Domingo, 14 de setembro de 2008
Cidades Pornografia na rede Um batalhão de advogados vai acionar a k1 Estacionamento Ltda. de Belo Horizonte, cujo responsável se identifica como Jovanis Donizetti Ribeiro. Ele é acusado de registrar em seu nome cerca de 3.000 domínios “.com.br” pornográficos utilizando, entre outros, nomes de artistas como Adriane Galisteu, Ildi Silva, Carolina Ferraz, Daniele Winits e Juliana Knust.
O Ministério da Saúde fez uma pesquisa sobre a prática sexual de idosos. Entre os homens muitos confessam usar Viagra. Mas poucas mulheres dizem ter visto o marido tomar o elixir da saliência. Das duas, uma: ou os homens tomam o remedinho escondido das esposas ou... usam para pular a cerca.
Aids e idosos
Essa pesquisa, na verdade, é para nortear a próxima campanha do Dia Mundial de Combate à Aids brasileira, que terá os idosos como tema. É que de cinco anos para cá cresceram os casos da doença em pessoas acima de 50 anos.
Bola da fortuna
Amigos de Ronaldo Fenômeno garantem que é de 9 milhões a proposta que o jogador recebeu do Manchester City. É uma grana maior do que o craque recebia do Milan (8,5 milhões por ano). A conferir.
Mas...
O festeiro teria de viver na cidade inglesa, das mais chatas do mundo do futebol, sem vida festiva e com chuva o ano todo.
Arca de Noé
A decisão é de Carlos Minc. O Ministério do Meio Ambiente vai mandar um barco recolher em Fernando de Noronha uns 200 animais, entre bois e cabras. É que é proibida a presença desse tipo de bicho no nosso paraíso ecológico.
Pé na estrada
Assim que encerrar a fase de lançamento do filme “Linha de passe” em vários países europeus, Walter Salles irá à Califórnia, para retomar o projeto de filmar “On the road” (“Pé na estrada”), baseado no famoso livro de Jack Kerouac, de 1957, a bíblia da chamada “Geração beat”.
Para concluir...
“On the road” será uma produção de Francis Ford Coppola.
Tom Jobim
O cineasta Nelson Pereira dos Santos, que completa 80 anos mês que vem, enfrenta dificuldades para concluir seu documentário sobre Tom Jobim. Falta R$ 1 milhão para finalização. É pena. Trata-se de um grande mestre do nosso cinema.
Musa da bossa nova
Por conta dos 50 anos da bossa nova, Sérgio Cabral, pai, lança, até o fim do ano, nova edição de sua biografia de Nara Leão.
Xixi de ouro
P C M A
A prefeitura de Angra dos Reis está construindo um banheiro público orçado em... R$ 690 mil. Fica numa praça no Centro da cidade.
A3
“É estranho que os donos da Leão e do CGR sejam os mesmos”, diz o promotor Sebastião Sérgio da Silveira, que, abriu inquérito no começo do mês para apurar se há irregularidades no envio do lixo para Guatapará.
LIXO URBANO
Ancelmo Gois
Vovô saliente
A CIDADE
Dois sócios do aterro de Guatapará são da Leão Eles aparecem na sociedade sob o nome de outra empresa, a Geo Vision Ambiental CAROLINA ALVES/ESPECIAL
Liberou geral
SIMEI MORAIS
A cantora de jazz Tricia Boutté, da banda Leroy Jones Quintet, participante da edição recifense do Jazz Festival Brasil, fez uma solicitação inusitada. Pediu que alguém lhe conseguisse maconha. A produção fingiu que não entendeu. Mas aí ela explicou que na Califórnia, onde vive, é liberado o uso da cannabis para fins terapêuticos e ela está em tratamento de câncer. Ah, bom!
