FOTOLIVRO JORNADA DO PATRIMÔNIO 2018 - UMA CIDADE, MUITAS MÃOS

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FOTOLIVRO JORNADA DO PATRIMÔNIO 2018 UMA CIDADE, MUITAS MÃOS Prefeitura da Cidade de São Paulo Secretaria Municipal de Cultura Coordenadoria de Programação Cultural Departamento do Patrimônio Histórico ©Secretaria Municipal de Cultura, 2020 Proibida a reprodução total ou parcial sem a prévia autorização dos editores. Direitos reservados e protegidos de acordo com a Lei 9.610⁄1998, que altera, atualiza e consolida a legislação sobre direitos autorais e dá outras providências.

Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do Livro, SP, Brasil) Fotolivro da Jornada do Patrimônio 2018 : Uma Cidade, Muitas Mãos / Organização: Higor Henrique Advenssude Teixeira. -- 1. ed. -- São Paulo : Secretaria Municipal de Cultura da Cidade de São Paulo, 2020. -(Fotolivros da Jornada do Patrimônio da Cidade de São Paulo ; 1) ISBN 978-65-89128-03-8 1. Cultura 2. Memória cultural 3. Patrimônio Cultural 4. Preservação Histórica I. Teixeira, Higor Henrique Advenssude. II. Série. 20-49209 Índice para Catálogo Sistemático: 1. Patrimônio cultural : Memória e preservação 363.69

CDD-363.69




JORNADA DO PATRIMÔNIO 2018

uma cidade, muitas mãos



A Jornada do Patrimônio foi criada pela Secretaria Municipal de Cultura, por meio do Departamento do Patrimônio Histórico e da Coordenadoria de Programação Cultural, para democratizar o acesso ao patrimônio cultural de São Paulo e estimular a população a reconhecer e valorizar os bens que tratam da memória e identidade dos diferentes grupos sociais presentes na cidade. Inspirada nas Journées Européennes du Patrimoine, tem como objetivos específicos a abertura de imóveis históricos tombados à visitação pública, com programação de visitas mediadas, palestras e oficinas. Em certo casos, essas atividades tratam apenas do imóvel e sua história com relação à da cidade, em outras vezes, oferecem conversas sobre preservação e restauro, ou mesmo trazem os imóveis históricos como cenário de eventos artísticos que apresentem o patrimônio cultural de maneira mais ampla ao público. A Jornada do Patrimônio tem ainda como objetivo conduzir a população a explorar a cidade por meio de roteiros de memória temáticos e estimular agentes culturais, mestres, pesquisadores, educadores, artistas e instituições culturais a propor e organizar atividades culturais que se relacionem com o projeto, para que o evento seja uma oportunidade de identificação de bens e práticas culturais em todos os territórios da capital paulista.

Higor Advenssude

Coordenador Geral da Jornada do Patrimônio


OTO: Ricardo Silva

sumário Números da Jornada

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uma cidade, muitas mãos

1. Liberdade

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5. 25 de Março

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2. Bixiga

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6. Itaquera

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3. Bom Retiro

20

7. Santo Amaro e Parelheiros

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imóveis históricos

1. Antiga Residência Vicente de Azevedo 32

8. Casarão Nhonhô Magalhães

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2. Caixa Cultural São PauloEdiício Sé

9. Casa Vilanova Artigas

41

33

10. Catedral Evangélica de São Paulo 42

3. Capela de São Miguel Arcanjo

34

11. Cemitério da Consolação

43

4. Casa Amarela da Vila Romana

35

12. Cemitério de Colônia

44

5. Casa de Cultura de Santo Amaro

37

13. CEPAV

45

6. Casa de Dona Sebastiana

38

14. Drosophila Bar

46

7. Casa Ranzini

39

15. Edifício Matarazzo

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o

roteiros de memória

16. Igreja de Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos

48

17. Liceu Coração de Jesus

49

18. MASP

50

19. MUMBI

51

20. Museu da Língua Portuguesa

52

1. A Casa da Minha Avó: os Tesouros Arquitetônicos do Bairro da Mooca

68

2. A Importância da Preservação do Patrimônio Funerário

69

3. A Maçonaria e o grande arquiteto do universo

70

4. Arte-circuito Sé

71

Arquitetura encravada entre morros

72

5. As 12 Maravilhas do Ipiranga

73

6. A Vila Madalena que o Mundo vem visitar

74

7. Caça aos Monumentos: O patrimônio escondido no Parque Buenos Aires 75

oficinas e palestras

apresentações artísticas

21. Palácio do Comércio- FECAP

54

22. Ponto Chic

55

23. Sala São Paulo

56

24. Teatro Arthur Azevedo

57

25. Theatro Municipal

58

26. Vila Itororó

60

12. O Ipiranga Histórico e seus Museus

82

13. Passado e Presente: Conexões nos Trilhos da CPTM

83

14. Passeios IAB/SP

84

15. Pelos passos da Capoeira em São Paulo 85 16. Porta, pisos e vitrais

86

17. São Paulo Negra

87

18. Santana: Três Séculos em 3 horas

88

19. São Paulo pelas mãos femininas

90

20. Tebas: um escravo na São Paulo Escravocrata

91

21. Tecendo Memórias

92

8. Caminhada pela Estrada de Ferro Perus Pirapora

22. Trajetórias Negras em São Paulo

93

76

23. Três Donas

94

9. Dos Índios ao Café e afins

78

24. Trilha Urbana: Memórias e Espaços Públicos em Perus 96

10. Jornada dos Bebês

79

11. Liberdade e Bixiga

80 102

7. São Paulo LGBT

2. Fotojornada do Patrimônio

103

8. Retratos de São Paulo: Oficina de Cianotipia 110

3. Desenhos de muitas mãos

104

4. Lab Fábrica de Restauro no Bixiga

106

5. Memória e Patrimônio

107

6. No barro se modela o tempo

108

1. Apresentação da Cantora Fortuna

120

4. Performance “Uma Cidade, Muitas Mãos” 124

2. Frequência Ausente 19Hz

121

5. Lançamentos de Livros

3. Cidade que fala

122

1. Arquitetura e Antropofagia

SESC na Jornada

9. Socioreka

109 112

10. Uma carta para casa

113

11. Tuíster da Cidade

114

126 136


uma cidade, muitas mĂŁos

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zona norte

zona leste

zona oeste

centro

zona sul

nĂşmeros

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DA JORNADA


uma cidade, muitas mãos

04 07 40 63 95 109 300 25.000 250.000

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APRESENTAÇÕES ARTÍSTICAS LIVROS LANÇADOS OFICINAS PALESTRAS ROTEIROS DE MEMÓRIAS IMÓVEIS HISTÓRICOS EVENTOS DE PÚBLICO DE REAIS INVESTIDOS

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uma cidade, muitas mãos

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Com o tema “Uma Cidade, Muitas Mãos”, a 4ª Jornada do Patrimônio do município de São Paulo, organizada pelo Departamento do Patrimônio Histórico (DPH), buscou abordar o reconhecimento dos diversos grupos que construíram o patrimônio cultural da cidade de São Paulo e formaram as muitas identidades paulistanas. A programação contou com mais de 300 atividades espalhadas por toda a cidade, tornando-se a edição com o maior número de ações entre as quatro Jornadas do Patrimônio até então realizadas. Neste ano, a programação dessas atividades foi regionalizada, e o material de divulgação da Jornada foi elaborado e organizado pelas regiões paulistanas. Essa estratégia procurou reforçar a identificação e a valorização de bens culturais, do patrimônio material e imaterial, distribuídos por toda a cidade. Enfatizava-se, assim, um dos princípios norteadores das Jornadas: valorizar as referências culturais no território paulistano, que vai muito além de seu centro histórico tradicional, já amplamente reconhecido por seu patrimônio arquitetônico e histórico.

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OTO: Hildegard Rosenthal


uma cidade muitas mรฃos Foto RICARDO SILVA

Roteiro de memรณria na Estrada de Ferro Perus Pirapora.


