Uma hipótese à mesa do café

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UMA HIPÓTESE À MESA DO CAFÉ


FICHA TÉCNICA EDIÇÃO:

Edições Vírgula ® (chancela Sítio do Livro) Uma hipótese à mesa do café AUTOR: A. Durval TÍTULO:

REVISÃO: Cecília Sousa ARRANJO DE CAPA: Patrícia Andrade PAGINAÇÃO: Paulo S. Resende

1.ª EDIÇÃO Lisboa, Março 2014 ISBN:

978-989-8678-51-5 370267/14

DEPÓSITO LEGAL:

© A. DURVAL

PUBLICAÇÃO E COMERCIALIZAÇÃO

Av. de Roma n.º 11 – 1.º Dt.º | 1000-261 Lisboa www.sitiodolivro.pt


A. DURVAL

UMA HIPÓTESE À MESA DO CAFÉ



À minha querida mulher e restante família. Ao “Jardinature Horto /Cafetaria”

Ao “NorteShopping”

Aos cafés onde me inspirei e recebi da “vida desconhecida” a hipótese que aqui apresento, o meu sincero obrigado. Ao “Café Santa Massa”



Uma hipótese para amanhã… e o “fantástico MILAGRE” para hoje.

Este livro é baseado em dados autobiográficos e em estudos de casos conhecidos.



ÍNDICE INTRODUÇÃO . . . . . . . . . . . . CARAS AMIGAS E CAROS AMIGOS: . . COMEÇANDO A CONSTRUIR . . . . . PROCURANDO O NOME . . . . . . . . MAIS UM PASSO… . . . . . . . . . . O QUE É A MORTE? . . . . . . . . . A «VISÃO REMOTA» . . . . . . . . . PARTICIPANDO . . . . . . . . . . . . O COSMOS . . . . . . . . . . . . . OS OVNIS E O RESTO… . . . . . . RELIGIÕES, DOGMAS E EVOLUÇÃO . . CRIAÇÃO – EVOLUÇÃO – INVOLUÇÃO O QUE FAZEMOS AQUI? . . . . . . . A “VIDA CONHECIDA” . . . . . . . FECUNDAÇÃO E GESTAÇÃO . . . . . . A “VIDA DESCONHECIDA” . . . . . . O FANTÁSTICO «MILAGRE» . . . . RECORDANDO . . . . . . . . . . . . UMA MULTIDÃO DE ROSTOS . . . . . UM POUCO SOBRE FÁTIMA . . . . . . UM CASO ADORMECIDO . . . . . . . OS FACTOS . . . . . . . . . . . . A COMUNICAÇÃO SOCIAL . . . . . . OS SONHOS . . . . . . . . . . . . . O TEMPO DAS EQM . . . . . . . . . AS ARTES . . . . . . . . . . . . . . DEFINITIVAMENTE, A TAL «HIPÓTESE» ANEXOS. . . . . . . . . . . . . . REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS . . . . AGRADECIMENTOS . . . . . . . . . .

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A Rua dos Capuchinhos, no Amial – Porto (Local onde avistei um OVNI pela primeira vez)

INTRODUÇÃO Aos que iniciaram a leitura deste livro, começo por revelar aquilo que julgo importante neste momento. Este livro foi escrito de forma diferente das habituais. Não é um romance ou qualquer outro livro para entreter. É, sobretudo, um apelo à sua capacidade intelectual e espiritual, um apelo à perceção de outros temas que exigem certo cuidado e ponderação. Faço-o, no entanto, de forma suave e com muita calma. Enfim, verá que afinal não precisará de tirar nenhum curso especial para se

