A Inquisição Portuguesa | Volume II

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08-01-2018

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São estudados em pormenor neste volume dezenas de processos da Inquisição, averiguando-se as manigâncias dos Inquisidores para levar os réus à condenação. A grande maioria dos processos é da Inquisição de Lisboa, pois só estes é que foram sistematicamente digitalizados e colocados na Internet. Infelizmente não foi possível consultar e estudar importantes processos das Inquisições de Coimbra e de Évora por se encontrarem em mau estado de conservação.

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Quase todos os processos se referem à perseguição de cristãos novos, acusados como hereges face à doutrina da Igreja Católica. Aqui e além aparecem outros processos de réus que não eram cristãos novos. Foi inserido o estudo destes por terem algum interesse histórico e também para ilustrar os métodos da Inquisição. Nunca se exagera ao sublinhar a falsidade e a hipocrisia da Inquisição. Nos seus inícios, calculava-se a parte de sangue cristão novo que tinha cada réu: metade, um quarto, um oitavo de cristão novo. Depressa passaram a contentar-se com dizer que o acusado tinha parte de cristão novo. E, por fim diziam simplesmente que o réu tinha fama de cristão novo. Tinham acusado o pobre desgraçado, falsamente. Se queria salvar a pele, este tinha forçosamente de confessar a sua crença na Lei de Moisés, mostrar-se arrependido e acusar do mesmo familiares, amigos e conhecidos. Era uma cadeia sem fim à vista.

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A Inquisição portuguesa em face dos seus processos volume II - Estudo de Processos - séc. XVI-XVII

Arlindo N. M. Correia

A Inquisicao portuguesa em face dos seus processos_vol II.pdf

A Inquisição Portuguesa em face dos seus Processos Volume II Estudo de Processos - séc. XVI-XVII Arlindo N. M. Correia

Arlindo Nogueira Marques Correia nasceu em Campia, concelho de Vouzela, em 1943. Aos 19 anos começou a trabalhar como Aspirante de Finanças, após um concurso nacional em que ficou classificado em 1.º lugar entre 238 candidatos. Quando lhe foi possível, matriculou-se em Direito em Coimbra e obteve a licenciatura em 1978. Subiu na carreira das Finanças através de diversos concursos tendo sido aprovado como Director de Finanças em Dezembro de 1979. Em Agosto e Setembro de 1983, frequentou em Washington o Curso de Finanças Públicas do FMI. Em Maio de 1985 foi nomeado Subdirector-Geral da Direcção-Geral das Contribuições e Impostos. De 13 a 26 de Agosto de 1989, integrou uma missão do FMI a Angola para reportar sobre o sistema fiscal daquele País. De 9 a 23 de Abril de 1993, integrou outra missão do FMI a Moçambique para desenhar um sistema de IVA para o País. Em Junho de 1993 foi afastado da administração do IVA sem qualquer justificação. Foi então trabalhar para a Comissão Europeia em Setembro de 1994, primeiro como perito destacado e, após concurso, como Agente temporário A5, passando então à condição de reformado em Portugal. Tendo abandonado a Comissão Europeia no final de Abril de 1999, foi depois nomeado Conselheiro da Representação Permanente de Portugal junto das Comunidades, tendo ido para Bruxelas em Julho de 1999, ocupando-se da Presidência Portuguesa no 1.º semestre de 2000. Regressou de Bruxelas em Julho de 2000 e iniciou então o estágio da advocacia, como estagiário da firma ANBM que durou dois anos e meio. Ficou no mesmo escritório como consultor até Abril de 2008, tendo suspendido o exercício da advocacia. Tem na Internet o site http://arlindo-correia.com de conteúdos variados desde Julho de 2000.


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