Jornal do Sinttel edição 1661. De 15 a

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CAMPANHA SALARIAL DA REDE

ASSEMBLEIA É PRA VOTAR E DECIDIR OPERADORAS Mesmo com reajuste, salários ficam defasados

O INPC acumulado nos últimos 12 meses foi de 5,07%. Como sabemos, nenhuma operadora aceitou pagar o INPC na data base, apesar da cobrança do Sinttel. A Claro, que nos últimos anos não fechava o acordo na data-base, negociou com o sindicato dentro do período e conquistamos entre outras questões o reajuste de 3,45% (2,12% em setembro e o restante de 1,3% ocorreu em janeiro) diante de um INPC acumulado de 3,64%. Na Vivo o reajuste salarial ocorrerá em maio de 2019 pelo INPC integral (3,64%). Na TIM o reajuste salarial será de 4% em junho de 2019. O caso mais emblemático é o da Oi. O reajuste de 4% só ocorrerá no final de agosto. Ainda por cima a empresa não respondeu até agora às pendências do acordo: plano de saúde para os saídos, ambulatórios nos grandes prédios e pacote de serviços. Portanto, estamos acumulando perdas. Precisamos lutar para garantirmos o reajuste integral na data base. Por tudo isso, fica muito evidente que podemos alcançar acordos ainda melhores se houver uma maior participação dos trabalhadores combinada com um aumento na sindicalização. Para termos ideia na Serede mais de 50% dos trabalhadores são sindicalizados, nas operadoras este percentual não chega a 10%. Sindicalize-se.

CAMILA PALMARES

Ao longo desta e da próxima semana, o Sinttel-Rio vai percorrer diversos locais de trabalho realizando assembleias para que os trabalhadores avaliem e votem a proposta das empresas para renovação da Convenção Coletiva de Trabalho. Juntese ao Sinttel-Rio e participe!

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esde fevereiro, a diretoria do Sinttel-Rio está negociando com o sindicato patronal a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho dos trabalhadores em empresas prestadoras de serviços de telecomunicações, com data base em 1º de abril. Foram várias rodadas de negociação para chegar à posição que está sendo levada à avaliação e deliberação dos trabalhadores. Depois de muita pressão do Sinttel-Rio, as empresas e o sindicato patronal cederam e a proposta teve algumas mudanças. Confira. =Piso Salarial: R$ 1.345,50 a partir de outubro/2019; =Demais pisos e salários: 4% de reajuste salarial em outubro; =Vale Refeição: Reajuste de 3,50% no valor facial, passando para R$ 20,25 a partir de outubro/2019. Para as empresas que já praticam valor acima do valor facial o reajuste será de 2%, respeitando o valor facial mínimo de R$ 20,25; =Abono de R$ 150,00 nos vales-refeição/alimentação em dezembro de 2019; =Demais Cláusulas Econômicas: Reajuste de 3,50% a partir de outubro/2019. CONTRIBUA PARA MANTER O SINTTEL-RIO

Parte integrante desta proposta é o desconto de 3% na remuneração para que o Sindicato possa fazer frente às despesas das campanhas salarias. Este

desconto será em três vezes de 1% ao mês, com direito à oposição. O prazo para tanto será informado no site do Sinttel-Rio. A assembleia principal que vai avaliar a proposta do sindicato patronal (Sinstal) será realizada no dia 16 de maio, às 18h, na sede do Sinttel-Rio (Rua Morais e Silva, 94). No entanto, para maior participação dos trabalhadores, faremos diversas assembleias complementares nos locais de trabalho. PARTICIPE! É na assembleia que se decide a aceitação ou não da proposta negociada entre as empresas e o Sinttel. PROPOSTA DA SEREDE

No último dia 6 de maio, na sede do Sinttel-Rio, aconteceu a quarta rodada de negociação com a Serede. Depois de muita pressão do Sindicato e da comissão de trabalhadores, a empresa mudou alguns pontos da proposta e antecipou a primeira parcela dos reajustes para novembro deste ano, estendeu o limitador do abono salarial de R$ 3.300 para R$ 3.500 e aumentou o período do auxílio-creche de 12 para 14 meses. Confira a seguir os principais itens da proposta apresentada pela Serede: =Reajuste de salários pelo INPC de abril (4,67%), divididos em duas parcelas: 2,34% aplicados em novembro de

2019 (com base no salário de março de 2019); 2,33% aplicados em fevereiro de 2020 (com base no salário de março de 2019). =Atualização do piso salarial para R$ 1.375,01 em novembro de 2019; =Reajuste dos vales alimentação e refeição em 4,67%, sendo 2,34% em novembro de 2019 e 2,33% em fevereiro de 2020; =Correção de 5,70% no auxílio creche/babá em novembro de 2019;

=Abono salarial de R$ 400,00 (quatrocentos reais) pagos em até 10 dias após aprovação da proposta em assembleias com a formalização do Sinttel-Rio à Serede. OBS.: Abono limitado aos trabalhadores com salários até R$3.500,00; =Abono natalino (ticão): meia carga do VA/VR no mês de dezembro de 2019. Confira a proposta na íntegra no portal do Sinttel-Rio (www.sinttelrio. org.br).

