Sinttel-Rio
75 anos de história Há 75 anos, em 1º de agosto de 1941, o Departamento Nacional do Trabalho concedeu a Carta Sindical, transformando a Associação Profissional dos Trabalhadores em Empresas Telefônicas em Sindicato dos Trabalhadores em Empresas Telefônicas do Rio de Janeiro. A fundadora foi Ângela Costa Leite (foto menor), telefonista da Companhia Telefônica Brasileira (CTB). Uma mulher à frente do seu tempo, Ângela presidiu a junta governativa que dirigiu a associação.
U FORA TEMER a Pela manutenção de todos os programas sociais especialmente o Bolsa Família
aNão ao “cheque reforma.” Sim ao “Minha casa, Minha Vida” aNão à privatização da Caixa Econômica, Banco do Brasil, BNDES, Petrobras, etc aPela manutenção da política de valorização do salário mínimo aPela manutenção do modelo de partilha do Pré-Sal e sua destinação à educação e saúde aPela manutenção de programas de incentivo à educação como Fies e ProUni aNão à reforma da previdência com aumento da idade mínima aNão à flexibilização da CLT, ou seja, aumento de jornada, corte de conquistas históricas como 13º, férias, contrato de trabalho etc aNão à terceirização e precarização do trabalho aNão ao desmonte do estado e ao estado mínimo aPela manutenção do programa Mais Médicos
CAMILA PALMARES
ARQUIVO
PRIMEIRAMENTE,
ma manobra da direção da CTB que, temendo a liderança de Ângela Costa Leite, interveio diretamente no processo eleitoral, saldando débitos de associados e viabilizando a eleição de José de Oldemar Land, derrotou Ângela com uma diferença de 120 votos. Entre as décadas de 40 e 60, a ação sindical foi totalmente controlada pelo Departamento Nacional do Trabalho. As diretorias do Sindicato eram eleitas com o apoio irrestrito da CTB, transformando a entidade numa parceira da empresa e do Estado, dedicando-se à prestação de serviços assistenciais, à troca de favores e ao encaminhamento de reivindicações pessoais dos trabalhadores. Inconformada com isso, Ângela organizou uma oposição a essas diretorias que atuou ativamente nessas duas décadas. O movimento, além de Ângela, que era uma líder nata, contou com outros militantes, entre eles Antônio Santana, que depois chegou a presidir o Sinttel. Essa oposição era muito ativa e chegou a organizar duas greves por aumento geral de salários, uma em 1946 e outra em 1952. Na última, 12 pessoas foram presas. Durante a década de 70, vários fatores contribuíram para mudanças no Sindicato. A extinção das empresas telegráficas, consequentemente o esvaziamento do Sindicato dos Telegráficos, o surgimento da Embratel em 1965, além da edição da Portaria 3099, de 4 de abril de 1973, que criou a categoria profissional dos trabalhadores em empresas de telecomunicações e operadores de mesas telefônicas, foram determinantes para a fusão com o Sindicato dos Telegráficos, quando então o Sindicato dos Telefônicos passou a se chamar Sindicato dos Trabalhadores em Empresas de Telecomunicações e Operadores de Mesas Telefônicas do Estado da Guanabara. Em 1975, essa denominação foi alterada para Sindicato dos Trabalhadores em Telecomunicações e Operadores de Mesas Telefônicas do Município do Rio de Janeiro, Sinttel/MRJ. PRIMEIRAS GREVES
Na década de 60, o Sindicato passou a
ser mais atuante. Adquiriu a sede própria, na Rua Morais e Silva (onde funciona até hoje, agora completamente diferente e muito maior, foto acima) e conquistou uma vitória importante para a categoria: a jornada de seis horas diárias para as telefonistas. Em 1964, em conjunto com o Sindicato de Carris, realizou uma greve geral de 24 horas que provocou a interdição da sede da entidade por três dias, depois do golpe militar. NOVO SINDICALISMO
Conhecido como “Novo Sindicalismo”, o movimento foi primordial na luta contra o autoritarismo e a opressão impostos pelo Estado a toda a sociedade brasileira até o final dos anos 70. O Novo Sindicalismo foi responsável pela criação da Central Única dos Trabalhadores, CUT, em 1984, que se consolidou como a maior central sindical do país. No Sinttel/MRJ, o movimento se manifestou em 1980, com a
formação de um grupo de oposição à diretoria do Sindicato, grupo este denominado “Força do Trabalhador Telefônico Sindicalista”. Em 1984, oito chapas disputaram a direção do Sindicato, saindo vencedora a Chapa 6, encabeçada por Antonio Santana e contando com vários fundadores da Força do Trabalhador Telefônico. Já no Sindicato dos Trabalhadores Telefônicos do Estado do Rio, que reunia os companheiros do interior do estado, o “Novo Sindicalismo” se manifestou nas eleições de 1983 e passou efetivamente a ser direção da entidade com a vitória da chapa encabeçada por Onofre de Souza Pereira, em 1986. Daí em diante, o Sinttel passou a figurar como o mais forte e combativo Sindicato de trabalhadores de telecomunicações do país. E hoje figura entre os maiores e mais combativos sindicatos de todo país. O Sinttel está na linha de frente de todas as grandes lutas da sociedade. Em defesa da democracia e por eleições diretas, no final do anos 80, pelo impeachment do presidente Fernando Collor, no início dos anos 90, em defesa das estatais entregues ao capital privado nacional e estrangeiro por FHC, no final dos anos 90, e continua hoje em defesa da democracia contra o golpe e em defesa da Petrobras e do Pré-Sal.