabalhadores, para que eles possam deliberar em Assembleia se a aceitam ou não. Ressaltamos, no entanto, que a Claro continua a utilizar um modelo desigual entre seus empregados, embora todos tenham as mesmas metas e desafios a cumprir. Com a atual proposta, os trabalhadores que mais perderiam seriam os oriundos da Embratel e NET. No caso da Embratel (Unidade Empresarial), tendo como base os resultados fechados até agosto, o valor é de

1,22 salário. Já no que diz respeito à NET (Unidade Residencial), o montante é de 1,90 salário. Um pouco melhor, o resultado dos empregados oriundos da Claro (Unidade Pessoal) é de 2,20 salários. Como justificativa, a empresa alega e argumenta que os resultados melhoram no último trimestre.

ASSEMBLEIA - PPR 2018 Dia: 30/10 (terça-feira) Às 12h - Pres. Vargas 1012 Às 13h - Alexandre Mackensie Dia: 31/10 (quarta-feira) Às 10h - Guaratiba Às 14h - Mena Barreto

Se você tem alguma sugestão de pauta envie para campanhaoperadoras@sinttelrio.org.br


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