Jornal do Sinttel-Rio 1687 - de 13 a 19 de novembro de 2019

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OI: NEGOCIAÇÃO PROSSEGUIU NOITE ADENTRO

14 de Novembro Dia mundial de combate ao diabetes

A data de 14 de novembro foi instituída como dia Mundial de combate ao diabetes pela International Diabetes Federation e aprovada pela Organização das Nações Unidas. O objetivo desse dia é auxiliar na divulgação com informes sobre a doença, os cuidados e reforçar a importância do diagnóstico e tratamento preventivo, além de mostrar aos governos a necessidade de investimento na área de saúde. Como programação especial do dia 14, o Cristo Redentor será iluminado de azul. BRASIL TEM 12,5 MILHÕES

Segundo o Atlas Mundial de Diabetes da IDF – cuja atualização será divulgada no final deste ano, no Congresso Mundial de Diabetes – o Brasil tem 12,5 milhões de pessoas com diabetes e a previsão é que esse número chegue a 20,3 milhões em 2045. Entre os 10 países com mais pessoas sem diagnóstico, o Brasil está em quinto lugar, com 5.7 milhões de indivíduos. O dado é muito grave. O tema da campanha 2019 é “Diabetes - Proteja sua Família”, que aliás continua sendo o tema central do Dia Mundial do Diabetes ano após ano. No Brasil foi adotado também o slogan “Novembro Diabetes Azul”. Uma das principais orientações da campanha é para que os pacientes tenham atenção no controle da glicemia e evitem as complicações crônicas do diabetes mal controlado. O diabetes é uma doença grave e silenciosa. As entidades que promovem este dia alertam que: =Uma em cada três pessoas com diabetes pode desenvolver algum tipo de perda de visão durante a vida; =Pessoas com diabetes são propensas a desenvolver doenças cardíacas três vezes mais do que as outras; =Exame anual de sensibilidade nos pés previne úlceras e amputações; =Doença renal é dez vezes mais comum em pessoas com diabetes; =Atividade física é fundamental para um bom controle do diabetes; =A adesão ao tratamento é muito importante e precisa de um trabalho de parceria entre o paciente e seu médico. Nas próximas edições daremos mais informações sobre cuidados e prevenção da doença.

A primeira rodada de negociações com a Oi prevista para ter início às 10h, só começou depois do meio dia e até o fechamento desta edição não tínhamos nenhuma informação sobre os seus desdobramentos. Daremos todas as informações nesta quarta-feira (13), no site do SIndicato www. sinttelrio.org.br. ATOS NA EMPRESA

A direção do Sinttel realizou ato nesta terça-feira (12) ao meio dia no Leblon, onde estava acontecendo a negociação com a empresa. O clima entre os trabalhadores é de apreensão, mas muitos pararam para conversar com os sindicalistas presentes de comentaram sobre a faixa gigante. Todos consideraram a faixa uma boa ideia.

Nextel: reunião nesta quartafeira, dia 13

A expectativa da categoria é grande, afinal a empresa empurrou o quanto pôde o início das negociações. A data-base da categoria é 1º de setembro e a Nextel marcou a primeira rodada de negociações para esta quarta-feira (13), em São Paulo. O Sinttel antecipa que não abrirá mão do reajuste pelo INPC cheio, mais 5% de ganho real para salários e benefícios. Esperamos que a empresa faça uma proposta decente que possa ser submetida imediatamente aos trabalhadores em assembleia. Veja a seguir nossas principais reivindicações: =Reajuste de pisos e salários pelo INPC integral do período (3,28%) linear para todos e ganho real de 5%; =Reajuste de todos os benefícios pelo INPC (3,28%), mais 5% de ganho real; =Garantia dos postos de trabalho após a incorporação pela Claro; =PPR 2019; =Pagamento de todos os reajustes retroativos à data-base.

