FICHA TÉCNICA EDIÇÃO:
Ex-Libris ® (chancel a Sít io do Livro) Angol a no Coração, Angol a em Poesia AUTOR: Carl os Manuel Simões TÍTULO:
CAPA:
Patrícia Andrade ILUSTRAÇÕES: Jaime Andrade PAGINAÇÃO: Paulo S. Resende 1.ª EDIÇÃO Lisboa, Dezembro 2013 ISBN:
978-989-8678-30-0 365408/13
DEPÓSITO LEGAL:
© CARLOS MANUEL SIMÕES
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Angola no Coração, Angola em Poesia
CARLOS SIMÕES
À minha família De Cabinda ao Cunene… esta é a minha família… mas pernoito sempre no meu Por tugal, beijando todas as estrelas daquele céu submerso pelas auréolas Africanas, descortinando a minha mãe, pai, irmão, os meus filhos e esposa, estrelas cadentes que se multiplicam em todos os sentidos, entrelaçando-se num raio de luz sublime. Misturo todas estas evidências confecionando um prato tipicamente Angolano, o Funge do Amor e Calulu Lágrimas de Saudade. Transformo uma melodia assente em corações de esperança e fé, na universalidade da presença eterna. Aquela pombinha branca da Paz que poisa nos ombros de quem acredita, e esta família de três, quatro, cinco, é um espaço aberto a todos sem exceção. De cinco são cinquenta, de cinquenta são quinhentos, e vão nascendo e crescendo neste amparo familiar. Hoje estou mais rico, de fraternidade, de paz, e do Amor sem fronteiras. Obrigado. Vos amo!
Aos meus amigos Um amigo em Angola, é alguém que se descobre entre muralhas com vista para a Baía; Num prelúdio eloquente que não se dissipa, mas se aproxima. Do cimo da Fortaleza das nossas vidas, um espaço intimo compartilhado. Pelo encanto, pela beleza, é este o fascínio da amizade observada, pura e verdadeira. Aquele guardião que nos protege, que se distingue pela sua magnificência. Um amigo é sublime, o encanto do seu coração trespassa-nos; Nos sentimentos, no fulgor das vitórias, aquele que amiudadamente nos estende a mão. Mesmo nas derrotas das batalhas da vida, ele é presença permanente! É aquele que sente Angola no coração, mas que a idolatra pela poesia!
Angola e paixão Tenho uma longuíssima ligação familiar a Angola. Para Angola partiu, no começo do século XX, meu Avô paterno, de seu nome António. Lá viveu, lá criou a Casa Catonhotonho, que assinalou a Baixa de Luanda até há menos de trinta anos. Lá nasceram e viveram filhos do seu primeiro casamento. Lá tenho ainda família e muitos, muitos amigos e muitos, muitos antigos alunos. Por lá andei, eu próprio, ensinando e examinando, na Universidade Agostinho Neto. Lá tenho um dos meus mais queridos colegas e conselheiros espirituais, o Senhor Dom Alexandre do Nascimento. Angola é uma paixão e suscita paixões. Esta obra, reunindo uma dessas paixões e inspiração poética, chegou-me às mãos, despretenciosa, simples, discretamente. Li-a e gostei dela.
Num tempo em que a prosa ocupa, tantas vezes, o lugar da poesia, ela pretende manter aceso o fogo poético. Com a autoridade moral de não ser nem familiar nem sequer próximo do autor, confesso que me tocou. Não sou crítico literário, nem me movo com facilidade no universo da poesia. Por isso, o meu testemunho é o de um leigo. Quando gosta, gosta. Quando não gosta, não gosta. E di-lo. Gostei. E, ao percorrê-lo, evoquei Angola e as paixões que sempre inspira. Sinal de que tenho de lá ir mais vezes, mais tempo e com mais vagar para as pessoas e os lugares. Que esta vida terrena é curta e nunca sabemos quando partimos em busca da eternidade. Marcelo Rebelo de Sousa
Angola no Coração, Angola em Poesia
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Carlos Simões
Angola lírica, Angola poética És das mais amadas Sente-se perto a fonética Do que transmites pelas palavras Palavras que te descrevem Numa imensidão de Realeza Já sei como se escreve Angola, pura beleza!
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Carlos Simões
Minha Rainha, minha amada Pelo nome Ginga nos curvamos Foste sempre idolatrada És a rainha que amamos! Pela história, Por Angola Ó minha Rainha, ó minha doçura Tiveste o nome de NGOLA És o símbolo da frescura! Uma paixão arrebatadora Paixão louca e ardente Ó Rainha redentora A Sua história é comovente!
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Carlos Simões
Ilha, Ó linda, impenetrável És formosa, celestial, És um coração adorável És imperial! Escreveste o meu nome Nas areias da Ilha Ouvimos um som de megafone Uma sereia nossa filha Descobrimos o soba Elogiou o nosso amor Pensou-se naquela obra Sentindo o seu calor
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