CAMPANHA DAS OPERADORAS
VIVO VOLTA A NEGOCIAR DIA 22 Não aceitamos retrocessos. Queremos reajuste na data-base, nenhum dia depois
Não à divisão da Oi!
Numa carta aos trabalhadores, o Sindicato defende a Oi como empresa única, a manutenção dos postos de trabalho e um acordo coletivo digno, inclusive com a mudança da data base para setembro. Essa carta será entregue aos trabalhadores nos locais de trabalho, mas nós antecipamos aqui a sua divulgação para conhecimento dos trabalhadores da Oi e de todos. Leia a seguir: Semana passada fomos todos alertados por matérias que falavam da intervenção da Anatel na Oi. Em nota, o Conselho de Administração da empresa e também a agência desmentiram essa informação, mas a preocupação continua a rondar todos os cidadãos e, em particular, os cerca de 100 mil trabalhadores diretos e indiretos da Oi. Vamos aos fatos: 1) Privatização e caos - Desde a privatização a Oi tem sido tratada por seus acionistas de maneira meramente especulativa. Em 2008 comprou a Brasil Telecom, apesar de não ter um centavo para investimentos mais arrojados. Em 2010, a fracassada parceria com a Portugal Telecom. Em 2015, por não ter dinheiro, ficou fora do leilão da frequência de 700 MHZ, comprada por outras grandes operadoras. Tudo isso levou a uma dívida de R$ 65 bilhões em 2016, quando entrou em recuperação judicial. Em 2018, houve a mágica - boa parte da dívida converteu-se em participação acionária de grandes grupos, em boa parte especuladores que querem rapidamente recuperar suas aplicações. 2) Empresa estratégica - Não há como pensar em política de telecomunicações, sem pensar em toda infraestrutura e capilaridade da Oi. Não cabe, portanto, soluções que coloquem o esfacelamento ou dilapidação da empresa. Isto só interessaria aos especuladores e nunca aos trabalhadores e à sociedade brasileira. 3) Redução dos postos de trabalho - Na mesma linha, não aceitamos qualquer solução que passe pela redução dos postos de trabalho. Os trabalhadores diretos e indiretos da Oi têm dado sua contribuição para que a empresa seja cada vez mais eficiente. Não temos nenhuma responsabilidade por decisões equivocadas ou oportunistas tomadas ao longo dos anos. 4) A empresa é forte - Apresentou em 2018 uma receita líquida de mais de 21 bilhões de reais e um EBITDA de quase 6 bilhões de reais. Este resultado foi devido ao compromisso dos trabalhadores em viabilizar a empresa. 5) Acordo coletivo - Estamos às vésperas da nossa data-base, novembro, e estamos ultimando a nossa pauta de reivindicações que será apresentada aos trabalhadores e depois de aprovada será encaminhada à direção da empresa. Queremos um acordo coletivo digno com reajuste integral em novembro pelo INPC, sem parcelamento e com ganho real; fim da coparticipação no tíquete; creche extensiva aos homens (como direito das crianças). Queremos plano de saúde para os que pontualmente saiam da empresa.
VAMOS EXAGERAR NA LUTA. O SINTTEL-RIO NÃO ACEITARÁ RETROCESSOS. SINDICALIZE-SE!
Na quinta-feira (22) será realizada a segunda rodada de negociações salariais com a Vivo, em São Paulo. O Sinttel-Rio espera que a empresa pare fingir que está no pior dos mundos e em crise, pois isso é fake news.
O
Sindicato, todos os empregados da Vivo e o mercado financeiro, sabemos que ela está no melhor dos mundos, que é uma empresa altamente rentável e lucrativa, primeiro lugar no ranking das maiores do Brasil no setor de telecomunicações e tem condições de atender com folga a todas as nossas reivindicações.
INDIGNAÇÃO Diante da proposta indecente da Vivo na primeira rodada de negociações ocorrida dia 8, o Sinttel partiu para base e ouviu os trabalhadores. O clima era de revolta e indignação com justa razão. Em alguns locais a determinação é de ir à luta para garantir o atendimento da pauta. Em outros, infelizmente ainda há trabalhadores que imaginam que direitos como vale refeição/alimentação, assistência médica etc, está assegurado em lei ou é concessão generosa da empresa. Não é uma coisa nem outra. A lei hoje só assegura o vale-transporte. Todos os demais benefícios (vale-refeição, auxíliocreche, farmácia, assistência médica, etc) são conquistas da negociação direta entre Sindicato e empresa. Não é à toa que as empresas têm horror dos sindicatos, especialmente se estes são de luta como o nosso. Portanto, se você pensa assim abandone essa ilusão. A Vivo, por exemplo, está propondo o aumento da participação dos empregados no plano de saúde. Isso é um retrocesso e nós não vamos aceitar. Mas para isso os trabalhadores precisam se unir e fazer a Vivo sentir que se ela insistir nisso podemos parar, por exemplo. Voltamos à mesa de negociação para exigir o atendimento da nossa Pauta que inclui: = Reajuste de pisos e salários em 100% do INPC acumulado de setembro do ano passado a agosto deste ano; = Ganho real de mais 5% sobre os salários já
reajustados; = Reajuste dos benefícios em 100% do INPC mais 5%; = Isonomia de tratamento; = Pagamento do reajuste na data-base, nenhum dia depois;
= Garantia dos postos de trabalho; = Nenhum retrocesso; = Equiparação dos benefícios; = Creche extensiva aos homens na área de campo, atendimento e lojas; = Fim dos desvios de função na rede.
