Jornal do Sinttel-Rio 1693 - de 8 a 14 de janeiro de 2020

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CAMPANHA SALARIAL 2019/2020

CALL CENTER TERÁ NOVA

NEGOCIAÇÃO DIA 16 Operadoras pagam agora PPR e reajuste de salário Os trabalhadores das operadoras Oi, Nextel e Claro têm valores relativos à campanha salarial encerrada no final do ano passado, a serem pagos este mês. A seguir veja, por empresa, o que há para receber.

Oi paga PPR dia 15

Os trabalhadores da Oi, única das operadoras ainda com data base em 1º de novembro, vão receber no dia 15, a antecipação do PPR, no valor de meio salário. O valor é pequeno, mesmo assim só será pago pela empresa graças ao empenho da comissão de negociação e do Sinttel-Rio que lutaram com todas as forças para garantir esse pagamento. Todos sabem que a Oi está em recuperação judicial, correndo o risco de ser fatiada e, ancorada nessa situação de “coitadinha” a que foi levada pelas más gestões, não queria oferecer nada. PAGGO - os trabalhadores receberão também no dia 15, a antecipação do PPR no valor de 0,3 salários.

Claro: salários terão mais 1% de reajuste

Os trabalhadores da Claro terão este mês seus salários reajustados em mais 1%. Esse percentual será aplicado sobre os salários já reajustados em 2%, em setembro. Também será reajustada em mais 1% a quebra de caixa.

Nextel aplica reajuste de 2,70%

Os trabalhadores da Nextel, embora tenham data-base em 1º de setembro, terão seus salários reajustados em 2,70%, agora em janeiro. O valor do tíquete refeição também será reajustado este mês, em 3,28% passando para R$ 34,95 (jornadas de oito horas) e para R$ 20,30 (jornadas de seis horas).

No dia 28 de novembro de 2019 aconteceu a primeira reunião do Sinttel-Rio com as empresas de teleatendimento para negociar a renovação da Convenção Coletiva de Trabalho de 2019/2020. Na ocasião, participaram a diretoria do Sinttel-Rio, que representa os trabalhadores, o Sinterj, representante das empresas, e uma comissão formada por trabalhadores de diversas empresas do setor. Essa Convenção abrange mais de 30 mil trabalhadores só no Rio, que têm data-base em 1º de janeiro.

D

esde o fim do ano passado, a diretoria do Sinttel-Rio pressionou o Sinterj e as empresas do call center para fechar a negociação ainda em dezembro, antes da data-base, mas a postura deles foi de descaso. Desmarcaram a reunião que estava marcada para o dia 17 de dezembro de 2019 e reagendaram para bem depois: dia 16 de janeiro. Nessa data, vamos novamente nos reunir para negociar todos os pontos da pauta de reivindicações. Essa pauta foi elaborada pelo Sinttel-Rio depois de uma pesquisa realizada com os trabalhadores e aprovada em assembleia. Agora é se unir e se mobilizar nos atos realizados pelo Sindicato e fazer pressão. Nós trabalhadores, estamos sofrendo no bolso com reajustes para todos os lados e o custo de vida ficou muito mais caro. Ressaltamos que a garantia do atendimento da pauta depende da capacidade de mobilização da categoria e organização junto ao Sinttel. Por isso, é muito importante que os trabalhadores se unam ao Sindicato para conquistar mais benefícios e impedir os retrocessos. Nessa campanha salarial, o mínimo que exigimos é: =Redução da jornada de 220

