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ESTACIONAR PÂNTANOS
expandir a iniciativa aos países de língua portuguesa. Além do alargamento geográfico que me permitiu este momento grandioso, as sucessivas edições homenagearam Carolina Maria de Jesus, Cora Carolina, Adélia Prado e Clarice Lispector. Voltando ao âmago do livro, “Neve Interior” vai delineando a impermanência. No princípio tudo nos parece um tenor dilatando a benignidade. Frágil a teologia da lama. O sagrado sem artroses. Mais tarde, a arritmia da vertigem. O infatigável desmembramento das harpas. Os corpos num debate árido. Não conseguimos colapsar a ambiguidade. Jaime Rocha (Escritor/Dramaturgo) retrata bem a irresolução em que nos situamos: levamos na mochila os sonhos de Homero, o desespero de Goya, a loucura de Nietzsche, provamos do fruto de Adão, sofremos com Prometeu e ansiamos ser Pégaso, Ulisses, Filoctetes, desejamos ser atenienses e espartanos ao mesmo tempo. É por subestimarmos a queda que destas páginas emergem múltiplas perguntas. Será o homem a ditadura da imaginação? Como se resgata a idade em que as constelações se moviam descalças como Isadora Duncan? Pode um corpo interpelar o último concerto do oxigénio? As relações humanas são um bárbaro perímetro onde só consentimos dopamina. A sociedade não está preparada para o desabamento das mitologias. Cioran é certeiro na avaliação da obscuridade: amaríamos o caos, mas temos medo das suas luzes. “Neve Interior” afasta-se das teses obtusas que tentam apenas o apogeu. Tudo muda. Bloom, inesquecível personagem de James Joyce. Actualmente, substância ilícita que oferta a alucinação de se voar com um fertilizante. É certo: as leis da Física evaporam a errática psicose. António Carlos Cortez (Escritor/ Ensaísta) percorre com seu exímio prefácio o sentido primacial deste livro: Um mundo doente, anquilosado, feito de arestas, de gumes, isto é, com imagens e palavras próprias desse mundo, dele retiradas e dadas ao leitor numa bandeja não de ouro, mas de ferro, feita, pois, do peso do real. Quem a receba verá o material de que é feita, o chumbo que nessa travessa é servido. “Neve Interior” pretende cancelar as ilusões, pois nenhum arco-íris é imune à asfixia. O meu agradecimento à Jô Ramos, júri, Edições Húmus e a todos os que passaram pela minha vida. Alberto Pereira
Este texto foi escrito ao abrigo da antiga ortografia
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A minha trajetória de caminhada para realização do sonho de ter o meu primeiro livro publicado começou durante a crise sanitária causada pelo COVID-19. Por consequência daquele período desolador tivemos que permanecer um longo tempo em casa, em isolamento, buscando a prevenção da minha saúde e de todos da minha Família. Assim, tivemos que nos adaptar a está nova realidade de vida; procurando alternativas para tentar minimizar os prejuízos que afetaram toda a classe artística durante a Pandemia, em 2021. Logo, em meio este cenário caótico foi que surgiu à oportunidade para a publicação do meu primeiro livro infantojuvenil a partir do Edital nº 09/2021 SECMA
– CONEXÃO CULTURAL – LITERATURA, sendo está uma das políticas publicas enquanto ações emergenciais do Governo do Estado do Maranhão, que teve como finalidade amenizar as consequências da Pandemia causada pelo CORONAVIRUS no setor cultural em agosto de 2021. Então, fizemos a inscrição de uma obra totalmente autoral de dramaturgia musical descolonial apresentando para a produção de um livro infantojuvenil com a proposta de projeto - A Fábula dos Papagaios. Eu lembro que fiquei aguardando por três me-
Participa O Especial Com O Escritor Ricardo Wayland
O Meu Primeiro Livro Publicado – “A Fábula dos Papagaios”
ses esperando muito ansioso pelo resultado da aceitação do projeto. Portanto, quando o projeto do livro foi aprovado aquele instante foi um momento de pura felicidade. Contudo, tivemos pouco tempo para produção do livro: a revisão do texto; criações das ilustrações e composições das canções musicais. Isto é, o processo de produção do livro durou três meses; sendo que o ponto de partida dessa caminhada começou no mês de outubro e tinha prazo parar terminar no mês de dezembro de 2021. Então, finalizei o texto; desenhei 14 ilustrações; compus 6 canções musicais; a apresentação da obra foi feita pelo meu saudoso amigo o Professor Luiz Phelipe Andrés e a revisão do texto pelo sua filha, Christiana Murad Andrés. Desse modo, a publicação do meu primeiro livro foi realizada pela EDITORA ZL BOOKS, do Rio de Janeiro que ganhou a proposta de produção do livro; por cumprir todos os requisitos exigidos no edital para a produção geral do livro – A Fábula dos Papagaios. Assim sendo, a Editora ZL Books trabalhou de maneira impecável com toda a sua e Equipe de profissionais talentosos, com longa experiência na área editorial que entregou como resultado final uma maravilhosa obra de literatura infantojuvenil, o livro – A Fábula dos Papagaios. Dessa maneira, eu serei eternamente grato, a Editora ZL books, a Produtora Editorial, Jô Ramos, e a Produtora Gráfica e Diagramadora, Bianca Teodoro pelo excelente trabalho; além de proporcionar a felicidade de poder finalmente materializar o sonho de conseguir ter o meu primeiro livro publicado. Então, quando eu recebi os livros via Correios eu sentir uma grande emoção. Agora o sonho de ter pela primeira vez uma obra dramatúrgica musical descolonial publicada tinha se tonado pura realidade! Enfim, consegui publicar o meu primeiro livro infantojuvenil - A Fábula dos Papagaios, sendo lançado pela Editora ZL Books, contendo 88 paginas, com tiragem de 500 exemplares em dezembro de 2021. Por fim, realizamos pré-lançamento do livro na UV IEMA Estaleiro Escola Professor Luiz Phelipe Andrés durante as comemorações da Semana Mundial do Meio Ambiente, em 03 junho de 2022. Atualmente, o livro A Fábula dos Papagaios entrará no seu primeiro evento literário ao participar da 15ª Feira do Livro de São Luís que está realizado pela Prefeitura Municipal de São Luís do Maranhão entre os dias 05 a 10 de dezembro 2022.