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uma cidade, muitas mĂŁos

16 FOTO: Hildegard Rosenthal


uma cidade, muitas mãos

Uma cidade, muitas mãos

2018

A Jornada do Patrimônio 2018 jogou luz sobre os diversos grupos que construíram o patrimônio cultural da cidade de São Paulo e formaram a identidade paulistana. Fundada inicialmente como uma vila por um colégio jesuíta junto a um aldeamento indígena, São Paulo foi promovida a cidade e funcionou como entreposto comercial, vindo, ao longo do final do século 19 e início do 20, a consolidar a industrialização do Brasil. São Paulo é terra de muitos povos, de diversos continentes, que aqui chegaram em diferentes épocas desde sua fundação. Suas manifestações culturais e suas memórias deram origem às identidades paulistanas. Todas essas histórias aqui se misturaram. É o caso de nosso sotaque, que tem influência da “língua geral”, misto de tupi e português dominante na cidade até o século 18. Dessa língua, herdamos a omissão do plural (o “dois pastel”) e a suavidade do “lh” que produz variações como “fio” e “muié”. Além das influências dos imigrantes, como o conhecido sotaque da Mooca. Nas páginas seguintes, contaremos um pouco da história de bairros e locais da cidade de São Paulo produzidos a muitas mãos e que guardam diversas memórias e identidades.

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Liberdade A partir da década de 1910, o bairro da Liberdade se tornou local de moradia e trabalho para os milhares de japoneses que imigraram para São Paulo, porém a Liberdade também guarda parte importante da triste memória negra por três aspectos: o cemitério, a forca e o pelourinho. Os escravos eram enterrados ao lado da atual Capela dos Aflitos, e o pelourinho e forca foram erguidos onde é hoje a Praça da Liberdade. De lá, também partia a principal rota de fuga de escravos rumo ao Quilombo do Jabaquara, em Santos.

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FOTO: Hildegard Rosenthal/Acervo IM


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Bixiga No início do século 20, o bairro do Bixiga recebeu imigrantes italianos, e essa ocupação pode ser notada no casario antigo e nas cantinas. A Escola de Samba VaiVai também teve origem na presença negra ali, forte até hoje. Atualmente, nordestinos e seus descendentes e os novos imigrantes africanos aumentam a diversidade cultural do bairro.

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Bom Retiro O Bom Retiro é outro bairro marcado pelas idas e vindas de diferentes grupos sociais. A região, que abrigou muitas fábricas por sua proximidade com a ferrovia, tinha uma população de operários europeus no início do século 20. Outro grupo imigrante atraído para o Bom Retiro foram os judeus, que deixaram a Europa durante o século 20 fugindo de perseguições. No bairro, estes estabeleceram confecções, que seguem agora como fábricas de imigrantes coreanos. Nelas, trabalha um grupo recém-chegado: os bolivianos.

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25 de Março A região da Rua 25 de Março firmou-se como local de comércio pela proximidade com o Centro Velho e o Rio Tamanduateí, por onde chegavam mercadorias de barco. A primeira construção a organizar esse espaço foi o “Mercado dos Caipiras”. Depois, ergueuse o Mercado Municipal. Os povos árabes, habilidosos comerciantes, estabeleceram lojas na região, onde passaram a vender especialmente tecidos. Depois, com a ascensão econômica, transferiram suas moradias para outros bairros centrais, como Brás e Pari, e para locais como Ipiranga e Vila Mariana.

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Itaquera Itaquera abrigou parte da imigração japonesa no Brasil. Estes se dedicaram à agricultura. Lá na zona leste predominava o cultivo de pêssego, o que acabou dando nome à mais importante via local: a JacuPêssego. A abertura de loteamentos ao longo das ferrovias e avenidas da zona leste a partir dos anos 1960 passou a atrair migrantes de outros estados brasileiros, especialmente do nordeste.

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FOTO: Israel dos Santos Marque Acervo Museu da Cidade de São Paulo


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Santo Amaro e Parelheiros A Vila de Santo Amaro abrigou, no século 19, a primeira colônia de imigrantes da cidade. Os alemães também se fixaram ali perto, na área onde hoje fica Parelheiros. Essa ocupação se refletiu em lugares como Brooklin, com culinária típica e associações de cultura alemã. O início da ocupação portuguesa no sul da cidade se estabeleceu em uma aldeia chamada Jurubatuba. A mesma dinâmica originou bairros como São Miguel e Pinheiros. Em meados do século 20, Parelheiros voltou a abrigar indígenas, com a instalação de aldeias guaranis perto da Represa Billings. A memória indígena também está no nome de rios (Tietê), de elementos da paisagem (Pico do Jaraguá) e de bairros (Morumbi).

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imรณveis




imóveis históricos

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antiga residência

VICENTE DE AZEVEDO

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A antiga residência de Vicente de Azevedo é um remanescente da primeira fase de ocupação residencial da Vila América, atual bairro de Cerqueira César, na região da Avenida Paulista, e se tornou um testemunho das primeiras edificações erguidas no bairro. Em 2017, foi finalizada a restauração, com um anexo contemporâneo.


imóveis históricos

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caixa cultural são paulo

EDIFÍCIO SÉ

O Edifício Sé, antiga sede da Caixa Econômica Federal em São Paulo, reflete o espírito da arquitetura paulistana eclética dos anos 1930. Projetada pelo escritório Albuquerque & Longo, a construção se destaca pelas gigantescas colunas da entrada principal e pelo mármore verde que reveste as paredes internas do térreo. Com mais de seis metros de altura, o vitral,

obra do artista italiano Henrique Zucca, retrata as riquezas de São Paulo da época: a agricultura, a indústria e a pecuária. A imponência das colunas externas é complementada pela sobriedade da decoração interna em linhas retas e materiais nobres. Hoje, o prédio abriga o Museu da Caixa e seis galerias de arte.

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FOTO: Thais Cristina de Souza

capela

DE SÃO MIGUEL ARCANJO Construída como igreja em 1622, a Capela de trabalhos. Entre 1939 e 40, a igreja foi restaurada sob São Miguel Arcanjo é o templo religioso mais antigo a orientação de Luís Saia. da cidade de São Paulo. A obra foi realizada pelas mãos indígenas sob a orientação do carpinteiro e bandeirante Fernão Munhoz, que recebeu como pagamento terras pertencentes aos índios. O Pe. João Álvares também participou na condução dos

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casa amarela

DA VILA ROMANA

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Com arquitetura neoclássica, a Casa Amarela da Vila Romana foi construída em 1921 pelo italiano Angelo de Bortoli, que chegou ao Brasil no fim do século 19. Projetada quando as ruas ainda não haviam sido demarcadas, a Casa é a mais antiga edificação do bairro.

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imóveis históricos

casa bandeirista

DO ITAIM

No Século XVIII, a Casa Bandeirista foi utilizada como parada de bandeirantes, passagem de tropeiros e viajantes. O local teve muitos proprietários até o General Couto de Magalhães receber de D. Pedro II, a nomeação das terras “Chácaras do Itahy”, constituídas de 120 alqueires que fariam parte da configuração do bairro. Mais tarde, as terras

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foram vendidas em lotes para imigrantes europeus. Um pouco antes do início da década de 90, a Casa passou por um processo de abadono, foi restaurada e hoje está sob responsabilidade do Departamento do Patrimônio Histórico.


imóveis históricos

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casa de cultura

DE SANTO AMARO Inaugurada no ano de 1897 como Mercado Municipal de Santo Amaro, a construção atendia à demanda dos moradores da região. Junto com Itapecerica da Serra e Embu das Artes, Santo Amaro formava o celeiro de São Paulo, núcleo produtor de gêneros alimentícios, durando até 1958 como mercado municipal. Hoje, o prédio é tombado

e é sede da Casa de Cultura de Santo Amaro. Suas salas eram antigas baias de alimentos agrícolas e podem ser visitadas.