Claro transfere negociações para setembro
Na última negociação de PPR, que aliás, não foi concluída, os representantes da Claro, garantiram à Comissão e ao Sinttel-Rio que dariam início às negociações salariais com vistas ao fechamento do Acordo Coletivo na última semana de agosto. Eles ainda asseguraram que na mesma ocasião fechariam a proposta de PPR/2019. Agora, as vésperas da negociação, a Claro informa que a não poderá negociar porque ainda não tem uma resposta do México sobre a nossa Pauta e por esta razão transfere a negociação para setembro, sem sequer definir uma data. Isso é desrespeito com os trabalhadores. É terror psicológico. A nossa Pauta foi encaminhado no início de julho. A data-base é 1º de setembro, quando a empresa pretende iniciar as negociações. Esse adiamento
ARQUIVO DO SINTTEL-RIO
é tática da Claro para desmobilizar os trabalhadores. Esse ano, ao contrário das demais empresas, a Claro estará renegociando todo o Acordo (itens econômicos, sociais etc). O Sindicato estará nos locais de trabalho denunciando as manobras da empresa para empurrar a negociação para o final do ano e chamará a todos a se mobilizar e se unir para pressionar a empresa a iniciar já as negociações.
NEGOCIAÇÕES JÁ! O Sinttel cobra da Claro que agende imediatamente o início das negociações tanto de PPR como para fechamento do Acordo Coletivo dos trabalhadores e que atenda à nossa pauta que entre outras coisas exige: =Reajuste de 100% do INPC mais 5% ganho real para todos os
TIM SEM PROPOSTA
trabalhadores; =Equiparação de benefícios; =Creche extensiva aos homens (como direito da criança); =Telos para todos os trabalhadores;
=Isonomia de tratamento para os trabalhadores da NET; =Pagamento de todas horas extras incluindo sábados, domingos e feriados.
Na primeira rodada de negociações com a Tim, dia 15, a empresas se limitou apreciar a pauta e decidiu que fará um calendário de negociações com inicio previsto para setembro, mas garantiu que o processo de negociação será concluí em setembro.
MP 881 tira mais direitos dos trabalhadores
ALEX ANDRE BERSOT
Essa MP 881/2019 nada mais é do que a continuação da retirada de direitos dos trabalhadores. É o aprofundamento da reforma trabalhista e o argumento do governo para o desmonte tanto da CLT como da Previdência é a geração de emprego. Mas o que nós vemos na prática é o aumento do desemprego. Nem subemprego o governo está conseguindo gerar.
A
MP 881, denominada MP da Liberdade Econômica, acaba entre outras coisas com a folga de final de semana (sábado domingo e feriados). Qualquer empresa com mais de 20 funcionários, inclusive, os bancos, podem decidir por trabalhar aos sábados e domingos. Inicialmente a MP previa folga de final de semana após o sétimo domingo trabalhado, quando a CLT estabelece no mínimo uma folga de final de semana ao mês para quem trabalha aos domingos. Com a pressão na Câmara, o limite de sete domingos seguidos caiu para quatro domingos.