CLARO, CHEGA DE NHEM, NHEM, NHEM! O recado dos trabalhadores nos sucessivos atos que o Sinttel-Rio vem realizando, especialmente, nas duas últimas semanas, nos principais prédios da Claro é bem direto: a categoria quer que a empresa pare de nhem, nhem, nhem e na reunião desta quarta-feira, 13, faça uma proposta decente que garanta no mínimo 100% do INPC para salários e benefícios e igualdade de tratamento para todos os trabalhadores. Os trabalhadores também exigem o reajuste retroativo à data-base, 1º de setembro, nenhum um dia depois e muito menos no ano que vem como propôs a Claro. Em todos os atos o Sinttel-Rio leva uma faixa gigante, de cinco metros, revelando os lucros da empresa e denunciando o seu descaso ao negociar os salários dos que geram esses lucros com o suor do próprio rosto. Os trabalhadores reagem bem à faixa e se sentem à vontade para se

manifestar contra o deboche da empresa. Muitos apoiam a ação do Sindicato e chamam os demais colegas à luta. Já se falou, inclusive, de paralisação. O Sinttel-Rio, por sua vez, espera que a Claro não venha de novo com proposta de reajuste abaixo do INPC e muito menos a ser pago no ano que vem.

ATO DIA 7

INFLAÇÃO X SALÁRIOS

=Atendimento da nossa pauta de reivindicações que exige reajuste pelo INPC cheio (3,28%) mais 5% de aumento real para salários e benefícios, retroativos à data-base, 1ª de setembro; =Unificação de benefícios – lembramos que em 2015 a Claro apresentou uma proposta em que até 2020 não haveria mais diferenças; =Pagamento de horas extras realizadas aos domingos e feriados; =Homologações dos empregados demitidos no Sindicato e não na empresa.

O INPC acumulado de agosto/2018 a setembro/2019 foi de 3,28%. Este índice é oficial, mas não cobre as perdas reais de salários e benefícios com a inflação real, que está muito acima disso e pesa no nosso bolso. A Claro se nega aplicar o INPC (3,28%), mas as tarifas telefônicas foram reajustadas em 7%, mais de duas vezes o INPC. O aumento do gás de cozinha passou do limite, foi reajustado em 19%, a energia em 15%. Isso tudo eleva o preço da cesta básica em 12%.

HUAWEI: PPR 2019 SERÁ DE ATÉ 1,2 SALÁRIO Numa reunião nesta terça-feira (12), na sede do Sinttel-Rio (Rua Morais e Silva, 94), os representantes das empresas do grupo Huawei do Brasil iniciaram a negociação informando que fecharam o resultado no vermelho. Até aí nenhuma novidade, as empresas sempre chegam à mesa de negociação chorando misérias. Os dirigentes do Sindicato, no entanto, não se deixaram impressionar e insistiram na apresentação de uma proposta. Acabaram conseguindo da Huawei a garantia de que pagará para seus empregados um valor que poderá chegar até 1,2 salário-base. Esse pagamento

varia de acordo com a avaliação individual da performance de cada um. Essa avaliação acontece duas vezes ao ano e o resultado será divulgado em janeiro de 2020. A nota individual vai variar de A, B+, B e C. Quem tirar nota A, por exemplo, receberá 1,2 de salário-base; B+ receberá 0.80 (80% do salário-base), B

receberá 0.50 (50%) e C não recebe nada. ASSEMBLEIA DIA 22 - O sindicato fará assembleia dia 22/11, às 11h, na empresa (Av. Pres. Vargas – Centro e Rua João Cabral de Mello Neto 850 - Torre Sul, PenÍnsula, Barra da Tijuca). Se a proposta for aprovada pelos trabalhadores o pagamento para os ativos será até o dia 30 de abril de 2020 e para os desligados, em 30 de maio de 2020. O Sindicato conseguiu ainda garantir o pagamento para todos os empregados que estejam afastados por motivo de licença de qualquer natureza (maternidade, auxílio-doença, acidente de trabalho etc).

