Jornal do Sinttel-Rio 1674 - de 14 a 20 de agosto de 2019

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CAMPANHA DAS OPERADORAS

PROPOSTA DA VIVO É IMORAL Não tem mágica, só com muita luta, mobilização e enfrentamento, vamos conseguir o atendimento de nossa Pauta. É hora de reagir! Uma nova rodada de negociações está confirmada para dia 22, em São Paulo. Mostre a Vivo a sua insatisfação.

Marcha das Margaridas leva 100 mil hoje a Brasília

A Marcha das Margaridas espera receber mais de 100 mil trabalhadoras dos quatro cantos do Brasil, além de ativistas de outros 26 países. As trabalhadoras rurais, a população da floresta, as mulheres da periferia marcharão sobre Brasília hoje, 14 de agosto, para mostrar a força e garra da mulher. Esse ano o lema da marcha é “Margaridas na luta por um Brasil com soberania popular, democracia, justiça, igualdade e livre de violência”. A Marcha das Margaridas foi homenageada, terça-feira (13), em sessão solene no plenário Ulysses Guimarães, da Câmara dos Deputados. Um momento emocionante que ficará para a história do país e das mulheres guerreiras e de luta. Gleisi Hoffmann, presidenta nacional do PT e deputada federal pelo Paraná, disse que é uma alegria ver a Câmara cheia de lutadoras do povo, pois há muito tempo o plenário não recebia a presença popular. Apesar do clima festivo, ela lembra que a edição deste ano exige mais resistência do movimento. "Em 2015, nós tivemos uma marcha de reafirmação dos direitos, de reconhecimento de conquistas e reivindicações. Neste ano, é um ato de resistência, para manter os direitos conquistados e enfrentar o desmonte do governo autoritário. É uma responsabilidade política enorme dessa marcha” ressaltou Gleisi. VIOLÊNCIA CONTRA A MULHER

A sessão solene foi promovida pelas deputadas federais Erika Kokay (PT-DF) e Talíria Petrone (Psol-RJ). O combate à violência contra as mulheres é um dos principais pleitos das agricultoras presentes na capital federal. De acordo com a parlamentar, Brasília será, nesta terça, um "útero grávido de luta e coragem" que dará luz a uma resistência forte. "Elas estão aqui para dizer que o país não será cercado pelo latifúndio, onde seu povo será tratado como gado. É a marcha para mostrar o compromisso com a luta e os direitos, que rompe os grilhões do machismo e do sexismo. Eles podem arrancar uma flor, mas não detêm a primavera", disse.

A

negociação com a Telefônica/Vivo, dia 8 em São Paulo, foi um fiasco. Os representantes da empresa protagonizaram um espetáculo deprimente tentando convencer a Comissão Nacional de Negociação e os sindicalistas de que a operadora estar á beira da falência. Coitadinha. Que papelão fez a Vivo. A empresa é a primeira no Brasil em lucro, rentabilidade e receita. Aliás, dados públicos revelam que só em 2018, a receita líquida da empresa foi de R$ 43 bilhões. A Vivo está se queixando de que? Motivo para se queixar quem tem são os seus empregados e não fazem por que lamúria é para os fracos. Unidos do Sindicato e mobilizados e na luta, os trabalhadores vão sim, fazer a Vivo avançar nas negociações e atender a nossa Pauta. A postura da empresa que, aliás, não é novidade, só serviu para instigar em todos os trabalhadores o instinto de revolta e indignação. A empresa mostrou a todos que não está nem aí pra eles. Os representantes da Vivo desprezaram a Pauta de Reivindicações aprovada pela categoria e ficara contabilizando suas "perdas". Que perdas? O resultado dessa primeira negociação foi a apresentação de

um proposta ridículo, indecente e inaceitável. A empresa teve a audácia de propor reajuste de 2% salários a ser pago em agosto de 2020 e o mesmo percentual para os benefícios a ser pago em maio de 2020. Não satisfeita, propôs aumentar a coparticipação dos empregados no plano de saúde em 1,5% em setembro deste ano e 2% em janeiro de 2020. Esse aumento penaliza diretamente os trabalhadores procedentes da GVT. Diante dessa provocação a Comissão Nacional de Negociação rejeitou a proposta e deixou claro que só negocia qualquer proposta se a data base for respeitada, ou seja, nada de pagamento daqui a um ano. Queremos reajuste que reponha as perdas, etc (veja banner). A PROPOSTA INDECOROSA

