Nunca os meus olhos haviam visto tanta beleza espraiada no rosto de um recém-nascido. Mas como tu eras belo, David! De uma beleza tão grande que não cabia nas máquinas fotográficas nem em câmaras de filmar. Mas conseguirá toda essa beleza ofuscar tanta dor e tanta angústia? Conseguira essa beleza compensar todo o sofrimento que invade todos os recantos de uma mente acabada de ser mãe? Foram tantas perguntas que correram em busca de respostas. Tantas noites escuras à espera do amanhecer. Uma alma aparentemente destruída em busca de algo ou de alguém que lhe apanhasse os destroços e a fizesse regressar à normalidade da vida.