Patrícia Carvalho Tendo como cenário o fundo do mar, através de ilustrações em aguarela, esta história fala da amizade entre uma menina e uma sereia. A menina é convidada pela sereia a conhecer o fundo do mar, onde vão desfrutar de muitas aventuras, junto com outros seres marinhos.
da poluição, causada pela quantidade de plásticos que vão parar aos oceanos, devido à ação humana. Se nada for feito agora, num futuro próximo, teremos no mar mais plástico do que peixes.
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Esta história também alerta para a importância de proteger o mar
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TÍTULO: A Beatriz nunca viu o mar AUTORA (Texto e Ilustrações): Patrícia Carvalho EDIÇÃO GRÁFICA: edições Berbequim das Letras® (Chancela Sitio do Livro) PAGINAÇÃO: Susana Soares REVISÃO: Liliana Simões ARRANJO DE CAPA: Susana Soares 1.ª EDIÇÃO, Lisboa outubro, 2019 ISBN: 978-989-8711-37-3 DEPÓSITO LEGAL: 460778/19 © Patrícia Carvalho Declinação de Responsabilidade: a titularidade plena dos Direitos Autorais desta obra pertence apenas ao(s) seu(s) autor(es), a quem incumbe exclusivamente toda a responsabilidade pelo seu conteúdo substantivo, textual ou gráfico, não podendo ser imputadas, a qualquer título, ao Sítio do Livro, a sua autoria parcial ou total, nem quaisquer afirmações, declarações, conjeturas, relatos, inexatidões, conotações, interpretações, associações ou implicações constantes ou inerentes a este conteúdo ou dele decorrentes. Todos os direitos de propriedade reservados, em conformidade com a legislação vigente. A reprodução, a digitalização ou a divulgação, por qualquer meio, não autorizadas, de partes do conteúdo desta obra ou do seu todo constituem delito penal e estão sujeitas às sanções previstas na Lei. PUBLICAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO:
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A BEATRIZ NUNCA VIU O MAR Texto e Ilustrações de Patrícia Carvalho
A Beatriz já tem seis anos e nunca viu o mar, apenas em fotografias e na televisão. Por essa razão, os seus pais decidiram que, nestas férias de verão, iriam alugar uma casa junto à praia. Quando chegaram finalmente à casa da praia, a menina ficou encantada com a moradia1 e o seu pequeno jardim, com flores multicolores. « É tão linda!», exclamou Beatriz. Estavam todos entusiasmados por passarem uns dias de férias naquela casinha tão bonita. 1
Moradia significa casa.
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Estava uma manhã linda, com um céu azul e um sol radiante. Um dia perfeito para uma ida à praia. Como a praia ficava muito perto da casa que tinham alugado, eles foram a pé. Quando chegaram, a Beatriz tirou logo os chinelos de praia para caminhar descalça na areia. «Como é estranho pisar a areia. Não é a mesma coisa que pisar a terra como faço na quinta dos avós», pensou ela. Ainda era muito cedo, estavam poucas pessoas e lá arranjaram um bom lugar para se instalarem, perto da água.
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A Beatriz arregalou os seus pequenos olhos castanhos cor de avelã, estava maravilhada com a imensidão do mar. – Como é tão azul o mar! – exclamou a Beatriz . – Ainda é mais bonito do que tinha visto nos livros e na televisão. O pai colocou o guarda-sol na areia, e a mãe estendeu as toalhas, ajeitando os sacos e os brinquedos num monte, junto à base do guarda-sol. 10
Enquanto a sua irmã brincava perto dos pais, a Beatriz arranjou um cantinho seu para as suas construções na areia, mas não muito afastado. Construiu um castelo que enfeitou com lindas conchas e, por fim, ficou a contemplá-lo, imaginando histórias. Sentada na areia, a Beatriz não conseguia deixar de olhar para aquele mar, de um azul intenso, que se estendia para além da sua vista. Fixou o seu olhar na espuma que as ondinhas deixavam para trás, depois de rebentarem na areia. De repente, a Beatriz reparou em algo no mar, parecia um remoinho. Saltou da areia, correu para a beira da água e logo lhe apareceu uma linda sereia. A sereia tinha uma longa barbatana de cor azul e uns cabelos violeta longos e ondulados, a estenderem-se pela cauda. 11