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Nuno Ivo Gonçalves Pelas fontes de informação que proporcionam, elementos de estudo comparativo que sugerem, relações úteis que criam, trabalhos que provocam, estímulo que despertam, pelo que desatam de dúvidas e preconceitos, e pelo ardente desejo que fomentam nos delegados de cada país de aos outros revelar o que há no seu de bom e dêles vir a conhecer o que ainda há nêle de atrasado e defeituoso – a presença de portugueses em congressos internacionais de sciências administrativas ser-lhes-há infinitamente útil. Há de desembaraçá-los de quimeras e bagatelas, colocando-os de súbito em frente dos grandes e novos problemas e das coisas que há a estudar e realizar em Portugal, num sentido português, mas sob o instituto universal, ou pelo menos europeu, dos quadros e época em que vivemos. Para desejar será por isso que no Congresso de Madrid compareçam não apenas, como até aqui, delegados universitários, mas representantes dos serviços públicos, do Estado e das administrações menores, designadamente dos grandes corpos de administração autónoma, e bem assim ainda, dirigentes das administrações locais mais graduadas. João Tello de Magalhães Collaço, O Direito - Revista de Jurisprudência , nºs 13-18 Sabado, 30 de Novembro de 1929 Ano 61 º
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AS SECÇÕES NACIONAIS PORTUGUESAS DO NSTITUTO NTERNACIONAL DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS (1908-2012)
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Nasceu em 1952 na cidade de Lisboa. Economista licenciado pelo Instituto Superior de Economia da Universidade Técnica de Lisboa, Mestre em Administração e Políticas Públicas pelo Instituto Superior de Ciências do Trabalho e da Empresa, Doutor em Sociologia, especialidade de Sociologia Política, pelo ISCTE – Instituto Universitário de Lisboa e detentor do diploma de Estudos Avançados (3º Ciclo) em História Moderna e Contemporânea, da mesma instituição. Na Administração Pública exerceu funções como dirigente, técnico superior e auditor. Foi equiparado a assistente e assistente convidado no Instituto Superior de Economia (onde leccionou Finanças Públicas), assistente convidado e professor associado convidado no Instituto Superior de Gestão (onde leccionou e foi responsável por Gestão do Sector Público). Membro da Ordem dos Economistas, do Instituto Português de Auditoria Interna e da Sociedade de Geografia de Lisboa. Tem em preparação a publicação da sua tese de doutoramento O progresso da ideia de “gestão empresarial” na Administração Pública portuguesa.
Nuno Ivo Gonçalves
AS SECÇÕES NACIONAIS PORTUGUESAS DO INSTITUTO INTERNACIONAL DE CIÊNCIAS ADMINISTRATIVAS (1908-2012)
Este estudo acerca da influência da cooperação internacional sobre as políticas portuguesas de Administração Pública, relativo à cooperação no Instituto Internacional de Ciências Administrativas (IICA), é o primeiro de três, prevendo-se que os restantes incidam sobre a cooperação no quadro da OCDE e sobre a cooperação no quadro da UE através do método aberto de coordenação delineado aquando da adopção da Estratégia de Lisboa. Abrange o período de cem anos durante o qual o movimento dos Congressos Internacionais de Ciências Administrativas, antes e depois da criação do IICA em 1930, foi dinamizado com o apoio de comissões e secções nacionais, inclusive, em certas épocas, as portuguesas. Estando perdidos os arquivos destas, a investigação teve de se basear no cruzamento de documentos existentes em vários arquivos portugueses, no Instituto Internacional, em Bruxelas, e na Biblioteca Real da Bélgica. Fernando Emygdio da Silva, João de Magalhães Colaço, António Pedrosa Pires de Lima, Aureliano Felismino, Marcelo Caetano, Diogo de Paiva Brandão, José de Sousa Mendes são os principais protagonistas portugueses de uma convergência de esforços entre académicos e quadros da Administração Pública.