de final de semana, o direito ao lazer, ao convívio com a família, e a convivência com os filhos. Hoje, a maior parte de nossas vidas passamos no transporte de ida e volta para o trabalho e no próprio trabalho. A maioria sai de casa e deixa os filhos ainda na cama e ao voltar, à noite, também os encontra dormindo. Com a liberação do trabalho aos domingos em todas as atividades, por até quatro domingos corridos isso vai piorar. Você já pensou nisso? FIM DO CONTROLE DE PONTO
A MP também põe fim ao controle de ponto (velho relógio de ponto ou catraca eletrônica). Se você está comemorando pode parar. Ai também reside uma grande armadilha para o trabalhador. Com o fim do ponto
VIVER PARA TRABALHAR
A MP vai agora para duas votações no Senado e se for aprovada vai acabar com uma das maiores conquista dos trabalhadores brasileiros, descanso
acaba o controle de suas horas extras. E quem perde com isso? Nós trabalhadores. O governo tem pressa em aprovar essa MP, pois se isso não acontecer até 30 de agosto ela caduca. Por isso, o Senado deve fazer a primeira votação ainda esta semana. CUT FAZ PRESSÃO
A CUT, demais centrais e Sindicatos como o nosso estão fazendo pressão junto aos senadores para derrubar a MP. Aliás, as poucas mudanças no texto original, durante a votação na Câmara, foram graças a essa pressão. Infelizmente, os senadores do Rio de Janeiro (Flávio Bolsonaro e Arolde de Oliveira) estão fechados na aprovação do corte de direitos. Eles votaram a favor da reforma trabalhistas, a favor da reforma da Previdência e defendem
Eleição do CRT-RJ será dia 22/08 O Conselho Regional dos Técnicos do Estado do Rio (CRT-RJ) realiza eleição nesta quinta-feira (22), para escolha de sua primeira representação. A criação do Conselho é resultado de 50 anos de luta e realização de antigo sonho dos técnicos de nível médio, até então representados pelo Conselho Regional de Engenharia e Arquitetura do Rio (Crea-RJ). A eleição deveria ter ocorrido dia 1º de agosto, mas foi adiada. O nosso companheiro Gilberto Palmares (foto), diretor do Sinttel, ex-deputado estadual, está concorrendo a uma das vagas como conselheiros e conta com apoio integral da direção do Sinttel-Rio. Apoio merecido, pois além de sua história de luta em defesa dos trabalhadores no Sindicato, quando deputado Gilberto foi um defensor de todos os trabalhadores, em especial dos de telecomunicações. Foi autor de várias emendas em benefício dos técnicos, entre elas a que estabelece os pisos salariais para esses profissionais. A eleição para o CRT é por duplas (um efetivo e um suplente) e são 30 duplas a serem votadas. Gilberto está inscrito com o número 42, seu suplente é Carlos Santos (ferroviário). VOTE 42. Podem votar quem tem
Crea, inclusive os aposentados. Veja a seguir os locais de votação: Rio de Janeiro
CEFET - Av. General Canabarro, S/N - Maracanã CRT–RJ - Av. Passos, nº120 - 3º andar - Sede do CRT, Centro Light - Rua Frei Caneca, 363, Estácio Furnas Centrais Elétricas - Rua Real Grandeza, 219, Botafogo Outros municípios
Angra dos Reis: Eletronuclear - Av. Mários Covas, BR 101 Angra dos Reis: Brasfels - Av. Conde Maurício de Nassau, S/N Campos dos Goytacazes: IFF - Rua Dr. Siqueira, 273 - Pq. Dom Bosco Itaguaí: Nuclep - Av. General Euclydes de Oliveira Figueiredo, 200 Nova Iguaçu: Prefeitura Municipal R. Athaide Pimenta de Morais, 528 Volta Redonda: IFF - Rua Antônio Barreiros, 12, N.Sra. das Graças Niterói: Metalúrgicos - Rua Cadete Xavier Leal, 31, Centro
DIRETORA DE COMUNICAÇÃO Keila Machado (keilamachado@sinttelrio.org.br) REDAÇÃO e EDIÇÃO Socorro Andrade (Reg. 460 DRT/PB - socorroandradde@gmail.com) PRODUTORA DE CONTEÚDO DO PORTAL Camila Palmares REPÓRTER Camila Araújo ILUSTRAÇÃO Alexandre Bersot (http://www.behance.net/alexandrebersot) DIAGRAMAÇÃO L&B Comunicação Ltda
Rua Morais e Silva, 94 - Maracanã - RJ - CEP 20271-030 - Tel.: 2204-9300 E-mail Geral sinttelrio@sinttelrio.org.br - Site http://www.sinttelrio.org.br E-mail Jurídico juridico@sinttelrio.org.br - E-mail Imprensa imprensa@sinttelrio.org.br
bersot
humor
a aprovação da MP 881. Mas tem senadores contra essa MP. O senador Paulo Paim (PT-RS) é um dos defensores do direito dos trabalhadores. Em entrevista ao Portal CUT, Paim criticou o conteúdo da MP 881, que segundo ele tem o objetivo de limitar o poder de regulação do Estado nas atividades econômicas. O projeto aprovado pela Câmara altera cerca de 20 artigos da Consolidação das Leis do Trabalho (CLT) que, para Paim, vão precarizar ainda mais os direitos dos trabalhadores. "Essa mudança além de prejudicar os trabalhadores de modo geral, reduz o trabalhador rural à condição análoga à escravidão, que trabalha sem limite e submetido à jornada exaustiva", resumiu o senador afirmando que essa prática só era permitida antes da Lei Áurea.
