SINTTEL CONTRA O PL 4330 Sob repressão policial e gás de pimenta, CUT impede votação do projeto da terceirização
Paralisação na Contax Trabalhadores do site Mauá ficaram paralisados por cerca de 3 horas nesta segunda-feira por conta das novas mudanças feitas pela Contax no critério de pagamento das remunerações variáveis. O Sinttel-Rio esteve junto com os seus trabalhadores na luta contra a manobra da empresa em querer tirar do suor dos funcionários os seus lucros. Vitória do trabalhador que conseguiu que a empresa garantisse uma reunião para discutir um novo modelo até sexta-feira com o Sindicato e a comissão de trabalhadores. Várias denúncias foram passadas aos diretores como falhas no sistema de ligações caindo constantemente, falta de equipamentos adequados para o atendimento e ar-condicionado fora dos padrões exigidos pela NR 17. Merece destaque também, a atitude mesquinha da empresa em querer pagar passagem somente com bilhete único. O Sindicato deu início a sua campanha salarial na empresa. Vamos lutar pelo fim da rechamada no critério de avaliação, melhores salários e benefícios!
Vivo quer dar reajuste só em 2014 Embora, a Vivo/Telefonica esteja longe de ser uma coitada, com 76 milhões de usuários só no Brasil, o que lhe rendeu o 1º lugar entre as operadoras de telefonia móvel no país e 4ª posição no ranking mundial. Problemas não faltam nos estados brasileiros. Durante a primeira reunião do ACT 2013/14 entre a Vivo e a Comissão de Negociação (formada por Fenattel, Sinttel-Rio e demais sindicatos) ocorrida nos últimos dias 27 e 28, muitos foram os pontos e reivindicações levantadas pelos trabalhadores oriundos de todo o país. Uma questão importante suprimida pela empresa foi a licença maternidade que vem sendo concedida de maneira discriminatória. Para quem opta por tirar os 180 dias que lhe é de direito, a empresa tem cortado o auxílio babá, pagando apenas aos que decidem por tirar 120 dias. Debates essenciais como rejustes salariais e benefícios ainda estão pendentes, já que os pontos apresentados pela empresa não agradaram e portando foram rejeitados. A comissão de Negociação também apresentou os principais pontos que irão guiar as negociações tais como: Resposta na íntegra, da pauta aprovada pelos empregados e protocolizada na empresa; 100% do INPC mais ganho real e equiparação dos benefícios dos empregados das Lojas com os empregados Administrativos. A próxima reunião com a empresa está agendada para os dias 17 e 18 de setembro de 2013.
SOCORRO ANDRADE
A sessão que votaria ontem, dia 3, o PL 4330, da terceirização, foi cancelada graças à mobilização encabeçada pela Central Única dos Trabalhadores - CUT que desde cedo já reunia mais de 3 mil manifestantes vindos de todo o país em frente ao Congresso Nacional. "Essa é a primeira vitória. Impedimos a votação do projeto agora, mas amanhã o texto pode ser votado, por isso a mobilização continua", afirmou o presidente nacional da CUT, Vagner Freitas, assim que houve o cancelamento. O projeto está na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça). FORTE REPRESSÃO
Por volta das 14h30, as polícias militar e legislativa formaram um cordão de isolamento na entrada do Anexo 2 da Câmara dos Deputados, que dá acesso à CCJ, para impedir a entrada de manifestantes e dirigentes da CUT. Não adiantou. A polícia como sempre, usou e abusou da violência contra os manifestantes com gás de pimenta e de cassetetes como tem sido prática em todos os protestos. Dirigentes da CUT ficaram feridos e muitos outros foram presos, mas boa parte dos manifestantes conseguiram entrar no plenário do Anexo 2, provocando o seu esvaziamento e o cancelamento da votação. Mas a luta continua e a sociedade atra-
vés das entidades e instituições organizadas deve fazer pressão para evitar que direitos e conquistas históricas sejam derrubadas. Após impedir a votação, parte dos dirigentes e da militância cutista se dirigiu ao acampamento montado em frente ao Congresso Nacional para pressionar os parlamentares a votar contra, ou retirar o projeto. Os dirigentes da CUT já sabiam que o patronato ia fazer lobby para tentar votar o projeto na CCJ desde a reunião realizada na última segunda-feira, em Brasília, que terminou sem acordo.
RUMO À ESCRAVIDÃO
Se esse projeto for aprovado caminhamos para o retono a escravidão ou trabalho semiescravo.De acordo com representantes da CUT não houve a menor possibilidade de acordo porque os representantes patronais e seus aliados na bancada parlamentar foram extremamente intransigentes. O projeto, de autoria do deputado-empresário Sandro Mabel (PMDB-GO) e relatado pelo deputado Artur Maia (PMDB-BA), se revela o maior ataque sofrido pela classe trabalhadora brasileira nos últimos 30 anos.