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interessar por este livro, para o ler até ao fim e, naturalmente, tirar as suas conclusões. Foi escrito aos poucos, aqui e ali, em vários locais, para onde a natural procura me levou. Foi sobretudo nos cafés cá da zona onde vivo, que escrevi este livro. Foi no «Jardinature, Horto/Cafetaria», no Amial Porto, no «NorteShopping», na Senhora da Hora – Matosinhos, no «Café Santa Massa», em Valongo e noutros locais onde encontrei o ambiente propício para escrever. Claro que também foi escrito em casa, sempre com a preocupação de procurar a melhor «ligação» com a realidade do Cosmos, que a todos rodeia, mas que o Homem ainda muito dificilmente reconhece. Sublinho o caso do fantástico «MILAGRE» onde estamos perfeitamente inseridos. Deixarei, porém, para o capítulo «O fantástico Milagre», a revelação do mesmo. No «Jardinature» tinha a paz e a tranquilidade para escrever e a possibilidade de ligar-me ao mundo pela Internet. De referir que conheci este café há pouco tempo (um dia, uma amiga, colaboradora da Biblioteca do Flor de Infesta, levou-me até lá). <1> Gostei e, comecei a frequentá-lo. É um horto, mas também possui no seu interior um espaço destinado a cafetaria. Nesse horto vende-se flores e diversa vegetação para a casa de cada um. Desde o ornamento ao alimento. E, no mesmo espaço, ao lado, para além de poder tomar um café ou qualquer outra bebida, pode-se também ler ou escrever. Ao «NorteShopping», ia quase sempre de manhã. Tinha possibilidade de usufruir do sossego que ali encontrava. O seu som interior não afectava, antes pelo contrário, a descontração necessária para escrever.


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Julgo que estou dispensado de fazer uma apresentação especial sobre o «NorteShopping». Direi somente que vou lá com frequência e que sempre me senti bem. Depois de me sentar a uma mesa e tomar o habitual café, começava a escrever, com ou sem o apoio de um computador portátil. Por vezes pegava num livro ou num jornal e entretinha-me a ler. Ao «Café Santa Massa», no alto de Valongo, – a uma paragem de autocarro acima da Igreja de Santa Rita em Formiga – também fui com alguma frequência. Descobri este café quando procurava um sítio para poder escrever, perto de Valongo. Ficava a cerca de 500 metros do alto do monte onde, já há uns anos, ia fazer observações. É um café moderno e amplo, com boas condições para escrever. Escrevia também noutros locais, onde me sentava e sentia, nessa altura, inspiração. Em casa, reunia os escritos e tentava encaixá-los no sítio certo. Ou então, se a inspiração aparecesse, também acabava por escrever. Eis aqui sumarizada a história simples de como este livro foi nascendo. Esta sucessão de locais é muito importante para este livro. Julgamos que conseguia, assim, a necessária inspiração. Espero que me desculpem por estar a contar estes pormenores que, no entanto, poderão ser de interesse. Este livro tem vindo a ser escrito ao longo de vários meses. Aqui e ali ia tomando nota do que a inspiração ou a inquietude fossem ditando. No fundo do inconsciente surgia sempre uma «hipótese» acerca do que queria transmitir. Não desejava começar a revelar, sem primeiro amadurecer, o mais possível, esta ideia. Tinha de tentar traduzir do «inconsciente» para o «consciente». Isso não era tarefa muito fácil, mas era muito especial.

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Falarei, nada mais, nada menos, de umas «luzes» que por vezes aparecem nos céus, e às quais, atualmente, designamos por OVNIS (também lhes podemos chamar de UFOS),mas, se o fizermos, neste livro, essa palavra terá que ter, forçosamente, uma tradução diferente. Temos também o caso do «fantástico Milagre». Não podemos, obviamente, confundir este termo com o «Milagre» de cariz religioso. Só podemos inseri-lo no campo espiritual, que agora irei focar de forma muito mais direta. Se porventura já leram o livro de memórias, Sombra e Claridade, (11) poderão verificar que, nesse livro, testemunhei aquilo que me tem vindo a marcar de forma bastante vincada. Essa autobiografia refere-se, exclusivamente, às minhas memórias acerca de casos que se poderão classificar de «insólitos» – e que, ao longo dos tempos, me foram acontecendo. E não foram assim tão poucos. Deu para escrever um livro, no qual apresentei a historiografia dos mesmos. Onde contei, dentro do possível, os casos em que realmente fui testemunha, sozinho ou acompanhado de um ou mais familiares ou amigos. Este livro, porém, não foi escrito tendo como base uma explicação científica profunda. Em alguns casos não pude indicar datas precisas ou horas certas, pela simples razão de que, na altura em que me aconteceram, não as ter anotado. Mas tenho a certeza da sua ocorrência. A certeza humana absoluta! O presente livro, porém, foi escrito para relatar e associar as considerações julgadas necessárias acerca de um «fenómeno» que há muito tempo se encontra entre nós, sobretudo nos testemunhos cuja memória acabou por acumular durante os anos de vida.