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imóveis históricos

FOTO: Edgar Benitez

casa de dona sebastiana de souza queiroz

(SEDE DO IPHAN/SP)

O casarão na Avenida Angélica é um exemplar da arquitetura paulista do período republicano, construído em 1910 pelo escritório de Ramos de Azevedo para servir de residência de Sebastiana de Souza Queiroz, neta do barão de Limeira. O edifício traz em sua fachada características do ecletismo, com influência do estilo art nouveau. Seu interior foi dividido originalmente em ambientes segundo suas afinidades funcionais: no embasamento,

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os serviços: no pavimento térreo, os salões de recepção: no pavimento superior, a parte íntima da família e, finalmente, a edícula. Ao longo dos anos, o edifício passou por diversas reformas, mas manteve sua tipologia original. Desde 2010, a casa é ocupada pela superintendência paulista do Iphan (Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional), órgão federal.


casa

RANZINI Concluída em 1923, essa casa foi projetada pelo arquiteto italiano Felisberto Ranzini para ser sua residência. Ranzini foi arquiteto no escritório de Ramos de Azevedo e também professor. Em 2006, a residência foi vendida pelos dois netos do arquiteto, falecido em 1976. Restaurado em 2007, o imóvel conserva a maior parte da sua estrutura original e é mantido com recursos dos proprietários.

FOTO: Paloma Bazán

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casarão

NHONHÔ MAGALHÃES Nhonhô Magalhães era o apelido de Carlos Leôncio Magalhães, um dos maiores cafeicultores de São Paulo, considerado o “rei do café”. Após se mudar para a capital em 1912, o fazendeiro encomendou, em 1927, um projeto para construir sua residência em Higienópolis à construtora Siciliano & Silva. A casa tem estilo eclético, influenciado por palacetes franceses do século 19. Ao todo, tem 40 cômodos e possui uma capela em estilo manuelino (estilo gótico tardio português), inspirado no Mosteiro dos Jerônimos de Lisboa, no primeiro andar; e um pequeno teatro no subsolo.


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casa

VILANOVA ARTIGAS A Casa Artigas foi projetada pelo arquiteto João Vilanova Artigas, um dos principais nomes da arquitetura moderna brasileira, para ser sua própria moradia. Com fachada toda em vidro e amplo jardim projetado originalmente por Burle Marx, é um dos exemplares da arquitetura representativa da influência da Frank Lloyd Wright em São Paulo. Totalmente restaurado em 2017,

sob comando da arquiteta e urbanista Talita De Nardo Missaglia e do paisagista Luis Carlos Orsini, o imóvel é ocupado hoje pela Associação Casa Artigas, um centro cultural voltado para a manutenção do patrimônio histórico, arquitetura e design, onde organiza palestras, visitas guiadas matérias editoriais e outra ações.

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catedral evangélica

DE SÃO PAULO

A Catedral Evangélica, na Rua Nestor Pestana, é sede da Igreja Presbiteriana Independente do Brasil desde 1955. O destaque do prédio é o órgão de tubos da igreja, um dos maiores localizados em templo protestante na América Latina. De origem norte-americana, o órgão da marca Austin foi fabricado em 1911 e possui 1.700 tubos, 27 registros, dois manuais completos e pedaleira com 32 notas.

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cemitério

DA CONSOLAÇÃO Inaugurado em 1858, o Cemitério da Consolação é a necrópole mais antiga em funcionamento na cidade de São Paulo. Sua construção veio da necessidade de retirar das igrejas e dos arredores da cidade os locais de sepultamento devido às questões sanitárias. Por se tratar de jazigos pertencentes às famílias

tradicionais, o local ganhou inúmeros mausoléus assinados por grandes personalidades.

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imóveis históricos

cemitério

DE COLÔNIA O Cemitério de Colônia foi construído por imigrantes alemães que se instalaram no então município de Santo Amaro, praticamente desabitado à época, durante o reinado de D. Pedro II. Como até a Proclamação da República, o Brasil era oficialmente católico, os imigrantes decidiram abrir um espaço laico para enterrar os mortos, já

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que não havia cemitérios protestantes. As lápides possuem registros desde 1888.


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cepav O prédio da Escola Estadual Padre Antonio Vieira (Cepav) foi construído em um períodochave da expansão escolar paulista no início do século 20, atendendo a motivações republicanas claramente ideológicas e que demarcavam a centralidade da escola a partir de símbolos imponentes. Restaurado e adaptado ao

funcionamento escolar atual, mantém suas características originais.

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drosophyla

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Construída em 1920, a casa em estilo cottage com influência germânica, projetada pelo arquiteto Abelardo Soares Caiuby, apresenta em seu rico interior a forma excepcional de como morava a burguesia da época —com as pinturas nas paredes das salas principais. Totalmente restaurado e conservado, o imóvel hoje abriga o Drosophyla Bar.


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FOTO: José Cordeiro

edifício

MATARAZZO Concluído em 1939, o Edifício Conde Matarazzo foi sede das Indústrias Reunidas Fábricas Matarazzo por 33 anos, quando passou pelas mãos do Grupo Audi e, dois anos depois, para o Banco Banespa, com o qual permaneceu até 2004. Desde então, é a sede do Governo Municipal. O imponente projeto de Marcello Piacentini destaca a importância

da família Matarazzo para a cidade e o país. Todo revestido com mármore travertino romano, possui obras de arte de artistas renomados. Na cobertura, há um jardim suspenso com cerca de 400 espécies de plantas e um lago de carpas.

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FOTO: Julio Cesar J. Marcelino

igreja nossa senhora do rosário do homens pretos

DA PENHA DE FRANÇA

Considerada um patrimônio das culturas populares afro-brasileiras, a Igreja do Rosário dos Homens Pretos da Penha de França foi construída por homens e mulheres escravizados, que faziam parte da Irmandade dos Homens Pretos. Localizada na Penha, bairro mais antigo de São Paulo depois de Santo Amaro, a construção é uma evidência

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da arquitetura colonial paulista e da cultura afrobrasileira. Hoje, a Comunidade do Rosário realiza diversas atividades culturais no largo e na igreja.


imóveis históricos

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liceu

CORAÇÃO DE JESUS O Liceu Coração de Jesus é uma instituição de ensino salesiana, localizada no bairro dos Campos Elíseos. Fundada por Dom Bosco, em 1885, a escola já contou, ao longo de seus mais de 130 anos, com educação noturna, cursos técnicos e cursos superiores. Apenas nos anos 70, a instituição deixou de ser exclusivamente masculina

e, atualmente, é administrada pela Congregação dos Salesianos. O conjunto de edifícios do Liceu, incluindo sua igreja, é tombado pelo Patrimônio Histórico. Além do colégio, o complexo conta com teatro, pátio esportivo e santuário.

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masp

MUSEU DE ARTE DE SÃO PAULO O Museu de Arte de São Paulo é uma instituição privada sem fins lucrativos, fundada em 1947 pelo empresário e mecenas Assis Chateaubriand (18921968), tornando-se o primeiro museu moderno no país. Chateaubriand convidou o crítico e marchand italiano Pietro Maria Bardi (1900-1999) para dirigir o Masp e a mulher deste, Lina Bo Bardi (1914-1992), para

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desenvolver o projeto arquitetônico e expográfico. Mais importante acervo de arte europeia do Hemisfério Sul, hoje a coleção do Museu reúne mais de 11 mil obras, incluindo pinturas, esculturas, objetos, fotografias, vídeos e vestuário de diversos períodos, abrangendo a produção europeia, africana, asiática e das Américas.


imóveis históricos

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mumbi

MUSEU MEMÓRIA DO BIXIGA Construído na década de 20, o edifício que abriga o Museu Memória do Bixiga (Mumbi) é um sobrado de dois andares, inspirado na arquitetura florentina. A residência conta com uma sacada na frente, arcadas sobre colunas, parâmetros de falsa alvenaria e beirais encachorrados. Após o falecimento do primeiro e único proprietário, o

italiano Guido Donabella, o imóvel foi incorporado ao patrimônio da União Federal. Ocupado na década de 1980 por Armando Puglisi, passou a abrigar o Mumbi, que funciona até hoje.

