Este diário é um esboço da mundivisão do autor, moldada pelos acidentes da sua vida e pelas leituras que tem feito, com o intuito de penetrar nos enigmas do mundo (definido como o conjunto das coisas e dos nossos pensamentos sobre elas). O formato e os temas são os mesmos do primeiro volume: uma série de reflexões sobre Deus, o livre arbítrio, o problema do mal, os limites da ciência e o sentido da vida, escritas em resposta aos estímulos de cada dia.
As reflexões sobre o problema do mal são um grito de revolta contra a irracionalidade que o acaso introduz na vida humana. Nestas reflexões, o autor afirma-se convencido de que o desconcerto do mundo é uma consequência da natureza aleatória e caótica do Universo. A natureza aleatória deve-se à influência do acaso, que explica a ocorrência de erros e, portanto, o mal. Por outro lado, a natureza caótica explica que acontecimentos aparentemente insignificantes possam ter consequências de grande relevância. Esta natureza pode assim...