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Tinha reunido provas empíricas acerca de um fenómeno que o mundo inteiro regista e nada teria a dizer acerca das mesmas? Teria mesmo que desembuchar e atirar cá para fora aquilo que eventualmente sentisse que deveria transmitir. Fui tecendo, aos poucos, uma «hipótese». Não possuía as provas científicas, mas tinha as provas vividas ao longo de muito tempo. Eram essas que me interessavam. Foram essas que deram autenticidade aos argumentos apresentados ao longo deste livro.

CARAS AMIGAS E CAROS AMIGOS: Este livro foi escrito de uma forma descontraída. Foi nascendo pelos vários capítulos que identificámos como uma situação normal à mesa de um café. Esta será uma característica importante que gostaria de sublinhar. Haverá, porventura, alguma repetição, aqui e ali, de textos, argumentos ou de possíveis citações. No entanto, espero que me desculpem, mas isso é fruto da própria forma como este livro foi nascendo. Poderia dizer que este livro foi escrito e não especificar, de facto, onde isso ocorreu. Preferi, no entanto, escrever com a verdade e registar onde cada texto nasceu. Sempre que iniciei qualquer assunto, indiquei onde ele caprichou em sair: quer pelo título ou pela foto que indicam esse local. Esta forma de escrever faz parte, também, das características fundamentais deste livro. Eu sei que «o sítio» também é importante para as coisas do espírito. Nos locais onde me sentei para escrever, sempre encontrei algum motivo para reforçar esta «hipótese». Ou a expressão de um rosto que eventualmente me tivesse sugestionado ou qualquer outro

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pormenor que, do ambiente, saltou para o que designo de «transcendente». Todos esses pormenores são muito importantes para tecer a tal teia que aqui procurei expor. Direi também que a linguagem que irá encontrar neste livro será uma linguagem corrente. Uma linguagem que não obrigue muitas vezes o leitor a ir ao dicionário. Uma linguagem perfeitamente entendível. Tenho vindo a dizer que este livro foi escrito com o propósito de ser algo diferente. Se, porventura, indico em cada capítulo o local onde estou a escrever, é porque pretendo ir buscar as respostas à questão fundamental que procuro nunca esquecer. «Eles» também escolhem o «sítio» onde aparecem. Confesso que não sei se este processo de escrita irá ser aceite ou mesmo compreendido. Sei que foi escrito com boa vontade. O tema, por sua vez, é ainda muito difícil. Tudo depende da forma como cada um dos leitores se irá enquadrar ao longo dos vinte e seis capítulos que integram esta obra. Porque havia de escrever um livro que só os cientistas pudessem ler? «Uma hipótese à mesa do café» será um livro para toda a gente! Para a Maria, o José, a Fernanda, o João, enfim para todos. Neste livro só a Verdade interessa.


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A única «hipótese» que se coloca aqui é o que «Eles» pretendem de nós e, naturalmente, o teor do «fantástico MILAGRE». A. Durval

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O “Jardinature – horto e cafetaria”

COMEÇANDO A CONSTRUIR Cheguei ao «Jardinature». Depois do café comecei a escrever aquilo que considero ser o início de um livro cujo fim ainda é cedo para adivinhar. Tenho de começar por qualquer lado. Julgo que o objetivo fundamental só será atingido quando a ideia principal estiver amadurecida. Portanto, começo agora a construir a tal «hipótese» que já vos tinha falado.

