Este novo livro do poeta António Martins Silvestre vem na linha do anterior “Um Sorriso por Entre lágrimas” (2018). Por isso, aqui está mais uma vez a “poetisar” para descrever experiências de vida, alegrias mas também algumas tristezas com alguma ironia à mistura. Toda esta ironia é uma arma terrível. É como a autêntica literatura sempre intervindo junto dos homens. Um verdadeiro criador usa-a para o seu combate de marginal voluntário que repensa através da sátira e da fantasia a realidade quotidiana. Esta personalidade complexa, expressa-se através da poesia. É o veículo ideal para criticar o mundo onde viveu e nós vivemos. E foi essa a sua preocupação maior. De quem nos rimos nós? De nós próprios? Dos outros? Ou de um pesadelo? Pois o filósofo pode, por vezes, amar o infinito. Mas o poeta ama sempre o infinito. E por isso assim o descreve.