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O autor
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Manuel Luís Rodrigues Sousa
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Para lá do Sol-Poente
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Tenhamos como referência a serra do Marão, representada na capa deste livro. Nasci no lado Nascente daquela mesma serra, em Trás-os-Montes, portanto, na pequena aldeia de Folgares, Freixiel, Vila Flor. Terras que se situam encaixadas entre a serra de Bornes, onde o sol nasce, e a dita serra do Marão, atrás da qual o astro-rei pernoita, como que a descansar depois da jornada do dia a percorrer todo o arco da “abóbada celeste”. Cedo percebi, com 24 anos de idade, depois do cumprimento do serviço militar, almejando melhores condições de vida que a minha humilde aldeia não me poderia proporcionar, que o meu futuro estava para lá daquela agreste cadeia de montanhas projectada no espaço, formando a linha do horizonte Poente, lá longe, onde eu, em criança, julgava ser o fim do mundo. Parti, já lá vão uns bons anos, transpus aquela simbólica "fronteira”, para Oeste, e fiz-me à vida. Uma vida tão intensa e apaixonante que vivi, e continuo a viver, felizmente, agora reformado, como os tons fortes das cores com que, propositadamente, ilustrei a capa deste mesmo livro. Já no Outono da vida, também simbolizado pelo cair do sol no horizonte, aqui, nesta trama que teci, urdida num interlaçado de passado e presente, proponho-me levar aos leitores relatos de vivências que tive por cá nestas terras que o Sol-Poente me apontou, marcas de todo o meu longo e sinuoso caminho já percorrido que começou naquela aventura de há quarenta anos. Trazido, entre tantos, pela avalanche migratória que varreu as gentes do interior para o litoral do país.
Por Sinuosos Caminhos e Veredas
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Se num teste de avaliação me pedissem para definir o que é a felicidade, provavelmente dissertaria de forma errante sobre o assunto, dada a sua subjectividade, e seria, portanto, inconclusivo. Com professores minimamente exigentes, a classificação da resposta seria, seguramente, uma sucessão de traços de esferográfica de tinta encarnada cruzados sobre o texto dessa resposta. A felicidade, na minha perspectiva, não sendo atingível através de uma punção mágica que se adquira, é viver plena e intensamente cada momento que a vida nos oferece, ainda que alguns ponham à prova a nossa capacidade de os suportar. Vivências que descrevi nesta obra comprovam isso mesmo. Contá-los e partilhá-los com alguém, como fiz ao escrever este livro, essa mesma felicidade é exponencialmente maior. Assim, considerando que os leitores são os professores encarregados de avaliar esta minha obra, caso consigam vislumbrar nela algo que deixe transparecer felicidade, ainda alimento a ténue esperança de ver pespegado sobre esta “prova” pelo menos um “suficiente”, mas, contudo, com a clássica observação: “podias ter feito melhor”.
Manuel Luís Rodrigues Sousa
Não, não é uma medalha que me fosse atribuída como prémio Nobel da literatura. Está fora dos meus horizontes esse, para mim, inatingível galardão. É sim, e também importante, como combatente que fui na Guiné, o assinalar do XXII dos nossos encontros anuais entre irmãos de armas, neste caso em 2018, no ano passado, na Ilha da Culatra, Olhão.
Para lá do Sol-Poente
BIBLIOGRAFIA DO AUTOR PRECE DE UM COMBATENTE Nos Trilhos e Trincheiras da Guerra Colonial
Por Sinuosos Caminhos e Veredas
ONDE A CEGONHA POISOU Contos Autobiográficos do “meu Manuel”
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