Calendário de assembleias A diretoria do Sindicato vai estar nos locais de trabalho realizando assembleias com os trabalhadores da Serede para que estes avaliem e votem a proposta da empresa para renovação do Acordo Coletivo de Trabalho. Confira no calendário abaixo. = Dia 14/05, terça-feira, às 7h30: base de Maricá = Dia 15/05, quarta-feira, às 7h30: base Pedro de Alcântara / 7h30: base de Cida­ de Nova / 13h: base Vila Isabel (Rua Teodoro da Silva, 701) = Dia 16/05, quinta-feira, às 7h30: base de Cascadura (Rua Padre Telêmaco) / 13h: base de Engenho de Dentro (Rua Monsenhor Jerônimo)/ 13h: C.L Irajá (Rua Haníbal Porto 450) = Dia 17/05, sexta-feira, às 7h30: base Nilópolis = Dia 20/05, segunda-feira, às 8h: base Cidade de Deus (Estrada Marechal Miguel Salazar Mendes de Morais) / 7h30: base Petrópolis = Dia 21/05, terça-feira, às 7h30: base Campo Grande (Rua dos Limoeiros 200) / 7h30: base Rio das Ostras, Unamar e Búzios = Dia 22/05, quarta-feira às 7h30: base de Ramos/ 7h30: Duque de Caxias (Rua Mena Barreto) / 7h30: Cabo Frio e São Pedro da Aldeia / 17h: Araruama, Saqua­ rema, Iguaba

EDITORIAL O Sinttel-Rio apoia a Greve Nacional da Educação Dia 15 de maio é o dia nacional de luta da educação contra a reforma da Previdência e contra o corte de verbas imposto pelo atual governo. Se você é estudante apoie seu professor não indo à aula, se você tem filhos na escola tente dar uma folga para eles e dar o direito ao professor de aderir à greve. No Rio de Janeiro, está agendada uma grande passeata com concentração na Candelária às 15h e caminhada rumo à Central do Brasil às 17h30. Vamos fazer uma passeata gigante e mostrar que nós damos valor à educação!

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s últimos ataques à Educação do Brasil não podem ficar sem uma resposta da comunidade acadêmica e estudantil. Por isso, nesta quarta-feira, 15 de maio, estudantes, professores e trabalhadores da Educação se unem para a Greve Nacional da Educação. Ao longo de todo o dia serão realizados protestos, manifestações e passeatas nas ruas de todo o Brasil em defesa da Educação do país. O objetivo é deixar bem claro para o governo que o povo não aprova os cortes de verbas das escolas e universidades. Não é preciso dizer qual o nível e a qualidade da maioria das escolas públicas Brasil afora. Falta professor, falta salário

para os terceirizados, falta merenda escolar – comumente desviada -, sem falar na estrutura física dos prédios. Nas universidades, não é muito diferente. Os terceirizados estão constantemente em paralisação pela falta de pagamento e os alunos bolsistas que dedicam tempo integral às pesquisas científicas - e não podem trabalhar para ajudar no seu sustento -, se veem, muitas vezes, sem a recursos. Mas isso não parece preocupar o atual governo. A instrução, a qualificação e até mesmo o conhecimento mais básico para todo ser humano não são prioridades para este governo. Afinal de contas, é mais fácil manipular uma população bem burra e ig-

norante do que uma população de pessoas inteligentes e sábias. Sem educação, fica fácil dominar uma sociedade e qualquer palavra dita soa como a coisa mais certa e inteligente. Aprova-se qualquer coisa com uma canetada. Simples e trágico. Assim foi com a reforma trabalhista, e agora está sendo com a reforma da Previdência. Hoje o brasileiro vive condições difíceis. Depois de trabalhar a vida inteira, sequer pode ter a tranquilidade de chegar aos 60 ou 65 anos - quando o corpo já não é mais como nos 30 ou 40 - e descansar com a garantia de uma aposentadoria. Não precisa sacrificar o povo. Pode-se muito bem cobrar as dívidas bilionárias dos bancos ou simplesmente começar cobrar o imposto que empresas multinacionais não pagam por isenção do governo. É possível fazer um Brasil para os brasileiros. A Educação e a Previdência Social do Brasil clamam pela mobilização do povo. Por isso, nesta quarta-feira, às 15h, vamos às ruas, todos e todas, defender o que é nosso! Vamos à luta!


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