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FICHA TÉCNICA Edição: edições Vírgula ® (Chancela Sítio do Livro) Título: A História do Oceano – A História do Rapaz Golfinho Autor: Clemente Santos Capa: Patrícia Andrade Paginação: Nuno Almeida Revisão: Mafalda Falcão 1ª Edição Lisboa, outubro 2014 ISBN: 978-989-8678-86-7 Depósito Legal: 381037/14 © Clemente Santos PUBLICAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO:
Av. Roma nº11 1º Dtº 1000-261 Lisboa www.sitiodolivro.pt
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Agradecimentos 25% deste Livro foi teve o financiamento via crowdfunding através do portal http://www.ppl.com.pt/ Os Financiadores foram:
Micaela Caetano
Rui Simões
Mário Ramos
Alexandre Jacinto
David Santos
Marisa Chambel
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Com a Colaboração de:
Dina Varatojo
Marco Arruda
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Tudo começou quando dois jovens se apaixonaram, e toda a gente sabe como é o amor nos adolescentes após o primeiro toque de lábios: é a autêntica magia; ainda não têm uma semana de namoro e já fazem planos juntos para uma vida inteira, sem que nunca haja chatices, choros, birras, e em que tudo seja o mais perfeito possível. Contudo, como tudo na vida, nada é perfeito e, como todos os amores de adolescência, ou a maioria, este não acabou nada bem. Mas ainda bem, pois é graças a ele que surge a nossa história. Quando ainda o namoro corria às mil maravilhas, o rapaz, de seu nome Miguel, foi ter com a sua namorada, que se chamava Joana. Ia, como sempre, a cantar, todo sorridente, pois o amor faz-nos estas coisas. Ainda por cima estava um dia fantástico: o céu estava azul, os passarinhos cantavam lindas melodias, o sol brilhava, o tempo estava ameno, não fazia muito calor nem muito frio, e as flores estavam a rebentar,
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ou seja, não havia motivo algum para se estar triste. A Joana virou-se para ele e disse: – Miguel, temos de falar… Ao que ele respondeu, interrogando: – Então o que se passa, amorzinho lindo? Joana virou-se para ele e, de olhar baixo e um pouco nervosa, disse-lhe: – Miguel, estou grávida. O Miguel, apanhado completamente de surpresa, acabou por ficar exaltado e insultou a Joana aos gritos, deixando-a ali a chorar, sentada numa rocha redonda coberta de lindas flores em pleno prado. O amor deles era secreto, pouca gente sabia. Aliás, eles não queriam que ninguém soubesse porque bastava uma pessoa reparar neles para a notícia se espalhar, e um amor secreto é sempre mais emocionante. A Joana, destroçada e exausta de tanta lágrima derramada pelas flores e pelo enorme desgosto do dia que tinha tido, ao chegar a sua casa, disse aos pais que ia passar um
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tempo com uma amiga no estrangeiro, pois tinha conseguido um trabalho por lá; e assim fez. Nisto, passaram-se 9 meses e chegou a altura de ter o bebé. Após um parto normal nasceu um bebé lindo de olhos azuis, cabelo loirinho, pele clara, e que pesava já três quilos e quinhentos gramas. Mas Joana sabia que não podia ficar com ele, se bem que também tinha vergonha de o entregar a alguém. Por isso, pegou num pequeno barco onde apenas cabiam duas pessoas e, segurando nos remos, empurrou a água clara e transparente com a pá do remo, fazendo com que este se deslizasse pela água como se de gelo se tratasse. Tinha o bebé bem seguro e enrolado num cobertor de lã com a imagem de Jesus. Deslizando o barco, foi até uma pequena ilha selvagem que não era habitada por pessoas, onde acabou por parar o pequeno barco, prendendo-o a uma palmeira que estava à borda de água, e nisto pegou no bebé. Levou-o dentro dos seus braços até chegar a
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um certo local e, com os olhos cobertos de lágrimas, acabou por deixá-lo ali, onde lhe deu um beijo e lhe deu o nome de Oceano, pois os olhos dele eram tão claros e azuis como a água do mar. Pendurou ao seu pescoço um colar de conchas, em que numa delas, a maior, escrevera o seu nome, e, ainda com os olhos cobertos de lágrimas, afastando-se de marcha atrás sem nunca deixar de o avistar, deixou-o ali sozinho, sem comida e todo nu, apenas enrolado pelo cobertor, desejando-lhe a sua sorte no meio da natureza, deixando-o a dormir no sono profundo e tranquilo em que estava. Passadas algumas horas, o bebé abriu os olhos e deparou-se sozinho, no meio do nada, por isso começou a chorar como se não houvesse amanhã. O seu choro fazia eco, que se espalhava por toda a ilha, mas infelizmente não havia ninguém que o pudesse ajudar, pois ele estava numa ilha selvagem onde raramente aparecia alguém, a não ser em excursões ocasionais.
