Jornal do Sinttel-Rio 1672 - de 31 de julho a 6 de agosto de 2019

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CAMPANHA DAS OPERADORAS

PAUTAS APROVADAS. É HORA DE COBRAR NEGOCIAÇÕES WARM BRASIL

Em mediação no TRT a Claro se posiciona

Atendendo a uma solicitação do Sinttel-Rio, foi realizada dia 23/07, audiência de mediação na 2ª Instância do Tribunal Regional do Trabalho do Rio de Janeiro (TRT-RJ). O objeto dessa mediação é a cobrança do pagamento integral e imediato das verbas rescisórias e multa do Art. 477 da CLT. Participaram da mediação o Sinttel, Warm e a Claro. Apesar de já ter sido notificada extraoficialmente pelo Sinttel, a Claro, tomadora dos serviços à Warm, se mantinha indiferente, mas na mediação, em juízo, os representantes da empresa, finalmente, se posicionaram e informaram ter valores retidos ainda pendentes de repasse à Warm. Diante disso, o desembargador que presidiu a mediação concedeu prazo para a Warm informar o valor total devido aos dispensados à título de verbas rescisórias e, em seguida, serão abertos os prazos para a Claro apresentar o valor total que possui retido e para nossa assessoria jurídica se manifestar. Por parte do Sinttel-Rio, já está consignado que eventual acordo deverá assegurar aos trabalhadores dispensados o pagamento integral e imediato das verbas rescisórias mais a multa do Art. 477, da CLT, além da liberação das guias do seguro desemprego e da chave para levantamento do FGTS. CONVOCAÇÃO URGENTE

O Sinttel convoca os trabalhadores da Warm que queiram se beneficiar com o acordo que está sendo construído, a organizarem seus documentos e apresentem-se ao departamento jurídico (Rua Morais e Silvs, 94 – Maracanã). O Sindicato ressalta que, caso não se chegue ao consenso no curso da mediação, dará toda assistência judiciária aos trabalhadores que queiram cobrar seus direitos na justiça.. DOCUMENTOS NECESSÁRIOS

CTPS, RG, CPF, PIS, comprovante de residência, comunicado de dispensa, Termo de Rescisão de Contrato de Trabalho (TRCT se houver), crachás, contracheques (3 últimos), extrato do CNIS (obtido através do App Meu INSS), extrato do FGTS (obtido junto a CEF).

CAMILA AR AUJO

Concluídas as assembleias para aprovação das Pautas de Reivindicações na Claro, Vivo, Tim e Nextel, todas com data base em 1º de setembro, agora é chegado o momento da segunda etapa da campanha, o encaminhamento das pautas às empresas (o que o Sindicato fará no início de agosto) e a cobrança para que as negociações comecem já.

E

nquanto aguardamos o início das negociações não vamos ficar de braços cruzados. Pelo contrário, vamos nos manter nos locais de trabalho, nas portas dos prédios da Claro, Tim, Vivo e Oi, realizando atos, conversando com os trabalhadores e chamando todo mundo para se engajar desde já nessa campanha. Sem mobilização. Sem pressão dos trabalhadores as empresas não vão avançar. A direção do Sindicato alerta as empresas para não chegarem à mesa de negociação chorando misérias ou propondo reajustes inferiores à inflação e ainda parcelados, como fizeram ano passado. O Sindicato já avisou que não aceitará menos que o INPC integral para reajustar os salários e benefícios além de ganho real. Mas para bancar isso na mesa de negociação é indispensável que os trabalhadores estejam mobilizados em cada empresa e fortalecendo o Sindicato, inclusive, se sindicalizando. A força de um Sindicato é medida principalmente pelo número de trabalhadores sindicalizados. Na época das privatizações quando as

Vivo

assembleias de campanha salarial lotavam o setor 1 do sambódromo, nossas conquistas eram muito maiores e o número de filiados era cerca de 90% da base. É preciso voltar a nos unir no Sindicato para garantir novas conquistas e nos fortalecer. Hoje mais que nunca, é necessário o fortalecer o Sindicato e a organização dos trabalhadores, ameaçados por um governo claramente autoritário e comprometido com a classe patronal.