CAMILA PALMARES

para 200 horas; =Piso regional para trabalhadores de 180 horas; =Redução dos descontos do vale-transporte, vale-refeição e plano de saúde; =1 salário de PLR; =Reajuste de salários pelo INPC + 5% de ganho real. Além disso, não vamos aceitar a implantação da Medida Provisória 905, a do Contrato de Trabalho Verde e Amarelo. Esse contrato

deixa o trabalhador ainda mais frágil, ganhando menos, com menos direitos e garantias trabalhistas e impõe uma realidade bem mais difícil para todos. A mobilização dos trabalhadores será decisiva para pressionar as empresas a atenderem nossas exigências e evitar prejuízos como esse. Por isso, mobilize-se, chame os colegas, converse com a diretoria do Sindicato, participe dos atos, acesse as nossas mídias digitais

e fortaleça a luta com seu apoio. Pega a visão, sindicaliza e vamos juntos! Saiba mais nas nossas redes sociais: Instagram (@sinttelrio), Twitter (@sinttelrio) e no site www. sinttelrio.org.br. Também estamos no WhatsApp. É só adicionar o Sinttel-Rio nos seus contatos (21 98136-0325), mandar uma mensagem no WhatsApp e pronto! Você vai receber notícias exclusivas do Sindicato e da campanha.

Feira de empregos concorre a Prêmio Faz Diferença A Comunidade Católica Gerando Vidas (CCGV) concorre na categoria Economia ao Prêmio Faz Diferença, do jornal O Globo em parceria com a Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro (Firjan). A decisão é por voto popular e pode ser feita até 19 de janeiro neste link: https:// oglobo.globo.com/premio-faz-diferenca/2019. Em sua décima sétima edição, o prêmio reconhece o trabalho, a dedicação e o talento de brasileiros, que, nas mais diversas áreas de atuação, serviram de inspiração para o país e o mundo em 2019. A cada edição, jornalistas de cada uma das editorias do Globo selecionam as iniciativas que mais se destacaram ao longo do ano. A cerimônia de premiação acontecerá em março. A indicação da Comunidade Católica Gerando Vidas se deu pela Feira de Empregabilidade, que vem sendo realizada há mais de seis anos, em parceria com o Sinttel-Rio. A feira oferece centenas de oportunidades de emprego semanalmente na sede do Sindicato, além de fornecer orientações sobre conduta em entrevistas,

CAMILA PALMARES

As filas chegaram a se formar no dia anterior à feira

ajudando a preparar currículos, encaminhando para vagas de empresas parceiras, de acordo com o perfil. A iniciativa já acolheu mais de 20 mil de pessoas que conquistaram a recolocação no mercado de trabalho. Em um cenário de crise e com a taxa de desemprego a 14,5% no Rio, a Feira de Empregos se tornou

referência no estado. Paulo Vasconcelos, coordenador da CCGV, contou que não esperava pelo prêmio. “Para nós foi uma surpresa, porque nós não fazemos nada esperando reconhecimento. O nosso objetivo é alegrar o coração de Jesus. O que me chamou atenção foi que dos 48 indicados, a única [iniciativa]

voltada para o trabalhador foi a feira de empregos. É uma grande ação em prol do trabalhador, para resgatar o trabalhador”, disse. Ele acrescentou que a parceria com o Sinttel-Rio foi um importante incentivo para a Comunidade. “Esse prêmio tem que ser dividido com o próprio Sindicato. Se não fosse o Sinttel oferecendo o espaço, as acomodações, a localização, o pessoal, a gente não teria a estrutura para fazer na região e com esta frequência. Antes nós fazíamos uma vez por mês. A iniciativa de fazer semanalmente veio da insistência do Sinttel, nas muitas conversas com o Francisco Izidoro, diretor do Sinttel-Rio.” O Sinttel-Rio se orgulha de ser a casa dos trabalhadores e de acolher a todos que buscam uma oportunidade. Essa é a nossa luta. Agora, é importante que os trabalhadores votem e apoiem a Comunidade Católica Gerando Vidas na busca do prêmio. Nós convocamos a todos que foram recolocados, pessoas associadas ao movimento sindical e trabalhista e a sociedade civil a apoiar o projeto e votar.


INFORMALIDADE CRESCE 12% NOS ÚLTIMOS TRÊS ANOS

SOCORRO ANDR ADE

É o setor informal da economia que vem sustentando a retomada do mercado de trabalho, de acordo com dois estudos feitos a cada trimestre pelo Banco Central (BC), divulgado no final do ano. De acordo com esses estudos, entre 2016 e 2019, o contingente de trabalhadores informais, iu seja, sem direitos, aumentou 12%.

