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“12 CONTOS DE NATAL” – ROSA MARIA SANTOS

12 contos de Natal reúne doze histórias lindas sobre a temática que envolve a magia do Natal. O primeiro conto fala-nos da vida de duas irmãs gémeas, Sarita e Salomé, que perderam a mãe quando nasceram e o pai, perdido de desgosto, partiu para um país distante, entregando as meninas ao cuidado da avó. Sarita crescia alegre e sadia. Já Salomé, a irmã, não se podia dizer o mesmo.

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Quando se aproximava o dia do seu aniversário, o dia de Natal, Sarita pediu a Jesus que trouxesse uma muito especial para a sua irmã. Será que o seu desejo seria concretizado?

Leia As Prendinhas do Menino, o primeiro conto entre 12 Contos que fazem parte do Livro «Doze Contos de Natal», um livro a não perder

Rosa Maria Santos

O livro está publicado em e-book em: https://issuu.com/rosammrs https://issuu.com/rosammrs/docs/doze-contos-de-natal-ebook

Chin chin,

2023

Soou a meia noite. Ao longe, o mar Investe contra as rochas, furioso. E oiço a velha ronca que ao roncar Alerta para um tempo impetuoso.

Não vejo agora estrelas pelo céu! Ao meu redor há mantos de negror Que invadem esse espaço que era meu E o tempo me roubou com despudor.

Passou-se a meia noite. As badaladas Soaram pelo ar, cadenciadas, Nos sinos lá da Igreja, junto à estrada.

E ao pensar na vida à minha frente, Não vou sentir agora um mar de gente A festejar por toda a madrugada!

José Sepúlveda

Tempo de Esperança

Fim de ano... Aferimos a balança: No braço esquerdo, o saldo negativo... Periclitante... aguarda-se a bonança... E no direito, um frágil positivo...

Movidos pelo amor e a esperança, Buscamos novo rumo, outro sentido... Seguimos com coragem, confiança, A viajar num sonho imenso e vivo...

A paz, o pão, saúde, educação, Justiça, mais emprego, habitação E muita confiança no porvir...

Se ao navegar a nau andar perdida, Então, daremos rumo à nossa vida Bem certos que a bonança há de surgir!

José Sepúlveda

Tempo Novo

Tic-tac... são ponteiros esquecidos Que insistem no seu tempo anunciar O fim de um ciclo. Os tempos já vividos Partiram para nunca mais voltar.

Tac-tac… Nos cuidados intensivos Um coração insiste em não parar E ali, do seu império dos sentidos, Ao mundo intenta vida anunciar.

No limiar de um tempo sem ser tempo, Deixa que pulse em nós o sentimento De um despertar repleto de ilusões.

Um ciclo novo, um tempo de mudança Que vai chegar vestido de esperança, Qual força viva em nossos corações

José Sepúlveda

A máquina do tempo

A máquina do tempo que não para Passou à minha porta e num instante Tentou ficar, mas quase se escancara Ao tropeçar no meu caminho errante.

Depois, lutou comigo cara a cara No curso duma longa caminhada E foi contando o tempo, coisa rara, Seguindo os passos meus desenfreada.

E num momento para. Então, se agita, Olhou para o relógio e viu, aflita, O tempo que no tempo se esgotou!

Volveu seus olhos. Logo, no caminho, Apenas viu a água do moinho

Correr p’ró mar... Mas nunca mais voltou!

José Sepúlveda

No Culminar do Ano

Corro p’ra trás na máquina do tempo E tento desvendar tempo passado, Percorro mês a mês cada momento E sinto-me sozinho, abandonado.

E enquanto peregrino, o sentimento Que fica desse tempo que vivi Provoca nostalgia e desalento Porque, passado o tempo, me perdi.

Se as horas dessas longas madrugadas Passadas em vigília, atormentadas, Fizeram que nascesse a poesia,

Na máquina do tempo que corri Noite após noite, foi que descobri Que a vida é o renascer de cada dia!

José Sepúlveda

Um novo tempo

Cinquenta e duas portas se fecharam Na máquina do tempo. Doravante, As doze badaladas que soaram Lançadas são ao vento num instante.

Trezentas e sessenta e cinco se abrem Em tempos de esperança e de alegria; Em cada, vinte e quatro que não sabem As bênçãos que são nossas num só dia.

Miríades de estrelas em ação, Instantes desta peregrinação Que moldam com rigor os gestos meus.

Num tempo sem ter tempo, pequenino, Enfrento os desatinos do destino Seguindo pela areia os passos Seus

José Sepúlveda

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