Jornal do Sinttel-Rio 1675 - de 21 a 27 de agosto de 2019

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CAMPANHA DAS OPERADORAS

VIVO VOLTA A NEGOCIAR DIA 22 Não aceitamos retrocessos. Queremos reajuste na data-base, nenhum dia depois

Não à divisão da Oi!

Numa carta aos trabalhadores, o Sindicato defende a Oi como empresa única, a manutenção dos postos de trabalho e um acordo coletivo digno, inclusive com a mudança da data base para setembro. Essa carta será entregue aos trabalhadores nos locais de trabalho, mas nós antecipamos aqui a sua divulgação para conhecimento dos trabalhadores da Oi e de todos. Leia a seguir: Semana passada fomos todos alertados por matérias que falavam da intervenção da Anatel na Oi. Em nota, o Conselho de Administração da empresa e também a agência desmentiram essa informação, mas a preocupação continua a rondar todos os cidadãos e, em particular, os cerca de 100 mil trabalhadores diretos e indiretos da Oi. Vamos aos fatos: 1) Privatização e caos - Desde a privatização a Oi tem sido tratada por seus acionistas de maneira meramente especulativa. Em 2008 comprou a Brasil Telecom, apesar de não ter um centavo para investimentos mais arrojados. Em 2010, a fracassada parceria com a Portugal Telecom. Em 2015, por não ter dinheiro, ficou fora do leilão da frequência de 700 MHZ, comprada por outras grandes operadoras. Tudo isso levou a uma dívida de R$ 65 bilhões em 2016, quando entrou em recuperação judicial. Em 2018, houve a mágica - boa parte da dívida converteu-se em participação acionária de grandes grupos, em boa parte especuladores que querem rapidamente recuperar suas aplicações. 2) Empresa estratégica - Não há como pensar em política de telecomunicações, sem pensar em toda infraestrutura e capilaridade da Oi. Não cabe, portanto, soluções que coloquem o esfacelamento ou dilapidação da empresa. Isto só interessaria aos especuladores e nunca aos trabalhadores e à sociedade brasileira. 3) Redução dos postos de trabalho - Na mesma linha, não aceitamos qualquer solução que passe pela redução dos postos de trabalho. Os trabalhadores diretos e indiretos da Oi têm dado sua contribuição para que a empresa seja cada vez mais eficiente. Não temos nenhuma responsabilidade por decisões equivocadas ou oportunistas tomadas ao longo dos anos. 4) A empresa é forte - Apresentou em 2018 uma receita líquida de mais de 21 bilhões de reais e um EBITDA de quase 6 bilhões de reais. Este resultado foi devido ao compromisso dos trabalhadores em viabilizar a empresa. 5) Acordo coletivo - Estamos às vésperas da nossa data-base, novembro, e estamos ultimando a nossa pauta de reivindicações que será apresentada aos trabalhadores e depois de aprovada será encaminhada à direção da empresa. Queremos um acordo coletivo digno com reajuste integral em novembro pelo INPC, sem parcelamento e com ganho real; fim da coparticipação no tíquete; creche extensiva aos homens (como direito das crianças). Queremos plano de saúde para os que pontualmente saiam da empresa.

VAMOS EXAGERAR NA LUTA. O SINTTEL-RIO NÃO ACEITARÁ RETROCESSOS. SINDICALIZE-SE!

Na quinta-feira (22) será realizada a segunda rodada de negociações salariais com a Vivo, em São Paulo. O Sinttel-Rio espera que a empresa pare fingir que está no pior dos mundos e em crise, pois isso é fake news.

O

Sindicato, todos os empregados da Vivo e o mercado financeiro, sabemos que ela está no melhor dos mundos, que é uma empresa altamente rentável e lucrativa, primeiro lugar no ranking das maiores do Brasil no setor de telecomunicações e tem condições de atender com folga a todas as nossas reivindicações.