O
s donos da Leão Leão, empresa que opera o aterro municipal de Ribeirão Preto, são sócios do CGR (Centro de Gerenciamento de Resíduos), em Guatapará. É para esse empreendimento particular que o lixo do município é levado desde 26 de agosto, depois que a Cetesb proibiu o depósito de resíduos no aterro municipal, na rodovia Mário Donegá. O CGR aparece na internet como unidade da empresa Estre S.A. A assessoria de imprensa do aterro particular, a mesma da Leão, sempre divulgou a Estre como proprietária. Mas o registro na Junta Comercial do Estado de São Paulo (Jucesp) mostra que metade do capital do CGR pertence à Estre, e a outra, à Geo Vision Gestão Ambiental LTDA.
Caso médico
Norma Bengell, a atriz que exibiu o primeiro nu frontal do cinema brasileiro, foi operada pelo neurocirurgião Paulo Niemeyer Filho. Passa bem.
Ilha de Caras
Em Bangu 8, tem agente penitenciário que cuida de presos ilustres — como Cacciola, Natalino, Jerominho, Álvaro Lins — entusiasmado com a forma, digamos, educada como é tratado. A maluquice é tão grande que alguns pedem para tirar fotos de recordação.
Brasília é fêmea
As curvas do corpo feminino foram a fonte de inspiração da sinuosidade arquitetônica dos prédios de Brasília. Quem garante é o escritor capixaba Maciel de Aguiar, que está lançando: “Niemeyer — o gênio da arquitetura”. O próprio mestre fez esta ilustração para o livro do amigo mostrando este lado, digamos, feminino da capital.
Lula-Mandela
O que Lula vai fazer depois que deixar o governo? A idéia de ser candidato ao Senado por Pernambuco em 2010 não prosperou. Fernando Pimentel, prefeito petista de BH, acha que o presidente vai preferir não ser candidato a mais nada. “Ele é tão popular no exterior como no Brasil e tem tudo para ser um novo Nelson Mandela.” O africano deixou o governo da África do Sul em 1999 e de lá para cá seu prestígio não caiu. Já o ministro José Múcio Monteiro não tem dúvida: Lula será candidato a presidente daqui a seis anos. “Em 2014 será sufragado não como um líder do PT e sim do Brasil.” É. Pode ser.
Contra o imperialismo
Oscar Niemeyer presta homenagem a Fidel Castro na próxima edição de sua revista, “Nosso caminho”. O mestre da arquitetura diz assim: “Desta vez o homenageado é Fidel Castro. O primeiro a despertar com a vitória da Revolução Cubana, em toda a América Latina, o sentimento de revolta contra o imperialismo norte-americano que hoje ameaça o nosso continente. Atenta ao que ocorre nos países latino-amercianos “Nosso Caminho” se solidariza com o movimento em defesa de sua soberania e com os que corajosamente a lideram como o presidente da Venezuela, Hugo Chávez, e o presidente da Bolívia, Evo Morales, e o apóiam, a exemplo do presidente Lula, que patriota, sabe reagir a tudo que ofende a integridade nacional.”
GUATAPARÁ Sócios do CGR são os donos da Leão & Leão, empresa responsável pelo lixo de RP
OPINIÕES
‘É estranho tudo ser da Leão’, diz promotor O promotor Sebastião Sérgio da Silveira, da Cidadania, manifestou surpresa com a informação do registro da Jucesp. “É estranho serem os mesmos donos; ser tudo da mesma empresa chama atenção”, comenta. O promotor abriu inquérito no início do mês para apurar se há irregularidades na transação comercial do envio do lixo a Guatapará. Segundo o Daerp, a
negociação não foi feita diretamente com a empresa de Guatapará, mas sim entre Leão e CGR, já que o contrato da Leão, de operação do aterro de RP, ainda está em vigor. Legalidade Juristas consultados pelo A Cidade afirmam não ser ilegal, a princípio, as duas empresas pertencerem aos mesmos sócios. “Mas é o contrato entre Leão e Daerp que apon-
tará se a transação é regular”, diz Floriano Marques, professor de Direito Administrativo da USP. O fato de os donos serem os mesmos, porém, pode prejudicar o interesse do município, alerta Álvaro Martim Guedes, professor de Administração Pública da Unesp. “Não há contraponto na negociação de preços entre as empresas. São os mesmos interessados na Leão e no CGR”, aponta.