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museu

DA LÍNGUA PORTUGUESA Inaugurado em março de 2006, o Museu da Língua Portuguesa está sediado na Estação da Luz, situada no coração de São Paulo – cidade com a maior população de falantes de português do mundo– e de importância histórica para a capital paulista e para o Brasil. A Estação era um dos principais pontos de passagem dos imigrantes

que chegavam ao país e, até hoje, é um espaço dinâmico de contato e convivência entre várias culturas e classes sociais, abrigando sotaques vindos de todas as partes do Brasil. Incendiado em 2015, atualmente passa por obras de restauro de suas estruturas históricas.

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fecap

PALÁCIO DO COMÉRCIO Com o rápido crescimento de São Paulo no fim do século 19 e início do século 20, surgiu a necessidade de treinar a mão de obra. Assim, foi criada, em 1902, a primeira escola especializada, a Escola Prática de Comércio de São Paulo, que se instalou em um imóvel oferecido pelo conde Eduardo Prates, ligado à Associação Comercial e Agrícola de São Paulo. Em 1906, o conde Álvares Penteado doou um terreno no Largo São Francisco para a construção de sua sede, que ganhou seu nome ao ser inaugurada em 1908. Tombado em 1992, o edifício foi restaurado em 2006.

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ponto

CHIC

Aberto em 1922, o Ponto Chic é famoso por ser o local de invenção do sanduíche bauru, em 1937, que se tornou ícone da culinária paulista. O restaurante funcionou no Largo do Paiçandu até 1978. No mesmo ano, um antigo funcionário, Antonio Alves Sousa, comprou a marca e levou o estabelecimento ao Largo Padre Péricles, na Barra Funda. Em 1981, ele reabriu uma filial no endereço original.

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sala

SÃO PAULO A Sala São Paulo é um espaço de concertos onde ocorrem apresentações sinfônicas e de câmara. O local, construído em 1938, faz parte do Centro Cultural Júlio Prestes, localizado na antiga estação ferroviária de mesmo nome, no bairro de Campos Elísios, no centro de São Paulo. Inaugurada no dia 9 de julho de 1999, foi a primeira

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sala de concertos do Brasil, considerada uma das melhores do mundo desde a sua concepção.


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teatro

ARTHUR AZEVEDO O Teatro Arthur Azevedo está localizado no bairro da Mooca. Projetado pelo arquiteto Roberto Tibau, foi inaugurado em 1952 e tombado pelo Conpresp em 1992 por ser um representante significativo da arquitetura paulistana da década de 1950. O teatro tem esse nome em homenagem ao poeta e dramaturgo maranhense Arthur Nabantino

Gonçalves de Azevedo (1855-1908). No saguão de entrada, há um painel pintado pelo artista plástico Renato Sottomayor.

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FOTO: Larissa Paz

theatro

MUNICIPAL O Theatro Municipal de São Paulo, desde sua inauguração em 1911, é um marco cultural, artístico e arquitetônico da cidade. Símbolo de uma metrópole moderna à época, hoje é um dos principais cartões-postais da cidade. Exemplo

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singular da arquitetura eclética paulistana, o Theatro guarda elementos originais de sua construção no começo do século 20: vitrais, lustres de cristal e piso de madeiras nobres brasileiras.


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FOTO: Larissa Paz


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vila

ITORORÓ Conjunto de edificações da década de 1920, utilizadas como casas de aluguel, a Vila Itororó atualmente passa por obras de restauração, conduzidas pelo Instituto Pedra em parceria com a Secretaria Municipal de Cultura de São Paulo. As obras ocorrem de portas abertas e podem ser visitadas pelo público nos dias e horários previstos

para isso. Em conjunto com o processo de restauro, foi inaugurado um centro cultural experimental e temporário em meio ao canteiro de obras, possibilitando ações que refletem e questionam o sentido do patrimônio.

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bens culturais participantes: Antiga Residência de Vicente de Azevedo Armazém da Memória Banco de São Paulo Biblioteca Alceu Amoroso Lima Biblioteca Álvares de Azevedo Biblioteca Álvaro Guerra Biblioteca Anne Frank Biblioteca Clarice Lispector Biblioteca Mário de Andrade Biblioteca Municipal Paulo Duarte / Sítio da Ressaca Biblioteca Municipal Ricardo Ramos Biblioteca Narbal Fontes Biblioteca Paulo Setúbal Biblioteca Prestes Maia (Centro Cultural Santo Amaro) Biblioteca Pública Raul Bopp CAIXA Cultural São Paulo - Edifício Sé Capela do Morumbi - Museu da Cidade Casa Amarela da Vila Romana Casa Artigas Casa Bandeirante - Museu da Cidade Casa Bandeirista do Itaim Casa da Imagem - Museu da Cidade Casa das Caldeiras Casa das Rosas - Espaço Haroldo de Campos de Poesia e Literatura Casa de Cultura Hip Hop Leste Casa de Cultura Municipal de Santo Amaro Casa de Cultura Raul Seixas (Casa de Cultura Itaquera) Casa de Cultura Salvador Ligabue Casa de Dona Sebastiana de Souza Queiroz (IPHAN) Casa de Dona Yayá Casa de Portugal Casa de Vidro Casa do Grito - Museu da Cidade Casa do Tatuapé - Museu Da Cidade Casa Guilherme de Almeida Casa Mário de Andrade Casa Nadyr de Oliveira Casa Ranzini Casa Sertanista - Museu da Cidade Casarão da Chácara Inglesa Casarão do Belvedere Casarão Mourisco / Bibli-ASPA

Casarão NhoNhô Magalhães Castelinho da Rua Apa Catedral Evangélica de São Paulo Cemitério da Paz Cemitério de Colônia Cemitério do Redentor Cemitério dos Protestantes Centro Cultural Banco do Brasil Centro Cultural São Paulo Centro de Cidadania LGBT Luiz Carlos Ruas Centro de Referência da Dança da Cidade de São Paulo Centro Histórico e Cultural Mackenzie Centro Universitário Adventista de São Paulo CEPAV - Escola Estadual Padre Antonio Vieira Chácara Lane - Museu da Cidade Complexo Cultural Funarte SP Drosophyla Edifício Matarazzo Edifício Ramos de Azevedo Estação da Luz - Museu da Língua Portuguesa ETEC Carlos de Campos Faculdade de Ciências Exatas e Tecnologia da PUC-SP FAU - USP - Edifício Vilanova Artigas Fundação Armando Alvares Penteado Fundação Ema Klabin Galeria do Rock Igreja Nossa Senhora do Rosário dos Homens Pretos da Penha de França Instituto de Arquitetos do Brasil Liceu Coração de Jesus Memorial da América Latina Memorial da Resistência de São Paulo (Estação Pinacoteca) MuBE - Museu Brasileiro da Escultura e Ecologia Museu Afro Museu da Casa Brasileira Museu da Energia de São Paulo Museu da Imigração Museu de Arte Sacra de São Paulo Museu do Ipiranga Museu do Tribunal de Justiça de São Paulo - Palacete Conde de Sarzedas Museu Memória do Bixiga Núcleo de Preservação da Memória Política OCA - Museu da Cidade

Palácio da Justiça Palácio do Comércio - FECAP Paróquia Coração de Maria da Rua Jaguaribe Paróquia Santa Ifigênia Pinacoteca do Estado De São Paulo Ponto Chic Prédio Histórico dos Correios Sala São Paulo Santuário e Convento São Francisco Sítio da Ressaca - Museu da Cidade Sociedade Amigos da Dalmácia Solar da Marquesa de Santos - Museu da Cidade Teatro Arthur Azevedo Teatro Cacilda Becker Teatro de Arena Eugênio Kusnet Teatro Oficina Vila Itororó