Sinttel se reúne com Youtility A diretoria do Sinttel-Rio se reúne nesta quarta-feira (21), na sua sede, com um diretor da Youtility, para cobrar a aplicação do Acordo Coletivo de Trabalho e questionar o excesso de punições da Tim (tomadora dos serviços), bem como a falta de depósitos do FGTS, mudanças no horário sem a permissão dos trabalhadores e outros problemas encaminhados ao Sindicato. Não é de hoje que os empregados da Youtility reivindicam condições
mínimas de trabalho. O Sinttel-Rio acompanha a situação desde o início das atividades da empresa no Sul-Fluminense do estado e exige dos representantes da Youtility a solução definitiva de todos esses problemas. O objetivo desta reunião é justamente reforçar essa exigência de que a empresa cumpra o que está previsto no Acordo e resolva todas as pendências, motivo de denúncia e insatisfação dos empregados.
Atento em Madureira
Dirigentes do Sinttel-Rio esteve na Atento, em Madureira, na terça-feira (20), para conversar com os trabalhadores, tirar dúvidas, ouvir denúncias e fazer sindicalização.
Queijos e Vinhos na Colônia Graham Bell Do dia 30 de agosto a 2 de setembro acontece na Colônia Graham Bell, do Sinttel-Rio, em Miguel Pereira, a tradicional Festa de Queijos e Vinhos. As vagas são limitadas e os sindicalizados têm desconto nas diárias que incluem café da manhã, almoço, jantar e todo o buffet da festa. Aprecie os mais diversos tipos de queijos e os vinhos de diferentes regiões do mundo em uma experiência gastronômica única na região serrana! Faça a sua reserva pelos telefones 21 2204-9203 ou 2568-0572.
Oito meses jogados no lixo
Não é de hoje que as operadoras vêm arrancando milhares de telefones públicos, destruindo a base instalada que já foi de mais de 1 milhão e 600 mil orelhões. Enquanto isso, em Nova York e em Portugal a planta de TPs é modernizada, transformada em pontos de acesso à banda larga wi-fi. No final de 2018, quando da publicação do decreto do Plano Geral de Metas de Universalização (PGMU IV), foi estabelecido prazo de um ano para que a Anatel regulamentasse o Plano. Passados quase oito meses, a Anatel não fez absolutamente nada a respeito, ao contrário. Em relatório recente, a Anatel nada fala sobre a qualidade da planta de telefones públicos, que é sofrível. Não dá informação alguma acerca de multas aplicadas às operadoras pela má qualidade do serviço. Nem sobre o fato de que em 15 estados alguns tipos de chamadas devem ser oferecidos de forma gratuita. É fato que os processos na Anatel são demorados. A regulamentação de um decreto como o PGMU IV passa por consulta pública, análise das contribuições, elaboração de uma proposta de texto a ser aprovada no Conselho Diretor etc. Se a agência nada fez em oito meses, é praticamente impossível que a regulamentação ocorra nos quatro meses que restam. As operadoras Oi e Telefônica continuam retirando de forma massiva os telefones públicos de suas plantas sob as vistas grossas da Anatel. O usuário continua sem ter acesso ao cartão telefônico, único meio de pagamento do serviço. Este é um dos itens de qualidade a ser monitorado pela Anatel, assim como a limpeza e higienização do terminal telefônico. Os PGMU´s II e III tinham um saldo de R$ 2 bilhões e 700 milhões. Esse saldo é resultante da redução de serviços que as operadoras teriam a obrigação de oferecer, serviços essenciais à população. Ou seja, do dinheiro que elas deveriam ter gasto, havia uma sobra de quase R$ 3 bilhões. O saldo do PGMU IV, resultante da diminuição da planta de telefones públicos, é de mais de R$ 1 bilhão e 100 milhões. Isso significa que, no total, as operadoras já têm um saldo devedor de R$ 3 bilhões e 800 milhões. A Anatel nunca cobrou das operadoras que utilizassem esse valor em benefício da população. Uma das obrigações das operadoras no PGMU IV, por exemplo, é a de implantar antenas 4G em aproximadamente 1450 localidades ao custo estimado de R$ 650 milhões. Para que haja transparência no processo é necessário que a Anatel divulgue, o mais rápido possível, qual será o valor a ser deduzido do saldo de R$ 3 bilhões e 800 milhões com a instalação das antenas 4G. Saber quanto ainda restará de saldo é de suma importância para cobrar da Anatel melhorias nos serviços sujeitos à universalização, caso da comunicação por voz e por dados. Visite o Portal: www.institutotelecom.com.br
1.675