Para além do primeiro livro das minhas memórias «especiais», e já publicado, não tenho dúvida que deveria escrever também este. O primeiro foi uma autobiografia, na

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qual apresentei os casos «insólitos» que foram acontecendo durante a minha vida. Peço desculpa por, eventualmente, repetir neste livro algumas afirmações já apresentadas em Sombra e Claridade, mas isso só reforça as minhas declarações. Agora este novo livro apresenta uma «ideia» que sempre lhe esteve associada. Julgo que este tipo de «hipótese» ainda não foi apresentado por ninguém, mas, se já o foi, haverá assim mais pessoas a falarem sobre o mesmo, e isso poderá representar um reforço salutar de ideias.

UMA «HIPÓTESE» SOBRE O MISTÉRIO DOS OVNIS Esta «hipótese» começou a ser elaborada há muito tempo. Recordo o inesperado «encontro» que aconteceu quando eu tinha cerca de vinte anos. Apareceu à noite, no céu e dele testemunharam mais outras três pessoas, a mais ou menos cem metros daqui onde me encontro – o «Jardinature – horto e cafetaria». O facto de, voltar a ser referido serve para afirmar que esse foi um caso muito importante para mim. Naquele momento não estava preparado para testemunhar tal evento. Aconteceu numa altura em que ainda não pensava em discos voadores ou OVNIS. Esse assunto encontrava-se a «zero» na minha mente ou, pelo menos, assim pensava. Só depois de terem passado vários anos é que voltei a remexer nele e a estudá-lo. Isso tornou-se, aos poucos, fundamental e preparou o aparecimento de novos textos. Um encontro


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totalmente inesperado. O primeiro acontecimento que ditou as minhas relações com este fantástico mistério. Mas o melhor será transcrever aqui a parte do texto referente a este caso que escrevi na autobiografia Sombra e Claridade: Mais ou menos, em 1958, (tinha, na altura cerca de 20 anos) quando eu e um amigo fomos esperar, umas moças amigas, há novena que acontecia na Igreja dos Capuchinhos, no Amial – Porto. Não tenho a certeza, mas julgo que foi em Outubro (a minha memória não é muito boa para datas). Quando terminou a novena, elas, apareceram sorridentes, e acompanhámo-las em descontraída cavaqueira. Seguimos pela curta rua que existe quase defronte da igreja, e que vai dar à Circunvalação (Rua dos Capuchinhos). Por acaso olhei, o céu, para os lados do mar. Era já noite e estava uma paisagem celeste muito bonita. Vi, então, ao longe, um ponto branco, luminoso, que, a uma certa velocidade, se dirigia para sul. Eu não dei logo grande importância àquilo até porque a minha primeira impressão foi de que se tratava de um avião. Porém, a certa altura, deu-me a sensação, que o ponto luminoso tinha parado. Começou, logo a seguir, a aumentar de tamanho. Então, chamei a atenção dos que me acompanhavam, já que, afinal, o tal ponto estava, agora, a dirigir-se, para nós, na direção poente nascente. Aquilo, começou a aumentar e cada vez estava mais próximo. Quando passou por cima de nós, já não era um ponto luminoso, nem avião, nem nada conhecido. Era um

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enorme disco onde estavam perfeitamente distinguíveis várias cores, mais ou menos concêntricas. Desde o dourado, o verde, o azul, o amarelo. Deixava, também, um magnífico rasto luminoso. Era algo de impressionante e mesmo assustador pela sua enorme grandeza. Além disso, enquanto o disco passava, lá do alto, chegava um som parecido com areia a cair sobre uma chapa. Nessa altura eu senti uma espécie de interferência mental que quase me bloqueou e fiquei como que paralisado. O disco, passou a uma velocidade superior à de um avião. Deixei de o ver, momentos depois, quando as árvores da estrada da Circunvalação se interpuseram, a nascente. Foi, de facto, um momento impressionante, aquele que vivi e nunca mais o esqueci. Na altura, tentei falar acerca do que tínhamos visto, mas, as amigas que acompanhávamos ficaram mudas e não quiseram dizer nada. O meu amigo, também, pouco disse e preferiu não comentar. Pensei que, talvez, um dia, se viesse a saber o que tinha sido aquilo. No entanto, naquela altura, até parecia que só eu tinha visto. Só eu fora “apanhado” por aquilo. No entanto os outros viram mas não quiseram comentar. Calaram-se pura e simplesmente. Fiquei um pouco aturdido e, no dia seguinte, procurei ver se havia, no Jornal de Notícias, ou noutro qualquer, algo que falasse dum aparecimento estranho nos céus. Mas, nada, descobri. Depois o tempo passou e praticamente, acabei por esquecer, durante bastante tempo, esse acontecimento. Alguns anos depois um amigo (que, por sinal, vim a saber morou perto desse local mas do outro lado da