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Depois de dois dias intensos a chorar, acabou por se conformar e parou de chorar, até que subitamente ouviu um barulho; curioso, levantou-se. Gatinhando pé ante pé, dirigiu-se em direção ao som, para observar o que tanto o apoquentava. Ali ao lado ficava uma grande ravina com perto de 5 metros de altura, totalmente lisa, e, no fundo, um enorme lago com ligação ao oceano. Era dali de onde o som parecia vir, apesar de nada se ver. A água lá em baixo era limpa e de um azul tão clarinho que os raios do sol espelhavam intensamente e despertavam a curiosidade do bebé para nele tocar. À medida que a curiosidade aumentava, o bebé também avançava em direção àquela enorme falésia, perto de onde a mãe o tinha deixado. Atraído pelo som e alheio ao perigo que corria, o bebé continuou, já que não tinha muito a perder e, mais cedo ou mais tarde, sem carinho e sem comida, possivelmente morreria. Avançou tanto que de repente caiu pela ravina abaixo, como se de um escorrega se
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tratasse. Deslizou a grande velocidade, agarrado ao cobertor, até que em poucos segundos entrou disparado dentro daquela água. Como ainda não tinha muita consciência do perigo a que estava submetido, não entrou em pânico e, como estava quieto dentro de água, veio ao de cima, ficando a boiar tranquilamente, mandando algumas gargalhadas. Subitamente ouve o som que o tinha levado àquele lugar. Do nada, a água ao lado do bebé começou a subir como se fosse um vulcão quando lança uma explosão de lava, e dessa explosão de água surgiu um lindo golfinho. Este ergueu-se, batendo palmas com as barbatanas, como se de um espetáculo se tratasse. Após alguns momentos de diversão e harmonia entre os dois, o golfinho, como já era adulto, percebeu que o bebé não estava bem e estava sozinho, então mergulhou e subiu sobre o bebé para o transportar até ao seu abrigo, pois ele sabia que um bebé ali, sem ninguém, naquele mundo, era um alvo fácil para qualquer predador carnívoro.
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Como ainda não lhe tinham ensinado nada enquanto pessoa, e um bebé aprende depressa, pois observa, escuta, e tenta imitar (e é nesta altura em que se começa a desenvolver o cérebro), foi fácil imitar os golfinhos, aprendendo a comer e a falar como eles. Não era complicado, já que ele se estava a desenvolver passado algum tempo, e por isso era quase um deles. Ele via que era diferente dos golfinhos, mas não se importava; dois anos passados e ele estava completamente enquadrado. Descobriu que, conseguindo manter-se em pé, apoiando-se em rochas e apenas mantendo os pés assentes no chão, ainda assim não se conseguia equilibrar, visto que, com o tempo, os seus pés, ainda que separados um do outro, haviam ganhado volume por causa do longo tempo que passavam dentro de água. Entretanto, esta espécie de homem já fazia a sua vida normal com os golfinhos, como se de um deles se tratasse, até se tornar adolescente, mais ou menos da idade dos seus pais quando o tiveram. Ele, como é
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normal nos adolescentes, tempo em que a curiosidade aumenta (e com Oceano a situação não era diferente), ele observou algo que nunca antes tinha visto, e chegou mesmo a sair do leito habitual dos seus amigos golfinhos e companheiros que o ajudaram a criar só para ir ver. Ao olhar para o mar, reparou que vinha algo deslizando sobre ele: era um barco. Ao observar melhor, ele viu que o semblante de quem ia abordo era um pouco parecido com ele, mas ao mesmo tempo diferente; tratava-se pois de uma rapariga. Como a ilha era pequena, e como não era habitada por pessoas, assim que a descobriu, a rapariga a bordo começou a ir para lá quando queria estar sozinha. Era uma rapariga muito rebelde que já muitas vezes se refugiara na ilha, mas que nunca se tinha cruzado com o rapaz, nem ele a avistara alguma vez antes. Ela, como vinha sempre em sobressalto, reparava em tudo, pois não queria ser vista. Foi então que de repente o viu; ao ver tal