A saída para os trabalhadores é uma só: ir à luta. Por isso vamos intensificar a mobilização na base com mais um ato nesta quinta-feira (7), a partir das 12h, nos principais prédios da Claro (1012 e complexo de Mackenzie). Participe! NOSSA PROPOSTA ESTÁ NA MESA

I N F O R M E

J U R Í D IC O

FGTS: Perdas de 1999 a 2005 serão julgadas pelo STF

A substituição da Taxa Referencial (TR) por um índice que de fato recomponha os saldos do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS) está prevista para ser julgada pelo STF no dia 12 de dezembro. O tema, já julgado improcedente pelo STJ e pelo próprio STF, entrou novamente em voga, desta vez, em razão de uma Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADIN) em que se questiona a lei que determina a recomposição pela TR. Como a análise do tema encontra-se pendente no STF, será a partir do julgamento e, claro, se o resultado afastar a correção pela Taxa, que os trabalhadores terão, a exemplo do que ocorreu com o plano Bresser e Collor, que pleitear as diferenças na Justiça. A equipe jurídica do Sinttel-Rio acompanha de perto a tramitação da ADIN e, por ocasião do julgamento, emitirá nota e orientação a respeito.


MP: MAIS CORTES

INSS INCIDIRÁ SOBRE AUXÍLIO-DESEMPREGO Numa solenidade dia 11, no Palácio do Planalto, para a qual convidou cerca de 50 empresários, o presidente Jair Bolsonaro assinou a medida provisória (MP) que prevê a criação de mais empregos. Não se iluda, as propostas da MP são de arrepiar, estão em perfeita sintonia com o que o presidente diz e repete desde a campanha, que “o povo precisa decidir se quer emprego ou quer direitos”. A quem interessa essa medida? Aos empresários. Segundo Bolsonaro “não é fácil ser empresário no Brasil”. Fácil é ser empregado!

N

ão há novidade na MP, trata-se de mais um golpe aos nossos direitos. Conforme noticiamos na semana passada, já há no país uma legião de subempregados, os trabalhadores de aplicativos diversos, trabalham em jornadas superiores a 12 horas por dia e sem qualquer direito ou segurança previdenciária ou trabalhista. Isso sem falar nos “empreendedores individuais” vendedores de quentinhas, doces etc. Essa MP do Bolsonaro oficializa uma nova categoria, a dos subempregados, que terão “direitos relativos”, ou seja, menos direitos. A MP mira os jovens que estão prestes a entrar no mercado de trabalho. Para essa turma, o salário não chegará a R$ 1.500,00. Além disso, estarão obrigados a trabalhar sábado e domingo com uma folga durante a semana. A MP isenta os patrões de recolher o INSS e estabelece o recolhimento do INSS sobre o auxílio-desemprego. O que é um absurdo, porque isso não é salário, mas sim um au-xí-lio. Esse governo não está preocupado com o trabalhador. Tá ruim? Pode piorar, o governo analisa a possibilidade de reduzir de 40% para 20% a multa do FGTS em caso de demissão.

para concorrer com a azul criada por Getúlio Vargas é uma proposta de campanha de Bolsonaro e seu ministro da Economia, Paulo Guedes. Nos bastidores, o time do ministro informa aos jornalistas que calcula que a MP vai gerar até 4 milhões de empregos.

Cálculo realista ou exagerado? DESEMPREGO

Em novembro de 2017, havia 33,2 milhões de empregos com carteira, segundo o IBGE. Em setembro de 2019, eram 33,1 milhões. Quando Bolsonaro assumiu o poder, em janeiro de 2019, eram 33 milhões. O número de pessoas desempregadas quase não mudou nestes dois anos. Eram 12,6 milhões em novembro de 2017 e 12,5 milhões em setembro passado. Em dezembro de 2018, véspera da posse de Bolsonaro, eram 12,2 milhões. A taxa de desemprego quase não mudou também: de 12% em 2017, para 11,6% em 2018 e 11,8% em setembro.

Há dois anos, havia 23 milhões de pessoas trabalhando por conta própria (ambulante, engraxate, pasteleiro etc), agora são 24,4 milhões, um recorde. Na informalidade, empregados sem carteira, havia 11,2 milhões de brasileiros em novembro de 2017 e hoje são 11,8 milhões, também um recorde. As vagas que surgem são precárias, com salário capaz de, no máximo, garantir a sobrevivência das pessoas, daí que, sem consumo, o PIB anda a passo de tartaruga, na casa de 1% este ano. E há também quem simplesmente tenha desistido de procurar emprego por achar que não vai aparecer. O chamado desalento era de 4,2 milhões em novembro de 2017 e subiu a 4,7 milhões em setembro passado.

