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Carlos Manuel Rafael de Almeida M
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CARLOS MANUEL RAFAEL DE ALMEIDA nasceu a 6 de Fevereiro de 1987 na maternidade do antigo Hospital de Cascais, no centro da vila. Estudou na escola com Salesianos de Manique, onde apreendeu os ensinamentos de Dom Bosco e São Domingos Sávio. Anos mais tarde, optou por tirar um curso ligado à Marinha Mercante, mesmo depois de ter sido negado na Marinha de Guerra. Assim, frequentou o curso de Mecânica Naval no Instituto de Tecnologias Náuticas, em Paço de Arcos. Tirou ainda o curso de Técnico de Gestão Ambiental numa escola que lhe deu muitas alegrias como, por exemplo, ir durante três anos aos encontros nacionais entre escolas agrícolas, vivendo momentos mágicos e apreciando paisagens únicas e sorrisos magníficos. Foi precisamente nesta escola que começou a escrever alguns destes textos. Actualmente, é também formado na área de vigilância. Entretanto, passou pela Grã-Bretanha, terra de nossa Majestade a Rainha Dona Isabel, por duas vezes. E, mais tarde, teve uma breve passagem por terras de Napoleão — França. Foi uma passagem muita curta, mas onde apreendeu, ainda com mais ênfase, o espírito de batalha e de união com seres humanos fantásticos. Regressou à sua terra-mãe e pequena aldeia de Adroana, em Portugal, onde ainda hoje reside.
Carlos Manuel Rafael de Almeida
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Esta é a minha primeira obra. Não me posso intitular de escritor, pois não me considero como tal. É o caso de apenas um simples cérebro que transportou os seus pensamentos para o papel. Não cumpro regras nas escritas (como a pontuação); brinco com populismos alentejanos, entre outros; e meto erotismo e humor ao barulho. Na simplicidade, nada de maldade vos trago. Espero que tenham uma boa e breve leitura, tirando partido destas palavras.
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ENLACE CHARLIE ALFA
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Enlace Charlie Alfa Carlos Manuel Rafael de Almeida edição gráfica: Edições Vírgula® (Chancela Sítio do Livro) autor:
Liliana Simões Ângela Espinha paginação: Paulo S. Resende revisão:
arranjo de capa:
isbn:
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1.ª edição Lisboa, novembro 2019
978‑989-8986-03-0 459788/19
depósito legal:
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© Carlos Manuel Rafael de Almeida
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publicação e comercialização:
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Introdução
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Colapso, passo a passo, num entrelaçado de emoções e rindo feito um palhaço. Indo, andando, como um dado batido num jogo de casino, onde tudo vicia e está viciado. Foges que nem um veado, rasgando trilhos feito uma enguia de rio, onde vais ao sabor da corrente entre zigs e zigas. Zumbidos destorcidos dentro da fraca cabeça, que em momentos lúcidos pede descanso. Mas vives como um banco, só fechas para almoço. Sendo tuas notas e moedas, atitudes e nem sabes se lucras ou entras em despesa. Guerras maiores, onde matérias-primas valem pouco, e onde vês valores pessoais serem vendidos em prateleiras. Onde civismo, simplesmente virou nazismo e racismo. Criamos um sismo, uma tempestade e uma Ava langue, barricamo-nos na nossa Lage onde tudo é permitido, esquecendo de algo e vivendo numa liberdade chamada selva humana. Vejo-me um banana por vezes, já descascado cheio de negras e fios brancos de fibra fugindo, sentindo-me meio comido e alimentando quem não quero, deixando-o cheio de energia. Esta orgia de cinza, mergulhado nisto, sinto nojo… querendo lavar e as mãos esfregam, mas não limpam. Coçando, mas a comichão não passa, e isto é o bicho chamado mudança. Acendes a lareira e, por vezes, pensas: será somente a chama que vejo na minha vida? O frio consome por dentro e por fora, o frio que consome por dentro é mais forte. Esse frio criado pela sociedade, que cria animais ferozes, e eu amavelmente chamo-lhes de cruéis e preconceituosos.