=Correção dos salários em 2% em agosto de 2020; =Abono de 24% do salário limitado a R$ 960,00, ou seja; aqueles que ganham acima de R$ 4mil seriam prejudicados; =VR/VA: reajuste 2% em maio de 2020; =Incorporação de 50% da cesta básica; =Plano de Saúde: desconto de

Claro negocia no final do mês Ao contrário das demais operadoras, a Claro discute este ano todas as cláusulas do acordo, tanto as econômicas quanto as sociais. A Pauta de Reivindicações aprovada nas assembleias realizadas nos locais de trabalho já se encontra à disposição dos trabalhadores no portal do Sinttel www. sinttelrio.org.br . As negociações salariais com a Claro sempre foram muito difíceis e o recado do Sindicato para a categoria é o mesmo dado aos trabalhadores da Vivo, disposição de luta e muita mobilização. A empresa é tão economicamente está-

vel quando a Vivo. Ocupa a segundo posição no mercado de telefonia brasileiro, mas na hora de negociar salário é mesquinha e tacanha. Vamos torcer para que este ano seja diferente, que a empresa nos surpreenda. Eis os principais itens da pauta de reivindicações da Claro: =Reajuste de 100% do INPC mais 5% de ganho real para todos os trabalhadores; =Pagamento do reajuste na data base 1º de setembro em todas as empresas e sem parcelamento; =Mudança da data base da

Fonte: Portal CUT

Oi para 1º de setembro junto com as demais empresas; =Isonomia de tratamento na Vivo e na Claro, que após passarem por processos de incorporação mantém os trabalhadores dos antigos grupos em condições desiguais: na Claro, os prejudicados são dos trabalhadores procedentes da NET e na Vivo, os vindo da GVT; Além destes, há também os itens específicos, resultado de sugestões e demandas dos trabalhadores quando das assembleias. Essas reivindicações constam em um banner (veja nesta página).

Tim negocia dia 15

A negociação na Tim refere-se apenas as cláusulas econômicas que tratam de reajustes salariais e de benefícios. Consta da pauta questões específica e muito importante para os trabalhadores tais como: equiparação de benefícios; melhoria de concessão do cartão farmácia, ticão de dezembro.

com 1,5%, limitado a R$ 600,00, em janeiro de 2020; =Implementação de banco de horas (BH) para campo; =Aumentar o BH de 90 para 180 horas (lei trabalhista)

Oi: única com data base em novembro

A pauta da oi está em fase de elaboração, quando concluída será submetida aos trabalhadores em assembleia. Mas as principais reivindicações desde o ano passado são: fim da coparticipação dos trabalhadores no tíquete (hoje em 12%); creche extensiva aos homens (como direito da criança); plano de saúde para os saídos e mudança da data base para 1o de setembro.

Waltelina impõe jornada de 11 horas

MARGARIDA ALVES

Carmen Foro, vice-presidenta nacional da CUT e também agricultora familiar, lembra da força que as mulheres carregam ao homenagear Margarida Alves, líder sindical paraibana assassinada no dia 12 de agosto de 1983, aos 50 anos. "Já coordenei duas marchas e participei de todas já feitas. É um lugar onde nos reconectamos com o desejo de mudança no qual as companheiras saem de suas casas", acrescentou.

1,5% mensalmente, limitado a R$ 600,00, a partir de setembro de 2019 para todos os trabalhadores e empregados que não estão contribuindo e elevar esse percentual para 2% para quem já contribui

Margarida homenageada na Câmara

O Sindicato recebeu inúmeras denúncias dos trabalhadores da Waltelina do Brasil, empresa que presta serviços de rede de fibra óptica para a operadora Tim. Eles se queixam da mudança da jornada de trabalhado que levou todo mundo a fazer 11 horas por dia em troca de um dia de folga. Uma jornada de dois por um, ou seja, dois dias de trabalho e um de folga. Antes todos os trabalhadores faziam jornada normal, de segunda a sexta-feira, das 8 às 17h48, e aos sábados e domingos com hora extra. A Waltelina, no entanto, decidiu

mudar a jornada dos empregados para não pagar as horas extras aos sábado e domingos, horas que por lei teriam que ser reajustadas, respectivamente, em 50% e 100%. O Sindicato já manteve contato com a empresa que disse não está obrigada a pagar as horas extras nem a cumprir a jornada. Essa jornada de dois por um não está previstas na Convenção Coletiva de Trabalho (CCT) em vigor. Diante do impasse o Sindicato fará atos na porta da empresa e a notificará extrajudicialmente para respeitar a CCT.


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