REDE
Moção das mulheres sindicalistas Mulheres sindicalistas de todo o mundo reunidas na CUT, em São Paulo, para participar Encontro e Sindicalistas da Marcha Mundial das Mulheres aprovaram dia 28, uma moção em repúdio ao PL 4330 e contra a terceirização e pelo trabalho decente para mulheres e homens.
BT CALL CENTER
Sem avanços proposta é rejeitada Acordo para gringo ver Não houve nenhum avanço na quarta rodada de negociação para o fechamento da Convenção Coletiva 2013/14 dos trabalhadores da rede com data base em 1ª de setembro. A proposta do Sinstal e das empresas foi novamente rejeitada pela Comissão do Sinttel. Uma reunião ficou marcada para o dia 11. As empresas continuam se negando a antecipar a data base da categoria para 1º de abril. Essa mudança visa unificar a data base dos trabalhadores das prestadoras de serviços de tele-
comunicações e de rede numa mesma data garantindo, assim, uma única convenção para todos. A proposta das empresas e do Sinstal é basicamente a anterior já divulgada na edição passada e disponível no Portal do Sinttel. Eles oferecem o INPC integral, mas no que se refere aos pisos, são intransigentes e não aceitam pagar o piso regional do estado que é hoje de R$ 918,25 o menor e de R$ 1.461,00 o maior. Pela proposta das empresas ela não chegaria a pagar o piso mínimo (R$ 918,25) nem em
2014. O Sindicato por sua vez, exige o piso regional e com uma proposta nestes termos fica difícil negociar. Para o Sindicato só com o piso regional os trabalhadores começarão a ser valorizados. A entidade também não abre mão da antecipação da data base para abril. A convenção de 1º de abril, em vigor, já garante melhores salários e benefícios do que está sendo proposto agora pelas empresas. Assim não dá. Esperamos uma proposta com avanços de fato.
CLARO
Aperta cerco contra Claro na justiça A guerra declarada pelo grupo América Móvil, (responsável pelo controle da Claro, Net e Embratel no Brasil) do bilionário mexicano Carlos Slim aos trabalhadores brasileiros está se acirrando por todo o país. O Sinttel-Rio foi um dos primeiros sindicatos a colocarem a empresa na justiça. O motivo foi o não pagamento a cerca de 1000 funcionários que ficaram literal-
mente "a ver navio" depois que a Claro assumiu três empresas de Call Center, que quebraram, justamente, após terem sido contratadas por ela. A denúncia feita pelo Sinttel-Rio, foi publicada, nclusive, na última edição da Revista Exame. Embora a empresa não comente as ações que tramitam na justiça. Elas existem e muito. No último mês de agosto, a empresa teve que suspender as obras
da Operadora de TV a cabo Net, em Porto Velho por conta de uma denúncia de um sindicato em Rondônia que teria encontrado cerca de 50 funcionários (da empresa MBS Telecom, contratada pela Net) em condições insalubres. Eles dormiam no chão de um galpão, onde havia apenas um bebedouro e um banheiro. Cenas que lembram e muito a precarização do ser humano no trabalho escravo.
Mal a BT Call Center começou e já vai pelo mesmo caminho das demais, ou seja, o de enrolar o trabalhador. A empresa que assumiu uma parte do contrato da Serede no primeiro semestre do ano já quer desrespeitar a Convenção Coletiva de 1° de abril, data base da categoria. A cara de pau da empresa é tanta que ela se nega a conceder o reajuste para os técnicos de telecom alegando que já paga salários acima do piso regional. Ora, como se isso tirasse o direito do trabalhador de ter reajuste salarial. Além disso, a BT Call Center, ao contrário do que diz, desconta sim a participação no ticket refeição/alimentação dos trabalhadores. Espertamente, em sua proposta, a empresa, fez um reajuste no ticket refeição/alimentação para os trabalhadores da jornada de 6 horas com um
valor desproporcional aos R$14,00 aprovados na convenção para as jornadas de 8 horas. Mas na hora de pagar a empresa ofereceu para julho e agosto um aumento de R$8,35 para R$9,94, nas jornadas semanais de 180h (ou seja, sem coparticipação) quando, na verdade, o valor certo deveria ser R$10,64. E um aumento de R$12,00 para R$13,00 (ou seja, com participação) para as jornadas de 180h/220h. Já a proposta de aumento referente a setembro para a jornada de 180h foi mais uma vez sem a coparticipação, ou seja, de R$9,94 para R$10,71 quando deveria ser R$11,45 e a jornada de 200/220h foi de R$13,00 para R$14,00 (valor com participação). O Sinttel -Rio não vai permitir que a empresa desrespeite o que foi acordado. O Sindicato agendou uma reunião amanhã (04/09), às 14h com o coordenador de RH da empresa.