O setor de telecomunicações é um dos mais rentáveis e lucrativos Receita Líquida 42.134 em todo mundo e, não precisa ser nenhum vidente para afirmar que 12.714 ele só tende EBITDA a crescer cada vez mais. Tudo, especialmente Margemos mercados econômico e financeiro não vivem sem as telecomu30,2%

Vivo EBITDA

Mi l hõe sdeR$

2018

nicações. Esse setor é absolutamente imune a qualquer crise. Portanto, 43.704 44.277 43.448todas as operadoras tem sim, como atender a nossa pauta. Elas não17.825 tem motivo 14.022 14.486 para reclamar. Nos quadros abaixo veja a situação financeira da Claro e da Vivo em32,7% 2018. 32,1% 41,0%

VIVO 2 0 1 5

2 0 1 6

2 0 1 7

2 0 1 8

Receita Líquida 42.134

43.704

44.277

43.448

14.022

14.486

17.825

Gr upoCl a r oEBITDA *

12.714

O QUE QUEREMOS: =Reajuste de 100% do INPC Margem 30,2% 32,1% 32,7% 41,0% mais 5% de ganho real para todos EBITDA os trabalhadores; na data =Pagamento do reajuste GRUPO CLARO base 1º de setembro em todas as Milhões de R$ 2016 2017 2018 empresas e sem parcelamento; =Mudança da data base da Oi Receita Liquida 35.982 35.478 35.655 para 1º de setembro junto com as G r u p o C l a r o demais empresas; EBITDA 9.554 10.130 10.813 =Isonomia de tratamento na Vivo e Claro que após passar por um Margem EBITDA* 26,6% 28,6% 30,3% processo de incorporação mantém os trabalhadores dos antigos *EBITDA - Os lucros antes de juros, impostos, depreciações e amortizações. É um termo muito utilizado por analistas financeiros na análise de balanços de contabilidade grupos em condições desiguais. de empresas de capital aberto. Na Claro os prejudicados são dos *MARGEMde EBITDA operacional da companhia, indicando Milhões R$ - É a parte 2016 2017 2018 quanto à empresa está gerando de recursos em suas atividades operacionais. Trata-se de um trabalhadores procedentes da NET indicador muito importante, uma vez que analisa o resultado da empresa, seu lucro e e na Vivo, os vindos da GVT. seus possíveis prejuízos. É uma 35.982 ação essencial para analisar o desempenho Receita Liquida 35.478 35.655 desta.

Confiança da indústria cai para pior nível Segundo a pesquisa da Fundação Getúlio Vargas e do Instituto Brasileiro de Economia (FGV/IBRE) divulgada no dia 29, a confiança da Indústria brasileira recuou em 11 dos 19 segmentos industriais pesquisados, e as quedas foram concentradas na avaliação do cenário atual. A pesquisa revela que no mês de julho a confiança da indústria caiu ao nível mais baixo e chegou ao pior patamar desde outubro de 2018. Isso se deve a incapacidade do governo Bolsonaro de propor alternativas reais que alavanquem a economia e gere emprego. Estamos indo para o 8º mês de governo e nada. Tudo o que aconteceu até agora se resume ao corte de direitos. Calculado a partir de informações de 1.142 empresas, o Índice de Confiança da Indústria (ICI) teve retração de 0,9

Setor imune à201crise Mi l hõe sdeR$ 2015 6 2017

ponto em julho, chegando a 94,8 pontos. Isso revela a estagnação da economia brasileira. O Índice de Situação Atual caiu 2,2 pontos e chegou a 94,4, enquanto o Índice de Expectativas, que mede as projeções do setor para o futuro, teve sua primeira alta em 2019. O indicador avançou 0,5 ponto, chegando a 95,3. De acordo com o Ibre/FGV, caiu de 19,6% para 11,9% o percentual de empresas que avaliaram a situação atual como boa, e subiu de 21,1% para 22,7% o das que consideram que o cenário é ruim. Por outro lado, a parcela de empresas que preveem melhora aumentou de 34,9% para 38,4%, enquanto o grupo que acredita em piora diminuiu de 13,2% para 10,3%.

EBITDA

9.554

Margem EBITDA

26,6%

10.130

10.813

Cinco28,6% meses30,3% sem negociação

O Sindicato não desiste. Vamos marcar no nosso jornal a intransigência e indiferença da Oi para com as reivindicações dos seus empregados. Conforme todos já estão cansados de saber, a Oi, na pressa de encerrar as negociações salariais na data base, em dezembro de 2018, se comprometeu com o Sindicato e com a categoria que em março deste ano voltaria a negociar com o Sinttel os pontos pendentes de grande importância para os trabalhadores entre estes: =Pacote de serviços com descontos especais para os trabalhadores; =Instalação de ambulatórios nos prédios; =Plano de saúde para os saídos. O Sinttel vem cobrando essa negociação desde fevereiro e a empresa se fazendo de surda e muda. Não vamos deixar barato, queremos a negociação dessas questões custe o que custar. O pacote de serviço, por exemplo, já é praticado por outras operadoras e não onera em nada a empresa. Convenhamos!


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