CPT VERDE E AMARELA

Instituir uma carteira de trabalho “verde e amarela”, sem direitos,

Colônia de férias do Sinttel-Rio realiza mais uma “Festa do Boteco” No feriado de 15 de novembro acontece a Festa do Boteco, na colônia de férias do Sinttel-Rio, a Graham Bell, em Miguel Pereira. O evento conta com samba ao vivo, cerveja e refrigerantes liberados, além, claro, de comidas típicas de boteco: linguicinha acebolada, aipim frito, gorjão de frango e muito mais! Os pacotes são válidos para o dia 15, a partir das 16h (por mais R$35 você pode fazer check in às 10h e aproveitar o dia na piscina), 16 e 17/11 após o almoço. Aproveite que os valores estão com desconto de sócio para todos os interessados e faça sua reserva. Informações e reservas, através dos telefones (21) 2568-0572 / 2568-0951 / 2204-9300 r. 203 ou no site do Sinttel-Rio (www.sinttelrio.org.br).

Fim do DPVAT ameaça subsistência do SUS O presidente Jair Bolsonaro (PSL) assinou, nesta segunda-feira, 11, uma Medida Provisória (MP) que extingue o seguro obrigatório DPVAT, que indeniza vítimas de acidentes de trânsito e subsidia o Sistema Único do Saúde (SUS). A medida entra em vigor em 1º de janeiro de 2020. Não comemore antes que saber o que isso pode representar em prejuízos para a sociedade. O governo afirmou, em nota enviada à imprensa, que a MP “tem o potencial de evitar fraudes no DPVAT, bem como amenizar/extinguir os elevados custos de supervisão e de regulação do DPVAT por parte do setor público”. Isso viabilizaria, segundo defende o texto, o “cumprimento das recomendações do TCU (Tribunal de Contas da União) pela Susep”. Isso não é justificativa. Nos casos de morte, o valor da indenização é de R$ 13.500 e de invalidez permanente, de R$ 135 a R$ 13.500. Já para os casos de reembolso de despesas médicas e suplementares, o teto é de R$ 2.700 por acidente. Qualquer um de nós pode precisar desse benefício.

45% VAI PARA O SUS

2,1 bilhões. Mesmo entrando em vigor a partir da data de publicação no Diário Oficial da União, a MP precisará ser aprovada pelo Congresso Nacional em 120 dias. A extinção do DPVAT e, por consequência, a redução de recursos para o financiamento da saúde pública, gerou revolta na web e levou o tema para os assuntos mais comentados do

recursos? A ideia é acabar com o SUS e privatizar os serviços de saúde. Atualmente, 45% da arrecadação do seguro é repassada ao SUS para auxiliar nos custos da saúde com acidentes e outros 5% são repassados ao Denatran (Departamento Nacional de Trânsito), para a realização de campanhas de prevenção e educação no trânsito. Em 2018, a parcela destinada ao SUS totalizou R$

Twitter nesta segunda-feira (11). Ainda bem.

O governo afirma que MP não desampara os cidadãos no caso de acidentes, já que, para as despesas médicas, “há atendimento gratuito e universal na rede pública, por meio do SUS”. AÍ está a grande contradição na adoção da MP. Como o SUS vai sobreviver após este corte de

DIRETORA DE COMUNICAÇÃO Keila Machado (keilamachado@sinttelrio.org.br) REDAÇÃO e EDIÇÃO Socorro Andrade (Reg. 460 DRT/PB - socorroandradde@gmail.com) PRODUTORA DE CONTEÚDO DO PORTAL Camila Palmares REPÓRTER Camila Araújo ILUSTRAÇÃO Alexandre Bersot (http://www.behance.net/alexandrebersot) DIAGRAMAÇÃO L&B Comunicação Ltda Rua Morais e Silva, 94 - Maracanã - RJ - CEP 20271-030 - Tel.: 2204-9300 E-mail Geral sinttelrio@sinttelrio.org.br - Site http://www.sinttelrio.org.br E-mail Jurídico juridico@sinttelrio.org.br - E-mail Imprensa imprensa@sinttelrio.org.br

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humor

“SEM O SUS, É BARBÁRIE”

Em artigo publicado no dia 18 de agosto deste ano na Folha de São Paulo, Drauzio Varella se apropria da frase "sem o SUS é barbárie", de seu colega Gonzalo Vecina, um dos sanitaristas mais respeitados do país, segundo Drauzio, para defender o SUS.

