Do Riso às Lágrimas, com Volta...
SALVADOR S. QUINTAS
Do Riso às Lágrimas, com Volta...
SALVADOR S. QUINTAS
Do Riso às Lágrimas, com Volta...
FICHA TÉCNICA Edição: Vírgula Título: Do Riso às Lágrimas, com Volta... Autor: Salvador Salgueiro Quintas Paginação: Paulo Silva Resende 1.ª edição LISBOA, Dezembro 2012 Impressão e Acabamento: Publidisa ISBN: 978-989-8413-79-6 Depósito Legal: 352372/12 © SALVADOR SALGUEIRO QUINTAS Publicação e Comercialização Sítio do Livro, Lda. Av. de Roma n.º 11 – 1.º dt | 1000-261 Lisboa www.sitiodolivro.pt
Do Riso às Lágrimas, com Volta... Salvador S. Quintas
Agradecimentos Agradeço a todos os que, direta ou indiretamente, me serviram de musas inspiradoras. À amiga Carmen Lara, artista plástica que contribuiu com as belas imagens de suas obras, com as quais embelezou este livro. Aos amigos que me incentivaram a publicar. Este livro é dedicado a todos os que escrevem, e aos que não têm a coragem de darem os seus escritos à estampa. Dedico, também às forças do Universo que permitiram que eu chegasse a este ponto, agradecendo a alegria que me deu por este momento. Salvador S. Quintas
Introdução “Na poesia só se encontram palavras; quando as analisas, as ideias diluem-se como se fosse fumo.” Leão Tolstoi Quando tento fazer poesia, sinto que estou em cada um desses traços negros que vou desenhando num papel, o qual, por não ter a capacidade de fugir, me aguenta até que todas as minhas ideias se esvaiam, como fumo (embora o fumo exista!). Não creio, que o fumo se dilua seja naquilo que for. O fumo adapta-se à sua nova existência e ao contrário, o fumo, tal como a poesia, conseguem incomodar, quanto mais não seja aquele que o provoca. Há momentos em que, seja o fumo, seja a poesia, sabem melhor que um beijo… Um cigarro – o seu fumo, alguém que chora – ou ri, num papel – um pássaro moribundo que ainda voa, um político assanhado, uma canção que se ouve, o silêncio que asfixia... Tudo isto, faz parte de uma existência, ou de várias, sem nada em comum. Afinal… a poesia é algo que se diz, ao correr do pensamento, sem que tenhamos alguém aborrecido por ter de nos escutar. Salvador S. Quintas
Momentos‌ I
Quimera
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Serenamente Vem, serenamente amor, muito devagarinho, quando a ausência de ti me enovela o olhar. Vem, devagarinho amor, calmamente e modela o teu corpo no meu, nem que seja em pensamento. Deixa-te ficar, amor, enlaçada ao fim da tarde deste meu sonho. Deixa-me fechar os olhos, amor, e ouvir-te, devagarinho, como quem, ao crepúsculo, ouve o mar.
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Pontes e Muros… E, no meio, encontramo-nos e damos as mãos numa ternura de medos mortos. E, no meio, saltamos os medos num grito de vitória sobre o nosso temor. É então que construímos a nossa ponte, feita de dádiva e suor. E o muro lá ficou a olhar o nosso amor!
14
Gosto Gosto tanto do teu rosto (e do resto!), que ao sentir o passar dos teus passos, sinto o frémito de um desejo, de um querer, de… (quem sabe?!) um gesto. É então que eu sei que gosto muito do teu rosto (e do resto!).
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Poderia Se a vida fosse sempre como a desejo, poderia, toda a vida, dar o tempo todo, nesse teu sorriso, um beijo.
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