REAJUSTE ZERO NEM PENSAR! DITADURA NUNCA MAIS!
Não nos surpreende que o presidente Jair Bolsonaro tenha tido a coragem de propor que o Golpe Militar de 31 de março de 1964 seja comemorado e tratado como revolução de 64. Nós dizemos não! O golpe de 64, com a desculpa de estabelecer a ordem no país, depôs o presidente Jango Goulart, democraticamente eleito, e os militares ficaram no poder por 21 anos. A ditadura militar fechou sindicatos e associações, silenciou o povo, censurou músicas, peças, jornais e revistas e foi responsável pela prisão, morte e desaparecimento de centenas de estudantes, professores, jornalistas, militantes políticos etc. A maioria dessas pessoas, muitas delas ainda hoje desaparecidas e procuradas pelas famílias, foram assassinados nos porões do Doi Codi em sessões de tortura intermináveis. Bolsonaro foi eleito democraticamente, mas não tem nenhum apreço pela democracia, pelas liberdades individuais e coletivas. Em recente viagem oficial ao Chile, ele chocou o país ao fazer elogios ao mais sanguinário de todos os ditadores da América Latina, Augusto Pinochet. O fato levou o presidente do Chile, Sebastián Piñera, a corrigí-lo e dizer que suas palavras foram "extremamente infelizes." O Bolsonaro nunca escondeu a sua admiração pelos torturadores, na votação do impeachment da presidenta Dilma Rousseff, ao declarar seu voto na Câmara, fez elogios ao general Brilhante Ustra, um dos mais cruéis torturadores, responsável pelo assassinato de vários presos políticos brasileiros. A proposta do governo Bolsonaro foi absolutamente repudiada nas redes sociais, além de partidos políticos, instituições democráticas, movimentos sindicais, sociais e populares. A ditadura militar é uma página da nossa história que muito envergonha os brasileiros. Não podemos esquecê-la para não permitir que volte a acontecer. Nós repudiamos a ideia infeliz do presidente porque temos profundo apreço pela democracia. Porque ainda hoje choramos os mortos e desaparecidos, porque não respeitamos e muito menos reverenciamos a memória de torturadores, porque abominamos a tortura, a violência e a desumanidade. Ao mesmo tempo em que aplaude a ditadura, o presidente Bolsonaro, ataca hoje os movimentos sociais e populares, os sindicatos e os direitos sociais, previdenciários e políticos dos trabalhadores brasileiros e da sociedade. Tortura nunca mais. Ditadura nunca mais! A Diretoria
Em três rodadas de negociações as empresas insistiram no impasse à medida que mantiveram a proposta de reajuste zero para salários e benefícios. Zero de reajuste nem pensar. Vamos reagir e forçar as empresas a apresentarem uma proposta que além do reajuste salarial e de benefícios também contemple os demais itens da pauta. Por isso, a partir de hoje, dia 27, o Sindicato intensificará as mobilizações nos locais de trabalho em todo estado. Se as empresas insistirem no impasse vamos às paralisações e até a greve.
E
ssa campanha envolve mais de 20 mil trabalhadores das empresas prestadoras de serviços em telecom, entre elas, Serede, Procisa, Tel telecom, Ezentis, Valtelina do Brasil, FFA, LGM, Servlog, MVVS, Huawei, entre outras, e tem por objetivo a renovação da Convenção Coletiva dos Trabalhadores das empresas prestadoras de serviços de rede, com data base em 1º de abril. A terceira rodada de negociações foi no dia 19, quando mantiveram o reajuste zero para salários e benefícios. Não satisfeitas, nos propuseram ainda reduzir o prazo de entrega de atestados médicos de 72 para 48 horas com a desculpa de que é uma exigência do E-social. A direção do Sinttel reagiu e disse que reajuste zero não será admitido. O Sindicato ainda enfatizou que o Rio de Janeiro possui um piso regional do
estado para a categoria e que o mesmo teve um reajuste de 3,75% aprovado pela Assembleia Legislativa e que já foi sancionado pelo governador. Essa postura das empresas de empurrar a negociação com a barriga reforçou que o clima de insatisfação que já era grande entre os trabalhadores e agora é generalizado. A categoria exige que as empresas apresentem uma proposta que
responda à nossa pauta e que possa ser apreciada em assembleia. 4º RODADA DE NEGOCIAÇÕES DIA 2
No dia 22, no conselho sindical realizado no sindicato, os trabalhadores da rede clamaram por paralisações e greve, tal a insatisfação. Diante disso o Sindicato está nos locais de trabalho
intensificando a mobilização e, se as empresas não avançarem, vamos preparar as paralisações e a greve. Uma quarta rodada de negociações ficou agendada para o dia 2 de abril, um dia depois da data base. Se as empresas não avançarem com propostas concretas de reajustes salariais, de benefícios e sociais, vão ter paralisações e greve. Nenhum direito a menos é o nosso slogan.