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Circunvalação) contou-me que, mais ou menos por aquela altura, estava na rua a jogar a bola (na altura a Circunvalação, na parte de Matosinhos, era em terra batida) e tinha, também, observado algo parecido. Também, tinha sido “apanhado” por uma ocorrência insólita, julgo que, na mesma altura que eu. Ele também vira o tal disco. Confesso que reforcei, com essa descrição, o meu entusiasmo de que realmente vira um “disco voador”. Aquele amigo, também, tinha sido testemunha do mesmo acontecimento. No entanto, tudo acabou por ficar por essa conversa. Mais recentemente, tentei voltar a contactá-lo mas confesso que não consegui, saber, onde mora, agora. Este caso, julgo que foi muitíssimo importante para mim. Foi, de facto, um OVNI que eu vi, com os meus olhos, bem nítido e que ficou, sobretudo, muito bem impresso na minha mente. Não tenho a menor dúvida acerca dele (refiro, que, entretanto, os discos voadores deram origem, ao novo termo OVNI – objectos voadores não identificados). Eu vi um verdadeiro OVNI (e os outros que hoje, com certeza, já não se lembram de nada). Este é, sem dúvida, o aspeto mais importante a registar – eu vi aquele OVNI. Não posso deixar de referir isso mesmo. Era espantoso, grande, maravilhoso em toda a extensão da palavra. No entanto, só passados uns anos, escrevi sobre o mesmo. Não me lembrava com precisão da data. Eu julgo que teria sido, mais ou menos, em 1958. Só que não sei se foi em Maio ou em Outubro. Era, nesses meses, que havia as tais novenas a Nª. Senhora. Paciência, fica, porém, aqui esse registo que, apesar disso, eu acho muito importante – aconteceu mesmo.

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Passados uns anos, escrevi uma nota para o CEAFI – Centro de Estudos Astronómicos e Fenómenos Insólitos (uma associação que se dedicava ao estudo dos OVNIS) e que eu, entretanto, descobri através da rádio. Eles possuíam, semanalmente, um programa, onde falavam dos OVNIS. Talvez fosse devido à falta de mais elementos comprovativos, mas, de facto, não responderam. No entanto repito: este foi o primeiro OVNI que vi e, sem dúvida, o mais importante e o mais majestoso. Para mim, eu sei agora, foi verdadeiro. Apesar de não ter na altura tomado nota de nada. Registei-o, porém, bem na minha mente. Além disso, este caso, foi também o meu alento, o impulso e a oportunidade, para contactar grupos que estudassem estes casos. Podem acreditar, no que vos contei. (DURVAL, António, 2012, pp. 117 à 121) Eis aqui um «relato» para somar a outros que escrevi nessa autobiografia publicada em agosto de 2012. A comunicação social não referiu este caso, mas foi dando notícia de muitíssimos outros que foram acontecendo, quer neste país, quer no resto do mundo. Os OVNIS aparecem, aqui ou ali ou de onde menos se espera. Aparecem a uma ou a várias pessoas, pequenos grupos ou a muita gente em simultâneo. Podem também aparecer em «ondas» ou «vagas». Porém, essas aparições acabam por ser esquecidas. Quando, passados uns anos voltarem a acontecer, é como se fosse novamente pela primeira vez.


