Edição: Berbequim das Letras Título: O Livro que Perdeu as Letras Autora: Natália Roque Ilustrações: Patrícia Andrade Paginação e composição gráfica: Patrícia Andrade Arranjo de capa: Patrícia Andrade 1.ª EDIÇÃO LISBOA, maio 2013 ISBN: 978-989-98251-3-0 Depósito Legal: 358613/13 © NATÁLIA ROQUE PUBLICAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO SÍTIO DO LIVRO, LDA. AV. DE ROMA N.º 11 - 1.º Dt.º | 1000-261 LISBOA WWW.SITIODOLIVRO.PT
DEDICATÓRIA: Esta historinha é dedicada aos Nunos, Vitórias, Joões, Brunos, Samuéis, Daniéis, Susanas, Armandas, Saras, Marias, Tiagos, Carolinas, Beatrizes, Liras, Filipes, Artures, Emas, Helenas, Hugos e a todos os meninos e meninas que insistem em pôr histórias na minha cabeça.
Obrigada a todos os petizes!
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INFORMAÇÃO: Esta história é baseada em factos verídicos da imaginação e qualquer semelhança com a realidade dos sonhos não é mera coincidência.
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AVISO: Este livro contĂŠm frases e imagens que podem provocar um sorriso repentino no leitor mais sensĂvel e desprevenido.
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ADVERTÊNCIA: Não deve ler este livro enquanto conduz, dorme, estuda, joga à bola ou prega partidas, pois a história pode distraí-lo(a) da sua tarefa.
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O LIVRO QUE PERDEU AS LETRAS O Livro acordou naquele dia muito agitado. Sentiu-se doente. Não sabia porquê. Pensou se teria febre. Não tinha.
Sentiu-se vazio. Pensou se tinha almoçado; talvez estivesse com fome, mas não, também não era isso. Continuava a sentir-se vazio, vazio, fraco, fraco e, de repente, lembrou-se de espreitar para dentro de si mesmo…
Tudo em branco! 07
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Nem letras, nem palavras, nem frases… Um livro sem letras é como um quadro sem tinta, Uma joaninha sem pinta.
É como um carro sem rodinhas Ou um jardim sem florezinhas…
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Um livro sem letrinhas parece uma sopa sem massinhas, Tal e qual um mar sem sal, Um gémeo sem outro igual, Enfim, um gato sem bigodes, Ou um pássaro sem asas…
Queres lê-lo e não podes, Parece uma aldeia sem casas.
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- Letrinhas! Letrinhas! Por favor, apareçam! Onde se esconderam? Isto é uma partida? Estão a brincar às escondidas? Mas nada… Silêncio total. Nada se mexia, nada aparecia, nada sorria… E o Livro sofria. Pôs-se em bicos de página, porque não tem pés, fez o pino, virou-se do avesso, sacudiu-se e nada de letras.
- É oficial: sou um livro em branco.
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