Cavaletes Expositivos do Masp. FOTO: FLAGRANT



roteiros




2018

roteiros de memória

FOTO: Raisa Ribeiro

a casa da minha avó:

CAÇA AOS TESOUROS ARQUITETÔNICOS DO BAIRRO DA MOOCA O bairro da Mooca conserva seus ares de cidade do interior pelas moradias antigas ainda existentes. Construídas no início do século 20, as “casinhas de vó” aparecem com certa frequência em diversas ruas e despertam um sentimento nostálgico por manterem o cenário da época. Essas construções, embora não sejam bens tombados,

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configuram a paisagem da região e formam parte da identidade do local. Durante uma manhã de caminhada pelo bairro, um jogo de caça ao tesouro integrou crianças e adultos, que, por meio de fotos e ilustrações, (re)descobriram alguns imóveis marcantes da região.


roteiros de memória

a importância da preservação do patrimônio funerário

NO CEMITÉRIO DA CONSOLAÇÃO EM SÃO PAULO

2018

O Cemitério da Consolação foi o primeiro campo santo laico da cidade de São Paulo. Inaugurado em 1858, recebeu os corpos de personalidades da sociedade, como industriais, barões do café, pintores, escultores e escritores. O roteiro, destinado ao público em geral, abordou a importância deste patrimônio para a nossa cidade.

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2018

roteiros de memória

FOTO: Shirley Damy

a maçonaria

E O GRANDE ARQUITETO DO UNIVERSO A Maçonaria é uma organização fraternal com grande importância no período Imperial, tanto para o Brasil quanto para São Paulo. O bairro Liberdade, no centro da capital, batizou suas ruas com os nomes de alguns maçons, grandes contribuintes para a trajetória e construção o país. Neste roteiro, ao passar pelas vias que circundam a Faculdade de Direito do Largo São

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Francisco, a Praça João Mendes e o bairro Liberdade, foram relembradas as histórias dos homenageados. O trajeto foi finalizado em frente a uma Loja Maçônica, onde os principais símbolos da organização, como compasso, esquadro, trolha, régua, nível, cinzel e o triângulo, puderam ser contemplados e entendidos.


roteiros de memória

2018

FOTO: Ivaldo Brasil

arte-circuito

O roteiro “Arte-Circuito Sé” é uma caminhada por entre os cinco espaços autônomos de arte contemporânea no distrito da Sé. Um passeio pelo distrito histórico da cidade para revelar a nova arte que surge por meio de coletivos e práticas colaborativas em locais inusitados, como velhos casarões e prédios modernistas. Os participantes

puderam visitar os espaços e conhecer um pouco mais da história da arte moderna e contemporânea no Centro Velho de São Paulo.

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2018

roteiros de memória

FOTO: Shirley Damy

arquitetura encravada

ENTRE MORROS

A topografia de São Paulo sempre foi um desafio aos que aqui chegaram desde a colonização. A cidade precisou vencer morros e vales para expandir-se, principalmente no século 20, quando passou a crescer vertiginosamente. Foram visitadas algumas obras arquitetônicas marcadas pela ousadia, ocupação e adaptações

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às regiões tão acidentadas. São elas: o Centro de Cultura Judaica (Unibes), a Estação Sumaré, a Casa Guilherme de Almeida e o Estádio Pacaembu.


roteiros de memória

2018

FOTO: Ana Silvia Bloise

as 12 maravilhas do ipiranga:

O LEGADO DO CONDE JOSÉ VICENTE DE AZEVEDO A proposta deste roteiro foi conhecer um conjunto de instituições assistenciais e de ensino, situadas ao longo da Avenida Nazaré, que testemunham a primeira ocupação do bairro do Ipiranga, na antiga colina histórica. Construídas em terrenos de propriedade do Conde José Vicente de Azevedo, foram doadas com a finalidade única

de ajudar e dar educação àqueles que mais necessitavam à época: órfãos, ex-escravos, filhos de imigrantes, crianças pobres e cegos.

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roteiros de memória

2018

Foto MARINA MORETTI

FOTO: Mariana Moretti

a vila madalena

QUE O MUNDO TODO VEM VISITAR O Ô de Casa Hostel e o Free Walking Tour São Paulo recebem, há anos, estrangeiros de todas as partes do mundo que vêm para o Brasil conhecer a Vila Madalena. Neste roteiro, foi apresentado, desta vez para os paulistanos, o que a Vila tem para atrair tantas pessoas, de tantos lugares diferentes. Foram apreciados grafites, centros culturais,

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bares, lojas e ruas de importância para a população local, que fizeram do bairro um ponto de referência na cidade de São Paulo.


roteiros de memória

2018

FOTO: Priscila Torres

caça aos monumentos:

O PATRIMÔNIO ESCONDIDO NO PARQUE BUENOS AIRES

Destinado a crianças e famílias, o roteiro buscou desvendar, por meio de uma caça ao tesouro, as histórias e significados por trás dos monumentos do Parque Buenos Aires. O objetivo foi despertar a sensibilidade e a curiosidade sobre o patrimônio histórico da cidade de São Paulo, de forma lúdica e divertida.

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roteiros de memรณria


roteiros de memória

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caminhada pela estrada de ferro

PERUS PIRAPORA

Em 1911, a Estrada de Ferro Perus-Pirapora começou a ser construída com o propósito de unir o bairro de Perus a Vila de Pirapora, seguindo paralelamente o Rio Juquery. Concluída em 1914, a ferrovia tornou-se o meio de locomoção dos operários, além de transportar o calcário produzido no bairro do Gato Preto. Em 1951, a linha férrea

foi comprada pelo Grupo JJ Abdalla, fundador da fábrica de cimento Portland, que décadas mais tarde veio à falência.

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roteiros de memória

FOTO: Almir Marcellino

dos índios

AO CAFÉ E AFINS Em um roteiro de cicloturismo, apresentamos a região entre a Avenida Paulista e o centro. O trajeto partiu da Paulista em direção ao Pacaembu, com destino ao Elevado Presidente João Goulart, mais conhecido como Minhocão; passou pela Igreja do Largo Padre Péricles, onde está o signo de proclamação da Independência do Brasil; e se

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encerrou no Centro Histórico, visitando lugares como as Estações da Luz e Júlio Prestes, o Pátio do Colégio e o Solar da Marquesa de Santos.


roteiros de memória

2018

FOTO: Déborah Fabricio

jornada

PARA BEBÊS

A cidade de São Paulo tem um déficit relacionado às áreas que acolhem crianças, sobretudo os bebês e suas mães, puérperas ou não. Com este roteiro, foi possível incluir e acolher os bebês por meio dos equipamentos culturais da cidade. Além disso, foi uma forma de ressignificar a identidade dos patrimônios históricos e, desta maneira, preservá-los.

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roteiros de memória

2018

FOTO: Dani Sadrini

liberdade e bixiga:

HISTÓRIA DE ESCRAVOS E IMIGRANTES EM SÃO PAULO Antes de ser um bairro típico de imigração japonesa, a Liberdade foi parte da história da escravidão em São Paulo, assim como o Bixiga, criado na época do Quilombo Saracura. Este roteiro buscou conhecer as trajetórias dos dois bairros. O passeio resgatou essa história a partir de uma linguagem simples voltada para

crianças, mas que também despertou o interesse de adultos e idosos.

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roteiros de memória

FOTO: Elaine Gastaldello

o ipiranga histórico

E SEUS MUSEUS

O roteiro teve início em frente ao Museu e Memorial de Santa Paulina e seguiu ao Museu de Zoologia. Passamos pela frente do Museu Paulista, os Casarões da Família Jafet e descemos pelo Parque da Independência para visitarmos a Casa do Grito. Em seguida, fomos ao Monumento à Independência e visitamos a

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Cripta Imperial, onde estão os restos mortais de D.Pedro I e de suas duas esposas. Voltamos pelo Parque até a Rua dos Patriotas, e encerramos o passeio na feira de artesanato.


roteiros de memória

2018

FOTO: Ewerton Henrique de Morais

passado e presente:

CONEXÕES NOS TRILHOS DA CPTM As linhas da CPTM guardam paisagens e edifícios que nos remetem ao final do século 19 e à história da primeira ferrovia de São Paulo. Tudo isso em meio ao atual cenário agitado e dinâmico dos transportes. Para contar parte desta história, escolhemos o pátio ferroviário e a Estação da Luz. Propomos um diálogo, que mescla a riqueza

do patrimônio ferroviário e curiosidades sobre a operação dos trens.