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m dos estudos conclui que "o processo de recuperação do mercado de trabalho observado nos últimos anos tem se apoiado primordialmente no setor informal, diferentemente do que foi observado no ciclo de expansão que precedeu a última recessão". (...) O movimento pode estar associado, entre outros, a fatores tecnológicos que ampliaram as possibilidades de se ofertar trabalho autonomamente", diz o BC. Segundo os estudos, entre o quarto trimestre de 2016 e o terceiro trimestre de 2019, o contingente de trabalhadores informais (sem qualquer segurança, sem direitos e absolutamente sem a proteção

As novas regras do cheque especial para 2020 começaram a valer na segunda-feira (6). Publicada no fim de novembro, a resolução do Banco Central (BC) sobre o tema determina que novas contas correntes já estão sujeitas à cobrança de uma nova tarifa. Para quem já possui conta corrente ativa, a nova tarifa incluída nas novas regras do cheque especial valerão a partir de 1º de junho. A nova tarifa é considerada abusiva pelos órgãos de defesa do consumidor. VOCÊ TEM CHEQUE ESPECIAL? Então se prepare, estão metendo

das leis trabalhistas), aumentou 12%, contribuindo com 5 pontos percentuais no aumento de 4,7% da população ocupada. "A maior parte da contribuição decorreu de aumentos de empregados nos segmentos do setor privado sem carteira e, principalmente, de trabalhadores por conta própria", explica o BC. Já o emprego formal apresentou queda de 0,4%, nesse período. Em outro estudo, o BC diz que "períodos de contração econômica e recuperação gradual, como o vivenciado pela economia bra-

sileira nos últimos anos, podem provocar aumento da subocupação, saída de pessoas do mercado de trabalho por desalento e entrada de pessoas oferecendo trabalho para complementar a renda domiciliar". INOVAÇÕES TECNOLÓGICAS O BC também observa que "simultaneamente, inovações tecnológicas e alterações da legislação têm contribuído para a flexibilização das relações trabalhistas nos últimos anos". As

alterações a que o BC se refere são aquelas que o Sinttel-Rio, a CUT e demais Sindicatos combatem até hoje, a reforma trabalhista, a minirreforma e as MPs 871 e 905. O que as pesquisas do BC não dizem é que o crescimento da informalidade além de todos os malefícios, os informais trabalham mais 12 horas por dia, não contam com qualquer segurança ou direitos, como férias, 13º ou licença em caso de doença ou acidente. Agência Brasil

Finlândia adota jornada de seis horas, quatro dias por semana A Finlândia adotará a jornada de trabalho padrão de seis horas, quatro dias por semana. A conquista está relacionada ao bem-estar dos trabalhadores. "Acredito que as pessoas merecem passar mais tempo com as famílias, entes queridos, se dedicar a hobbies e outros aspectos da vida, como a cultura", defendeu a primeira-ministra do país, Sanna Marin, a chefe de estado mais jovem do mundo, com 34 anos, e de centro-esquerda. Sanna aposta em um modelo que já vem apresentando bons resultados em outro país nórdico, a Suécia, desde 2015. "É importante permitir que os cidadãos finlandeses trabalhem menos. Não se trata de governar com um estilo feminino, mas de oferecer ajuda e manter as promessas aos eleitores", completou. Isso significa uma mudança profunda sobre as relações capital-trabalho, na qual o homem não será mais visto como máquina. Vale destacar que a redução de jornada não implicará em redução de salário. A informação foi adiantada pelo periódico britânico Daily Mail, na segunda-feira (6). Atualmente, o regime de trabalho no país é de oito horas por dia, cinco dias por semana.

