Das sombras Ă Luz
Edição: Edições Virgula ® (chancela Sítio do Livro) Título: Das Sombras à Luz Autor: Pascoal de Guimarães Capa: Patrícia Andrade Paginação: Sítio do Livro 1.ª Edição Lisboa, Maio de 2015 ISBN: 978-989-8678-97-3 Depósito legal: 392881/15 © Pascoal de Guimarães PUBLICAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO:
Rua da Assunção, n.º 42, 5.º Piso, Sala 35 1100-044 Lisboa www.sitiodolivro.pt
PASCOAL DE GUIMARÃES
Das sombras à Luz Poesia
Índice
Dedicatória . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Prefácio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . .
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Das sombras à luz . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ganhei a vida . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Mundo novo . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Poesia . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Anseio . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Caos . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Mistério . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Existência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Uno-é . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Ser . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Nada . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Identidade universal . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Indivisível . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . O nada do ser . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Cântico da existência . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Infinito . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Pensamento . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Vazio absoluto . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . Enigma sagrado . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . . A infinidade do não-começo . . . . . . . . . . . . . . .
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DEDICATÓRIA
À minha irmã, Neid de Guimarães Que a luz do horizonte te traga a felicidade mais alta dos reinos celestiais, como o galardão de um amor que brota em ti para mim Porque nessa unicidade o amor é inabalável e transborda para todos os seres da existência, elevando bem alto o elo sagrado que os une, porque afinal: “Todos somos um só”
Prefácio
“Das sombras à luz” é uma obra poética fundada nos alicerces das questões que durante séculos e milénios e, de forma contínua, intrigam os homens. Saber o que somos, a nossa natureza, as ambiguidades e complexidades da matéria, o antagonismo das ideologias materialista e idealista, o quotidiano das nossas vidas de luta pelo bem e pela paz. A mesma enquadra-se nas lides de uma abordagem metafísica e transcendental da vida, onde os problemas da vivência material são apresentados em primeira instância, seguindo-se, posteriormente, aqueles ligados com o mundo, visados numa perspectiva espiritual ou imaterial. O subjectivismo poético encerra ilações, que dentre outras, correspondem a verdades (mesmo que estas nunca são últimas e absolutas) religiosas profundas de desconhecimento do público comum, a visão do autor (que pode ser enquadrada na dualidade inspiração versus exercícios de abstração) e a teses e proposições do mundo científico moderno. Esta obra tem como público alvo estudantes e investigadores de diferentes áreas do saber, clérigos, teólogos, políticos e formadores de consciência, com um olhar crítico do mundo, da vida e de tudo que nos rodeia. A mesma visa (mesmo em sentido poético) apelar a este grupo alvo e, jovens e adultos inte9
ressados no conhecimento e na busca de um saber cada vez mais apurado, sobre a necessidade de envolverem-se cada vez mais, com atitude analĂtica e de forma confiante, nos temas mais pertinentes do saber universal e, de trabalharem e contribuĂrem decisivamente nas variadas abordagens de linha de frente que ditam o rumo e os destinos do nosso mundo.
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Das sombras à luz
Trevas só trevas uma sina polida com trevas Terror só terror caminhos imersos no terror Perdeu-se perdeu-se o sentido de ser Apagou-se apagou-se a áurea paradisíaca Enuviou-se enuviou-se o colorido das flores Tão enuviado e tão assombrado que só do Alto virá a luz
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VirĂĄ e vem como sempre veio Recheada de pureza paz mansidĂŁo e solenidade universal
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Ganhei a vida
Caminhos por trilhar rumos por seguir relanço o meu olhar ao horizonte e revejo-me em noites escuras Destinos por se cumprir promessas por se efectivar avalio os caminhos por mim percorridos e enxergo túneis que fluem a castelos castelos assombrosos Pelejas por enfrentar futuros brilhantes por se materializar busco-me na essência uníssona do ser e eis uma espada real no meu punho Vitórias por se abrilhantar cânticos por se entoar ergo a minha coroa perante aos meus inimigos e vejo-os todos sucumbidos 13
de medo e horror ante a minha presenรงa Bonanรงas por saciar louvores por granjear amores por desfrutar segredos por compartilhar testemunhos por revelar Ah, sim... Ganhei a vida
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Mundo novo
Quando um dia o mundo se entender quando nĂŁo houver mais guerra quando todo o mundo se reunir e falar uma mesma lĂngua Eu quero estar naquele dia e poder ver homens pretos brancos e amarelos todos unidos pela mesma causa unidade amor proximidade Harmonia no ar Todo o mundo unido todo o mundo sentado, falando, colaborando sentindo o pulsar do sangue de cada um a temperatura do prĂłximo a chegar atĂŠ a mim
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Quero estar naquele dia e sentir o amor o amor entrando no sangue de cada um Não mais racismo nem ódio nem injustiças sociais Irmandade acima de tudo sopro divino para as almas da terra paz nos corações e um mundo cheio de flores de amor
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Poesia
Apraz-me esculpir tracejos de letras poéticas para ti Sim, escrever-te um poema Um poema fiel o suficiente para descrever a profundeza do teu olhar e a suavidade da tua pele escura Um poema que vibrasse com a melodia do teu andar e bailasse com a pureza do teu querer Um poema mesmo de verdade que quando lido por outrem desbravasse florestas nos seus corações e neles brotassem flores de amor
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Um poema que fosse uma canção um ritmo uma sinfonia, enfim, a vida Um poema que te cercasse toda e colorisse o teu mundo com primaveras inolvidáveis Um poema que enfeitasse cada milímetro de curva do teu esbelto corpo de mulher Mas, ah... não vou escrever este poema Sabes porquê? Porque tu mesma és a poesia.
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Anseio
Sede de amor sede de justiça sede de viver sede de sorrir sede de um vento frio oriental que me sopra o rosto e desanuvia-me profundamente que não há mais amanhã para se viver Sede de perdão sede de consolo sede de conviver sede de reviver sede de uma luz viva cheia de pacificidade que me penetra sagazmente com precisão infinitesimal e leva-me ao reencontro do Sagrado do ser da criação que não há mais impurezas para atropelar-me a santidade
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