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Só aqueles que podem estar a estudar o problema é que não esquecem. Para esses, o problema existe mesmo. Por isso estão sempre atentos. Cheguei por hoje ao fim. Irei terminar esta minha intervenção, aqui, no «Jardinature», à qual chamei de «Começando a construir». Reúno os meus apetrechos e guardo-os na minha pasta. Naturalmente que continuarei, em breve. Ou aqui ou noutro lado qualquer. Até breve!

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«O NorteShopping»

PROCURANDO O NOME No «NorteShopping» encontro também um dos meus sítios ideais para escrever ou ler. Possivelmente não serei só eu a proceder assim num lugar como este. Outras pessoas, como será o caso das que se veem sentadas um pouco por todo lado, terão possivelmente idênticos hábitos. Depois de tomar um cafezinho, que vou comprar numa das lojas laterais, é sempre bom pegar no computador portátil e escrever. Aqui nesta mesa, igual a tantas outras, espero que a inspiração me chegue. Vocês se calhar conhecem estas mesas e cadeiras

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de cor esverdeada. Estão encostadas ao varandim lateral que rodeia a grande abertura e que permite ver o piso inferior. É aqui que me sento enquanto aprecio o constante movimento de subida e descida das duas escadas rolantes que levam e trazem gente deste piso para o inferior e vice-versa. Entretanto, outras pessoas passam ao lado, umas depressa, outras mais lentamente, ou mesmo muito devagar. Cada uma possui um objetivo diferente e bem posicionado nos neurónios do seu cérebro. Essas pessoas não se lembram da extraordinária precariedade de tudo isto – o fantástico milagre da nossa existência, ou seja, que vogamos num pontinho perdido, quase invisível, desta nossa Galáxia…

Irei escrever sobre algo que tem muito interesse. Algo que, não sendo de cariz exclusivamente científico, é, pelo menos a minha opinião acerca de um mistério que há milhares de anos tem vindo a «perturbar» a Humanidade. O mistério dos OVNIS tem exercido, de facto, uma certa perturbação na nossa vida, mas curiosamente é uma perturbação que não se «pega» ainda e totalmente ao Homem. Perturba-nos, mas mesmo assim não chega, pelo menos oficialmente, para se traduzir em eventos mais divulgados, como aliás seria de esperar. Até agora, porém, esse mistério continua algo adormecido no nosso subconsciente, apesar das muitas «aparições». As únicas coisas que existem a nível da comunicação social são:


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«RELATOS», «RELATOS» E MAIS «RELATOS». Poderão até parecer relatos a mais, mas para a Humanidade, provavelmente, ainda não o será. Para além disso, apesar de procurar, raras vezes leio sobre análises, hipóteses ou conclusões efetuadas. Chego por vezes a pensar que os OVNIS, afinal, até podem não existir. Poderiam ser apenas uma espécie de enorme ilusão coletiva ou qualquer outra coisa ainda sem definição. Porém, o número de ocorrências registadas na internet é enorme. Quase todos os dias aparecem novos casos. É só consultar a internet e ver. Por isso, sou forçado a pensar que não será bem assim. Mesmo que muitos desses avistamentos possam ser forjados, ou, simplesmente, uma ilusão ou confusão, penso que alguns acabam por ter algo de autêntico. Logo, a interpretação integral e correta dos OVNIS deverá um dia ser feita. Se não o puder ser hoje, será amanhã ou noutro dia qualquer. Quando for possível analisar casos como aquele que aconteceu, quando eu tinha vinte anos, naquela noite, perto da estrada da Circunvalação.

HÁ ALGO DE CONCRETO. «ELES» EXISTEM MESMO! Foi este o grande argumento que me impeliu a escrever, por mais incríveis que sejam os casos que leio e, sobretudo, pela experiência pessoal. No entanto, até agora, só li exclusivamente relatos. Mesmo a nível dos comentários ou textos escritos com algum rigor (por exemplo a nível filosófico), ainda é muito pouco aquilo que encontrei para ler.