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coisa e ao reparar que se parecia com um rapaz, ela gritou: – Ei, tu aí! Mas como ele não entendia a fala dela, não reagiu. Conforme ela se ia aproximando, ele sentira o que nunca tinha antes havia sentido: medo, pois nunca tinha visto tal criatura, que era essa rapariga. A rapariga, ao aproximar-se dele, pressentiu que ele estava com medo e, vendo que ele era diferente, acabou por se afastar. Saiu do barco e foi até à costa, pois aquela ilha ficava a pouco mais de cinquenta km da costa da cidade, o que não era longe. Como nunca ensinaram Oceano a raciocinar, ele seguiu sempre a sua vida normal com os golfinhos. No entanto, deparou-se pela primeira vez com um sentimento que não lhe era conhecido: sentiu-se em perigo. A rapariga chamava-se Liliana e era tão rebelde que nunca conseguia estar calada ou quieta. Por isso, quando chegou a casa dos seus pais, não conseguiu deixar de pensar e de matutar no que tinha visto na ilha, pois
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tinha quase a certeza de que se tratava de um rapaz, se bem que se parecia com um rapaz fora do normal. A mãe da Liliana, percebendo que algo de errado se passava, foi ter com ela para a questionar, mas ela nada disse sobre o que tinha visto. Como não tinha a certeza, podiam chamá-la de mentirosa, ou então outras pessoas poderiam tentar descobrir o que se passava naquela ilha. Ao cair da noite, Liliana estava no seu quarto a dar voltas na cama sem conseguir dormir, pensando numa maneira de voltar à ilha para investigar o que tinha visto, sem que o rapaz que avistara desse por isso. No dia seguinte era sábado, e como não tinha aulas pensou que podia aproveitar esse dia para descobrir. Mesmo não dormindo muito tempo, levantou-se quando ainda estava na fase de transição da noite para o dia e, após tomar o pequeno-almoço, pôs-se a caminho antes que a mãe desse por ela. A mãe não andava bem, pois estava em vias de se divorciar, e como Liliana detestava aque-
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la situação, para não ter de ficar no meio de aquilo tudo nem para ter de aturar as discussões dos seus pais, resolveu sair mais cedo de casa para tentar investigar o que vira. O dia estava fresco, com um nevoeiro muito intenso, por isso saiu bem agasalhada, levando consigo alguns alimentos para conseguir estar o dia todo na ilha, uma vez que queria descobrir o que realmente tinha visto, caso não se tratasse de um produto da sua imaginação. Sempre negando a si própria que não tinha sido imaginação, pois tinha a certeza de o ter visto, pôs-se a caminho, mesmo com o mar um pouco agitado e cheio de nevoeiro. Para que não fosse descoberta, deixou o barco preso pela âncora a mais ou menos dois quilómetros da ilha. Foi andando pela ilha a pé, suave, para que, ao pisar as folhas secas do chão, fizesse o menor ruído possível, caminhando a uma velocidade de caracol por entre os ramos das árvores e plantas que circundavam a
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ilha. Indo sempre pela costa, Liliana acabou por percorrer a ilha de lés a lés, à procura da mística figura que tinha visto no dia anterior. Já cansada após uma manhã intensa de procura sem sucesso, pôs-se a observar a natureza, como ela era densa e bela naquela ilha: do canto dos passarinhos aos esquilos a comerem bolotas no meio de campos esverdeados, cruzando-se com o denso mar azul clarinho, quase transparente, onde se podia observar peixes e golfinhos, mesmo quando se via de longe. Liliana era uma rapariga curiosa, e como já farta de procurar o que tinha avistado no dia anterior, pensou em ir observar os golfinhos. Era mágico vê-los a brincar e a interagir entre si; fazia brilhar qualquer olho e despertar até o sorriso mais tímido de aparecer. Nisto, reparou que nunca vira uma quantidade tão grande de golfinhos juntos: era um autêntico cardume naquele sítio, o que lhe pareceu estranho pois eram tantos que nem os conseguia ver a todos. Foi aí