Histórico A Geo Vision foi constituída em agosto de 2006, dois meses antes da abertura do CGR. Ela pertence às empresas Manoel Leão Administração de Bens S.A. e IL Participações LTDA, representados, respectivamente, por Luiz Claudio Ferreira Leão e Izabel Cristina Bueno Leão, revelam os registros. Os dois são donos da Leão Leão. Em 2006, a Geo Vision funcionava no endereço da Leão, na avenida Thomaz Alberto Whately, 5005. A assessoria de imprensa da Leão diz apenas que o CGR é da Estre e da Geo Vision, e não confirma o nome dos proprietários, apesar de constarem nos documentos da Jucesp. A sociedade, porém, já era do conhecimento da prefeitura, como declarou Darvin José Alves, superintendente do Daerp, autarquia que administra o lixo em Ribeirão. “O CGR é da Leão”, disse, na quinta-feira.
CONTROVÉRSIAS
Cálculos rejeitados são da Leão, diz Daerp Os cálculos sobre a estabilidade do aterro de Ribeirão considerados incompletos pela Cetesb foram feitos pela Leão Leão, que opera o local. A informação é de funcionário do primeiro escalão do governo, confirmada por Eurípedes Falquetti, advogado do Daerp, autarquia que administra o lixo no município. Os dados foram solicitados em fevereiro, quando a Cetesb e o Daerp assinaram o plano de encerramento do aterro, vencido em agosto. Foi pela falta desses cálculos, na forma que o plano de encerramento pede, que o órgão fiscalizador barrou o depósito de lixo no aterro municipal. A diretoria da Cetesb afirma que, sem esses dados, não é possível avaliar se o local corre risco de desmoronamento, e, portanto, não
sabe se pode ou não receber mais resíduos. O Daerp defende que o aterro tem capacidade para ser encerrado em mais 23 meses. Já a assessoria de imprensa da Leão afirma que a manutenção do aterro é de responsabilidade da empresa, e que a Cetesb não recusou o trabalho feito por seus técnicos, mas pediu dados complementares sobre a estabilidade. A empresa atesta que o estudo está em andamento, com a sondagem para instalação de nove piezômetros, aparelhos para avaliar compressibilidade e tensão dos líquidos do maciço de lixo. “Os resultados preliminares comprovam a estabilidade. O material será concluído e novamente enviado ao Daerp e Cetesb para avaliação”, afirma a assessoria da Leão, por e-mail.
Sem pagar a mais O superintendente do Daerp, Darvin Alves, afirma que a autarquia não está pagando a mais, pelo envio do lixo a Guatapará. Ele diz que os custos são os mesmos que já pagava à Leão. “A operação é de responsabilidade da Leão. Se não deu aqui (no aterro municipal), ela leva para outro lugar”, informa. Alves afirma que custos a mais também são da Leão. “A Leão é obrigada a dar a destinação ao lixo por razões contratuais, explica Falquetti. Alves diz que paga, em média, R$ 30 por tonelada para a Leão operar o aterro ribeirão-pretano. O valor é de R$ 8 a mais que o informado pelo superintendente há quatro semanas, quando a proibição do local estava prestes a ocorrer. “O valor varia de acordo com o serviço feito. Agora
estão puxando terra de longe para aterrar”, justifica. Contrato com Leão O contrato com a Leão, feito após licitação, é de seis meses, prorrogável pelo mesmo período até 60 meses, diz Falquetti. O contrato foi assinado em 17 de março, um mês após a Cetesb determinar o fechamento do aterro para 19 de agosto. O valor com que a empresa venceu a concorrência era de R$ 1,9 milhão, para encerramento do aterro sanitário de Ribeirão. A reportagem perguntou à Leão se pretende reformular o preço no próximo contrato, já que o atual está perto de vencer. A assessoria de imprensa da empresa, no entanto, afirma que não conseguiu checar a informação, “porque o responsável por contratos da Leão está em viagem”. >>> mais na A4