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Procuro encontrar uma séria abordagem acerca dos OVNIS, mas sempre tive muita dificuldade em descobrir algo de concreto e profundo. Acabei por encontrar alguma coisa… Haverá porventura outros livros com certeza, mas este que agora indico, de facto, analisa com bastante profundidade este mistério: Ovni – Relatório Hynek, da autoria do Dr. J. Allen Hynek (1). Outros livros também foram lidos com idêntico interesse. Fora isso só tive acesso a relatos, relatos e mais relatos. Alguns deles até podem ter ser sido «arranjados» ou «inspirados» pela enorme capacidade que o cérebro humano tem para mostrar o bem ou o mal. A partir desta atual situação, comecei a pensar em escrever agora este livro numa tentativa de fazer um esforço para clarificar este problema. Possuía uma interpretação diferente da habitual, dado que, afinal, também tive experiência, relacionada com o lado dito espiritual e sobre a qual vou tentar transmitir aos outros. Esta «hipótese» estava totalmente fora de qualquer conceito até agora abordado Em algumas conversas que tinha encetado com outros colegas e investigadores, não tinha obtido o necessário interesse. Eles mantinham sempre uma certa reserva acerca desta minha «hipótese». Sabia que estes casos poderiam não ser classificados, porque eu não apresentava as necessárias provas. No caso mais importante, que foi o tal «disco voador» que apareceu um dia perto do “Jardinature”, nem sabia, concretamente, a data em que tal fenómeno tinha ocorrido. Já não possuía a morada ou mesmo o nome das pessoas que também tiveram aquele «encontro». Sabia apenas e com certeza,


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qual o sítio onde tal fenómeno tinha acontecido. Na altura, nem estava a fazer qualquer observação. Nada disso. Aconteceu simplesmente enquanto passeava numa descontraída conversa com outras pessoas. Ao fim de alguns anos acabei por registar mais casos. Escrevi mesmo uma autobiografia destinada a revelar a minha experiência pessoal sobre os mesmos. Porque não fazer agora o mesmo sobre a tal «hipótese»? Uma «hipótese», que foi aos poucos formando-se algures no inconsciente e depois no consciente? <3> Não a revelar seria uma atitude insensata. Mas revelá-la não seria, igualmente, muito arriscado? Temos de ser nós, os Humanos, a tentar dar uma possível explicação para este e para outros casos que eventualmente nos estejam a acontecer. Porque não transmitir aos outros esta «ideia»? Hesitei entre dois nomes acerca do titulo a atribuir a este livro. O primeiro era:

EMBARCADO PARA O INFINITO. Era, sem dúvida, um nome bonito. Belo mesmo. Assim estaria sempre neste mundo, mas «embarcado». Se calhar, era mais apropriado para um romance. Ora este livro não seria um romance, mas uma obra que seria uma clarificação daquilo que me preparava para analisar. Acabei, por isso, por escolher um outro nome que julguei ser mais aconselhável, mais direto, compreensível e, sobretudo, mais simples:

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UMA HIPÓTESE À MESA DO CAFÉ. Apareceram ainda outros nomes, mas mal ou bem foi este título que ficou. O que interessa é a sua mensagem. Sobretudo ter a ideia de que este livro pode ser lido e entendido por toda a gente. Não pretendo ir além das nossas possibilidades. O risco é enorme. Pretendo somente dizer, com sinceridade, o que penso. Apresentar uma nova «ideia». Nada de certezas, porque não as possuo. Aquilo que digo não poderá ir além disso. Julgo que a Ciência também ainda não o poderá dizer. Tudo quanto li até agora de caráter científico, também não vai muito mais longe. Por isso, porque não apresentar esta «hipótese»? Ser mais audaz ou até chegar a algo de absurdo? Fora do nosso «contexto», ou totalmente dentro dele? Outras novas descobertas da Física ou da Matemática? <4> Poderão pensar, os prezados leitores, que o que irei apresentar será uma verdadeira tolice. Nem sequer deveria ser minimamente dito ou sugerido. No entanto, acho que posso apresentar esta «ideia» sobre o que penso acerca desta vida, incluindo, naturalmente, os OVNIS.

