01/10/2015
Atual modelo da cadeia de Saúde não se sustenta no médio e no longo prazo, diz KPMG — /AMCHAMBRASIL/
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Atual modelo da cadeia de Saúde não se sustenta no médio e no longo prazo, diz KPMG publicado 01/10/2015 15h24, última modificação 01/10/2015 15h41 Medicina robótica, em que se opera o paciente manipulando um joystick, já faz parte da realidade de Tweetar 0 Share Recomendar instituições como o Hospital Albert Einstein. O que está por vir é a medicina personalizada, com tratamento arquitetado a partir das características genéticas do paciente. “Vamos fazer uma verdadeira alfaiataria”, brinca Claudio Schvartsman, vice-presidente do hospital. A alta tecnologia, cuja oferta é concentrada no Sudeste, é uma das pontas do cenário da saúde no Brasil. Na outra ponta estão o fechamento de 19 mil leitos públicos, em seis anos, e a dificuldade de acesso a exames simples como o de glicemia, feito com análise do sangue. “De uma população de 200 milhões de habitantes, vinte milhões nunca fizeram esse exame”, comenta Marcos Boscolo, sócio-líder para o setor de Saúde da KPMG. Boscolo e Schvartsman participaram do Seminário Competitividade Setorial Saúde da Amcham – São Paulo, quarta-feira (30/09), debatendo os desafios do setor no país e as oportunidades de negócio que o fazem promissor (leia mais aqui). Também participaram Brenno Raiko, diretor do fundo de investimento Advent International; Suzi Hong Tiba, sócia do escritório PK Advogados; Eliana Tameirão, gerente geral da Genzyme; e Carlos Marinelli, presidente do laboratório Fleury. Da esquerda para a direita: Marcos Boscolo, da KPMG; Claudio Schvartsman, do Hospital Albert Einstein; Eliana Tameirão, da Genzyme; e Carlos Marinelli, do Fleury
Panorama A dificuldade de acesso a exames simples como o que pode identificar o diabetes é uma mostra das disparidades que impulsionam um círculo vicioso entre gestão do setor e oferta de serviços. O quadro de investimentos em saúde públicos e privados, no país, ajuda a dar dimensão a esse movimento ininterrupto. Enquanto o sistema público destina R$ 198 bilhões para o atendimento de 150 milhões de habitantes (75% da população), o privado reserva R$ 251 bilhões para 50 milhões de pacientes, segundo estudo da KPMG apresentado por Boscolo. Por isso a inacessibilidade a exames simples como o de glicemia. “E gastam-se fortunas com o tratamento de diabetes tipo 2, uma doença que deveria ser prevenida”, cita Schvartsman.
Além dos ralos na gestão do sistema e na oferta de serviços, há um fator que mostra que a cobertura particular pode não ser tão segura como se pensa. Dois terços (66%) dos planos são empresariais. Se o trabalhador perde o emprego, o que ocorreu para quase 1 milhão de pessoas nos últimos 12 meses, segundo o Ministério do Trabalho e Emprego, fica também sem a cobertura particular. “Por regulação, as operadoras não querem ofertar planos individuais. Então emprego e renda têm papel preponderante nesse equilíbrio: se o indivíduo perde emprego, toda a cadeia perde e ele vai para o SUS”, pontua o consultor da KPMG. O estudo da KPMG elenca os principais obstáculos a serem combatidos imediatamente: é preciso baratear a cadeia para levar serviços a áreas como Norte e Nordeste; falta acompanhamento de doenças crônicas; é necessário formar mão-de-obra qualificada para debelar os problemas em massa fora dos grandes centros; as ações preventivas são tímidas; há dívidas estratosféricas como as das Santas Casas (estimada em R$ 12 bilhões); e o corte de investimentos no SUS devido ao ajuste fiscal. São fatores como esses que levam a uma conclusão pessimista da KPMG: “o modelo atual da cadeia de saúde não se sustentará a médio e longo prazo no país”, afirma Boscolo. Com tudo isso, o mercado Pesquisa e regulação Frente a esse amplo cenário de desafios, acadêmicos, especialistas e empresários são unânimes em dizer que pesquisa e desenvolvimento são essenciais para favorecer o setor e ampliar a oferta de recursos à população, inclusive pelo SUS. “Pesquisa clínica é o primeiro gargalo que temos no país”, declara Eliana Tameirão, gerente geral da Genzyme. O processo de certificação é duplo, diz ela, tendo que passar por conselhos de ética dentro de hospitais para depois seguirem a Brasília. “E na maioria das vezes perdemos oportunidades de trazer estudos clínicos para o país, o que contribuiria para trazer divisas estrangeiras, conhecimento e acesso de pacientes a novas moléculas”, defende. Isso tudo em um ambiente de alto risco e investimentos caros, com ciclo de desenvolvimento de dez anos. É preciso continuar dando atenção aos marcos regulatórios e aproximar pesquisadores do setor produtivo, ressalta a executiva. “É evolução natural o país buscar internalização de tecnologias, há muitas empresas internacionais participando desse processo. Precisamos de marcos regulatórios que deem segurança jurídica para que isso aconteça”, diz ela, destacando novo marco, do final de 2014, que deu mais transparência às parcerias. Para ter mais acesso aos recursos tecnológicos é necessário também haver regulamentação, expõe Suzi Hong Tiba, do PK Advogados. “Falta regulamentar o uso de tecnologia, como atendimento remoto, big data e dados de prontuário,” diz. Tudo, porém, requer racionalização e estratégia na gestão. “A tecnologia tem de estar sempre atrelada à performance. A pergunta que se deve fazer (frente a um recurso tecnológico) é ‘agrega valor?’ Porque tecnologia não resolve sozinha”, adverte Schvartsman. // ITENS RELACIONADOS - Com nova lei de capital estrangeiro, setor de saúde é visto como promissor pelo mercado - Parlamentares brasileiros se reúnem com políticos dos EUA para debater inovação em saúde
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