“Por incrível que pareça, poucos brasileiros sabem que o Brasil é o único país com mais de 100 milhões de habitantes, que ousou levar assistência médica gratuita a toda a população.” Diz Drauzio em seu artigo. Ele ressalta também que “Para a maioria dos brasileiros, infelizmente, a imagem do SUS é a do pronto-socorro com macas no corredor, gente sentada no chão e fila de doentes na porta. Tamanha carga de impostos para isso, reclamam todos. Esquecem que o SUS oferece gratuitamente o maior programa de vacinações e de transplantes de órgãos do mundo. Nosso programa de distribuição de medicamentos contra a AIDS revolucionou o tratamento da doença nos cinco continentes. Não percebem que o resgate chamado para socorrer o acidentado é do SUS, nem que a qualidade das transfusões de sangue nos hospitais de luxo é assegurada por ele”. Leia o artigo do Dr. Drauzio na íntegra no link a seguir (também disponível no site do Sinttel-Rio). https:// drauziovarella.uol.com.br/ drauzio/artigos/sem-o-sus-e-a-barbarie-artigo/.

Xerifes digitais privados

As cinco marcas mais valiosas do mundo são plataformas do setor de tecnologia, diz a revista Forbes de 22 de maio deste ano: Apple (U$ 206 bilhões), Google (U$ 167,7 bilhões), Microsoft (U$ 123,5 bilhões), Amazon (U$ 97 bilhões) e o Facebook (U$ 88,9 bilhões). Organização que trabalha pela efetivação do direito humano à comunicação no Brasil, o Intervozes elaborou, junto com outras entidades, um documento intitulado “Contribuições para uma regulação democrática das grandes plataformas que garantam a liberdade de expressão na internet”. Nesse documento, a organização faz um alerta sobre as cinco grandes plataformas digitais: “intermediários no conteúdo on-line (…) se tornaram formas de regulação privada de espaços públicos que hoje são vitais para a deliberação democrática e o exercício dos direitos fundamentais. (…) vêm se tornando juízes ou polícias privadas sobre conteúdos de terceiros que podem circular na internet”. Ou seja, decidem o que pode ou o que não pode circular. São entes privados decidindo sobre o interesse público. São verdadeiros xerifes digitais privados. Para assegurar o direito de todos à comunicação, o Intervozes defende que se elabore uma proposta de regulação democrática “adequada e inteligente, capaz de assegurar ambientes normativos adequados para proteger os direitos humanos das ações dos gigantes tecnológicos, respeitando os padrões internacionais de direitos humanos”. Entre os vários pontos importantes do documento, com o qual o Instituto Telecom concorda, está o de “respeitar o direito do usuário de conhecer e definir quais de seus dados pessoais são coletados e armazenados, e como são utilizados no endereçamento de conteúdo, respeitando o princípio da autodeterminação informacional”. Outro aspecto em destaque no documento é a necessidade de “haver um órgão regulador especializado que opere com garantias suficientes de independência, autonomia e imparcialidade e que tenha a capacidade de avaliar os direitos em jogo e oferecer as garantias necessárias ao usuário em relação às políticas e práticas de implementação dos termos de serviços das plataformas, e indicar a adequação das mesmas quando apropriado”. Da mesma forma que lutamos contra a aprovação do PLC 79 – hoje Lei 13.879/19, que concentra nas mãos de Oi, Vivo e Claro a banda larga brasileira -, lutaremos por essa regulação democrática das grandes plataformas. Como nos lembra o escritor Tim Wu, “se não fizermos isso agora, garantindo nossa soberania nas escolhas que a era da informação nos permite usufruir, não poderemos botar a culpa dessa perda nos que estão livres para enriquecer tirando isso de nós, e de uma forma que a história já antecipou”. Visite www.institutotelecom.com.br

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