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2018

roteiros de memória

passeios

IAB/SP

O passeio arquitetônico é um circuito de caminhadas que tem como ponto de partida o edifício-sede do IAB-SP, Instituto de Arquitetos do Brasil – Departamento São Paulo, localizado no centro da capital. A proposta abrange identificar grandes obras arquitetônicas, referências urbanas de São Paulo, assim como

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contar histórias e curiosidades sobre seus projetos e construções.


roteiros de memória

2018

pelos passos

DA CAPOEIRA EM SÃO PAULO A capoeira é uma manifestação sociocultural de origem afro-brasileira, que mistura luta, dança, elementos da cultura popular e música. Este roteiro abordou o histórico da capoeira e sua ligação com o movimento negro da cidade de São Paulo. Visitamos uma das mais antigas rodas de capoeira na Praça da República, a Igreja do Rosário dos

Homens Pretos, no Largo do Paiçandu; e o centro cultural Casa do Mestre Ananias, pai da capoeira paulistana e um dos mais importantes mestres do país, localizada no Bixiga.

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2018

roteiros de memória

FOTO: Genebaldo Lima Ferreira

portas, pisos

E VITRAIS

A cidade de São Paulo começou no alto de uma colina cercada por dois rios importantes: o Anhangabaú e o Tamanduateí. A partir do Pátio do Colégio, a pequena Vila de São Paulo de Piratininga foi se desenvolvendo muito lentamente dentro desse espaço, formado por três ruas que se tornaram principais: São Bento, Direita e XV de

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Novembro. O roteiro passou por edifícios marcantes para a história da cidade e que apresentam uma rica arquitetura, com mosaicos, afrescos, lustres, vitrais importados e nacionais.


roteiros de memória

2018

FOTO: Helena Tacola Ramalho

são paulo

NEGRA

Os vestígios da ocupação afro-brasileira em São Paulo foram apagados por intervenções que transformaram a cidade durante o fim do século 19 e, posteriormente, foram negligenciados pelas classes dominantes. Contudo, ao visitar a cidade, é possível observar indícios dessa presença. O Coletivo Sampa Clio percorreu o centro de São

Paulo com o objetivo de valorizar os espaços e destacar a presença histórica de africanos e seus descendentes na formação da cidade.

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roteiros de memรณria

FOTO: Alice Bertu


roteiros de memória

2018

FOTO: Alice Bertu

santana:

3 SÉCULOS EM 3 HORAS

Em parceria com o Departamento do Patrimônio Histórico da Secretaria Municipal de Cultura, o @santana3em3 ofereceu duas intervenções culturais no bairro de Santana, na zona norte de São Paulo. No sábado, nos deparamos com um bairro movimentado, comércio pulsante e muita agitação, especialmente no Cepav e na Biblioteca Narbal Fontes. No domingo, um clima sereno e muita tranquilidade para caminhar pelas ruas. O roteiro contou com a colaboração essencial da fotógrafa Aline Bertuccelli.

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2018

roteiros de memória

são paulo

PELAS MÃOS FEMININAS Mãos femininas que ditaram tendências e influenciaram hábitos e costumes paulistanos: algumas célebres; outras anônimas. De quem foram e de quem são algumas dessas mãos? Mãos que vieram de fora e de dentro do Brasil. Mãos que trabalharam na terra, na fábrica, no comércio, nas artes, na política. O roteiro propôs um passeio a

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pé sob o ponto de vista de mulheres que deixaram suas digitais, ora lutando, ora transgredindo e ora transformando hábitos e costumes.


roteiros de memória

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tebas: um negro arquiteto

NA SÃO PAULO ESCRAVOCRATA O roteiro percorreu as obras de Joaquim Pinto de Oliveira (1721-1811), o Tebas. Além de ornamentar em pedra de cantaria as fachadas das igrejas do Mosteiro de São Bento (1766), da Ordem 3ª do Carmo (1777) e da Ordem 3ª do Seráfico São Francisco (1783), construiu a torre da antiga Igreja Matriz da Sé (1750) e a reformou 28

anos depois, ocasião em que conquistou a alforria. Sua realização mais emblemática foi o Chafariz da Misericórdia (1892), instalado no largo de mesmo nome e que foi removido em 1886.

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2018

roteiros de memória

tecendo memórias:

REMINISCÊNCIAS DA INDÚSTRIA TEXTIL E ATUAIS DINÂMICAS URBANAS NA MOOCA O roteiro visou oferecer uma visão da evolução histórica e urbanística do bairro da Mooca a partir da observação dos edifícios remanescentes de épocas distintas, sobretudo do patrimônio industrial. Algumas das atrações principais do roteiro incluíram: antiga Fábrica da Alpargatas, Cotonifício Crespi,

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os Galpões da Artec, a antiga Fábrica Labor e o Museu da Imigração. O roteiro proporcionou ainda a observação da arquitetura de outras épocas ainda vigente no bairro, sobretudo aquela que remonta ao início do século 19.


roteiros de memória

2018

FOTO: Roberto Assem

trajetórias negras

EM SÃO PAULO

Adentramos a história da formação social brasileira a partir de uma visita às regiões centro e zona sul da capital. Nesse roteiro, o público conheceu a história e trajetória das populações negras de São Paulo. A visita ocorreu nos bairros Liberdade e Jabaquara e no Sítio da Ressaca (edificação de 1719 utilizada como lugar de repouso dos escravos em fuga na época do Brasil Colonial).

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2018

roteiros de memória

Oficina “Desenho de Muitas Mãos” com Paulo von Poser.

FOTO: Roberto Assem

três

DONAS

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O roteiro “Três Donas” trata da história de figuras femininas de grande relevância para a cidade de São Paulo, fundadoras do bairro de Higienópolis a partir do loteamento de suas terras: Donas Veridiana, Maria Antônia e Maria Angélica. Mulheres de elite, com trajetórias de vida distintas, que dão nome a ruas do bairro. O trabalho de pesquisa foi realizado pelo Coletivo PISA: Cidade + Pesquisa.


roteiros de memória

2018

FOTO: Roberto Assem

dona maria angélica

dona maria antonia

dona veridiana

Neste percurso destacamos Dona Maria Angélica Aguiar de Barros, dona da antiga Chácara das Palmeiras, onde passou a residir após a morte do marido, em 1893. O empreendimento do loteamento da sua grande chácara, comandado por ela, deu origem a grande parte dos lotes do bairro abaixo da Av. Higienópolis.

Neste percurso destacamos Dona Maria Antônia da Silva Ramos, dona da chácara entre as atuais ruas Dona Veridiana e Consolação. Sua história no bairro Higienópolis remete à doação de um grande terreno à Igreja Presbiteriana, local onde futuramente se instalaria o Grupo Mackenzie.

Neste percurso destacamos Dona Veridiana Valéria da Silva Prado, extremamente relevante na vida social da elite paulistana da época. Mudou-se para a área que viria a ser Higienópolis em meados de 1880, a partir da construção da Chácara Vila Maria, famosa pelos eventos que reuniram diversos intelectuais.

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2018

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roteiros de memรณria

FOTO: Ricardo Silva


roteiros de memória

2018

FOTO: Ricardo Silva

trilha urbana:

MEMÓRIAS E ESPAÇOS PÚBLICOS EM PERUS

Zona de passagem de tropas militares durante os períodos colonial e imperial, Perus, o bairro mais ao norte da cidade de São Paulo, foi também uma importante região mineradora. O roteiro abordou a história da região a partir da ocupação, revitalização e ressignificação dos espaços públicos como lugares de encontro, das diversidades e diferenças.