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que, sem dar conta, reparou num em particular por lhe parecer diferente. Não era para menos, tratava-se mesmo do rapaz que ela tinha visto, e estava no meio deles. Pensou para si: “Como é possível!”, visto que eles o tratavam como um golfinho, e ele mesmo tinha os impulsos de um. Com o sol a pôr-se, os golfinhos começaram a recolher-se, entrando numa espécie de gruta submersa pela água. Também Oceano lá entrou. Depois de já nenhum golfinho estar visível, Liliana saltou para água e foi observar a gruta: como não era muito grande, pois não chegava a ter um metro de diâmetro em pé, não conseguiu entrar. A nadar conseguiria, mas como podia não haver saída, Liliana não arriscou e acabou por deixar a ilha quando já quase não se via a luz do dia. Foi para casa. Questionada pela mãe, não referiu onde tinha estado nem o que tinha feito. Dirigiu-se ao seu quarto, ligou o computador e passou grande parte da noite a navegar na internet, à procura de informação
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sobre tipos de espécies de golfinhos, para ver se haveria alguma espécie de golfinhos parecida com aquela que vira. Juntando o facto de não ter encontrado nada com estar cansada, resolveu por se ir deitar, adormecendo com aquele pensamento em mente. No dia seguinte era domingo, e mal amanheceu Liliana acordou e de imediato se levantou para começar a fazer as suas tarefas diárias como tomar banho, vestir-se e tomar o pequeno-almoço. Nisto, a mãe apercebeu-se de todo o movimento e levantou-se também. Foi ter com Liliana e interrogou-a sobre o que se estava a passar, mas mesmo com a insistência da mãe ela acabou por nada revelar; foi assim que conseguiu voltar a sair de casa. O objectivo era descobrir mais sobre o que tinha visto, e este era o último dia que tinha para aproveitar, visto que no dia seguinte teria aulas e, portanto, o tempo estaria mais limitado para fazer a investigação. Voltou a pôr-se no barco, mas desta vez pensando para si: “Vou levar a máquina fotográfica para melhor poder analisar”.
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Ao entrar na ilha, foi diretamente à gruta que vira no dia anterior, já que, a ver pela quantidade de golfinhos que se havia dirigido para lá, esta deveria esconder algo. Curiosa, ia tentando ver o que podia. Como a gruta era submersa, por vezes tinha de vir à superfície para respirar. Foi aí que avistou algo que poderia mudar completamente as suas investigações: dentro da gruta, reparou no sol a brilhar na água. Ora, para isso acontecer, era porque devia haver algures uma abertura. Como a máquina fotográfica não podia ir para debaixo de água, deu uma corrida e foi deixá-la no seu barco. Aproveitou e guardou algumas coisas nos seus bolsos que pudessem ser necessárias, porque não fazia ideia do que poderia encontrar lá dentro: colocou uma navalha, um isqueiro e uma corda; colocou também uma garrafa de água e alguns alimentos energéticos numa mochila, e por fim colocou-a às costas. Afinal, tinha sido para aquilo que Liliana passara toda a noite a planear, enquanto não adormecia.
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Com a mochila composta, deu uma corrida até a gruta. Ao chegar, sentou-se e escreveu um bilhete que deixou dentro de uma garrafa, perto da entrada da gruta, pendurada, pois não sabia se conseguiria voltar. Depois disso, resolveu mesmo ir; inspirou o mais fundo que conseguiu e mergulhou naquela gruta de mar denso, indo à descoberta do desconhecido. Felizmente estava certa e havia uma abertura, através da qual o sol se refletia na água. Aí, veio ao de cima e finalmente respirou. Estava dentro de uma gruta com cavidades abertas, onde se conseguia ver o céu, mas ainda assim era uma gruta que nunca tinha sido visitada antes, pois o chão era composto por aquele tipo de pó vermelho em que cada pegada fica gravada, e como não havia lá nenhuma, sem ser as pegadas da Liliana, facilmente se deduziria isso. A gruta era de uma beleza incalculável, com espaços onde era possível andar a pé e observar as enormes estalactites e estalagmites que se encontravam na mesma.
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