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Seres que não alimentam a minha revolta e sede de vingança, pois só cruéis e preconceituosos têm esses nobres e tão podres sentimentos. Eu simplesmente tenho sede de algo, boa vontade de alimentar de iguarias, que lhes senti o gosto um dia. Quero sentir o sabor da vitória, fora das quatro linhas. Vitória, essa, num campeonato em que tenho sido a bola. Onde houve e há foras de jogo e a única linha que impede de jogar e desfrutar deste jogo preconceito. Fecham portas a taça do emprego por vezes, câmaras focadas com ar de pena e que escondem meu ser da maior liga chamada amor. Continuo a jogar, mas agora traço objectivos. Sei que vai ficar tudo bem no dia, que me irei deitar e não tiver o peso de ser mais um, mas sim o tal que faz a diferença. A bússola não aponta direcção certa, porque deseja que desfrute a bom sabor esta aventura que é a vida. Fazendo dela vivida e não sofrida, homem de mais de sete ofícios e já sem maus vícios. Tentar respirar algo como a brisa do mar e a mistura refinada de odores do campo, é viver, porque as coisas mais simples devem ser mais saboreadas. Agora sinto, neste momento, liberdade de verdade. Pois pego numa caneta e não há regras, ou seja, aqui nestas linhas sou eu quem manda. Ora o pensamento é livre e aqui jogo com as palavras e disparo com pensamentos construídos e outros fragmentados. Driblando com as mãos, marco as jornadas onde começam e acabam a meu gosto, deixando ou não alguns seres a pensar.
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Estagnar
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Hoje não sei como descrever este ser, Devido a viver o preconceito, A tudo abusar de sua bondade, Se tornando um grande defeito.
Um ser escondido numa capa, Mas com vontade de dizer basta, Ser que se levanta… sem ninguém ver, Ser que dá, sem pensar no receber.
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Anda de cá para lá, Ao sabor dos ventos e marés, Oxalá se encontre são e vivaz.
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Voltas com a Morte
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Voltas e voltas numa cama, Onde não há calor humano, Quatro paredes frias.
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Essas voltas que fazem sentir, por vezes, uma corda, E ainda só não foi completo o nó de forca, Porque ainda há forças para lutar, E o querer encontrar.
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Conversas com a morte
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Conversando com a morte, mais que uma vez… Acabamos sentados numa mesa com pano verde, Duas cadeiras e dois poderes, um único e só baralho…
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Bons jogos e excelentes apostas, Contente, de certa forma, Porque no vai e vem… No meio de tantas… Ainda nada ficou perdido.
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Lobo, louco e sonhador
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Um lobo, um louco, um sonhador. Dos três momentos… Cada um tem a sua fase no tempo e espaço. Sonhas, vives o sonho e deixas de sonhar, Quando os sonhos fogem entre os dedos. Por causa da frágil saúde física e mental.
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Louco, quando não tens medo do abismo, Louco, porque não crias medo de enfrentar a selva… Que será sempre o mundo de hoje.
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Um lobo devido a sofrer sozinho, Proteger, por vezes, sem sentir-se amado. Por fechar-me no cume da floresta, Para não me magoar e magoar. Por mostrar os dentes e lutar… Porém com medo de saber, Que não dependo só de mim, Para crescer e saber viver.
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Vazio
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Sozinho na noite, Ouvindo a revolta do mar E a ver o alinhamento das estrelas. Observando a maré a encher e a vazar. Faz pensar que eu próprio sou a noite escura, Mas onde tenho estrelas.
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Onde viro mar revolto e volto à calma, Sendo hoje um copo meio cheio… E amanhã um copo meio vazio.
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Frágil Minha pele é frágil, Mais frágil é o meu pequeno e ilustre cérebro.
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Quero arrancar partes de mim, e não são carne, Bocados de cinza, e esses, se não for possível, arrancálos.
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Quero pintá-los de cores vivas, Traçando lindas e majestosas novas linhas.
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Ciclos
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Vivo numa incerteza de três ciclos, Onde não sei em qual deles me encontro. Vou buscar uma criança, Outras, um jovem cheio de sonhos… E um adulto perdido.
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Mas que se quer reencontrar, Com esta estranha forma de pensar, E alegria de viver.