Serede adia solução de problemas No dia 25 diretores do Sindicato se reuniram com a direção da Serede para discutir várias questões pendentes e motivos de denúncias por parte dos trabalhadores, inclusive, sobre a campanha da rede da qual ela participa. A Serede apresentou uma proposta de 2% de reajuste para salários e benefícios a ser pago em fevereiro de 2020, um vale farmácia no valor de R$300,00 mensais e manutenção do acordo atual. Estão de brincadeira. O Sindicato rejeitou essa proposta indecente e cobrou da empresa a solução de inúmeras demandas do dia a dia, motivos de denúncias dos trabalhadores. Não há como ter avanços sem a solução de pendências como essas: =Perseguição dos representantes sindicais com ameaças e transferências de local de trabalho sem ajuste com o Sindicato (descumprimento da cláusula 53ª paragrafo único do ACT); =Cota de combustível insuficiente, mesmo com a mudança para gasolina, resistência dos G.A’S e dos G.O’S em autorizar cotas extras; =DG’S em péssimas condições de trabalho, sem limpezas, sem água potável, sem ar condicionado, sem elevador
(prédio em São João de Meriti), telhados caindo (Vila do João), sem segurança na portaria (BTJ), proibição da entrada dos empregados da Serede no prédio do Flamengo há mais de dois anos (não podem beber água e nem usar o banheiro, mesmo sendo empregados da empresa); =Não pagamento do bônus pela documentação em dia, exigências de não pagar para veículos isentos de IPVA e cobranças da parcela do IPVA junto com o CRLV dos carros agregados; =Início da jornada de trabalho às 7h20 / 7h30 da manhã, com atividade até as 19:00 horas (se ainda ocorrer, os trabalhadores devem denunciar ao Sindicato); =Problemas na definição da função operadores de GPOM (antigos técnicos ADSL) estão realizando diversas tarefas, sem definição das atividades, sendo subordinados diretamente ao gestor Oi; =Resultado dos indicadores para pagamento do PPR 2018, valor e data para pagamento; =Reavaliação do aplicativo do banco de horas, estabelecer o teto de horas que irão para o banco e discriminação, dia a dia, mês a mês; =TUP- migração dos empregados
No Conselho Sindical trabalhadores da Rede pediram paralisação
que são da empresa Icatel para a Serede sem discutir com o Sinttel-Rio as condições da migração dos empregados; =Dificuldades no aplicativo “eu indico”, melhoria do mesmo; =Não cumprimento da escala de plantão conforme ACT que deve ser com 15 dias de antecedência (sendo divulgada toda sexta-feira à tarde); =Obrigação do cumprimento da "esteira" da operação, sob ameaça de
MD (medida disciplinar) para quem não ficar depois da jornada regular; NOVA REUNIÃO DIA 4/4
A Serede informou que irá apurar as questões e posicionará o sindicato o mais breve possível. Ficou agendada uma nova reunião para o dia 04/04. Até lá, o sindicato continuará visitando os locais de trabalho e mobilizando os trabalhadores para a campanha salarial.