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ficina “Desenho de muitas mãos”. FOTO: Larissa Paz


oficinas




2018

oficinas e palestras

FOTO: Carila Matzenbacher

arquitetura e antropofagia

NO TEATRO OFICINA

A oficina ofereceu uma análise aprofundada do projeto do Teatro Oficina, de Lina Bo Bardi e Edson Elito, para melhor entendimento do espaço político e urbano que representa essa obra para o país. A leitura da proposta de projeto dos arquitetos, inserida em seu contexto no Bixiga, instiga uma interpretação a partir do bairro como principal

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Fotos: CARILA MATZENBACHER

elemento de concepção do espaço, e o usuário comum como principal espectador, passando pelos conceitos teatrais contemporâneos e chegando até a descrição da construção do espaço cênico.


oficinas e palestras

2018

FOTO: André Douek

fotojornada

DO PATRIMÔNIO

A “FotoJornada do Patrimônio 2018 - Uma Cidade, Muitas Mãos”, destinada a fotógrafos profissionais e amadores, foi um passeio para documentar fotograficamente o patrimônio material e imaterial da cidade de São Paulo e seus habitantes.

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oficinas e palestras

2018

FOTO: Larissa Paz

desenho de muitas mãos

COM PAULO VON POSER

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A relação dos icônicos edifícios do Theatro Municipal e Praça das Artes com a cidade foi a proposta da oficina de Paulo von Poser, que é artista visual, arquiteto, desenhista, ceramista, ilustrador e professor. Explorando esta convivência, von Poser ensinou técnicas de desenho livre.


oficinas e palestras

2018

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FOTO: Larissa Paz


2018

oficinas e palestras

FOTO: Diego Rodrigues Vieira

lab fábrica de restauro

NO BIXIGA

A proposta do LAB é capacitar profissionais de todos os níveis (pintores, pedreiros, marceneiros, serralheiros, arquitetos, entre outros) para a prestação de serviços de conservação e restauro, além de engajar a comunidade em uma práxis preservacionista que conserve, ressignifique e contribua para a construção simbólica do

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território. A primeira ação concreta dessa iniciativa será o restauro do Museu Memória do Bixiga, que servirá de incubadora para a continuidade do LAB Fábrica de Restauro.


oficinas e palestras

2018

memória

E PATRIMÔNIO “Propusemos realizar uma visita que, a partir das diferentes percepções dos funcionários do Masp (orientadores, arquitetos, conservadores, entre outros), abordasse temas relativos à conservação e salvaguarda, tanto do patrimônio físico e material do Museu quanto do imaterial, enfocando a presença da instituição na memória

coletiva da cidade e dos indivíduos que lá trabalham. Propusemos uma discussão que reuniu memórias, relatos históricos e técnicos, além de uma análise conjunta do espaço e patrimônio do museu”.

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2018

oficinas e palestras

no barro

SE MODELA O TEMPO

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A partir do manuseio da argila, os participantes foram convidados a compartilhar suas memórias enquanto modelavam. O intuito foi estimular as pessoas a se olharem, ativando a memória familiar e a estética do cotidiano, a partir da reflexão sobre histórias não contadas e como a arte perpassa esses caminhos.


oficinas e palestras

2018

FOTO: Uílton Garcia

são paulo

LGBT

A comunidade LGBT de São Paulo é muito mais que festas e vida noturna: somos, também, cultura, diversidade, reivindicações e políticas públicas. A ideia da palestra “São Paulo LGBT” foi contar um pouco da história antiga e recente da cidade, trazendo como exemplos alguns pontos históricos, contextualizando sua importância para

a comunidade, assim como destacar a relevância de atividades que proponham discussão e considerações sobre o assunto.

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2018

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FOTO: Emerson Aparecido de Souza

oficinas e palestras


oficinas e palestras

2018

FOTO: Emerson Aparecido de Souza

retratos de são paulo

OFICINA DE CIANOTIPIA A oficina propôs aos participantes resgatar a memória cultural de São Paulo por meio de fotografias dos principais bens culturais da cidade, utilizando a técnica fotográfica artesanal: cianotipia (desenvolvida no século 19 e que utiliza sais de ferro sensíveis à luz ultravioleta, como a do sol, para criar imagens impressas, com uma vasta gama de tons

azuis). Foram utilizados fotogramas (imagens dos bens culturais) para obter cópias. Uma maneira de refletir sobre a importância da preservação e a valorização da arquitetura paulistana por meio do retrato visual dessas edificações.

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oficinas e palestras

2018

Foto MARIANA CASTRO E SILVA

socioreka: UM OLHAR CURIOSO SOBRE A CIDADE E AS PRÁTICAS CULTURAIS

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Como podemos olhar para a cidade e observar seu patrimônio imaterial? Precisamos da curiosidade e imaginação para fugir do cotidiano. Nesta oficina, o olhar investigativo foi trabalhado por meio de imagens e palavras sobre a cidade e o seu movimento.


oficinas e palestras

2018

Foto JANICE DE PIERO

uma carta

PARA A CASA

A oficina teve como proposta resgatar um ato pouco comum nos dias de hoje: a escrita de cartas. Por meio dessa ação, oferecemos aos diversos públicos a oportunidade de se declarar para a Casa Amarela e deixar documentados seus sentimentos e memórias relacionados a ela.

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2018

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oficinas e palestras


oficinas e palestras

2018

tuíster

DA CIDADE “Pé direito na Praça Roosevelt!”, “Mão esquerda na Catedral da Sé!”, “Pé esquerdo no Largo do Arouche!”, “Mão direita no Carnaval de Rua de São Paulo!”. Quem conhece o jogo Twister sabe que ele requer muita habilidade para colocar os pés e mãos em espaços coloridos, espalhados por um tapete plástico. No “Tuíster da Cidade”,

os pontos coloridos são lugares que se estendem do território cultural da Consolação até o Parque Dom Pedro II, do Bixiga até o Jardim da Luz. O jogo é fruto do curso “Cidade como Experiência: Território Nômade” e tem apoio do Formiga-me e do Hey Sampa!

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apresentacĂľes




apresentações artísticas

2018

apresentação

DA CANTORA FORTUNA

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Visita guiada pelo Memorial de Imigração Judaica, seguida de apresentação da cantora Fortuna, que reuniu canções de povos judeu, árabe e cristão. Músicas que ressaltam valores como tolerância, universalidade e respeito à diversidade, resgatando sonoridades, melodias e tradições musicais judaicas.


apresentações artísticas

cidade

QUE FALA

2018

Como era a vida de pessoas que desempenharam papéis importantes na formação de São Paulo? A resposta é o que norteou o projeto que revelou aspectos importantes da narrativa histórica por meio de personagens reais e edificações fundamentais para a compreensão do nosso desenvolvimento. A intervenção artística “Cidade que fala” permitiu ouvir ao celular a voz de personagens que contaram um pouco de sua história, ou do local onde estavam, a partir da leitura de um QR code.

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2018

apresentações artísticas

frequência

AUSENTE 19Hz

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Experiência em áudio 3D binaural e imagens digitais com dramaturgia criada sobre a história e a memória da cidade e de seus moradores. Usando fones de ouvidos e smartphones, o público foi guiado individualmente pelas ruas por um personagem desmaterializado, em uma jornada existencial na qual os conflitos desse ator sem plateia se misturavam com a macro e micro percepções da vida.


apresentações artísticas

2018

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2018

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apresentações artísticas


apresentações artísticas

performance “uma cidade, muitas mãos”

COM A COMPANHIA CÊNICA NAU DE ÍCAROS

2018

Performance realizada a partir de seis ‘estátuas’. Apresentação especialmente criada para a Jornada do Patrimônio, inspirada nos diversos grupos que construíram o patrimônio cultural da cidade de São Paulo e formaram a identidade paulistana. Foram vistos personagens que representaram a importância das migrações para a composição da população da cidade de São Paulo.