Cheque especial: limite acima de R$ 500 será taxada em 0,25%

BRASIL NA CONTRAMÃO

Ao contrário do governo finlandês, o atual governo brasileiro alterou a legislação trabalhista para aumentar a jornada de 8 para até 12 horas diárias sem aumento de salário. O argumento do governo para justificar esse retrocesso é que isso favorecerá a geração de novos empregos. Uma falácia. Dados oficias sobre a elevação das taxas de desemprego e de informalidade revelam exatamente o contrário. O movimento sindical brasileiro liderado pela CUT não tem dúvida que a decisão do governo finlandês é a mais correta. Para a CUT, só a redução de jornada será capaz de gerar mais empregos além de garantir mais qualidade de vida aos trabalhadores. A luta da Central há

pelo menos 30 anos é pela redução da jornada para 40 horas semanais, sem redução de salário. Para ela essa é a única forma de gerar empregos e garantir qualidade de vida aos trabalhadores. JAPÃO TAMBÉM ADERE

Outra experiência de redução da jornada foi bem sucedida no Japão,

DIRETORA DE COMUNICAÇÃO Keila Machado (keilamachado@sinttelrio.org.br) REDAÇÃO e EDIÇÃO Socorro Andrade (Reg. 460 DRT/PB - socorroandradde@gmail.com) PRODUTORA DE CONTEÚDO DO PORTAL Camila Palmares REPÓRTER Camila Araújo ILUSTRAÇÃO Alexandre Bersot (http://www.behance.net/alexandrebersot) DIAGRAMAÇÃO L&B Comunicação Ltda Rua Morais e Silva, 94 - Maracanã - RJ - CEP 20271-030 - Tel.: 2204-9300 E-mail Geral sinttelrio@sinttelrio.org.br - Site http://www.sinttelrio.org.br E-mail Jurídico juridico@sinttelrio.org.br - E-mail Imprensa imprensa@sinttelrio.org.br

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humor

um dos países com grande índice de esgotamento por excesso de trabalho. A Microsoft implementou a jornada sueca, agora copiada pela Finlândia. Em todas as experiências realizadas neste sentido, houve aumento de produtividade - em média em 39,9% - e melhora na percepção de qualidade de vida dos trabalhadores.

a mão no seu bolso. A nova medida do BC, válida para contas de pessoas físicas e de microempreendedores individuais (MEI), autoriza os bancos a cobrarem 0,25% de tarifa para limites de crédito superiores a R$ 500 no cheque especial, independente do cliente usar ou não o limite disponível. Quem possui limite inferior a R$ 500 nessa modalidade de crédito continua isento. A nova autorização de cobrança é uma contrapartida a outra medida do Banco Central. Pelas novas regras do cheque especial, agora, há um valor limite para juros cobrados no cheque especial: 8% ao mês, no máximo, para toda a rede bancária. O valor cobrado até dezembro na maior parte dos bancos era de cerca de 12%. Ao reduzir os juros e cobrar uma taxa de 0,25% dos clientes com limites acima de R$ 500,00, o governo está mais uma vez dando com uma mão e tirando com a outra. Por essa lógica, os clientes vão pagar para compensar a suposta perda dos banqueiros com a redução do juros.

Medicamentos que iriam para o lixo vão para necessitados

Como a venda fracionada de remédios ainda não vingou no Brasil, as sobras de medicamentos continuam lotando as gavetas das pessoas até irem parar na lixeira após o vencimento. Mas eles podem ter um destino muito mais útil. No Rio, pelo menos duas instituições recebem sobras de remédios dentro da validade e as distribuem gratuitamente a pessoas necessitadas mediante a apresentação da receita médica. Uma delas é o Banco de Remédios da Associação dos Aposentados e Pensionistas da Previdência Social no estado do Rio de Janeiro (Asaprev-RJ). A entidade, sem fins lucrativos, tem como principal objetivo defender os direitos dos idosos. Além do desperdício, outro grande problema da venda não fracionada é o alto custo dos medicamentos. Muita gente acaba tendo que comprar uma quantidade maior do que a necessária. E os que mais compram remédio, em qualquer parte do mundo, são os idosos. O Banco de Remédio fundado há 25 anos funciona mediante doações. Portanto, se você tem algum, medicamento sem uso e na validade é só levar a Asaprev-RJ . Os beneficiários do banco são os associados, aposentados e pensionistas do INSS. Serviço: Asaprev-RJ – Av. Rio Branco 156 – 20 andar sala 2021 a 2024 / Edifício Av. Central - Centro

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