SERÁ QUE ESTA MUITO PRECÁRIA VIDA SERIA POSSÍVEL SEM «ELES»? Quando a Ciência começar a tratar com seriedade estas questões, um dia poderemos transformar em certezas aquilo que hoje não passam de hipóteses, ou então criar outras


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que, sendo para já inconcebíveis, acabarão por ser, um dia, comprovadas e aceites. Se no futuro esta hipótese ou outras acabarem por possuir alguma coisa de concreto, tudo bem. Mas se, pelo contrário, tal não puder ser comprovado, tudo bem na mesma. O que interessa é avançar. O nosso conhecimento também se faz com tentativas, com avanços e recuos.

OS OVNIS SÃO UM FANTÁSTICO MISTÉRIO. «ELES» ESTÃO CÁ! NÃO TENHO QUALQUER DÚVIDA. Ao longo deste livro o leitor irá sendo, aos poucos, confrontado com situações que classifico como reais. A «hipótese» que irei colocar, poderia dizê-la já, mas julgo que o melhor será deixar correr o texto. Quando for caso disso, a ideia acabará por exprimir-se. Baseio-me em experiências que tive ao longo dos meus anos. Não posso esperar novamente pela sua repetição, até porque essas experiências não voltam. Por isso, tenho de escrever para as revelar, enquanto me recordo delas. Na nossa idade não nos é permitido esperar muito mais. Nos vários locais por onde vou escrevendo, irei, aos poucos, transmitindo o que de facto penso acerca deste fenómeno. Julgo que as ideias sobre este assunto acabarão por ficar mais nítidas, mais clarificadas. Em síntese, vou reunir algumas perguntas sobre este extraordinário mistério: 1. Porque será que cada um de nós pode possuir uma lembrança, mais ou menos ténue, de um OVNI?

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2. Porque será que esse fenómeno ocorre um pouco por todo o mundo? 3. Porque será que «Eles» aparecem sempre? 4. Porque será que «Eles» assumem as mais variadas formas e cores? 5. Porque será que os associamos, por vezes, a seres estranhos? 6. Porque será que aparecem no ar, no mar na terra e no espaço? 7. Porque será que também aparecem nos nossos sonhos? Haveria muitas outras perguntas para fazer, mas estas ou outras similares são suficientes. Não basta colocar as perguntas. Também são necessárias as respostas: 1. Desde muito novo que sempre tive uma lembrança acerca de «algo» que me atraía. Não sabia bem o quê, mas quando os OVNIS apareceram, logo sinalizei esse evento como sendo muito importante. 2. Este «fenómeno» ocorre um pouco por todo o mundo. De facto, foi sempre assim. Ele tem uma direção bem definida – o Homem. 3. «Eles» aparecem sempre porque a Humanidade, precisa de evoluir. Temos que descobrir quem somos e qual o nosso futuro. Por isso, os OVNIS aparecem sempre. 4. «Eles» assumem as mais variadas formas e cores para chamarem a nossa atenção: – Estamos aqui!


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CAFÉ

– Esperamos por vós! – Venham! 5. Associamos, por vezes, a seres estranhos, porque neste ou noutros sistemas solares ou mesmo universos, a Vida pode assumir as mais diferentes formas. 6. As mesmas razões que existem nos pontos anteriores. «Eles» aparecem para serem vistos, mas não comunicam porque nós ainda não correspondemos. Estão a pressionar para evoluirmos. 7. Aparecem também nos sonhos, porque precisam que o Homem descubra que «Eles» vêm de lá, ou seja da «vida desconhecida» (ver imagem p. 102). O «NorteShopping» começou a ser um local mesmo especial para mim e, claro, para este livro. Agora suspendo por aqui, estes escritos. Está na hora de regressar a casa. Noutro dia, aqui ou noutro lado qualquer, continuarei a tecer esta espécie de rede, que, espero, acabará por chegar onde desejo. Até breve!

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