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apresentações artísticas

2018

lançamentos

DE LIVROS

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apresentações artísticas

100 anos

VILA MARIA ZÉLIA

2018

Partindo de depoimentos de moradores e exmoradores da Vila Maria Zélia, o livro relata a história do bairro desde a sua fundação em 1917. Busca, por meio da memória dos moradores, resgatar o cotidiano de uma vila operária, dando vida aos prédios tombados pelo Condephaat e Conpresp. Durante o lançamento, houve a projeção do filme ”100 Anos – Vila Maria Zélia” , uma exposição de fotos das atividades realizadas pela Associação Cultural Vila Maria Zélia e uma visita guiada ao Centro de Memória.

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apresentações artísticas

FOTO: Sampapé!

bixiga

A PÉ!

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Conhecer lugares incríveis caminhando é muito bom, não é mesmo? Mas é muito mais enriquecedor quando há informações na palma de sua mão. Com o mapa “Bixiga a Pé”, o cidadão teve acesso a dados sobre a história e a arquitetura do bairro do Bixiga. Assim, o mapa pôde estimular o caminhar desacelerado e atencioso, ao mesmo tempo em que colaborou com a preservação do patrimônio.


apresentações artísticas

croácia no brasil entre 1918 e 1941:

SEGUNDA FASE DE IMIGRAÇÃO

2018

Publicação do projeto de pesquisa “História da Croácia e dos croatas no Brasil”, cuja principal proposta é dar maior visibilidade à presença e à contribuição dos croatas na sociedade brasileira e, em especial, na paulistana. No lançamento, foram apresentados os destaques do imenso patrimônio que os croatas construíram em terras brasileiras. O público teve a oportunidade de ver um dos primeiros mapeamentos da comunidade croata em São Paulo, elemento inédito em pesquisas sobre imigração.

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2018

apresentações artísticas

documentário

ESPÓLIO DA CIDADE

Direção: André Turazzi e Paulo Murilo Fonseca

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Exibição do documentário “Espólio da Cidade”, que retrata a visão de seis pessoas, cujas vidas têm relação com os edifícios tombados. Evidencia assim a tensão entre memória e desenvolvimento urbano em São Paulo e mostra que a preservação e a conservação dos patrimônios são questões complexas.


apresentações artísticas

nossa cidade,

NOSSA CASA

2018

Esta publicação, feita pela Associação Preserva São Paulo, tem o objetivo de fazer com que o paulistano passe a olhar para sua cidade com outros olhos, não os do preconceito ou os da desinformação, mas aqueles que apreciam os detalhes da arquitetura da cidade. Além disso, apresenta a proprietários, locatários e usuários de imóveis, diversas dicas importantes sobre como cuidar melhor desses espaços, aprendendo a conservar e a valorizar os materiais originais.

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2018

apresentações artísticas

FOTO: Pablo Araripe

sarau urutu

MEMORIAL POÉTICO SÍTIO MIRIM

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O livro foi lançado em fevereiro de 2018, no bairro de São Miguel Paulista, zona leste de São Paulo, durante o Sarau Urutu. Esse encontro acontece uma vez por mês, transformando a Rua Urutu em uma verdadeira assembleia poética. O espaço fica ao lado do Sítio Mirim, Patrimônio Histórico da Cidade.


apresentações artísticas

vamos falar do brás?

200 ANOS DE MEMÓRIAS

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A antologia “Vamos falar do Brás – 200 anos de memórias” é uma homenagem ao tradicional bairro paulistano, que completou 200 anos de história em 2018. A obra é composta por vários autores que evocam, em seus artigos, memórias, personalidades e acontecimentos ocorridos no Brás. A obra, que conta com farto acervo fotográfico, faz parte da série “Bairros Paulistanos” (Editora Matarazzo). A organização é da escritora, jornalista e pesquisadora cultural Thais Matarazzo.

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ESC Pompeia. FOTO: Nelson Kon


SESC

NA JORNADA


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Foto DANI SANDRINI

OTO: Roberto Assem

uma cidade, muitas mĂŁos


uma cidade, muitas mãos

Diversas unidades do Sesc participaram da Jornada do Patrimônio 2018, com 18 atividades que convidaram os participantes à uma aproximação da história e da memória da cidade. A proposta foi um mergulho na diversidade dos costumes, saberes e identidades da metrópole paulistana. De espaços consagrados pela prática de capoeira aos palacetes de Higienópolis, das ruas do Bixiga e de Perus ao Morro da Querosene, as caminhadas levaram os participantes a uma visão mais aprofundada, algo fundamental para uma melhor compreensão do DNA da cidade. Também foram realizadas palestras e visitas guiadas pelo Sesc Pompeia, além de oficinas no Sesc Campo Limpo.

2018

PROGRAMAÇÃO: ROTEIROS DE MEMÓRIA A Avenida Paulista e a Construção da Esfera Pública na Cidade Audiotour: Um Passeio pela Avenida Paulista Vila dos Ingleses Liberdade e Bixiga- Histórias de Escravos e Imigrantes (para crianças) Três Donas Paisagens da Serra do Mar A Chegada dos Imigrantes Árabes e Espanhóis no Bairro do Ipiranga Reminiscências Paulistanas: Memórias de um Nordestino em São Paulo Morro do Querosene Casa do Bandeirante Visitas Patrimoniais-Artísticas: A Fábrica da Lina Arquitetura: Modernidade, Tradição e Cultura Popular Trilha Urbana - Brincadeiras em Perus Trilha Urbana - Memórias e Espaços Públicos em Perus Pelos Passos da Capoeira em São Paulo Trajetórias Negras em São Paulo OFICINA Memoráveis Paisagens PALESTRA Anabela Gonalves Vaz, Aline Rodrigues, Gisele Brito, Lu Brito, Ronaldo Bastos e Tony Marlon. Sesc Campo Limpo

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Visita Ă s obras de restauro do Museu do Ipiranga durante a Jornada do PatrimĂ´nio.

FOTO: Ricardo Silv



PREFEITURA DA CIDADE DE SÃO PAULO PREFEITO

Bruno Covas

SECRETARIA MUNICIPAL DE CULTURA SECRETÁRIO

Hugo Soveral Possolo

SECRETÁRIA-ADJUNTA Regina Silvia Pacheco

CHEFE DE GABINETE Tais Ribeiro Lara

ASSESSOR DE GABINETE Maurício Garcia

COORDENADORIA DE PROGRAMAÇÃO CULTURAL COORDENADORA Gabriela Fontana

JORNADA DO PATRIMÔNIO 2018 Uma Cidade, Muitas Mãos COORDENADOR GERAL Higor Advenssude

CONTEÚDO E PESQUISA Walter Pires, Fátima Antunes e Alice Américo IDENTIDADE VISUAL E DESIGN Diego Arvate

PRODUTORES EXECUTIVOS

Rodrigo Vitulli, Bruno Mota, Alexandra Pereira de Araújo, Edgar Benitez, Karine Santos e Leonardo Haddad

FOTOLIVRO JORNADA DO PATRIMÔNIO 2018 Uma Cidade, Muitas Mãos

DEPARTAMENTO DO PATRIMÔNIO HISTÓRICO

ORGANIZAÇÃO

DIRETOR

Victor Henrique Fidelis

Marco Antônio Cilento Winther

Higor Advenssude

IDENTIDADE VISUAL E PROJETO GRÁFICO PRODUÇÃO

Bruno Andrade

SECRETARIA MUNICIPAL DE TURISMO SECRETÁRIO

Miguel Calderaro Giacomini

SECRETÁRIO-ADJUNTO Rodolfo Marinho

CHEFE DE GABINETE Vicente Rosália

COORDENADOR DE EVENTOS DA CIDADE Vander Lins

REVISÃO ORTOGRÁFICA Luiz Quesada

AGRADECIMENTOS

Mariana Rolim e Karina Kodaira


sĂŁo paulo, dezembro de 2020




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