Jornal do Sinttel-Rio 1683 - de 16 a 22 de outubro de 2019

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CAMPANHA DAS OPERADORAS

CLARO ENROLA E ADIA NEGOCIAÇÃO DE NOVO líquida da Claro foi de R$ 35,66 bilhões. Nos dois primeiros trimestres deste ano essa receita já foi superada. Essa postura da Claro não nos surpreende. Por isso voltamos alertar os trabalhadores que, se quisermos garantir o atendimento de nossa pauta, temos que radicalizar na mobilização e na luta. Temos que nos unir e fortalecer o Sindicato, nos sindicalizando, pois, fortalecendo a nossa organização, o nosso Sindicato, o Sinttel, estaremos nos fortalecendo contra a maldade e a ganância da Claro.

pauta de reivindicações; =Reajuste de salários e benefícios pelo INPC (3,28%), mais 5% de aumento real; =Exigimos que o reajuste seja linear para todos os trabalhadores do grupo Claro, integral, sem parcelamento e na data-base, 1º de setembro, não em 2020; =Exigimos unificação de benefícios, lembramos que em 2015 a Claro apresentou uma proposta em que até 2020 não haveria mais diferenças; =Equiparação do vale refeição/alimentação aos valores pagos em São Paulo; =Pagamento de horas extras realizadas aos domingos e feriados; =Que as homologações dos empregados demitidos sejam realizadas no Sindicato; =Fim das demissões e manutenção dos postos de trabalho.

NOSSA CONTRAPROPOSTA

PROPOSTA PARA O PPR 2019

Depois de fazer uma proposta indecorosa, a Claro, ao invés de manter a reunião marcada para o dia 17 e fazer uma proposta aceitável, adiou a reunião para o dia 24. Como já dissemos antes a intenção da empresa é enrolar, empurrar a negociação com a barriga e tentar nos fazer aceitar menos do que pretendemos.

SEREDE

Nova forma de entrega do atestado causa problemas

O novo procedimento da Serede para entrega de atestado médico de seus empregados tem dado problemas. Desde 3 de dezembro de 2018, o cadastro de atestados médicos nas filiais da área de atuação da Serede tem sido realizado pelos gestores através da intranet. Segundo a empresa, o objetivo deste procedimento é atender a uma exigência do e-Social e padronizar a gestão das faltas por motivos de doença. Mas os trabalhadores tem relatado descontos indevidos e até demissões por falta. COMO FUNCIONA

O trabalhador que falta o serviço por motivos de doença, deverá entregar o atestado médico em até 72 horas (3 dias úteis) da data de emissão para o seu gestor, que deverá realizar o cadastro na Intranet em até 24h após o recebimento do atestado. Na ausência do gestor imediato, o cadastro poderá ser realizado por outro gestor de qualquer nível hierárquico. Para os casos em que o trabalhador apresente atestados pelo mesmo motivo que, somados, ultrapassem 15 dias, no período de 60 dias corridos, deverá entregar ao seu gestor o último atestado imediatamente após a data de emissão. O trabalhador que apresentar atestado maior que 5 dias deverá comparecer à Saúde Ocupacional de sua regional para avaliação médica. Após a realização do cadastro na intranet, o documento original deve ser entregue ou enviado por malote ao SESMT da filial no prazo máximo de 3 dias úteis. Este é o procedimento padrão instaurado desde 2018 e que muitos gestores não estão cumprindo. Por conta disso, muitos trabalhadores têm sido descontados indevidamente e até mesmo demitidos por falta, quando na verdade, o que ocorre é um afastamento por doença. O Sinttel-Rio cobrou da Serede que ela fiscalize os gestores para que o processo seja respeitado. Diante deste problema, o Sinttel-Rio também orienta os trabalhadores a não só enviar o atestado médico ao gestor, mas acompanhar o processo junto a ele e aos demais setores envolvidos. Caso enfrente algum problema, entre em contato com o Sinttel imediatamente, através dos telefones (21) 2204-9300.

M

as desde já avisamos: não vamos aceitar nenhum reajuste inferior ao INPC acumulado, mais 5% de ganho real para salários e benefícios. O INPC apurado neste período é de 3,28%. A Claro teve a coragem de oferecer 1,70% de reajuste a ser pago em março de 2020. A revolta e indignação na categoria é grande, de acordo com mensagens enviadas ao Sindicato e manifestadas nos atos. A revolta é ainda maior porque os trabalhadores sabem que a empresa tem condições de sobra de atender à nossa pauta de reivindicações. Os números relativos a lucros e receita são astronômicos. Só em 2018, a receita

=Queremos o atendimento de nossa

=Exigimos que o resultado final do

PPR seja igual para todos os trabalhadores; =Uma antecipação ainda este ano de meio salário para todos os trabalhadores; =Pagamento do PPR em fevereiro de 2020, antes do Carnaval; =Revisão da meta do Ebitda; =Que todos os que pedirem demissão no ano de 2019 façam jus a recebimento do PPR; =Negociação do PPR 2020 até o 1º trimestre do corrente ano; =Manutenção das demais cláusulas do ACT de PPR 2018. ATO NACIONAL DIA 17

No dia 17 será realizado ato nacional nos principais prédios da Claro no Rio de Janeiro, São Paulo e nos demais estados. É fundamental a adesão de todos os trabalhadores a este ato. É hora de mostrar à empresa a nossa indignação, insatisfação e revolta com o seu desrespeito.