INDIGNAÇÃO Diante da proposta indecente da Vivo na primeira rodada de negociações ocorrida dia 8, o Sinttel partiu para base e ouviu os trabalhadores. O clima era de revolta e indignação com justa razão. Em alguns locais a determinação é de ir à luta para garantir o atendimento da pauta. Em outros, infelizmente ainda há trabalhadores que imaginam que direitos como vale refeição/alimentação, assistência médica etc, está assegurado em lei ou é concessão generosa da empresa. Não é uma coisa nem outra. A lei hoje só assegura o vale-transporte. Todos os demais benefícios (vale-refeição, auxíliocreche, farmácia, assistência médica, etc) são conquistas da negociação direta entre Sindicato e empresa. Não é à toa que as empresas têm horror dos sindicatos, especialmente se estes são de luta como o nosso. Portanto, se você pensa assim abandone essa ilusão. A Vivo, por exemplo, está propondo o aumento da participação dos empregados no plano de saúde. Isso é um retrocesso e nós não vamos aceitar. Mas para isso os trabalhadores precisam se unir e fazer a Vivo sentir que se ela insistir nisso podemos parar, por exemplo. Voltamos à mesa de negociação para exigir o atendimento da nossa Pauta que inclui: = Reajuste de pisos e salários em 100% do INPC acumulado de setembro do ano passado a agosto deste ano; = Ganho real de mais 5% sobre os salários já

reajustados; = Reajuste dos benefícios em 100% do INPC mais 5%; = Isonomia de tratamento; = Pagamento do reajuste na data-base, nenhum dia depois;

= Garantia dos postos de trabalho; = Nenhum retrocesso; = Equiparação dos benefícios; = Creche extensiva aos homens na área de campo, atendimento e lojas; = Fim dos desvios de função na rede.

Claro transfere negociações para setembro

Na última negociação de PPR, que aliás, não foi concluída, os representantes da Claro, garantiram à Comissão e ao Sinttel-Rio que dariam início às negociações salariais com vistas ao fechamento do Acordo Coletivo na última semana de agosto. Eles ainda asseguraram que na mesma ocasião fechariam a proposta de PPR/2019. Agora, as vésperas da negociação, a Claro informa que a não poderá negociar porque ainda não tem uma resposta do México sobre a nossa Pauta e por esta razão transfere a negociação para setembro, sem sequer definir uma data. Isso é desrespeito com os trabalhadores. É terror psicológico. A nossa Pauta foi encaminhado no início de julho. A data-base é 1º de setembro, quando a empresa pretende iniciar as negociações. Esse adiamento

ARQUIVO DO SINTTEL-RIO

é tática da Claro para desmobilizar os trabalhadores. Esse ano, ao contrário das demais empresas, a Claro estará renegociando todo o Acordo (itens econômicos, sociais etc). O Sindicato estará nos locais de trabalho denunciando as manobras da empresa para empurrar a negociação para o final do ano e chamará a todos a se mobilizar e se unir para pressionar a empresa a iniciar já as negociações.

NEGOCIAÇÕES JÁ! O Sinttel cobra da Claro que agende imediatamente o início das negociações tanto de PPR como para fechamento do Acordo Coletivo dos trabalhadores e que atenda à nossa pauta que entre outras coisas exige: =Reajuste de 100% do INPC mais 5% ganho real para todos os

TIM SEM PROPOSTA

trabalhadores; =Equiparação de benefícios; =Creche extensiva aos homens (como direito da criança); =Telos para todos os trabalhadores;

=Isonomia de tratamento para os trabalhadores da NET; =Pagamento de todas horas extras incluindo sábados, domingos e feriados.

Na primeira rodada de negociações com a Tim, dia 15, a empresas se limitou apreciar a pauta e decidiu que fará um calendário de negociações com inicio previsto para setembro, mas garantiu que o processo de negociação será concluí em setembro.


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