Assembleia nesta quarta, dia 16, na Vivo

Na semana passada o Sindicato percorreu os locais de trabalho da Vivo (Barra da Tijuca, Vila Isabel, Niterói etc), para conversar com a categoria sobre a posição da empresa que avançou em alguns pontos em relação as negociações anteriores, mas ao mesmo tempo encerra as negociações ao afirmar que esta é sua proposta final. Foram quatro rodadas de negociações e só nesta última a Vivo saiu do impasse. A decisão final é dos trabalhadores em assembleia, mas lembramos do que dissemos ao longo de toda campanha: garantir o que queremos requer mobilização e luta. Requer ir além, exagerar na luta, inclusive, com paralisações e greve, como aliás, fizeram os Correios e outras categorias. A PROPOSTA QUE SERÁ VOTADA

=Reajuste dos salários: 3,28% (100% do INPC) em março de 2020, exceto para executivos, aprendizes e estagiários; =Abono indenizatório: 30% do salário nominal com o valor mínimo de R$ 1.000,00, exceto para executivos, aprendizes e estagiários;

Ato nacional dia 17, nos principais prédios da empresa em todo país. Participe!

=Correção do auxílio-alimentação (VA/VR): 3,28% (maiores valores) e 3,50% (menores valores). Retroativo à data base (1º de setembro); =Cesta básica - manutenção e correção em 3,28%. Retroativa à data; =Demais benefícios - reajuste de 3,28% retroativos à data base, exceto locação de veículos e km rodado; =Correção do km rodado: 3,28% a partir de jan/2020; =Banco de Horas Administrativo, loja e call center - Ampliação do prazo de compensação de 90 para 120 dias a

ALGAR

Trabalhadores aprovam proposta e apoiam o Sindicato Os trabalhadores da Algar aprovaram a proposta da empresa para renovar o Acordo Coletivo 2019-2020. As assembleias aconteceram nos dias 14 e 15 de outubro, nos prédios do Centro do Rio e do Engenho Novo. Este ano apenas foram negociadas as cláusulas econômicas. As cláusulas sociais serão vistas no ano que vem e o Sinttel-Rio já recebeu sugestões dos trabalhadores para a pauta de reivindicações, como o fim da coparticipação no plano de saúde. A principal questão dos empregados é que, a cada consulta,

Oi, queremos negociação!

exame ou mesmo no caso de uma emergência, é cobrada uma porcentagem por fora, gerando um custo alto mensal aos trabalhadores. A diretoria do Sinttel-Rio está acompanhando e vai levar esta reivindicação para a próxima campanha salarial. Além da proposta para renovar o Acordo, os trabalhadores da Algar deram um exemplo de consciência sindical e fizeram questão de aprovar a contribuição de 1% do salário, limitada a R$200, para fortalecer o Sindicato. 15 a 22 é o prazo de entrega da carta de oposição à contribuição.

partir de janeiro de 2020; =Banco de horas no Campo - não será implantado =Manutenção das demais cláusulas. É PRECISO FORTALECER O SINDICATO

Com o fim da obrigatoriedade da Contribuição Sindical, o Sinttel-Rio depende da contribuição do Acordo Coletivo para manter o Sindicato (boletins, combustível, portal, advogados etc.) A empresa disponibilizará R$190,00 para cada trabalha

dor, junto com o abono de 30% do salário nominal com o valor mínimo de R$1.000,00. Então, o trabalhador receberá o abono mais R$ 190,00. Como nos outros anos o trabalhador poderá fortalecer a si mesmo, fortalecendo o Sinttel. Para isso bastará não fazer nenhum movimento. Caso o trabalhador não autorize o repasse, deverá entregar uma carta assinada de próprio punho e datada e com o seu registro ao sindicato, na sede do Maracanã ou na sub sede de Niterói, no período de 17/10 a 25/10, até 17h.

O Sindicato e a nossa federação, a Livre, estão cobrando da Oi que inicie o quanto às negociações salariais. Uma das principais reivindicações da categoria é justamente a mudança da data-base para 1º de setembro, junto com as demais operadoras. A Oi é a única com data-base em novembro. A pauta foi entregue há quase um mês, desde então temos cobrado o início das negociações seguidamente e até hoje não tivemos qualquer retorno da empresa. Além da mudança da data-base, queremos reajuste pelo INPC integral, mais 5% de ganho real para todos os trabalhadores, a partir de 1º de novembro e sem parcelamento. A nossa mobilização e a nossa pressão para que a Oi negocie e atenda nossa pauta é fundamental. Então, dia 17, contamos com a sua adesão ao ato nacional.

Nextel: nem aí para negociação A Nextel é outra que vem se fingindo de morta sem dar nenhuma resposta às constantes cobranças do Sinttel-Rio e da nossa federação, a Livre, para que as negociações aconteçam o mais rápido possível, afinal, a data base da categoria é 1º de setembro. Já estamos indo para o final de outubro sem nenhuma rodada de negociações e sem qualquer sinalização da empresa neste sentido. O clima entre os trabalhadores é de apreensão e angústia, principalmente porque em março deste ano a Nextel

foi comprada pela poderosa mexicana, América Movil, dona da Claro, pela bagatela de U$ 905 milhões, valor equivalente a R$ 3,47 bilhões. O negócio já foi aprovado pelo Conselho de Administrativo de Defesa Econômica (Cade), mas a incorporação ainda não foi consumada. As negociações salariais deste ano, portanto, devem ser feitas com a Nextel e além de reajuste salarial e de benefícios pelo INPC integral, mais ganho real de 5%, o Sindicato e a Livre querem garantir a manutenção dos

postos de trabalho. Infelizmente, em todos os processos de fusão e incorporação de grande conglomerados, são sempre os trabalhadores os mais prejudicados. Além da sobrecarga de trabalho há sempre redução de pessoal e fechamento de postos de trabalho. Essas fusões só favorecem ao capital. Por tudo isso, o Sinttel e a Livre querem fechar nessa negociação, além de reajuste de salários, benefícios, PPR etc, a garantia de manutenção dos postos de trabalho.


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